Aumento na tensão: Índia anunciou que vai posicionar ao longo da fronteira com a China mísseis BrahMos

Veículo lançador de mísseis BrahMos estacionado junto ao Parlamento em Nova Delhi.

A Índia anunciou que vai equipar as suas tropas ao longo da fronteira chinesa com mísseis BrahMos; o Ministério da Defesa da China apelou a manter a calma.

A disputa territorial de longo prazo entre Pequim e Nova Deli abrange uma extensa zona na fronteira do Tibete. A China reclama 56,3 mil km2 que estão sob o controlo da Índia, enquanto a última afirma que a China ocupa 23,5 km2 do seu território.

Para reafirmar as suas pretensões, a Índia planeja instalar na região mísseis de cruzeiro avançados BrahMos. Estes mísseis foram adoptados pelas Forças Armadas da Índia ainda em 2007 e até o momento permanece a arma indiana mais flexível, podendo ser lançados a partir de veículos, navios de guerra, submarinos ou aviões.

Em resposta, a China apelou aos seus vizinhos para promover “a estabilidade”.

“Esperamos que a parte indiana possa fazer mais pela paz e estabilidade na região fronteiriça”, disse o porta-voz do Ministério da Defesa da China, Wu Qian, segundo a publicação indiana.

O ministério chinês destacou também que, para assegurar paz e estabilidade ao longo da fronteira sino-indiana, é importante atingir um consenso.

A opinião foi ecoada pelo jornal PLA Daily (Diário do Exército de Libertação Popular):

“As notícias atraíram muita atenção. O passo da Índia de instalar mísseis na fronteira nacional já excedeu as necessidades de defesa e representa um perigo sério para o Tibete e Yunnan [província chinesa]”.

“A instalação de mísseis BrahMos levará, com certeza, a uma maior competição e antagonismo nas relações sino-indianas e terá um impacto negativo sobre a estabilidade na região”.

A Índia está negociando um acordo com os EUA visando comprar canhões M777A2 para implantar também ao longo da fronteira. Entretanto, o contrato parece ser travado por causa das flutuações de preço.

Nas últimas semanas a China e a Índia têm reforçado as suas forças armadas ao longo da fronteira. No mês passado, a Índia deslocou para a região de Ladakh cerca de 100 tanques. Em resposta, Pequim avisou sobre as possíveis consequências econômicas desse passo para o país.

Foto: HT  Sonu Mehta – Arquivo

Edição/Imagem: Plano Brasil

Fonte: Sputnik News

 

6 Comentários

  1. Índia e China já vem há um bom tempo se desentendendo feio, isso pq os EUA nem começou a sabotar ainda a relação dos BRICS rsrs… (para os teóricos da conspiração)

    BRICS, Mercosul, é incrível as semelhanças, nem precisa de inimigos pra sabotar, como diria aquele nome daquele filme, “o inimigo mora ao lado” !!!

  2. Nada de novo, apenas o missil é novo pois as escaramuças são as mesmas a anos. O fato é o seguinte essa perrenga ai vai ficar em segundo plano, é coisa para outros carnavais. Qual a importancia economica da região ? Alem disso a dissuasão é garantida por ambos e isso combinado com um lugar que até onde eu sei não há importancia economica nenhuma garante a estabilidade nesse front.
    O negocio da China é em outros fronts.
    Sds

  3. Olha “Uzbriqui” fazendo água! Coincidentemente Putin tem dado menos atenção a esse verdadeiro saco de gatos (ou de vira-latas mesmo) e tem centrado esforços em concretizar a sua sonhada União Eurasiana, uma forma de ressuscitar a finada URSS.

  4. Esses chineses são mesmo engraçados,sempre falam de paz e estabilidade,mais somente se os favorecer,nada bobos eles…

  5. A versão bolck III do Brahmos é essencialmente útil na montanhosa região em disputa pois tem a capacidade de voo de média altitude e realizar um ataque em ângulo semi perpendicular para atacar um alvo específico em meio a centenas de prováveis alvos mesmo que esteja atrás de uma cadeia de montanhas…

    Outra curiosidade desse míssil é seu poder destrutivo… sendo duas vezes mais pesado e quase quatro vezes mais rápido do que o Tomahawk, o BrahMos tem mais do que 32 vezes a energia cinética de um míssil Tomahawk, embora transporta apenas 3/5 da carga útil

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