Turquia intensifica ataques na fronteira com a Síria

Ancara reforça ofensiva na fronteira com a Síria.

Combate das forças turcas a posições do “Estado islâmico” na Síria aumenta após atentado que matou 54 pessoas no último sábado. Ancara retaliou com ataques a milícias curdas e posições dos jihadistas.

A Turquia intensificou nesta terça-feira (23/08) os bombardeios a posições da organização extremista “Estado Islâmico” (EI) na fronteira do país com a Síria, em resposta a ataques lançados contra seu território.

Dois morteiros atingiram a cidade de Karkamis, no sudeste do país, localizada próxima à localidade síria de Jarablos, sob poder dos jihadistas. As forças turcas lançaram em torno de 60 projéteis de artilharia contra quatro posições do EI.

As escaramuças se intensificaram após um atentado suicida a um casamento na cidade turca de Gaziantep, na fronteira com a Síria, que matou 54 pessoas no último sábado.

A Turquia atribuiu inicialmente o ataque a uma criança ligada ao EI, que teria agido em retaliação às ofensivas de milícias curdas e grupos rebeldes apoiados por Ancara contra alvos jihadistas no território sírio.

Na segunda-feira, porém, o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, afirmou que essas informações eram equivocadas, e que o governo “não tem pistas” sobre quem seria o responsável pelo ataque.

O ministro turco do Exterior, Mevlut Cavusoglu, afirmou que o EI deve ser “completamente eliminado” da região de fronteira. “Estamos prontos para fazer todo o necessário para tal”, afirmou.

Segundo a organização Observatório Sírio dos Direitos Humanos e fontes de milícias de oposição ao regime de Damasco, centenas de rebeldes sírios apoiados por Ancara se preparam do lado turco da fronteira para lançar uma ofensiva terrestre sobre Jarablos.

Na segunda-feira, a artilharia turca já havia bombardeado posições da principal milícia curda no território sírio, o Partido da União Democrática (PYD), e do EI no norte do país vizinho.

Ancara acusa o PYD de organizar ataques na Turquia, em colaboração com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), organização que o governo considera como terrorista.

RC/afp/efe

Edição/Imagem: Plano Brasil

Fonte: DW

Curdos da Síria vencem batalha com governo; Turquia promete reação

Forças curdas da Síria assumiram o controle quase total da cidade de Hasaka nesta terça-feira, quando um cessar-fogo pôs fim a uma semana de combates com o governo, consolidando o avanço curdo no nordeste sírio. Já a Turquia intensificou seus esforços para conter sua influência.

A milícia curda Unidades de Proteção Popular (YPG), um componente vital da campanha liderada pelos Estados Unidos contra o Estado Islâmico, já controla partes do norte da Síria, onde grupos curdos estabeleceram uma autonomia de fato desde o início da guerra no país em 2011.

Seu domínio cada vez maior alarmou Ancara, que combate uma insurgência entre sua própria minoria curda.

Rebeldes sírios apoiados pela Turquia disseram estar nos estágios finais dos preparativos de um ataque a partir do território turco à cidade fronteiriça síria de Jarablus, comandada pelo Estado Islâmico, com a meta de prevenir qualquer tentativa da YPG de ocupá-la.

“Daremos todo tipo de apoio à operação de Jarablus. Isso é importante para nossa própria segurança”, afirmou o ministro das Relações Exteriores turco, Mevlut Cavusoglu, em uma coletiva de imprensa.

A batalha por Hasaka marcou a confrontação mais violenta entre a YPG e Damasco nos mais de cinco anos da guerra civil da Síria, cuja Força Aérea foi usada contra as forças curdas auxiliadas pelos EUA pela primeira vez na semana passada.

Nesta terça-feira, as autoridades remanescentes do governo de Hasaka foram confinadas a alguns edifícios conhecidos como o quadrante de segurança, enquanto o resto da cidade ficou sob controle curdo. Os curdos detinham cerca de 70 por cento de Hasaka antes dos combates mais recentes.

“Ainda que elas (milícias pró-governo) mantenham uma presença simbólica, é uma grande derrota para o regime em Hasaka”, disse Rami Abdulrahman, diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, que monitora o conflito.

Edição: Plano Brasil

Fonte: Reuters

 

 

1 Comentário

  1. Eu me arrisco a dizer que is terroristas “moderados” estão em maus lençóis.

    Seus antigos aliados agora estão atirando. E agora, quem poderá me ajudar?

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