O míssil mais letal do mundo

O melhor míssil ar-ar do mundo já está em serviço e não é americano, diz um recente artigo do The National Interest.

Os detalhes técnicos dos mísseis de combate são algo extremamente complicado, afirma The National Interest, mas o conceito geral com que são construídos é algo simples: destruir o alvo antes que ele te destrua. Essa é a filosofia que seguem os produtores do novo míssil ar-ar sueco, conhecido como Meteor.

Embora as especificações exatas do Meteor sejam informações confidenciais, os seus criadores afirmam que se trata do melhor míssil da sua classe. A inovação com que melhoraram as capacidades do míssil consiste na utilização de um motor ramjet, que usa o oxigénio para dar um maior impulso ao projétil. Sabe-se que funciona com combustível sólido convencional, que acelera o Meteor imediatamente depois do seu lançamento. Nesse aspecto, não difere de qualquer outro míssil. Mas, quanto mais o Meteor avança, mais se abre o canal de propulsão reativa, que permite atingir velocidades supersónicas.

“A Força Aérea sueca está agora em sua fase inicial de testes do Meteor. É o míssil mais letal em serviço operacional”, disse o chefe da Força Aérea do país nórdico, major-general Mats Helgesson.

 

 

Para além disso, o projétil pode ajustar automaticamente a quantidade de oxigênio consumido, com o fim de alterar operacionalmente os parâmetros de velocidade e trajetória. Isso permite utilizar ao máximo suas principais qualidades: pode poupar ou gastar maior quantidade de combustível para um maior impulso na fase final do voo, ou, ao contrário, reduzir a velocidade se o avião tenta evitar o impacto.

Outra questão a destacar é o seu alcance. Há relatórios que indicam que, durante os testes, o míssil atingiu 100 quilômetros. Os especialistas afirmam que a sua “zona em que o alvo não escapa” supera em três vezes a do análogo americano AIM-120 AMRAAM, cujos parâmetros também são segredo. A “zona de não-escape” é um termo de combate aéreo que determina os limites dentro dos quais o objetivo não consegue escapar, usando apenas a sua velocidade e capacidade de manobra.

Além disso, cada míssil conta com um meio de deteção e perseguição de seus alvos. Os sistemas avançados de orientação e sensores mais potentes e de maior alcance do que os dos adversários tornam impossível qualquer tentativa de fuga.

Para a Suécia, um país que tem uma política de neutralidade, a produção e posse de armamento de última tecnologia podem parecer algo incomum. O país não tomou parte em nenhum conflito bélico de grande envergadura, durante séculos, e não tem utilizado os seus soldados fora do país desde a crise do Congo no início de 1960. Mas a realidade é que, na lista de exportadores de armas, o país nórdico tem estado entre os primeiros 12, de acordo com o Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo.

A Suécia trabalha, além disso, em em estreita colaboração com a Aliança Atlântica. Em maio, o Parlamento do país escandinavo ratificou um acordo que abre as portas para a OTAN realizar exercícios militares no país.

Fonte: Sputnik News

8 Comentários

  1. Difícil dizer qual é o “melhor do mundo” pois o artefato tem de ser analisado junto com sua plataforma de lançamento para determinarmos a real eficácia do conjunto…

    Se formos avaliar apenas o artefato separadamente e sem levar em consideração as variáveis da plataforma são pelo menos 4 quesitos que determinam se um míssil é realmente bom. 1- velocidade e alcance, 2- manobrabilidade (precisão das superfícies de controle e do TVC) , 3- orientação (seeker com visada dupla combinando radar ativo e IR) 4- robustez contra contra-medidas eletrônicas

    Mas é importante ter em mente que mesmo um caça dotado com um artefato superior em todos os quesitos pode ser derrotado por um oponente com melhor Situation Awareness do campo de batalha e que detenha o fator surpresa.

  2. Antes que alguém comece a fazer confusão o Meteor não é sueco e sim um produto da MBDA empresa formada em 2001 pela fusão da francesa Aérospatiale-Matra Missiles (da EADS, agora Grupo Airbus), a italiana Alenia Marconi Systems (da Finmeccanica agora também chamada de Leonardo) e a britânica Matra BAe Dynamics (da BAE Systems). Duvidas quanto a qualidade e letalidade do Meteor armando os Gripen e Typhoon sao de pessoas que realmente não entendem do babado ou dor de cotovelo por tratar-se de um produto europeu.

    • Pessoalmente penso que dotar o F-39 do Meteor deve ser prioridade zero para a FAB. No cenário Sul – Americano o míssil pode ser um “game changer” em nosso favor em relação aos Su-30 bolivarianos (ainda que eles voem pouco).

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