Defesa & Geopolítica

Forças especiais dos EUA e da França combatem na Líbia sem autorização da ONU

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Zona turbulenta que se estende desde a Líbia até o Paquistão com participação ativa dos EUA, ou do Ocidente.

Ao confirmar a morte dos seus militares na Líbia, a França admitiu a presença das suas forças especiais terrestres no país. Anteriormente o Pentágono também confirmou a presença de tropas terrestres na Síria.

Chris Nineham, da coalizão Stop the War (Contra Guerra), disse que a maioria destas operações é realizada sem qualquer autorização da ONU.

Na quarta-feira, o porta-voz do governo francês Stephane Le Foll confirmou a morte de três soldados franceses que estavam em uma missão de coleta de inteligência na Líbia e morreram em um acidente de helicóptero perto de Benghazi, admitindo assim a presença de suas forças especiais no terreno no país.

“As forças especiais estão lá, é claro, para ajudar a garantir que a França está presente na luta contra os terroristas,” Le Foll explicou em uma entrevista à estação de rádio France Info.

O Governo do Acordo Nacional (GNA na sigla em inglês), a coalizão reconhecida internacionalmente como governante da Líbia, condenou a intervenção francesa em um comunicado divulgado na quarta-feira à noite, exigindo uma explicação de Paris e dizendo que não iria comprometer a soberania da Líbia.

O comunicado publicado na página do Facebook do governo disse que “nada justifica uma intervenção sem o nosso conhecimento e sem que ela seja coordenada conosco”.

O Olho de Oriente Médio (MEE), um portal de notícias on-line que cobre os acontecimentos no Oriente Médio, obteve gravações de controle de tráfego aéreo que sugerem que as forças da Grã-Bretanha, Itália e EUA têm coordenado ataques aéreos de apoio ao general líbio Khalifa Hafter, chefe das forças armadas baseadas no leste da Líbia e que oficialmente não é reconhecido pela ONU.

O problema com tais intervenções clandestinas é que elas muitas vezes ignoram a lei e não têm nenhuma supervisão pública, disse Chris Nineham ao RT.

“Elas não são apoiadas pela ONU, estas intervenções. Elas não são monitoradas em nenhum lugar. São atos unilaterais de simples agressão militar”, acrescentou Chris Nineham.

Chris Nineham anteriormente também comentou a participação do Reino Unido dos ataques aéreos da coalizão liderada pelos EUA na Síria quando, depois de um pedido de liberdade de informação pelo grupo de ativistas Reprieve, foi revelado que cerca de 20 militares britânicos estavam inseridos nas forças da coalizão no país.

A Coalizão, em seguida, afirmou que a Síria, consequentemente, “acabou sendo uma guerra secreta de David Cameron”.

Chris Nineham reiterou estas preocupações e condenou “o instinto histórico para dominar o Oriente Médio que Cameron, Michael Fallon e outros demostraram claramente,” de acordo com um comunicado no site da Coalizão.

Enquanto isso, o Pentágono continua reiterando que seus militares não estavam “empenhados em combates ativos” e estavam por trás das linhas desempenhando papel de conselheiros quando ficaram debaixo de fogo.

Título original: Para que serve a intervenção não autorizada na Líbia?

Edição/Imagem: Plano Brasil

Fonte: Sputnik News

 

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