TERRORISMO – Sociedades livres precisam aprender a se defender

A intervalos cada vez menores, cidadãos comuns são atingidos pelo terrorismo fundamentalista. Paira a ameaça de que as democracias possam se modificar para pior, opina o editor-chefe da DW.

Há muito o terrorismo fundamentalista islâmico se transformou num pesadelo. Por toda parte, ele investe contra as sociedades livres: em restaurantes, aeroportos, hotéis, estádios de futebol, clubes, trens, praias, escolas e agora também nas ruas. O terror está por toda parte, e os cidadãos das sociedades livres – e não só delas – sentem cada vez mais medo. Eles sentem e pressentem o perigo, a ameaça à espreita em todos os lugares – tanto no dia a dia como nas férias.

O terrorismo se tornou um desafio para as democracias – especialmente a França, que acaba de sofrer seu terceiro, terrível atentado terrorista. Elas foram impelidas à guerra forçada contra o terror. É uma guerra assimétrica: lobos solitários ou pequenos grupos sem grande aparato logístico matam seres humanos a esmo. E os democratas temem por sua liberdade, por suas liberdades.

Ao que parece, o Estado não é mais capaz de cumprir sua tarefa mais importante: apesar dos departamentos criminais, dos serviços secretos, apesar da crescente vigilância sobre a população, apesar da imensa mobilização policial, o Estado não consegue proteger seus cidadãos. O terror é onipresente, pois ele vem de dentro da própria sociedade.

Fascinados pelo poder do fundamentalismo islâmico, inspirados pelo jihad, a “guerra santa”, jovens, geralmente do sexo masculino, mobilizam-se para desafiar a nossa sociedade – que também é a deles. Eles matam a esmo, mas não sem um plano: eles querem abalar as sociedades livres – e estão conseguindo.

À medida que as forças de segurança tradicionais não são mais capazes de proteger os cidadãos, estes vão perdendo sua serenidade – até agora exemplar, em especial no Reino Unido e na França. Paira a ameaça de um estado na sociedade em que triunfem o ódio, a rejeição, o racismo. Um pesadelo para uma sociedade aberta.

E naturalmente agora é preciso travar guerra: contra o “Estado Islâmico” (EI). Isso é politicamente necessário, mas também delicado, pois significa se colocar do lado dos russos e do magarefe sírio Bashar al-Assad. Mas não há como evitá-lo.

A cidade síria de Raqqa tem que ser retomada, o EI, derrotado, os combatentes sobreviventes, julgados, o pavoroso pesadelo de um califado islâmico precisa ter fim. Para tal, é necessário cooperar com todas as forças envolvidas – por mais que isso seja política e diplomaticamente indigesto.

E então será preciso se perguntar: por que tantos jovens muçulmanos – na Europa laica, mas também nos plurirreligiosos Estados Unidos – cedem ao fascínio de um islã violento? O que danifica a identidade deles ao ponto de seguirem o autonomeado califa em Raqqa ou de aclamarem entusiasticamente na internet os autores de atentados suicidas e os festejarem como heróis?

Esse será seguramente um processo social de longo termo. Antes, porém, as sociedades livres terão que aprender a superar a própria falta de defesa. É preciso elevar a pressão sobre os círculos de simpatizantes, intervir com mais rigor. Os muçulmanos têm também que se libertar da simpatia clandestina pelos pregadores do ódio e expulsá-los das mesquitas.

É preciso parar com a tolerância passiva para defender a liberdade, o nosso modo de vida liberal. Senão as sociedades vão se transformar – e na direção contrária à democracia. Na França, a Frente Nacional manda lembranças.

Alexander Kudascheff

  • Alexander Kudascheff é editor-chefe da DW

Fonte: DW

7 Comentários

  1. Essa história de terrorismo “explodiu” apar escala mundial .. depois do atentado 11 de Setembro … até criaram uma guerra em cima de uma mentira e depois uma milícia armada denominada ISIS … através do “amigos” da Síria onde a “velhota propaganda” ( em alusão a garota propaganda ) ..Hillary Cinton saiu pelas boas casas aristocráticas da Europa e dos EUA …atrás de doações em dinheiro para os “caçadores de cabeça”.
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    Uma coisa é certa .. se existe uma mente satânica por trás disso tudo .. é o governo de Mamon .
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    Como já falou o socialíssimo Jesus …. “Vocês não podem servir a dois patrões: Deus e o dinheiro (mamom). Porque vocês odiarão um e amarão outro, ou vice versa. “ Mt 6:24

    • Por isso sou conservador… não acendo vela para o satã vermelho barbudo nem nessa vida e muito menos em outra… deturpar a mensagem de Cristo é coisa satânica… compara-lo ao marxismo é blasfemar contra sua mensagem de paz e meritocracia individualista… tanto é que Cristo disse: “Desde esse tempo a boa notícia do Reino de Deus está sendo anunciada, e cada um se esforça para entrar nele.” Lucas 16:16… vc pratica o que Paulo previu: “Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo.
      E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz.
      Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras.” 2 Coríntios 11:13-15
      Abra o olho cumpanheiro !!!… DESVIRTUAR A PALAVRA DE DEUS É O ÚNICO PECADO PASSÍVEL DE PUNIÇÃO SEM PERDÃO, pois leva seus irmãos ao erro e por consequência a não adentrar no Reino de Deus… e com ele não dá para usar a mala preta… understand ???…

    • Lucena quem é vc ? que tipo de livros vc lê ? aonde consegue essas informações ? artigos etc meu interesse é apenas n dialogo sobre o império americano e vários outros assuntos de política nacional e internacional governo oculto etc

      • Ele é um “coletivo” de um homem só… rsrsrrsrsrrsrsrsrsrssrss… quer dizer… nem sei se é homem ou mulher… tai uma boa pergunta… lucena… tu és do sexo masculino ou feminino ???… só pra esclarecer… 🙂

      • Não Senhor, GENEROSO PATRIOTA, o Lucena não é o coletivo de um homem só não. Eu assino em baixo de praticamente tudo que ele escreve. A Elite anglo-sionista, que controla os Estados Unidos e quer o domínio mundial pratica SIM uma religião, um culto satânico ligado à … . Essa elite estuda e é mestre em manipulação das massas e praticamente monopoliza os meios de comunicação no mundo ocidental.

  2. Nações livres deveriam aprender a não intervir em outras nações, basta ver as fotos do Afeganistão na decada de 60 do seculo passado.

    Sds

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