Theresa May é nomeada primeira-ministra pela rainha

Líder do Partido Conservador promete governar para todos, respeitar a decisão pelo Brexit e forjar novo papel para o Reino Unido no mundo. Boris Johnson assume Ministério do Exterior e Philip Hammond, as Finanças.

A líder do Partido Conservador, Theresa May, tornou-se primeira-ministra britânica nesta quarta-feira (13/07), depois de ser nomeada pela rainha Elizabeth 2ª em audiência no Palácio de Buckingham, em Londres. Pouco antes, a monarca aceitara o pedido de renúncia do ex-premiê David Cameron.

May, de 59 anos, é a segunda mulher a ocupar o cargo, depois da também conservadora Margaret Thatcher, que foi primeira-ministra de 1979 a 1990. Logo após a audiência com a rainha, May se mudou para a residência oficial do primeiro-ministro, no número 10 da rua Downign Street, em Londres.

Poucas horas depois, May divulgou a composição do seu gabinete. O ministro do Exterior será o ex-prefeito de Londres Boris Johnson, um dos principais defensores da saída do Reino Unido da União Europeia (UE). Philip Hammond é o novo ministro das Finanças.

Theresa May ao lado do marido Philip, diante da residência número 10 da rua Downing Street.

Governo para todos

Em suas primeiras declarações após a posse, May afirmou que seu governo vai combater a injustiça social, trabalhando para todos os cidadãos e não apenas para “alguns poucos privilegiados”, e assim “construir um Reino Unido melhor”.

“Depois do referendo, temos diante de nós uma época de grandes mudanças”, afirmou a premiê, diante da residência oficial. Ela manteve o compromisso do governo com o Brexit e disse que vai forjar um novo papel positivo para o país no mundo.

“O Reino Unido estará à altura do desafio”, disse May. Acompanhada do marido, Philip May, a nova premiê elogiou o trabalho do seu antecessor, que renunciou ao cargo depois do resultado do referendo de 23 de junho.

May disse que Cameron conseguiu estabilizar a economia, reduzir o deficit fiscal e contribuir para que milhares de pessoas encontrassem emprego. “Mas o verdadeiro legado de David não é a economia, mas a justiça social. Mas, como já disse antes, lutar contra as injustiças não é suficiente.”

Unionismo

May, que se classificou como “unionista”, destacou a importância de manter juntas as nações que formam o Reino Unido – Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. “Juntos vamos construir um Reino Unido melhor”, ressaltou, antes de entrar na residência oficial.

A nova premiê assumiu o cargo antes do previsto. Os conservadores planejavam uma campanha de nove semanas pela liderança do partido, mas a disputa foi encerrada de forma abrupta na segunda, com a surpreendente desistência da rival Andrea Leadsom. May teve apenas 48 horas para preparar seu novo governo.

Enquanto os líderes da campanha pelo Brexit Michael Gove e Boris Johnson se acotovelavam – antes de desistirem da campanha pela liderança do Partido Conservador –, May enfatizava que era uma candidata “séria” e “adulta” para conduzir o Reino Unido nesse período tumultuado.

AS/KG/rtr/efe/dpa

Fonte: DW

4 Comentários

  1. Novamente .. mais uma saia no poder … como eu disse .. esse milênio … será das divas .. a America do Sul também tem as suas divas .. #queridasejabemvinda 😉

  2. espero que ela não esqueça os fundamentos…

    menos Estado, menos monopolio, menos cupinchas
    mais livre concorrencia… o povo tem que ficar de olho!

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