Vant 4 – Caçador é desenvolvido para apoiar operações de vigilância, fronteiras e outras missões
por Sérgio Viana / Fotos Flávio Fogueral
Nesta quinta-feira, dia 30 de junho, Botucatu foi cenário da apresentação do novo drone Vant, conhecido como Caçador, classe 4. Um veículo aéreo não tripulado projetado para ser utilizado em diversas situações, como operações militares ou de forças de segurança, monitoramentos ambientais, vigilância e uso agrícola.
Com uma envergadura – tamanho entre a ponta de uma asa à outra – de pouco mais de 16 metros, o Caçador pode carregar até 1250 Kg no momento de sua decolagem, subir a pouco mais de 9 Km de altura, com um motor a gasolina.
“O Vant 4 é derivado do israelense Heron 1, mas já o produzimos com mais da metade da tecnologia desenvolvida no Brasil”, explica João Vernini, diretor da Avionics, empresa botucatuense surgida há 20 anos e que desenvolve o projeto em parceria com a IACIT, empresa de Israel.
Além do próprio drone, o Vant 4 também conta com outras estruturas, como a estação avançada de controle que colabora na operação do equipamento. É possível controlar o Caçador a partir de um radar fixo ou via satélite, que permite orientá-lo num raio de até 1.000 Km de distância.
“Este equipamento conta com diversos tipos de sensores, radares e câmeras, com capacidade de monitorar e informar dados. Conta com sistemas óticos noturno, térmico e sensores laser. Apresentamos cada vez mais tecnologias sustentáveis e competitivas ao mercado. Queremos que o Brasil seja celeiro e exportador deste tipo de tecnologia”, afirmou Reinaldo Gonçalvez, representante a israelense IACIT.
Entre as atribuições descritas pelos fabricantes do drone estão o apoio a operações antidrogas, vigilância de fronteira e imigração ilegal, missões de busca e salvamento e monitoramento de infraestrutura de segurança. As Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), além de entidades como a polícia civil e militar já fazem uso de equipamentos não tripulados em alguns casos.
“A base industrial de defesa é muito importante. Hoje não temos capacidade integral, mas este evento mostra que estamos caminhando para soluções de alta tecnologia. As três forças armadas empregam [drones] como vetores de vigilância e controle de fronteiras”, comentou Antonio Carlos Guerreiro, vice-almirante da Marinha e representante do Ministério da Defesa, que esteve no ato de lançamento do Vant 4.
Sobre a regulação do setor de aeronaves não tripuladas, Guerreiro considera importante e que a mesma deve ser elaborada e praticada em breve. “Os drones não tem um emprego exclusivamente militar, então é preciso haver a regulação para evitar problemas entre o uso militar e civil”, concluiu.
Senhores
Quantos desses são necessários para monitorar as nossas fronteiras?? Outra pergunta pode se utilizar esse vant para o patrulhamento naval???
Leo Barreiro,
Creio que “patrulhamento” não é necessariamente o termo. Aeronaves como essas comumente tem o propósito de monitorar um determinado lugar, proporcionando o alerta para um meio de intervenção. Logo, ele é um elemento para reforçar a capacidade de um meio de patrulha, e não o patrulhador em si, visto que não pode intervir fisicamente…
Em teoria, é possível sim utiliza-lo como complemento das embarcações, ampliando sua consciência situacional. Mas ele não as substitui, como muitos acreditam.