O acordo de normalização das relações entre Israel e Turquia irá fortalecer a economia israelense, disse o primeiro-ministro do Estado judeu, Benjamin Netanyahu, nesta segunda-feira, e o presidente turco, Tayyip Erdogan, descreveu o acordo como um passo para aprimorar as condições humanitárias na Faixa de Gaza.
Os dois países, outrora aliados firmes, chegaram ao entendimento no domingo, depois de uma desavença de seis anos resultante de um episódio no qual 10 ativistas turcos pró-palestinos foram mortos por marinheiros israelenses quando tentavam chegar a Gaza de barco.
A rara reaproximação no Oriente Médio, atualmente dividido pela guerra civil da Síria, foi motivada em grande parte pelos temores crescentes com a ascensão do Estado Islâmico, no momento em que as duas nações procuram novas alianças em uma região polarizada.
Falando depois de uma reunião com o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, em Roma, Netanyahu disse que o acordo foi “um passo importante”.
“Ele também tem implicações imensas para a economia israelense, e uso essa palavra criteriosamente”, afirmou a repórteres ao lado de Kerry. Autoridades israelenses mencionavam a perspectiva de acordos de comercialização de gás lucrativos no mar Mediterrâneo assim que os laços com a Turquia forem restaurados.
Kerry saudou o pacto, dizendo: “Obviamente nós, do governo (dos EUA), estamos contentes. Este é um passo que queríamos ver acontecer”.
Mais detalhes sobre o acordo devem ser anunciados formalmente ainda nesta segunda-feira por Netanyahu, na capital italiana, e pelo primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, em Ancara.
O acordo, politicamente delicado para os dois países, pode abrir caminho para acordos de comercialização de gás e um alívio diplomático dos problemas turcos com a vizinha Síria e a Europa.
Erdogan conversou com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, por telefone na noite de domingo e lhe disse que o acordo irá melhorar a situação humanitária na Faixa de Gaza, disseram fontes da presidência turca, segundo as quais Abbas expressou satisfação com os acontecimentos.
Israel, que já pediu desculpas –uma das três condições impostas por Ancara para um entendimento– pela operação naval de 2010, concordou em pagar 20 milhões de dólares aos feridos e familiares dos mortos, disse um funcionário israelense.
Ercan Gurses e Dan Williams / Warren Strobel de Roma
Fonte: Reuters
Benjamin Netanyahu e Tayyip Erdogan são dois bicudos e dois bicudos não se beijam.
Esse pretesto humanitario é so retorico podendo haver apenas interesse de conveniencias.
Até que enfim um comentário seu com coerência Maluco! Mas é exatamente isso, a grana e o medo dos turbantes pretos do Estado Islâmico falou mais alto. Tem ainda a questão do Leviathan, o mega campo de gás que pode abrir possibilidades interessantes para os dois países.
Bobagem… entre nações o que manda é o pragmatismo e não as ideologias… qntas vezes no auge da gerra fria, americanos e russos chegavam a acordos considerados impossíveis… as mesmíces não se cansam de recalcitrar contra os fatos… quem lê, entenda…