Colômbia e Farc chegam a acordo definitivo de cessar-fogo

O porta-voz da delegação da Colômbia em negociações de paz com as FARC Marcela Duran e o comandante das Farc Marcos Calarca.

O governo da Colômbia e os rebeldes esquerdistas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) disseram nesta quarta-feira que chegaram a um acordo definitivo de cessar-fogo que porá fim às hostilidades do conflito mais longevo do hemisfério ocidental.

Depois de mais de três anos de negociações às vezes tensas, o pacto obtido em meio às conversas de paz em Havana marca a penúltima etapa para o encerramento de uma guerra que matou mais de 220 mil pessoas e deslocou milhões de outras.

“Alcançamos com sucesso um acordo sobre o cessar-fogo bilateral e definitivo e o fim das hostilidades”, afirmaram os dois lados em um comunicado lido à mídia na capital cubana.

 

 

O entendimento será assinado na quinta-feira em Havana pelo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e pelo líder das Farc, Rodrigo Londoño, mais conhecido por seu nome de guerra, Timochenko.

O presidente cubano, Raúl Castro, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e a presidente chilena, Michelle Bachelet, comparecerão à cerimônia, informaram as duas partes.

Nesta semana Santos afirmou que o governo e os rebeldes irão finalizar as negociações até o dia 20 de julho. O cessar-fogo, que inclui prazos para a desmobilização e a deposição de armas das Farc, não entra em vigor até o acordo final ter sido assinado.

A meio caminho de seu segundo mandado e apostando seu legado em um acordo de paz, o líder colombiano de 64 anos disse que o pacto irá acrescentar até dois pontos percentuais anuais ao crescimento econômico do país.

Mas analistas dizem que, devido às melhorias de segurança dos últimos 12 anos, a Colômbia já colheu os frutos do chamado ‘dividendo da paz’. O BanColombia disse em um relatório recente que um pacto formal provavelmente irá significar um crescimento econômico anual de 0,3 por cento.

Santos prometeu que qualquer acordo definitivo será submetido ao crivo do povo colombiano por meio de um plebiscito. Na última semana ele foi muito criticado pelos comentários que fez sobre o que afirma que seriam as consequências se a nação sul-americana voltasse à guerra.

As Farc declararam um cessar-fogo unilateral quase um ano atrás, e o governo reagiu detendo os ataques aéreos contra campos rebeldes. Os negociadores não conseguiram cumprir um prazo auto-imposto para firmar o acordo final em março.

Foto: AFP

Fonte: Reuters

4 Comentários

  1. Ahan até o final do ano o pau voltará a comer, pode escrever o que eu digo, se a Colômbia realmente quisesse acabar com as FARC já teriam feito a muito tempo

  2. Por mais bem sucedida ação de Cuba tenha sido feita para acabar com a guerra entre a FARC e o governo Colombiano .. só um TROUXA de panela nas mãos e nariz de palhaço … rsrsr… para acreditar que o narcotráfico vai acabar na Colômbia .. é a galinha dos ovos de ouro da elite colombiana … meu filho … não é com bananas que essa gente ganha dinheiro .. é com o PÓ mesmo … rsrsrsr …

  3. Quem poderia imaginar que mudanças de paradigma ideológico no Brasil e demais países importantes da AL acabasse com uma guerrilha marxista terrorista em um país vizinho; os esquerdalhas das FARC entenderam que não há mais lugar para esquerdismos marxistas no continente americano; a esquerda MORREU; finito; sem chance de levantar do túmulo; assim como acabou-se a grana e com isso o socialismo barato; e sem apoio financeiro, mesmo traficando, eles se tornariam alvos fáceis de serem eliminados; marxistas são bandidos mas não são burros.

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