Os mísseis balísticos intercontinentais podem parecer enormes, mas os foguetes e os sistemas eletrônicos sofisticados que eles carregam são projetados para controlar ogivas nucleares relativamente pequenas: a ogiva em si é um cone de pouco mais de um metro de altura.
Por mais estranho que possa parecer, a arma mais poderosa do mundo é muito compacta, dado que uma carga termonuclear com uma capacidade de 300 mil toneladas é, pela forma e tamanho, semelhante a um simples balde., escreve o jornal russo Rossiiskaya Gazeta.
Além da carga, a ogiva nuclear contém um bloco de controle cilíndrico, que executa várias tarefas.
O seu objetivo principal é detonar a carga a uma altitude específica, estritamente determinada. As armas nucleares não são destinadas a ser usadas na superfície da terra. A altitude adequada para a criação de uma onda de choque é 1.200 metros.
Shell, a réplica da maior bomba nuclear soviética detonada, a AN-602 (Tsar-Bomb), em exposição em Moscovo, Rússia, 31 de agosto de 2015. – © REUTERS/ MAXIM ZMEYEV
O sistema automático do bloco de controle dirige os motores e controla a estabilização da carga termostática do plutônio nuclear (WGP), que pode aquecer em estado de pouca atividade.
Além disso, o cone da ogiva contém uma rede de fornecimento de eletricidade e de proteção do pulso eletromagnético.
B-61, a bomba nuclear mais antiga no arsenal dos EUA. – WIKIMEDIA COMMONS
Todo este equipamento está firmemente instalado nos amortecedores e está dentro de uma estrutura sólida, coberta com uma espessa camada de isolamento.
A primeira A-bomba de 1949. Centro Nuclear Federal russo. Reprodução. – © SPUTNIK/
A carga termonuclear e o bloco de controlo interagem continuamente um com o outro, um “diálogo” que começa imediatamente após a instalação da ogiva no míssil e termina quando a ogiva é detonada.
Durante todo esse tempo, o bloco de controle prepara a carga para detonação e, no momento certo, dá a ordem final.
A bomba termonuclear é exibida no museu de armas nucleares no Centro Russo Nuclear Federal na região de Nizhny Novgorod. – © SPUTNIK/
Quando colocada em alerta de combate, a ogiva de um míssil é equipada com um ativador de pulso neutrônico, detonadores e outros equipamentos. Manter tal míssil em um silo ou em uma plataforma de lançamento móvel é perigoso. É por essa razão que a ogiva é preparada para detonação apenas durante o voo do míssil.
Estados Unidos (EUA) testam armas nucleares em Nevada. – © FLICKR.COM/
Isto ocorre passo a passo, com a ajuda de algoritmos complicados baseados em duas condições básicas: a confiabilidade do movimento para o alvo e o controle do processo. Caso qualquer um destes fatores se desvie dos valores calculados, o processo de pré-detonação será abortado imediatamente.
O lançamento de míssil submarino Trident II. – © FOTO: WIKIPEDIA
Uma explosão nuclear ocorre em segundos. Voando à velocidade de uma bala, a ogiva passa apenas a algumas centésimos de segundo antes de todo o poder de uma carga termonuclear seja convertida em luz, fogo, onda de choque e radiação com uma força terrível, conclui o jornal.
Fonte: Sputnik News
Um fato interessante sobre a famosa Tsar Bomb é que sua potencia inicial seria de 100 mega tons e não 50 como a que foi detonada perto do circulo polar ártico porem os cientistas ficaram preocupados com os efeitos de tal explosão e acabaram convencendo os lideres soviéticos que uma bomba de 50 estava de bom tamanho para efeito de propaganda. Ela nunca foi concebida para ser usada como uma arma operacional e sim como parte da propaganda soviética durante a guerra fria.