Forças Armadas do Chile estendem participação em missão da ONU no Haiti

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Por Carolina Contreras

O Congresso do Chile aprovou recentemente a ampliação por 11 meses da permanência do contingente militar chileno na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH), sinal de que a nação andina está comprometida em assegurar a paz no país caribenho.

“[A MINUSTAH] permitirá que o povo haitiano possa ter um país estabilizado do ponto de vista político e institucional”, disse o ministro da Defesa do Chile, José Antonio Gómez, em 10 de maio, quando o pedido feito pela presidente Michelle Bachelet foi aprovado.

O Chile, cujas tropas serão mobilizadas até abril de 2017, foi um dos primeiros países a se unir à missão de paz estabelecida pela ONU em 2004. Hoje, 50 países apoiam a MINUSTAH, mas somente o Brasil tem mais soldados no Haiti que os 402 do Chile. Entre a força chilena, em ação sobretudo na parte norte do país, 340 pertencem ao Batalhão Chile (CHIBAT).

A unidade, formada por membros do Exército e da Marinha e apoiada por soldados das Forças Armadas de El Salvador, Honduras e México, realiza tarefas como patrulhamento e segurança operacional na cidade de Cabo Haitiano. Até agora, o CHIBAT, atualmente chefiado pelo Capitão de Fragata Leopoldo Ibarra, realizou 1.145 missões operacionais e patrulhou 51,8 milhões de quilômetros.

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Grupo de Helicópteros

“Participar dessas missões envolve importantes recursos em termos de preparação, interoperabilidade com militares de outros países e acesso às últimas ferramentas e tecnologias, assim como experiência em tática, logística e operações em situações de conflito”, diz o Tenente Coronel Augusto Scarella, secretário geral do Estado-Maior Conjunto do Ministério da Defesa.

Durante a primeira semana de junho, os militares chilenos iniciaram o processo de substituição das tropas que concluíram seis meses na MINUSTAH. Mas, antes de voltar para casa, os soldados participaram de um treinamento no Centro Conjunto de Operações de Paz do Chile e se submeteram a um exame médico na ilha de Hispaniola, compartilhada pelo Haiti e a República Dominicana, considerada uma zona de risco epidemiológico.

Operações reconhecidas

Este ano, os militares chilenos receberam um reconhecimento do alto comando da MINUSTAH por suas tarefas, incluindo a mobilização da Companhia de Infantaria Mecanizada “O’Higgins” do CHIBAT’s desde Cabo Haitiano até Porto Príncipe. A pedido do Comando Militar da MINUSTAH, a unidade conduziu uma semana de tarefas operacionais para ajudar a garantir um ambiente estável na capital haitiana, que na época vivia um clima social delicado.

O CHIBAT realizou seu trabalho no contexto da Operação Militar “Huracán”, sob a égide da ONU, que estabeleceu patrulhas motorizadas e pedestres da Companhia O’Higgins. As tropas cobriram uma área de mais de 38 quilômetros quadrados.

As autoridades da MINUSTAH reconheceram as ações dos soldados por sua eficiência, destacando também a companhia de infantaria da Marinha “Prat”, uma unidade do CHIBAT que passou duas semanas em fevereiro prestando apoio a um batalhão brasileiro em diversos setores de Porto Príncipe.

“Em menos de quatro meses, duas companhias chilenas [O’Higgins e Prat] foram mobilizadas do norte até Porto Príncipe por estradas complicadas, e seu desempenho foi excelente”, diz o General Ajax Porto Pinheiro, Force Commander da MINUSTAH. “Todo o trabalho feito na capital demonstrou a alta qualidade dos soldados chilenos. Foi uma grande mostra de seu profisisonalismo.”

O atual mandato da MINUSTAH foi aprovado pelo Conselho de Segurança da ONU por meio da resolução 2243 em outubro de 2015.

Fonte: dialogo-americas

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2 Comentários

  1. Lhes garanto que com a ntenção de abrirem mão da cadeira no CS rapidamente Americanos darão sinal verde para o Chile adentrar ao CS.Logicamente que isso seria visto como manobra e neutralizado por Russia e China.

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