Curso de Adaptação Básica ao Ambiente de Selva (CABAS) prepara militares para sobrevivência na selva amazônica

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CABAS proporciona ao aluno conhecer a região amazônica

Há quatro meses integrando o Esquadrão Harpia (7°/8° GAV), sediado em Manaus (AM), o Tenente Aviador Pedro Parra se prepara para ganhar mais conhecimento sobre ambientação na Amazônia e sobrevivência na selva. Ele é um dos 28 alunos que iniciam nesta quinta-feira (16/06) a 24ª edição do Curso de Adaptação Básica ao Ambiente de Selva (CABAS), realizado na capital amazonense.

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“A minha expectativa é que nesse pouco tempo de curso eu também possa estar apto a ajudar toda a tripulação e passageiros que por ventura estejam junto comigo em caso de acidentes na selva”, destacou.

A turma de alunos do CABAS é caracterizada pela diversidade. Nesta edição, o grupo é formado por pilotos, médico, militares da Marinha e da Polícia Militar, além de sargentos de infantaria e mecânica de voo. De acordo com o coordenador do curso, Tenente Aviador Lucas Braz, o CABAS é voltado para todos que venham a se tornar tripulantes das aeronaves que sobrevoam a região amazônica.

“O curso tem a meta principal de incorporar ao aluno uma mentalidade que o leve a entender a região, conhecendo as facilidades que a própria selva oferece. Nosso objetivo não é ministrar instruções relativas a técnicas ou táticas de operações militares em ambiente de selva, e sim ensinar o combatente a sobreviver nesse ambiente”, explica o militar que também já esteve no papel de aluno em 2013.

Segundo ele, o CABAS é um dos cursos mais difíceis promovidos pela Aeronáutica. “Um dos principais desafios é a privação gradativa da alimentação, consequência da imersão dos alunos em uma situação simulada de sobrevivência. A rotina também pode ser desafiadora, eles terão instruções das 7h da manhã às 23 horas, em geral”, ressaltou.

Com duração de 15 dias, a programação inclui três etapas: instruções prévias, parte prática e exercício de sobrevivência em grupo. Com o intuito de tornar o exercício o mais real possível, a simulação é levada a sério. Para se ter uma ideia, o local escolhido é o Centro de Instrução e Adestramento da Policia Ambiental (CIAPA), área pertencente à Polícia Federal, situada às margens do rio Cueiras.

A área fica localizada a 80 km da capital Manaus e o único acesso é por meio de embarcações e helicóptero. Para chegar até lá, os alunos e equipe de coordenação vão embarcar em uma balsa da Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA) em uma viagem com dez horas de duração.

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Logística – 
Os alunos vão participar de diversas atividades, como natação utilitária, pernoite isolado e obtenção de água e fogo. Para executar toda essa programação é necessário um esforço logístico e de preparação que envolve cerca de 35 profissionais.

Foram transportadas para a área de acampamento 7 toneladas de equipamento, entre material das instruções, armamento, munição e itens médicos.

“Nosso objetivo é coordenar a execução de todas as atividades para que tudo saia como previsto de modo que os alunos consigam absorver o máximo de conhecimento possível”, destacou o Tenente Braz.

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Fonte: FAB

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