Embraer poderá adquirir novo motor de aviões russo

O novo motor para aeronaves PD-14 poderá ser instalado não só no novo avião de passageiros russo MC-21, mas também em aeronaves estrangeiras, informou o porta-voz da fabricante Russian United Motor Company. Segundo ele, o equipamento despertou a atenção de três empresas de países do BRICS: a brasileira Embraer, a chinesa Somas e a indiana HAL.

“Ainda não temos acordos assinados, mas esperamos que após a confirmação da competitividade do novo motor e de seus parâmetros econômicos, realizaremos conversações com os parceiros estrangeiros sobre uma cooperação mutuamente benéfica”, disse o porta-voz.

Atualmente, a Russian United Motor Company negocia a venda dos novos aviões MC-21, considerado um concorrente do Boeing 737 e do Airbus A-320. O modelo já tem 175 unidades encomendadas, e sua produção em larga escala será iniciada em 2017. O MC-21 será equipado com motores PD-14, que terão apenas 5% de componentes importados.

“Estamos apresentando os novos motores e aviões russos nos países da Comunidade dos Estados Independentes, América Latina, Ásia e África, que são os nossos principais mercados”, completou.

Publicado originalmente pela agência de notícias RNS 

Fonte: Gazeta Russa

21 Comentários

  1. A Rússia se beneficiou muito com a queda do barril do petróleo, forçou a industria nacional a se aprimorar e investir no mercado externo, isso tem revelado ao mundo suas capacidades e avanços, que além de aumentarem a concorrência no mercado mundial (o que gera queda nos preços), melhorará a vida dos russos.

  2. Texto patético, condizente com a péssima qualidade dos noticiosos russos. A EMBRAER usa em seus produtos motores GE (Linha E-jets) e P&W (Linha E-2), todos eles comprovadamente avançados, com baixo consumo de combustível e excelente rede de suporte espalhada pelo mundo. Não há motivo para a empresa usar em seus produtos motores sabidamente inferiores aos seus concorrentes ocidentais, em especial no que tange à nível de ruído, consumo de combustível, TBO e rede de suporte.

    Quanto ao MC-21 apenas vai vender para as cias aéreas russas e outras pequenas vendas por fora visto que seus concorrentes são nada menos que o jato comercial mais vendido nos últimos 10-15 anos (A-320) e o jato comercial mais produzido de todos os tempos (Boeing 737), ambos agora muito melhores em suas novas famílias (Neo e MAX)

  3. Acho difícil a Embraer usar esses motores, a empresa sofre muita pressão e certamente pensará duas vezes !

    • Pressão de quem mesmo? Por favor! A EMBRAER não usa motores russos pelo simples fato de que os mesmos são inferiores aos atuais motores norte-americanos usados atualmente. Simples assim!

      • ………………………..sem dúvida que as turbinas ocidentais são ótimas …GE, Rolls Royce,Pratt Whitney e Snecma são o filé sagrado do ramo…ocorre tbm que o sol nasceu pra todos e agora nos aparece esta turbina russa pra entrar na faixa das já consagradas ….. como já se sabe,quem não tem competência não se estabelece e se ela não mostrar a que veio os russos desistirão de vende-las ….o tempo ( no caso, o uso) é o senhor da razão ,,,hostilizar o produto por mero parecer ideológico não é o caminho adequado…..outrossim, lembremos que a Rússia já fabricava turbinas desde a época da então União Soviética e pra êles é fácil tanto projetar uma turbina identica ou fazer engenharia reversa e que diferentemente da China,os russos (e até ucranianos) já tem expertise de mais de 60 anos no setor…..aliás.nós deveríamos estar contentes pelo fato de ja haverem turbinas russas à venda pois se no futuro os Estados Unidos retirar sua turbina GE sueca do Gripen, poderemos ter uma candidata russa para o posto……..Sds….

      • Bem lembrado,ficar desmerecendo algo por simples viés ideológico não demonstra sensatez os russos estão vendendo motores de foguetes aos EUA já a algum tempo,desmerecer a capacidade russa e burrice,mas como você bem disse,sera o mercado quem decidira se a turbina é boa ou não !

      • Os motores ocidentais possuem índices de segurança muito maiores que os motores russo, sem falar no nível de ruído, cadeia de suporte, consumo de combustível e TBO. Trate de se informar!

      • S-88……..;;.é lógico que os grandes fabricantes mantém oficinas de manutenção de suas turbinas em todo o mundo ou mesmo firmas de sua confiança dedicadas específicamente à esse trabalho (o TBO = time between overhaul ou em bom português tempos de revisão) como fornecimento substituição de peças e análise de consumo e outros processos ….a GE mantém centros de manutenção em todo o mundo, um dos quais em Petrópolis, a GE Celma….a Avio italiana presta serviços à FAB na manutenção das turbinas Spey MK-807( Rolls Royce) dos caças AMX…se o colega procurar no site da ANAC irá encontrar muitas outras…voltando ao caso
        da turbina russa,duvido muito que a EMBRAER vá peitar suas tradicionais fornecedoras….os russos por sua vez,necessitam de um trabalho logístico de manutenção bem eficaz pra que ela seja sua cliente,onde
        a concorrência é forte…mas…quem sabe? pode até ocorrer que em outras regiões do mundo os russos se firmem solidamente no mercado de turbinas …é um ótimo tema o qual eu há tempos lí bastante…..se não fosse o caso do colega ter uma estreiteza político ideológica tão renitente e tôla seria bom conversar sôbre o assunto…..Sds…….

      • Você lê alguma coisas coisa sobre motores ou só está falando bobagem?

        Estuda um pouco antes de dar “opinião”

      • O turbofan Aviadvigatel PD-14 somente teve seu impulso de desenvolvimento após as sanções ocidentais a Rússia, posto que o inicio de desenvolvimento deste turbofan se dá em meados de 2011, porém o custo de seu desenvolvimento e a grande oferta de turbinas ocidentais impediram a maturação de seu projeto.

        Com a aplicação de sanções ocidentais, principalmente em relação a tecnologias de ponta e o impedimento de contratação de negócios entre empresas russas e ocidentais, o desenvolvimento do PD-14, passou a ser tratado como questão de estado, já que o mercado russo de turbinas aeronáuticas estava sendo dominado pela RR e PW.

        Desta forma, diferentemente do alegado por alguns foristas, o motor russo não perde em nada aos seus congêneres estrangeiros, sendo que ao contrário representa ganho em determinadas áreas, notadamente no seu consumo que é cerca de 15% a 20% menor, bem como em relação ao peso, já que por utilizar de materiais compositos e titânio na sua arquitetura o PD-14 é mais leve, bem como seus custo de aquisição e manutenção entre ciclos e mais baixo que a concorrência.

        Da mesma forma, desmentindo algumas afirmativas acima esposadas, há de se lembrar que o PD-14, cumpre com todas as normas do ICAO 2008, seja em relação ao ruído, seja em função de emissão de gases, estando assim de acordo com todas as normas ambientais, bem como, com as exigências para certificação exigidas pela АП-33, FAR-33, CS-E, ETOPS.

        Da mesma forma, o PD-14, configura-se numa família de turbinas, com diversos modelos, a saber PD-14 137,3 kN ou 14.000 Kgf ou 30.865 lbf de empuxo; PD-14A 122,6 kN ou 12.500 Kgf ou 27.558 lbf de empuxo e o PD-14M 153 kN ou 15.600 Kgf ou 34.392 lbf de empuxo; o que permite que o PD-14 seja usado não apenas no MS-21, mas em diversos outras aeronaves russas, tais como Sukhoi Superjet 100, Sukhoi Superjet-130NG, Tu-204, Tu-214, Tu-334, Ser-200, sendo ainda que há planos de se remotorizar os IL-76 com uma versão do PD-14 denominada de PD-18R com 177 kN ou 18.000 Kgf ou 39.800 lbf de empuxo..

        Assim, é evidente que a Rússia ainda tem de percorrer um longo caminho no mercado de turbinas aeronáuticas, mercado este dominado por americanos e ingleses, mas é evidente que os russos estão no caminho certo e se aproximam da excelência exigida, sendo que apenas a título de comparação em termos de consumo o PD-14 só perde para o LEAP CFM que equipa os Boeing MAX e Airbus, já que este tem uma taxa de diluição de 10:1, enquanto no PD-14 esta taxa é de 8,5:1

        .

      • Obrigado pela explicação,Rprosa.

        Mas eu não critiquei esse motor porque não conheço.
        Acredito que seja bom.

        As alegações russas tem se mostrado verdadeiras, algumas parcialmente, mas ainda bastante próximas da verdade.

        Não tenho o que criticar, porém seria melhor para alguns se informar antes de dizer que isso ou aquilo é lixo, que não presta ou que pega fogo.

        Que estão caminho certo não há dúvidas, a medida que eles aprendem que o cliente é quem sabe o que é melhor para ele e não o fabricante.

        E sinceramente, tirando essa argumentação de ‘bem contra o mal” que vemos aqui desejo sucesso aos russos. O motor não tem nada a ver política e ideologia.

      • Além disso o MC-21 é um projeto bem mais novo que o 737 não seria surpresa se ele for um avião melhor mesmo com as diversas melhorias que o boeing recebeu.

        Porém, devido a maior experiência e recursos que a boeing dispõem é preciso esperar um pouco para ver antes de firmar o que é melhor ou pior. Esperar a opinião de especialistas e usuários.

        Não duvido que o avião russo seja melhor.

      • Rprosa, o uso de materiais compostos e titânio em motores aeronáuticos ocidentais é antigo e remonta o RB211 da Rolls Royce, o CF6-80 da GE e a série PW-4000, de sorte que o motor russo em nada acrescenta tecnologicamente nesse caso.

        Quanto aos custos de aquisição e manutenção, especialmente estes últimos são fortemente influenciados pela rede de suporte mundial. tanto a CFM international como a Pratt & Whitney possuem extensa e consolidada rede mundial, ao contrário dos russos. Apenas esse fator é suficiente para matar qualquer chance de sucesso do PD-14 frente ao LEAP-x e ao PW-1000 Pure Power, visto as já famosa queixas sobre o péssimo pós-venda russo.

        No que se refere ao consumo de combustível o alegado ganho de 15-20% do PD-14 certamente se refere aos anteriores motores russos, o que ainda assim o coloca abaixo do CFM-56 e do IAE V-2500. Por seu turno ambos os motores ocidentais já citados possuem economia de dois dígitos de consumo ante aos anteriores CFM-56 e V-2500 sendo que no caso do LEAP-X essa economia é de 15%.

        Quanto à taxa de diluição, enquanto o motor russo alcança 8,5:1 os motores LEAP-X alcançam de 9:1 a 11:1 ao passo que o PW-1000 vai de 9:1 a 12:1

        Por fim, no que se refere às regulamentações sobre nível de ruído já citadas cabe lembrar que tanto o CFM-56 quanto o IAE V-2500 já as atendem sendo que o PW-1000 possui uma redução de 50% no nível de ruído se comparado aos motores já citados.

      • A Embraer sofre pressão dos seus sócios internacionais, vou dar um exemplo a você, de que a Embraer não tem autonomia, basta lembrar do episódio em que Hugo Chaves quis adquirir aeronaves A-29 Super Tucano e jatos A-1 AMX.
        Seriam 24 Super Tucano e 12 caças AMX, o negócio era estimado em US$ 500 milhões na época, e oque fez a Embraer? nada teve que baixar a cabeça diante da pressáo dos seus sócios dos EUA !

      • E perder o mercado americano??? pois fez ela muito bem, teria passado tecnologia para os venezuelanos e amigos russinhos e chineses estariam agora fuçando os aviônicos e pressão todo mundo sofre de todo mundo. Quer ganhar dinheiro, crescer e ficar rico? então tem que aprender a dançar conforme a musica, assim é a vida!

      • Pereira, pergunte a um chinês rico se ele quer comprar um Cherry ou um Porshe; tá respondido seu questionamento; MERCADO, filho; nem eles querem comprar suas próprias porcarias; só seus governos que compram para manter suas fábricas abertas; mas há excessões; binóculos russos de infrared, por exemplo, são muito apreciados no ocidente; o dia que eles construirem motores melhores que os ocidentais terão mais chances de desbancar os tradicionais fornecedores mesmo aqui; ponha os pés no chão; interesses ideológicos não pagam o almoço.

  4. Eu posso lhes dizer com 100% de certeza: A Embraer nunca ira usar motores que não sejam americanos, canadenses ou ingleses em suas aeronaves, leia-se GE, PW ou RR. Isso não é mercado de carros populares e a Embraer tem um nome por zelar em que qualidade e confiabilidade é tudo.

  5. Só uma perguntinha aos entendidos no assunto; qntas peças de motores russos estão estocados no aeroporto de DUBAI para manutenção imediata das aeronaves, por exemplo? creio que nem um parafuso; já de motores ocidentais, salvo engano, são DOIS BILHÕES DE DÓLARES em peças diversas; alguém ai sabe o porque?

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