Forças Armadas devem ocupar seis favelas durante a Olimpíada do Rio, em agosto.

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As Forças Armadas estão sendo preparadas para ocupar seis favelas do Rio durante a Olimpíada, em agosto. Um estudo elaborado por militares e pela secretaria de Segurança do Estado do Rio prevê ações em comunidades próximas às vias por onde irão passar turistas, autoridades e delegações de atletas.

Nesta quinta (12), o tenente-coronel Luciano Carvalho de Souza, integrante da equipe da Segurança, confirmou o estudo em uma audiência pública na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio).

No início da noite, a assessoria da pasta divulgou nota informando que não “há uma definição sobre a ocupação de novas comunidades”. O Ministério da Defesa confirmou ações de policiamento na área de Deodoro –onde acontecerão parte dos eventos.

O assunto vem sendo tratado de forma sigilosa e o estudo vai levar em conta o cenário da cidade durante os Jogos. O aumento nas estatísticas de violência e a crise econômica no Rio, que interrompeu os investimentos na área de segurança no Estado, levaram ao estudo.

Vem chamando a atenção o grande número de casos de balas perdidas em comunidades e o aumento da violência em vias importantes como a Linha Amarela.

No último sábado (7), a adolescente Ana Beatriz Frade, 17, morreu após ser baleada numa tentativa de assalto na via expressa, que liga o Aeroporto Internacional do Galeão à Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade.

Pela mesma via passarão as delegações e autoridades que seguirão do aeroporto ao parque olímpico na Barra. Junto à avenida estão duas comunidades vistas como problemáticas: Manguinhos e o Complexo da Maré, onde a crise econômica impediu a instalação de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora).

Militares –em alguns casos, com auxílio da Polícia Militar– devem concentrar-se nos acessos às comunidades, impedindo a ação de traficantes armados.

A operação contempla ainda a Cidade de Deus, também localizada junto à Linha Amarela, já próxima à chegada da Barra, além de três comunidades na zona norte: Muquiço,Chapadão e Pedreira. As três favelas ficam a um quilômetro do parque olímpico de Deodoro. Na semana passada, um blindado do Exército foi atacado por traficantes no Muquiço, o que levou os militares a uma ação na comunidade.

O estudo deixa de lado  os complexos do Alemão e da Penha, na zona norte, áreas em que as UPPs têm enfrentado resistência de traficantes de drogas.

Fonte: Folha de S.Paulo

4 Comentários

  1. Junto com a ocupação militar, devia chegar as escolas, quadras esportivas, bibliotecas, dentistas, escolas tecnicas… todo um social,
    Só ocupação militar não resolve, vejamos como estas as UPPS hoje em dia.

    • O problema maior não são estes The har Head, pois temos exemplos como a comunidade de Manguinhos e Maré que receberam investimentos colossais, o próprio governo federal na gestão do Lula investiu quase 100 milhões e transformou a realidade infra estrutural da comunidade,mas o descompromisso do governo estadual e dos órgãos militares deste estado (até porque em parte devem estar envolvidos) faz com que o crime continue atuando livremente, pois verá lucro.

  2. Durante os jogos ok, mas depois precisam sair, pois senão vai causar prejuízo para aqueles que recebem um “por fora” do tráfico de drogas e de roubo de carga.

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