COTECMAR: BUQUE DE DESEMBARCO ANFIBIO

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A concepção deste navio surgiu da necessidade da Armada Colombiana de apoiar suas unidades com uma embarcação capaz de prover apoio logístico como transporte de equipamentos, veículos, suprimentos, combustível e pessoal, sobretudo Fuzileiros Navais (Infantaria de Marina) ao longo das margens dos grandes rios colombianos onde o acesso a muitos lugares só e possível por via fluvial. Alem da utilização militar a Armada Colombiana desejava que a embarcação pudesse ser utilizada em apoio às populações ribeirinhas operando em missões humanitárias, evacuação medica se caso necessário. Atendendo a situações de emergência, catástrofes e apoio logístico nas zonas costeiras e ribeirinhas. Essas missões vinham sendo realizadas por navios tipo LCU (Landing Craft Utility) Classe 1466 fabricado nos EUA ainda na época da Segunda Guerra Mundial no qual vinha apresentando limitações e devido a sua idade avançada.  Levando em consideração destas necessidades a Armada Colombiana lançou os requisitos para seu novo navio.  A Armada Colombiana através do seu setor de desenvolvimentos navais apresentou em 2006 um projeto preliminar para uma nova classe de navio tipo LCU (Landing Craft Utility). Em 2011 foi firmado um acordo entra a COTECMAR e a Armada Colombiana para o desenvolvimento e fabricação da nova classe de navios. Levando em conta os parâmetros estabelecidos pela Armada colombiana bem como a experiência dos tripulantes dos que operavam na classe LCU-1446 a COTECMAR sintetizou um projeto de uma nova plataforma que poderiam operar em áreas fluviais e costeiras.  Tal projeto foi aceito pela Armada e em 2012 foi entregue o desenho final para a revisão pelos engenheiros navais da Armada. Graças a sua experiência a COTECMAR pulou varias etapas no desenvolvimento do novo navio.   O primeiro navio da classe foi batizado de ARC Golfo de Tribugá e recentemente foi entregue a Marinha Colombiana com o segundo navio ARC Golfo de Urabá esta em vias de ser entregue.

 ARC Golfo de tribuga colombian navy.jpg 3

Versatilidade.

Os navios de desembarque Anfíbio COTECMAR BDA (Buque de Desembarco Anfíbio) Ele foi projetado para desembarcar tropas, veículos, e carga em cabeças de praia e áreas Fluviais. Para tal ele possui características que o distinguem de outros tipos de navio. Primeiro o seu desenho diferente com seu casco tendo um fundo chato e tem um desenho especial para que ele seja capaz de abicar.  Sua versatilidade também o transforma num grande vetor de apoio logístico. O mesmo possui capacidade de operar em rios e zonas costeiras possuindo recursos para operar em locais com pouco ou nenhuma infraestrutura.  Para o embarque /desembarque de materiais pesados em terra ele se utiliza de uma rampa acomodada na proa, que se projeta a frente do navio apoiando-se no chão.

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Para situações onde o navio estiver operando sem apoio externo (portos sem guindastes ou transferência de carga) ele conta com um guindaste ou capaz de erguer até oito toneladas de peso, posicionado a boreste do navio. Sua capacidade de carga e de 5.4 mil litros de carga liquida óleo combustível, querosene de aviação e de água potável. Em termos de carga seca o navio pode carregar até o limite de 210 toneladas. No seu convés tem capacidade de acomodar ate 10 contêineres sendo dois refrigerados (Dadas a estas características essa navio também chamou a atenção do mercado civil) ou em caso de missões de evacuação o mesmo pode transportar ate 250 pessoas. Suas instalações e acomodações permitem que sejam transportados até 72 pessoas (maximo). O navio possui um pequeno hospital composto de quatro leitos e material medico/hospitalar. O mesmo pode receber várias equipes médicas se transformando em um completo hospital quando o mesmo recebe contêineres para esta função.

Cotecmar BDA golfo de tribuga armada colombia

A propulsão deste navio é feita por par de motores Caterpillar C18 Acert Racing B cada um gera cerca de 5 550 cv. Esses motores e são conectadas a duas caixas de engrenagens que movem um sistema de propulsão a jatos de água SPJ 82 RD SCHOTTEL no qual podem girar 360º. Esse sistema de propulsão consegue levar o navio a uma velocidade máxima de 22 km/h. Seu alcance e de cerca de 2.800km. Este desempenho pode ser considerado muito bom para um navio com dimensões de 49 m de comprimento, 11 m de boca e 1,5 m de calado máximo e deslocamento Maximo de 6.257 toneladas.

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2 Comentários

  1. …………..esse navio de desembarque cairia como uma luva pros fuzileiros na Amazonia…apesar de pequeno é versátil e em muito ajudaria à Marinha na vigilância regional e à assistência às populações ribeirinhas….resta saber seu prêço…..na época em que Celso Amorim era ministro da Defesa comprou lanchas de vigilancia à Cotecmar…………..

  2. Excelente reportagem descrevendo um navio maravilhoso desenvolvido pela Cotecmar. Há um lançamento errado da empresa em seu site, o deslocamento máximo da BDU não pode ser 6257.5 tons ( seis mil duzentos e cinquenta e sete toneladas e meia ). Acredito haver equivoco e que esse número seja 625,75 toneladas ( seiscentos e vinte e cinco toneladas e setenta e cinco décimos ), isso porque em torno de 6 mil toneladas equivaleria a cerca de 3 navios da classe da corveta Inhaúma, por exemplo, e por comparação, que desloca máximo de 1970 toneladas, isso para um navio de 95,8 metros de comprimento. As antigas LCU classe 1466 tem deslocamento máximo de 360 toneladas, com comprimento de 36,27 metros. Um contratorpedeiro classe Fletcher tinha em média 114 metros de comprimento e deslocava máximo de 2500 toneladas.
    Ao deslocamento máximo designa-se o peso de um navio quando está com o máximo de carga
    permitida a bordo. Corresponde ao navio completo, pronto para o serviço sob todos
    os aspectos, com água no nível superior das caldeiras, todas as máquinas e sobressalentes,
    toda a tripulação e seus pertences a bordo. Paióis de munição e
    projéteis, de mantimentos, tanques de água de alimentação de reserva e de água
    potável, tanques de óleo combustível e lubrificantes, todos atestados. Porões de
    carga cheios e passageiros com suas bagagens a bordo, se o navio é mercante.
    Nenhuma água nos tanques de lastro ou nos duplos-fundos, exceto a água de alimentação
    de reserva das caldeiras.

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