A Marinha italiana ira promover o que poderia ser descrito como uma apresentação para venda de navios de segunda mão no próximo mês, quando irá retirar dezenas de embarcações experientes de serviço para dar lugar a novos navios em seu processo de modernização. Representantes de 11 marinhas de guerra de vários países estarão no evento que será realizado na base de La Spezia entre os dias 24-27 maio, várias classes de navios estarão a disposição para aquisição. A Marinha da Itália tem esperança de angariar recursos com a venda dos navios que serão descomissionados.
Também presente no evento estarão as empresas italianas que oferecem seus serviços para refits e upgrades, que oferecerão aos futuros operadores das embarcações descomissionadas a tecnologia necessária para manter tais meios no estado da arte e em operação com suas marinhas por muitos anos.
“Até agora a Marinha negociou a venda de seus navios individualmente, por isso esta é uma nova abordagem”, disse Laura Parducci, uma funcionária da câmara de comércio local, que organiza o evento. “As pessoas que vem serão capazes de assinar acordos e proceder na aquisição.”
A decisão da Marinha por colocar os seus navios a venda em La Spezia foi devido ao grande número de embarcações descomissionadas. Depois de investir fortemente na renovação da frota em 1970, um número expressivo de navios comprados na época estão agora seguindo para a aposentadoria. Falando no Parlamento em 20 de abril, o ministério da defesa italiano informou que 54 navios serão descomissionados até 2025. Enquanto isso, o chefe da marinha italiana, Giuseppe De Giorgi recebeu a aprovação de um financiamento de € 5.4 bilhões de euros (cerca de US$ 6,1 bilhões de dólares) para o novo programa de construção naval que abrange sete navios multimissão, um navio de apoio, uma navio doca com helicópteros e embarcações rápidas para as forças especiais.
Entre outras compras mais recentes estão as fragatas FREMM, que estão agora entrando em serviço, bem como duas fragatas Horizon e o Cavour. Potenciais compradores em La Spezia poderão visitar navios da classe maestrale, um caça-minas classe Lerici ou uma fragata da Classe Lupo . Um navio de cada classe estão sendo ofertados.
A Itália já vendeu corvetas da classe Minerva para a Guarda Costeira de Bangladesh, e vendeu fragatas da classe Lupo para o Peru há uma década. Parducci disse que as marinhas de Cingapura e Brasil estavam enviando almirantes para o evento, enquanto outras marinhas enviarão representantes incluídos nesta lista Georgia, Japão, Marrocos, Peru, Senegal, Tunísia, Turquia, Uruguai e Nigéria.
“A ideia é que os visitantes possam encontrar empresas como a Fincantieri, que seria a responsável pela atualização de navios, bem como as pequenas empresas que poderiam estar envolvidas no trabalho”, disse uma porta-voz com a câmara de comércio.
Um almirante italiano é esperado para falar de equipar os navios mais antigos com as tecnologias de hoje. “Temas incluirão plataformas não tripuladas e robótica”, disse Parducci. Empresas estrangeiras também estarão presentes, na esperança de obter serviços de modernização dos navios comprados.
“Temos empresas francesas, turcas e canadenses que confirmaram presença”, disse Parducci. “Tem havido contato com as empresas iranianas, mas ainda estamos aguardando a permissão da Marinha italiana para enviar convite formal.”
Fonte: GeoPolitica Brasil.
Interessante…
Da classe Maestrale, a própria ‘Maestrale’ foi desativada no final do ano passado. E a ‘Aliseo’ e a ‘Espero’ estão previstas para darem baixa até 2019. Seria de todo interessante para ao menos cobrir a desativação das últimas Type 22 e da ‘Frontin’ enquanto o PROSUPER não vinga. Não seria nada do outro mundo prepara-las para mais uns dez anos de operação.
A classe Lerici também é de todo o interesse, para substituir ao menos os navios em pior estado da atual classe Aratu.
O problema seria qualquer aquisição dessas golpear politicamente novas compras…
Quanto as Lupo, os filipinos estariam de olho nelas…
salvação da MB
A Itália, fazendo bem o seu papel, investindo em novos meios naval… E descartando a velharia.
E por aqui, muita gente querendo o resto dos outros.
“O lixo dos ricos fazem a alegria dos pobres”. Olha que a Itália nem é tão rica.
As Fragatas Lupo e Maestrale são melhores do que as nossas Niteroi ?
Alfredo,
As Maestrale tem muitas similares com as Niterói.
Já as Lupo ( classe Soldati ), tal como estão, são pouco mais que patrulhas, voltadas para a luta anti-superfície… Estão muito próximas da Barroso, mas o navio brasileiro é melhor equipado e mais “equilibrado”, sendo capaz de tarefas ASW.
Lá vem sucata por aí!!!
………………Bem, depende da sucata….é sucata da boa de vinte a trinta anos de uso por um prêço em conta, que poderia dar a vantagem de ainda mais uns 10 ou 15 anos na MB enquanto a crise financeira do país vai embora dando vez à compra de navios novos
….aliás, a MB está acostumada a sucata, já que comprou muita aos Estados Unidos….agora é so´ por pouco tempo……afinal não ha mal que sempre dure…tudo muda esperar pra ver………….