Segundo informações divulgadas um helicóptero Mi-24 Super Hind pertencente a Força Aérea do Azerbaijão ( Azərbaycan hərbi hava qüvvələri) foi derrubado na região de Nagorno Karabakh pelas pelas forças da Armênia. Segundo algumas agências divulgaram a queda da aeronave como sendo de um Helicoptero Mi-35M. Porem as Forças armadas do Azerbaijão possuem em seu arsenal helicópteros Mil Mi-24 mais precisamente modelos Mi-24 Super hind (Variante do Mi-24 Hind modernizada na África do Sul pela empresa ATE Aerospace).
Entenda o conflito
As forças azeris e armênias travam um intenso combate desde a noite de sexta-feira (1) e o confronto prosseguia neste sábado (2) na fronteira de Nagorno Karabakh, república situada na Transcaucásia. Nagorno Karabakh tem a soberania disputada pelos dois países desde 1988. As duas partes se acusaram mutuamente de violar o cessar-fogo ao lançarem nas últimas horas uma ofensiva com armamento pesado ao longo de toda a linha da frente, confrontos nos quais teriam morrido vários soldados e civis, segundo veículos de imprensa locais.
O governo do Azerbaijão anunciou neste sábado que 12 soldados azeris morreram e um helicóptero foi derrubado pelas forças armênias durante intensos combates. O anúncio foi feito em um comunicado do ministério azeri da Defesa. Já segundo os armênios, o Azerbaijão lançou na sexta-feira um ataque intenso na fronteira de Nagorno Karabakh com tanques, artilharia e helicópteros. Já as forças separatistas (de Nagorno Karabakh, apoiadas pela Armênia) teriam abatido um helicóptero no mesmo dia. O Azerbaijão denunciou ataques armênios com artilharia pesada, morteiros, lança-granadas e metralhadoras contra várias localidades fronteiriças, onde morreu um homem e seu filho ficou gravemente ferido.
“A responsabilidade pela situação criada recai plenamente na Armênia como Estado agressor e ocupante. A comunidade internacional deve condenar firmemente os ataques com artilharia da Armênia”, disse Hikmet Hadjiyev, porta-voz da Chancelaria azerbaijana.
O Azerbaijão assegura que nenhum helicóptero foi derrubado e que suas fronteiras se limitaram a responder a um ataque armênio. Por sua parte, os armênios dizem que um menino de 12 anos foi morto por disparos da artilharia azeri em uma aldeia próxima da fronteira. O Exército armênio emitiu hoje um comunicado no qual acusa o Azerbaijão de lançar uma ofensiva geral com o uso de artilharia, tanques e aviação, e adverte de graves consequências caso se prossigam as ações militares. Os confrontos prosseguiam neste sábado nas regiões de Jojavend-Fizuli y Agdere-Terter-Agdam.
Controle da área
Nagorno Karabakh é uma região situada no Azerbaijão, povoada, na época da União Soviética, por uma maioria armênia. No início dos anos 1990, os separatistas armênios, apoiados por Yerevan (capital da Armênia), assumiram o controle da área em uma guerra que deixou cerca de 30 mil mortos. Em 1994, um cessar-fogo pôs fim ao conflito, mas não resolveu o problema. Apesar de as escaramuças serem frequentes na fronteira, os combates desta sexta e sábado parecem de maior envergadura que as habituais trocas de tiros. O presidente russo, Vladimir Putin, pediu neste sábado que armênios e azerbaijanos cessem os combates no enclave de Nagorno Karabakh.
“Putin pede às partes no conflito uma imediata cessação do fogo e que mostrem moderação”, disse Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin.
O chefe do Kremlin lamenta que a tensão entre ambos países “tenha desembocado de novo em um enfrentamento militar”.
Peskov destacou que ultimamente os mediadores (OSCE, Rússia, EUA e França) tinham intensificado os esforços para regular o conflito por meios pacíficos. A escalada da tensão em Nagorno Karabakh, onde conflitos de maior ou menor magnitude são constantes, foi discutida neste sábado em Washington pelo presidente armênio, Serzh Sargsyan, com o secretário de Estado americano, John Kerry. Os presidentes da Armênia e Azerbaijão estão em Washington, onde participam da cúpula nuclear. A Rússia, que conta com uma base militar em território armênio, informou que segue atenta aos eventos no Cáucaso Sul. O presidente azeri, Ilham Aliyev, que multiplicou nos últimos anos o orçamento de defesa de seu país, insistiu que Baku não renuncia a recuperar Nagorno Karabakh através da força.
Vídeo sobre os Mi-24 Super Hind da Força Aérea do Azerbaijão
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