“Alvo três, 350 metros, dispare quando estiver pronto”, anunciou o observador. Ouviu-se um som metálico quando o atirador desativou a trava de segurança do rifle. O atirador soltou o ar calmamente enquanto pressionava o gatilho. O rifle disparou, e a bala produziu um zunido no ar até atingir o alvo de metal no lado oposto. “Atingido”, disse o observador. “Bom tiro.”
Atiradores da Célula de Treinamento do 1º Batalhão de Reconhecimento da 1ª Divisão de Fuzileiros Navais dos EUA e atiradores brasileiros do Batalhão de Operações Especiais do Corpo de Fuzileiros Navais reuniram-se para um intercâmbio em assuntos específicos na Base Camp Pendleton do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, na Califórnia, em 16 de março de 2016.
Fuzileiros navais dos dois países aperfeiçoaram habilidades de pontaria e tiro trocando experiências, conhecimentos e técnicas entre si.
“Os fuzileiros navais brasileiros têm alta proficiência em suas táticas”, diz o Capitão Tenente do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA Nick Engle, oficial assistente de operações do 1º Batalhão de Reconhecimento. “Gostam de aprender conosco do mesmo jeito que gostamos de aprender com eles.”
O intercâmbio não focou apenas no aperfeiçoamento da pontaria, mas também em uma ampla gama de habilidades que um atirador deve ter para ser efetivo enquanto se esconde do inimigo.
O CT Engle diz que a oportunidade de trocar informações e lições aprendidas com atiradores de outro país fortalece não só as habilidades de cada atirador, mas também os laços entre os fuzileiros navais do Brasil e dos EUA.
“O 1º Batalhão de Reconhecimento tem uma intensa relação com os fuzileiros navais brasileiros, através de intercâmbios como esse”, diz o CT Engle. “É essencial mantermos a troca de conhecimentos e promover a camaradagem através de um bom fluxo de informações e de relacionamento entre os dois países e os Corpos de Fuzileiros Navais.”
Graças ao conhecimento compartilhado, os fuzileiros navais dos dois países têm uma visão sobre como nações diferentes conduzem operações de reconhecimento e empregam equipes de atiradores. “Espero que os fuzileiros navais [dos EUA e do Brasil] entendam melhor como cada um opera, e que a relação sirva de base para mais parcerias no futuro”, diz o CT Engle.
Fuzileiros navais de ambos os países retornam às suas unidades com uma nova bagagem de conhecimento e compreensão adquirida durante o intercâmbio. O fuzileiros navais dos EUA e do Brasil podem agora transmitir a informação aos colegas militares, o que contribui para a melhor preparação dos dois Corpos de Fuzileiros Navais para operações futuras.
Fonte: Diálogos