FAB PÉ DE POEIRA: “Eu me sinto bem profissional agora”

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Soldado J. M. atua na defesa antiaérea

Se a Força Aérea Brasileira for acionada para algum conflito armado, o Soldado J. M. (o militar teve o nome preservado por questões de segurança) provavelmente estará na linha de frente dos combates. Aos 23 anos de idade, o jovem faz parte de uma das unidades de tiro do 1° Grupo de Defesa Antiaérea (1° GDAAE), um motivo para se dizer realizado. “A gente está exercendo um trabalho importante para a Força Aérea”, conta.

Ao lado de outros dois militares, o Soldado J. M. tem a missão de reconhecer as aeronaves no céu e, após um disparo, remuniciar o lançador do míssil Igla-S, arma antiaérea utilizada pela FAB para proteger alvos estratégicos, como uma Base Aérea.

“É preciso ter garra. A gente carrega míssil e equipamento, vai para o meio do mato. E em caso de guerra, a gente pode até ser um alvo”, conta. Cada míssil pesa 12 kgs e o rearme não pode levar mais que alguns segundos.

Para fazer parte da equipe, o treinamento foi intensivo. “Eu não tinha noção do que era. Só sabia que derrubava avião”, conta o militar. Durante o curso de formação, o jovem foi treinado para reconhecer diversos tipos de aviões e helicópteros, e de maneira rápida. “Conheci muitas aeronaves depois que entrei. Aprendi a diferenciar uma da outra”, explica.

Nesta semana, ele está em Santa Maria (RS) para participar do exercício Boca do Monte, uma preparação para os Jogos Olímpicos de 2016. “O treinamento é mais parecido com o real possível. Eu me sinto bem profissional agora”, avalia. São treinados desde procedimentos como infiltração no terreno até o contato com um centro de comando responsável por acionar as unidades de tiro, alertar para a presença de aeronaves hostis e autorizar os disparos.

A expectativa agora é receber o acionamento para proteger uma das arenas esportivas. Para quem nunca saiu do Rio Grande do Sul, a missão poderá ter um caráter especial. “Eu quero poder ajudar o Brasil e poder contar tudo para as minhas filhas”, diz o soldado J. M.

Experiência para a vida

Força, atenção, coragem e treinamento são alguns dos pré-requisitos apontados pelo remuniciador para quem quer fazer parte de uma unidade de tiro. Mas, segundo ele, um outro fator é muito mais importante: espírito de corpo.

“É um trio. Um tem que ajudar o outro”, afirma. Ele e os outros dois membros, um Cabo responsável pela operação da arma, e um Sargento que atua como comandante da unidade de tiro, já atuam juntos há meses. “Precisamos ter uma sintonia”.

Em 2011, quando ingressou na Força Aérea por meio do alistamento militar, a expectativa do Soldado era apenas sair do trabalho como ajudante de serviços gerais em obras de construção civil e buscar terminar o Ensino Médio. Agora, com os estudos concluídos, ele já se prepara para o processo seletivo do Curso de Formação de Sargentos.

Mas, para o Soldado J. M., mesmo se a carreira militar não prosseguir, as lições aprendidas farão toda a diferença. “O quartel me fez isso: ter essa camaradagem, esse espírito de corpo. Ter educação, ter respeito”.

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Fonte: FAB

2 Comentários

  1. Eis aí um problema crônico das FA, a profissionalização dos soldados que lhes servem, aqi no Rio de Janeiro temos um problema com os soldados que dão baixa, alguns vão pro trafico de drogas servir como atiradores, outros são obrigados a começar a vida do zero, pois não foram capacitados em nada, e toda vez que olho as forças armadas de outros países vejo a capacitação profissional e alguns casos até tecnica de seus soldados, aumentando o nível de capacidade da tropa e a qualidade de vida da população, mas não, aqui tem que gastar 60 bilhões pra folha de pagamento e está tudo certo.

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