HAL e DRDO atualizam informações do programa AMCA

 HAL

E.M.Pinto
O DRDO (Departamento de Defesa Indiano) através da ADA (Agência de desenvolvimento aeronáutico) e a HAL (Hindustan Aeronautics Limited) atualizaram as informações do programa Aeronave de Combate Avançada Média (AMCA), o programa indiano para o desenvolvimento de caça de 5ª geração que está sendo desenvolvido por uma equipe da indústria aeroespacial que consiste na ADA, e a empresa de  design e fabricação HAL.

Numa declaração conjunta o DRDO e a HAL atualizaram as informações sobre dos perfis desejados para caça médio a ser desenvolvido. Segundo nota, a aeronave deverá ser:

  1. Monoplace,
  2. Biturbina,
  3. Possuir a capacidade de supermanobrabilidade,
  4. Possuir a capacidade de supercruzeiro,
  5. Será um bimotor,
  6. Possuir a capacidade multifunção,
  7. Capaz de efetuar missões a qualquer tempo,
  8. Ser furtivo.

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Segundo a ADA, os projetos não-oficiais do programa  AMCA tiveram inicio em 2008 com o trabalho sendo considerado oficial apenas em 2011, segundo a nota o set up da aeronave foi concluído em 2014 com a escolha do design final sendo finalizado. Em 2008 a Marinha indiana aderiu ao programa na perspectiva do desenvolvimento de variante navalizada otimizada para a operações a parti de porta-aviões. Tanto a HAL como a ADA afirmam que o primeiro voo da aeronave está programado para ocorrer entre 2023-2024.

Tanto a Marinha quanto a Força Aérea Indiana concordam que o AMCA deverá ser uma aeronave de combate multi propósito,  projetada para a superioridade aérea, ataque ao solo, bombardeio, interceptação, reconhecimento e ataque. O projeto é ambicioso e prevê um caça que combina capacidade supercruise, furtividade, operação com radar AESA, supermanobrabilidade e aviônicos avançados para superar e suprimir aviões de caça de gerações anteriores, operando conjuntamente e integrado a sistemas em solo e no mar.

Segundo a ADA, o projeto preliminar do AMCA sofreu inúmeras modificações especialmente devido à escolha dos motores que o integrarão, porém, a definição do radar e dos sistemas de armas exerceram igualmente influência no set up fnal.

AMCA
Tanto a Marinha quanto a Força Aérea Indiana concordam que o AMCA deverá ser uma aeronave de combate multi propósito, projetada para a superioridade aérea, ataque ao solo, bombardeio, interceptação, reconhecimento e ataque.

A HAL declarou que atualmente, mais de 4.000 homens trabalham no projeto AMCA, estes seriam funcionários de todos os departamentos da ADA, DRDO e HAL, além de colaboradores de algumas outras empresas privadas que se associam ao projeto.

A equipe recém estruturada trabalha em três frentes de trabalhos técnicos destinadas a desenvolver os sistemas de propulsão (vetorização, motores de super cruzeiro),  Furtividade (material radar absorvente), Eletrônica (sistemas  de radar e sistema de processamento de radar ativo).

Motor

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A GE é apontada como uma empresa em vantagem no fornecimento de motores para o programa AMCA, porém segundo a ADA, a os fabricantes Britânicos e Franceses concorrem igualmente para o fornecimento dos motores para o caça 5G indiano.

Índia solicita o desenvolvimento conjunto de motores de quinta geração com nações estrangeiras. Numa estimativa recente, analistas afirmaram que o país poderá necessitar de mais de 2000 motores avançados para o AMCA. Atualmente a Índia desenvolve  um projeto de motor chamado Kaveri. Entretanto, este motor é insuficiente para o programa e isto forçou a Índia a lançar um pedido a muitas nações estrangeiras para o desenvolvimento de um motor em conjunto.

Atualmente três países responderam ao pedido e aguardam para selar o acordo no programa de desenvolvimento do motor do caça AMCA. EUA (General Electric), França (Snecma) e Inglaterra (Rolls Royce) oferecemalternativas de desenvolvimentos de motores baseados no F 414, M 88 e EJ 200 respectivamente.

Fontes consultadas atestam que a empresa norte-americana General Electric leva uma ligeira vantagem no programa porque já fornecem os motores F 404 para o caça leve LCA Tejas. A GE também encontra-se em fase de definição sobre locais de instalação para plantas de produção de peças e motores aeronáuticos na Índia.

Radar

GaN
O AMCA deve ser equipado com um novo radar baseado no GaN, provavelmente derivado da versão proposta para o MIG-35.

É previsto que o AMCA seja equipado com um novo radar AESA baseado no radar de nova geração de GaN cuja participação no projeto deve contar com a projetista russa Zhuk-AE. A Rússia já demonstrou exemplos de radares AESA baseados no GaN (FGA-35) concebidos para o caça MiG-35que forma exibidos em feiras militares. Uma variante demonstrada recentemente era declarada possuir a capacidade de alocar mais de 1000 módulos T/R.

Atualmente não há nenhum caça operacional equipado com radares AESA baseados GaN, No entanto, muitos sistemas terra ar utilizam radares de módulos baseados no GaN.

Os projetistas atestam que a estatal LRDE deu inicio a um projeto de desenvolvimento de uma antena para um radar de GaN de banda X GaN e que esta seria a base do radar AESA do AMCA. A LRDE demonstrou recentemente na ocasião da AeroIndia, um modelo de radar AESA no últimos anos Aero India exposição. No entanto, a antena foi considerada inapropriada para suportar os módulos necessários para o radar de um caça 5G.

Outras fontes porém, relatam que Índia e Israel teriam assinado um acordo para o desenvolvimento de um projeto conjunto para desenvolver um radar AESA baseado no GaN e que este radar seria embarcado em caças. No entanto, devido à importância desse programa da informação é altamente classificada e que por se tratar de uma tecnologia sensível, ainda que Israel tenha a sua relativa autonomia, é de se observar que não se pode excluir a participação dos EUA conjuntamente com Israel.

Sensores

IRST
Os sensores IRST serão instalados no AMCA para fornecer cobertura em ângulos totais como no Rafale e F 35.

Os sistemas de infravermelhos embarcados como IRST, sistemas de alerta de mísseis, sistema de alerta laser também serão incorporados ao AMCA. Os sensores IRST serão instalados no AMCA para fornecer cobertura em ângulos totais  como no Rafale e F 35. A proposta de sistema IRST é um trabalho semelhante ao EOTS do F 35 que  que compartilha informações com unidades amigas  via satélite e links dados altamente seguros.

O AMCA também incorporará sistema de proteção jammer auto jamer para detectar radares inimigo bem como mísseis guiados de ar e solo. sistemas de medidas de ataque eletrônico para confundir os mísseis guiados por infravermelhos e um receptor de alerta radar também adicionado para detectar frequência de radar inimigo .

Estes trabalhos estão sendo coordenado peça LRDE e BEL que incluem muitas empresas privadas e estrangeiros.

Propulsão e Avionics

O AMCA é uma aeronave de dois motores, que a princípio seria equipado com dois motores GTRE k9 + ou K 10 cujas especificações, exigiam entre 11o KN e 125KN de empuxo cada. A aeronave deverá possuir uma massa máxima de descolagem de 29 toneladas, sendo cpaz de transportar internamente cerca de 2 toneladas de armas e 4 toneladas de combustível. Carregado apenas com armas internas o AMCA deverá alcançar a velocidade máxima de Mach 2.5  em altitude e Mach 1,2 ao nível do mar, atingindo uma velocidade de cruzeiro de Mach 1,6 no supercruise. O alcance da aeronave é estimado em  2800 km .

O HAL AMCA tem integrado com as mais recentes aviônicos que incluem um radar AESA, sistemas de aviônicos integrados, Helmet Mounted Display, capacidades Datalink, IRST, EOTS, sistema Multi-funcional integrado de eletrônica de rádio (MIRES), Suite  de contra-medidas eletrônicas, conta medidas à  laser contra mísseis infravermelhos, IRST para alvos aéreos, sensores UV e pods de referenciamento e segmentação de alvos.

Sistemas de armas

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Os armamentos incluem um canhão 23 mm GSH-23

Os armamentos incluem um canhão  23 mm GSH-23 e 8 hardpoints para armas na configuração furtiva e 12 hardpoints máximos para a aeronave em carga máxima não furtiva. O caça poderá ser equipado com misseis BVRAAM, Python 5 e Vympel R-73 .

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O caça poderá ser equipado com misseis BVRAAM, Python 5 e Vympel R-73 .

A HAL afirma que o caça pronto para iniciar a sua campanha de testes no início de 2020 ou antes, e afirma que a aeronave estará pronta e totalmente desenvolvida até 2021. com a produção inicial em baixa taxa até 2024. Em nota a HAL atesta que a Força Aérea Indiana receberá se não houver nenhum percalço,  o primeiro esquadrão de caças AMCA em 2025.

8 Comentários

  1. É assim que se desenvolve uma indústria aeroespacial e não com UFANISMO BARATO ANTIOCIDENTAL fora da realidade… parabéns aos indianos… esse não vai soltar pecinhas e rebites… 🙂

  2. A Índia como sempre quer muito e corre o risco de ficar sem nada…

    Mas a pergunta que não quer calar é:

    Porque que a Índia está querendo um caça que em seus requisitos é IDÊNTICO ao Su-50, se ela JÁ PARTICIPA do desenvolvimento deste????? Se ela é, aliás, co-proprietária deste?????

    De duas uma: ou a tal “transferênphia di tecnurugia” russa NÃO EXISTE, ou o tal Su-50, apesar da torcidinha antiamericanalha em sentido contrário, vem se demonstrando UMA BELA BOMBA!

    🙂

    • Penso o mesmo, não é hora de gastar em novo programa, deveriam focar no FGFA e um 4,5 back up. o AMCA corre o risco de virar mais um LCA.

  3. Um país de 1 bilhão de habitantes como a Índia , com necessidade de gerar uma quantidade enorme de empregos e se defender de vizinhos poderosos(China, Paquistão e etc) não pode se dar ao luxo de confiar sua defesa completamente em potências estrangeiras….superioridade aérea é uma questão de vida ou morte naquela região.

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