Alemanha quase dobra exportação de armas em um ano

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Ministério da Economia afirma que vendas subiram e geraram 7,5 bilhões de euros em 2015, apesar da intenção do governo de ser mais rigoroso nas autorizações de exportação.

O volume de exportação de armas alemãs em 2015 quase dobrou em relação ao ano anterior, chegando a 7,5 bilhões de euros, ante cerca de 4 bilhões em 2014, anunciou nesta sexta-feira (19/02) o vice-chanceler e ministro da Economia da Alemanha, Sigmar Gabriel, ressaltando que “situações especiais” contribuíram para esse aumento. O número é preliminar e não envolve cooperações para o armamento com outros países, por exemplo da União Europeia ou da Otan. O relatório final do Ministério da Economia deve ser apresentado nos próximos meses.

Gabriel disse que houve "situações especiais" em 2015
Gabriel disse que houve “situações especiais” em 2015

Gabriel citou os contratos de vendas de aviões-tanque para o Reino Unido, no valor de 1,1 bilhão de euros, e de mísseis para Coreia do Sul, em 500 milhões de euros, como exemplo de “situações especiais”. O ministro ressaltou ainda que alguns contratos foram fechados no governo anterior, como a entrega de mais de 60 tanques para o Catar, no volume de 1,6 bilhão de euros. Gabriel disse que ele não teria autorizado esse negócio, mas ressalvou que cancelá-lo envolveria uma decisão unânime de todos os ministérios que o autorizaram, o que não seria possível.

O vice-chanceler ressaltou, porém, que uma venda semelhante para a Arábia Saudita foi bloqueada. Em 2013, quando assumiu o cargo, ele afirmou que limitaria as exportações de armas, que, na Alemanha, necessitam de autorização do governo. Mesmo com o aumento, Gabriel falou em progressos na meta do governo de avaliar com mais rigor as autorizações de exportações. “Avançamos bem no objetivo de reorientar a exportação por princípios políticos”, disse. Como exemplo, o ministro citou a redução na venda de armas de pequeno porte para os países que não pertencem nem à União Europeia nem à Otan nos últimos três anos.

Em 2014, a venda dessas armas para esses países havia movimentado 21,6 milhões de euros, caindo para 16 milhões de euros no ano seguinte. Esse tipo de armamento pode ser usado em guerras civis e engloba metralhadoras, granadas e lança-mísseis portáteis. A oposição criticou os dados apresentados, afirmando que os números representam um retrocesso na política alemã de exportação de armas, e pediu o fim das vendas para países do Golfo Pérsico. A Alemanha é o quarto maior exportado de armas do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, da Rússia e da China.

Fonte: DW

6 Comentários

  1. Uma industria bélica forte significa Pais forte, com tecnologia que acaba beneficiando toda a matriz produtiva do Pais sem falar na geração de empregos. Lamentavelmente nosso embrião de industria concebido a duras penas nos anos 70 e 80, foi jogado no lixo na década de 90.
    Sds

    • TUDO o que os militares criaram durante os anos 70 e 80 foram destruídos depois da “redemocratização” que hoje nos empala com 50 de impostos diretos e indiretos e NADA é capas de criar por pura INCOMPETÊNCIA… FATO !!!…

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