Opinião: Capacidade chinesa de integração com o espaço pode tornar os Porta Aviões Obsoletos

the-ford
Um artigo publicado pela mídia americana National Interest de autoria de Harry J. Kazianis afirma que o “O navio de guerra mais caro já construído já poderia estar perto de obsolescência” e prevê o fim da era dos porta-aviões.

Tradução e adaptação: E.M.Pinto

Harry J Kazianis
Harry Kazianis, o ex-editor executivo do The National Interest, é um renomado especialista militar. Ele cita Jerry Hendrix, Senior Fellow e Diretor do Programa de Estratégias e Avaliações do do Center for a New American Security.

“A maioria das plataformas de armas são eficazes apenas por um período limitado, um intervalo que fica mais curto à medida que a história avança. Mas até os últimos anos, os Porta aviões haviam desafiado as probabilidades, continuando a demonstrar a supremacia militar dos Estados Unidos em todo o mundo, sem qualquer desafio dos nossos inimigos. Esse período de “Glória” pode ter terminado, isso porque, a China e a Rússia estão a introduzir novas armas chamadas assassinos de Porta Aviões. Mísseis que custam US $ 10  a US $ 20 milhões cada um e que podem segmentar navios de bilhões de dólares da Marinha americana até 900 milhas da costa.”

Harry J. Kazianis 12 de fevereiro de 2016

O mais recente e maior porta-aviões da Marinha dos EUA, o USS Gerald Ford, quando concluído e se juntará às fileiras dos navios de guerra mais avançados do mundo já lançados no mar. Ele transportará uma ala aérea com poder de fogo inigualável.

Ele será defendido por alguns dos mais poderosos navios de guerra do planeta. Chegando a um valor estimado em US$ 15 bilhões de dólares, a embarcação mais cara e surpreendente da história poderá estender-se na história como símbolo da projeção de poder e domínio militar dos EUA.

Repare que eu usei a palavra “pode”. Pelo simples fato de ninguém realmente saber com certeza, mas as tendências apontam para tempos perigosos pela frente. Nós sabemos uma coisa com certeza, o porta-aviões poderoso está sob o cerco e sem grandes mudanças para as suas capacidades, investindo bilhões de dólares de defesa já escassos essa ideia parece ser desastrosa.

Vários artigos recentes, que vão desde sites populares até  publicações academicas da temática apontam quase que unanumimene para o mesmo conjunto de problemas. Os países com os meios tecnológicos, especificamente grandes potências como China e Rússia são consideradas pelo Pentágono como “o próximo grande desafio”. Isto porque as plataformas de mísseis em desenvolvimento, podem atingir a partir de longos alcances e em ataques massivos vários alvos. Tais armas precisas, usando equipes altamente treinadas, combinados com os meios para encontrar o seu destino na vastidão dos oceanos, poderia transformar os super porta aviões da América em cemitérios de multi-bilhões  dólares para milhares de marinheiros americanos.

Embora muitas dessas armas nunca tenham sido disparados contra alvos navais, algumas nem sequer testadas contra um alvo naval a enorme proliferação de tais sistemas apontam para uma crise para flattops da América.

Dois artigos recentes contribuem para solidificar esse grande desafio.

  • O Primeiro, uma alfinetada para Politicos de Jerry Hendrix, Senior Fellow e Diretor do Programa de Estratégias e Avaliações Defesa no Centro para uma Nova Segurança Americana, temendo os desafios como descrito acima, argumenta apaixonadamente para uma mudança no plano de suporte de longo prazo da Marinha os EUA. Ele observa que “a decisão da Marinha sobre Porta aviões hoje afetará o poder naval dos EUA durante décadas. Estes navios deverão ser efetivos em combate pelos idos de 2065, 150 anos depois que a ideia de um porta-aviões foi concebida “Ele também observa.

“. . . a maioria das plataformas de armas são eficazes apenas por um período limitado, um intervalo que fica mais curto a medida que a história avança. Mas até os últimos anos, o Porta aviões desafiava estas probabilidades, continuando a demonstrar o poderio militar dos Estados Unidos em todo o mundo, sem qualquer desafio dos nossos inimigos. Esse período de glória pode ter terminado pois a China e a Rússia estão a introduzir novas armas chamados de “assassinos de Porta aviões” mísseis-que custam US $ 10 milhões a US $ 20 milhões cada e que podem segmentar plataformas de bilhões de dólares agindo a partir de 900 milhas da costa “.

“Ao mesmo tempo, as decisões internas da marinha de cortar a gama de aeronaves de ataque embarcados no Porta aviões  pela metade, para 496 aeronaves  torna as cosias ainda piro. Se quiséssemos atingir os nossos inimigos com essas aeronaves, o militar teria que colocar os veículos bem dentro do alcance desses mísseis “assassinos “, isso seria uma missão cheia de perigos para o navio e sua tripulação “.

Mark Cancian, um ex-alto funcionário do Pentágono, atualmente servindo como um conselheiro sênior do Programa Internacional de Segurança CSIS, faz argumentos muito semelhantes aos de Hendrix, mas com algumas diferenças.

“Os críticos se qeustionam cada vez mais se os Porta aviões tornaram-se demasiadamente vulneráveis. Nenhum destes navios foi seriamente danificado por ação inimiga desde a Segunda Guerra Mundial. Mas o futuro, como sempre, é incerto. Os porta aviões são construídos com muitos recursos redundantes e capacidade de sobrevivência. Note que durante um incêndio acidental no USS Forrestal, em 1967, o navio resistiu ao equivalente a nove explosões de bombas. Por outro lado, as armas dos atuais adversários são inigualavelmente mais sofisticadas e podem ser capaz de penetrar as defesas dos grupo de ataque e retirar de operação estes navios. “

O autor continua, mais uma vez, ecoando pontos semelhantes aventados por Hendrix:

“Em meio as disputas sobre a utilidade dos Porta aviões, a maioria dos observadores concorda que seus aviões são demasiados de curto alcance. Durante os anos 1980, o alcance médio das aeronave estava em 900 milhas. Agora é 500 milhas e não vai ficar melhor com a introdução do F-35. Em ambientes permissivos [bombardeios ao ISIS], este não é um problema, porque as aeronaves podem ser reabastecidas para alargar o seu alcance. Isso muda completamente em ambientes de alta ameaça [como uma guerra com a China ou a Rússia], ali, é plausível pensar que o reabastecimento pode não ser possível. Então qual seria a solução? Em minha opinião, os Portas aviões precisam de plataformas de ataque que podem atacar alvos terrestres de longo alcance em 1500 milhas, destaco que o novo míssil “Matador de Porta Aviões” DF-26 pode ter um alcance de cerca de 2.500 milhas. Aeronaves remotamente furtivas, remotamente pilotadas seriam idndicadas para penetrar o espaço aéreo protegido por defesas aéreas avançadas que já operam sem sistemas integrados de redes de batalha como os da Rússia  e China.

Infelizmente, esta possibilidade parece improvável frente a recente decisão do Pentágono de transformar tal esforço em curso, o programa UCLASS em uma aeronave reabastecedora remotamente pilotada. Enquanto a lógica seria esperar qeu tal plataforma de ataque como apresntado, não seria uma coisa fácil de se projetar, desenvolver e implantar enquanto por outro lado se aumenta a gama disponível de aeronaves navais como o F-18 e F-35,  tecnologicamente mais simples. tais esforços não podem ser abandonados, apenas porque eles são difíceis de vir a campo.

Como os relatórios sugerem, este novo avião de reabastecimento remotamente pilotado não será furtivo. Isto serve para indicar os problemas nos projetos, mas na verdade, se considerarmos que um adversário em potencial passe a concentrar seus ataques contra essas aeronaves de reabastecimento, os Porta aviões seriam forçados a ter que se aproximarem mais ainda das baterias de mísseis do inimigo, estes problemas devem ser minunciosamente mitigados.

UCLASS
Infelizmente, esta possibilidade parece improvável frente a recente decisão do Pentágono de transformar tal esforço em curso, o programa UCLASS em uma aeronave reabastecedora remotamente pilotada.

Aqui está uma idéia quevale a pena considerar, por que não desenvolver uma aeronave de reabastecimento em curto prazo e a longo desenvolver uma aeronave de maior autonomia furtiva, uma plataforma UCLASS remotamente pilotada? Sim, dólares de defesa são escassos. No entanto, esta pode ser a melhor solução para um problema complexo e de longo prazo.

Não vamos ser enganados pelas manchetes nem enfiar a cabeça na areia só porque Washington e seus aliados podem martelar o ISIS, um grupo terrorista que não tem os meios para lutar, isto não significa que o porta aviões está a salvo de danos. Temo que, se nós não dermos aà arma mais cara da América as plataformas de  ataque que necessita para atacar a partir de um certo alcance, o porta-aviões poderia juntar-se aos navios de guerra de antigamente como museus flutuante, mais cedo ou mais tarde.

O Porta aviões pode ser salvo, mas não temos a vontade política para fazê-lo?

Análise e comentários -Tienanmen

No entanto, ele ainda acredita que o problema pode ser resolvido através do alargamento da gama de ataque de um Porta Aviões por sistemas de armas  UCLASS* para que um porta-aviões possa atacar o solo inimigo fora do alcance dos mísseis assassinos de Porta aviões.

Entretanto Kazianis se esquece que o alcance dos mísseis assassinos  também podem ser estendidos com o progresso da tecnologia e que os UCLASS podem ser abatidos após serem detectados pelas novas tecnologias em Radares de defesa aérea e caças.

De qualquer forma, o poder de fogo de um Porta aviões é limitado pelo número de aviões que pode transportar, porém, o poder de fogo das armas baseadas em terra como mísseis, aviões de combate, bombardeiros são quase ilimitadas. Um ataque à países dotados de sofisticados sistemas de defesa pelo mar a partir da costa com a mesma força está condenada ao fracasso, pois não têm a vantagem geográfica.

Essa é a consideração convencional

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Segundo kazianis, o período de “glória” dos Porta Aviões pode ter terminado, isso porque, a China e a Rússia estão a introduzir novas armas chamadas assassinos de Porta Aviões tal como o Míssl Chinês DF-21.

O artigo em questão deixa de levar em consideração as capacidades integradas de sistemas espaciais e aéreos para ataque e defesa que a China tem vindo a desenvolver desde 2004. O que a China está desenvolvendo é a tecnologia da era espacial. Na seção de “O Fim da Era do porta-aviões” (tardução) o livro que retrata Espaço Estratégia da era em que a China pretende superar os EUA.

Os especialistas militares norte-americanos Mark Stokes e Ian Easton entendem que apesar do desafio técnico, a China é muito interessada ​​em veículos de voo espacial de órbita baixa (próxima) devido as suas capacidades de reconhecimento, link de comunicações, contramedidas eletrônicas e ataque de precisão.

No entanto, eles não deixam claro se as operações de ataque de precisão vêm dos veículos de voo espacial perto ou se esses veículos apenas fornecem dados e orientação para mísseis lançados a partir de outras plataformas. Acredita-se que o ataque virá de veículos em voo de quase-espaço, ou seja, entre o espaço e a atmosfera. É por isso que as capacidades espaciais e aéreas integradas da China tem vindo a desenvolver-se e são consideradas pela China como capacidades de ataque e defesa.

A tecnologia do acerto terminal já foi alcançada para o DF-21D, mas não será muito melhor em termos de orientação direta do veículo quase-espaço além disso, essa arma será muito mais rápida devido ao escoamento hipersônico e assim, o porta-aviões alvo fácil sem possibilidades de fuga”.

“Se um míssil “Assassino Porta-aviões” semelhante ao DF-21D,  for lançado de um veículo em autitude próxima aoto do espaço, qual será a consequência? A tecnologia do acerto terminal já foi alcançada para o DF-21D, mas não será muito melhor em termos de orientação direta do veículo quase-espaço além disso, essa arma será muito mais rápida devido ao escoamento hipersônico e assim, o porta-aviões alvo fácil sem possibilidades de fuga”.

O navio de guerra mais caro  já construído, já poderia estar perto da Obsolescência

  • UCLASS, do inglês, Unmanned Carrier Launched Airborne Surveillance and Strike

Harry Kazianis (grecianformula) é o ex-editor executivo do The National Interest. Kazianis atualmente atua como associado Senior  (não residente) para a Política de Defesa do Centro para o Interesse Nacional, bem como associado para Assuntos de Segurança Nacional na Fundação Potomac. Ele é o editor e co-autor do Centro para o relatório de Center for the National Interest para a Ásia.

Fonte:Tiananmenstremendousachievements

34 Comentários

  1. “Um ataque à países dotados de sofisticados sistemas de defesa pelo mar a partir da costa com a mesma força está condenada ao fracasso, pois não têm a vantagem geográfica.”
    A URSS já tinha essa doutrina (e a Rússia ainda continua com ela) , o TU 22 e o TU 22M são exemplos de aeronaves que foram concebidas para isso, portando armamento exclusivo para isso. Em especial o TU 22M na minha opinião conseguiu o máximo da capacidade anti-porta aviões possível em seu tempo, até nos dias de hoje é uma aeronave formidável e ainda assim a marinha dos EUA tinha como tentar neutraliza-lo ou pelo menos minimizar seus danos – caso o contrario os PA já estariam obsoletos na década de 80, a própria URSS também quis ter os seus PA.
    Acho um tanto cedo para achar que uma nova arma vá inviabilizar o PA, tornando-o obsoleto, mesmo porque essas armas em questão tem muita especulação. O maior inimigo hoje de PA são questões financeiras, não sai barato manter um brinquedo daqueles mesmo para os EUA.
    Sds

    • Basta apenas um enferrujadinho obsoleto diesel-elétrico repousando no fundo do oceano para fazer toda uma poderosa esquadra ter medo.
      NAe hoje é ostentação de poder.

  2. Na verdade no mundo atual quanto maior, maior o tombo, isso vem desde a guerra fria onde um caça operado num porta aviões tinha um custo operacional 3 x maior que um operado em terra (o interesse é no lucro da empresa claro) deixando de lado a capacidade em caso de guerra.
    Isso sem levar em conta os submarinos, eu creio que o navio de guerra em si esta com os dias contados, é um alvo muito fácil no meio do oceano, principalmente um grande grupo de batalha.

    A guerra no mar no futuro vai ser dos subs, caças e de navios menores na costa, e no mar aberto navios autônomos como um misto porta aviões e cruzador no máximo na faixa de 20.000 toneladas operando sozinho.

  3. A matéria é excelente, sanou as minhas duvidas em alguns pontos e trouxe mais conhecimento no tange guerra contra embarcações navais.

  4. Isso ! …. é o que eu sempre disse aqui … olha só no que deu .. rsrs
    .. depois os entendidos em tecnologia XING-LING e em tecnologia russa da década de 60 do século passado, ficam chateado e reclamando que faço trolagem aqui. 😉

  5. Para mim, todos os analistas esqueceram-se de mencionar que os destroyers e os submarinos também estão dotados de Mísseis de cruzeiro com capacidade igualável de atacar as baterias de lançadores em terra, claro, isto depende também de uma série de fatores, mas ainda sim este é apenas mais um dos instrumentos de defesa do grupo de ataque e seu porta aviões.
    De fato vejo as coisas sobre a seguinte ótica, o porta aviões tornou-se mais vulnerável e necessitará de mais sistemas de defesa, mas os UCAV não sei se seriam a solução pois precisam penetrara nas defesas inimigas tão arriscadamente quanto os caças tripulados, o que vale pra um, valerá para outro.
    Porém a idéia de mísseis de ataque de maior alcance ou lançados de órbita baixa são sim um fator que preocupa e ainda bem que ainda não estão operacionais.
    Pra mim, o fator principal disso é que seja china, seja rússi, seja os EUA, cada vez mais o gap tecnológico e destrutivo entre as super potências alarga-se em comparação com países como a nossa republica de banana que preocupa-se apenas com a próxima eleição.
    Vida longa aos super portaaviões, os mares vão ficar muito chatos sem eles…

    • Me parece mais peça de Lobby! Existem setores na indústria bélica dos EUA e mesmo na USN que defendem um predomínio do submarino ou mesmo de mais meios de controle marítimo

  6. Armas antinavio podem fazer os aeródromos ficarem cada vez mais longe da costa, mas jamais irão torna-los obsoletos. O propósito de um NAe é levar o poder aéreo a qualquer lugar, e até que criem outras formas de faze-lo de forma mais eficiente, os NAe vão continuar a dominar os mares. Se armas antinavio fossem fazer uma embarcação de superfície obsoleta, então armas antiaéreas teriam tornado aeronaves obsoletas, mas não o fizeram, apenas as forçaram a se adaptar ao novo cenário, levando a 5ª geração de aeronaves: furtividade, superior consciência situacional, guerra eletrônica e novos armamentos stand-off. Não vai ser diferente com os navios.

  7. Duvido que chineses e russos pensem dessa forma, já que estão desenvolvendo seus próprios NAe…

    Amigos…

    Como bem disse o Lucas Senna, a função de um NAe é levar poderio aéreo além mar. E não há nada hoje que faça isso melhor…

    Da mesma forma que as armas anti navio evoluíram, as defesas contra esses meios também evoluíram… Se até a uns trinta anos era possível fazer um rasante em uma fragata e lançar bombas burras, hoje somente é possível, no máximo, lançar mísseis no horizonte/radar e em quantidade suficiente para saturar defesas de ponto; isso se não houver um NAe junto…

    A rigor, o circulo defensivo de uma força tarefa centrada em um NAe pode se estenter por mais de 800km… Isso pode simplesmente anular as aeronaves táticas e dificultar muito a vida de tipos como o Tu-22 e Bear, que precisam se aproximar dentro desse círculo para lançar suas armas mais perfomantes…

    Certas “soluções”, pra mim, são inconclusivas… Custo a crer, por exemplo, na eficiência de um míssil balístico como o DF-21 para acertar um porta-aviões, ainda mais levando em consideração a quantidade de fatores que tem que dar certo para um míssil balístico acertar um alvo em movimento a milhares de quilômetros de distância do ponto de lançamento em um ataque que será lançado justamente contra um sistema pensado para deter ataques multiplos de mísseis balísticos e que comprovadamente funciona… Um RIM-161 poderia interceptar um DF-21 ainda em sua fase intermediária de voo…

    • “_RR_
      Hoje 18:54

      A rigor, o circulo defensivo de uma força tarefa centrada em um NAe pode se estenter por mais de 800km… Isso pode simplesmente anular as aeronaves táticas e dificultar muito a vida de tipos como o Tu-22 e Bear, que precisam se aproximar dentro desse círculo para lançar suas armas mais perfomantes…”

      Errado…por mais que um sistema defensivo seja avançado eles sempre estará limitado pela curvatura da terra…a curvatura determina o máximo horizonte no qual pode trabalhar um radar sem restrições..o que da mais ou menos uns 25 a 30 km em qualquer direção…na guerra das Malvinas os Argentinos obtiveram êxito simplesmente usando vetores para atrair a atenção enquanto células a muito baixa altitude a partir de uma distância segura afundavam as fragatas mais modernas da época… Com estratégia correta qualquer armamento se faz letal…

      “Certas “soluções”, pra mim, são inconclusivas… Custo a crer, por exemplo, na eficiência de um míssil balístico como o DF-21 para acertar um porta-aviões, ainda mais levando em consideração a quantidade de fatores que tem que dar certo para um míssil balístico acertar um alvo em movimento a milhares de quilômetros de distância do ponto de lançamento em um ataque que será lançado justamente contra um sistema pensado para deter ataques multiplos de mísseis balísticos e que comprovadamente funciona… Um RIM-161 poderia interceptar um DF-21 ainda em sua fase intermediária de voo…”

      Errado..nenhum sistema de defesa anti aéreo tem capacidade de interceptar Marvs em velocidades hipersônicas….em manobras de alto G…o DF-21D foi pensado para empregar veículos de reentrada manobráveis​​(Marvs) com sistema de orientação terminal e com o apoio gradativo/gradual de UAVs e satélites adicionados..o SM-3 não é eficaz pois foi projetado para interceptar mísseis apenas na fase “mid-course” no espaço… por isso teria que ser lançado quase imediatamente para acertar antes da reentrada ou a partir de um navio Aegis posicionada sob sua trajetória de voo….

      a China lançou recentemente uma série de satélites para apoiar os seus esforços ASBM:

      -Yaogan -VII electro-ópticos por satélite – 09 de dezembro de 2009

      -Yaogan-VIII radar de abertura sintética por satélite – 14 de dezembro de 2009

      -Yaogan-IX Naval Oceano Sistema de Vigilância da constelação (NOSS) (3 satélites em formação) – 05 de março de 2010.

      -Yaogan-XVI Naval Sistema de Vigilância Oceano constelação (NOSS) – 25 de novembro de 2012

      segundo informações a China esta trabalhando em um radar Over-the-horizon para localizar os alvos para seus sistemas ASBM…testes com misseis foram feitos recentemente em 2013 contra um alvo no deserto de Gobi …em um recente relatório de análise militar Russo sobre o DF-21D concluiu-se que a única maneira de se combater com êxito este sistema ASBM seria através de contramedidas eletrônicas….intercepções convencionais contra alvos de alta velocidade são desenvolvidas pelos eua …no relatório Russo chega a se citar a intercepção de um satélite avariado 2008 por um cruzador dos eua mas nessa situação o navio de guerra estadunidense tinha o completo conhecimento da localização e trajetória do alvo….contra um ataque a Mach 10 de um DF-21D sem saber o ponto de lançamento do míssil a única forma de combate-lo seria através de contramedidas eletrônicas…pois a mobilidade do veiculo lançador permite disparar no curto prazo e impedir neutralizações por sistemas anti aéreos como o SM-3…

      A China também realizou com sucesso um ensaio em voo de um veículo hipersônico lançador de mísseis capaz de penetrar qualquer sistema de defesa com ogivas nucleares de acordo com o Pentágono…. um veículo planador hipersônico(HGV/hypersonic glide vehicle) apelidado de “Wu-14″ pelos estadunidenses foi detectado voando a 10 vezes a velocidade do som durante um voo de teste sobre a China…. segundo relato de um funcionário do Pentágono ao jornal online Washington Free Beacon(WFB)….um porta voz do Pentágono confirmou posteriormente a informação mas não quis dar mais detalhes….“Nós monitoramos rotineiramente as atividades de defesa estrangeiras e estamos cientes do teste”, disse o porta-voz do Corpo de Fuzileiros Navais dos eua….o tenente-coronel Jeffery Pool ao WFB…peritos militares chineses comemoraram o teste pois a China agora é o segundo país depois dos eua a testar com sucesso um veículo lançador hipersônico capaz de transportar ogivas nucleares a uma velocidade acima de Mach 10….e uma arma como essa é vista há tempos por especialistas como um divisor de águas em segurança porque pode atingir um alvo antes que qualquer dos atuais sistemas de defesa antimísseis possa reagir….

      https://www.youtube.com/watch?v=EEVlafWZwak

      ~~

      Yeah To Troll, Bitch!

      https://www.youtube.com/watch?v=YDwyOtoK53g

      • Caramada…

        O circulo defensivo do NAe compreende seus caças e suas outras aeronaves… A curvatura limita os radares dos navios, mas não sistemas AEW…

        “o SM-3 não é eficaz pois foi projetado para interceptar mísseis apenas na fase “mid-course” no espaço”

        Isso aí… Ele vai interceptar o DF-21 na fase intermediária de voo, antes de lançar seu MIRV…

      • “_RR_
        18 de fevereiro de 2016 10:21

        Caramada…

        O circulo defensivo do NAe compreende seus caças e suas outras aeronaves… A curvatura limita os radares dos navios, mas não sistemas AEW…”

        e o senhor esta pensado o que?!…que sistema AEW estará 24 horas em todos os lugares ao mesmo tempo cobrindo tudo como um radar Over-the-horizon é?!…onde todos os ataques de saturação serão anulados…que todo e qualquer sistema defensivo estadunidense/ocidental é infalível e impenetrável como nos filmes de Hollywood é?!….só porque vc quer né camarada….hihihihi…. 🙂

      • “_RR_
        18 de fevereiro de 2016 10:21

        Caramada…

        O circulo defensivo do NAe compreende seus caças e suas outras aeronaves… A curvatura limita os radares dos navios, mas não sistemas AEW…”

        agora os sistemas AEW estadunidenses se tornaram radares Over-the-horizon ….agora os sistemas AEW estadunidenses detêm capacidade Over-the-horizon….era só o que faltava de vcs agora…..hahahaha…. 😛

      • “e o senhor esta pensado o que?!…que sistema AEW estará 24 horas em todos os lugares ao mesmo tempo cobrindo tudo como um radar Over-the-horizon é?!”

        Em situação de crise, sempre haverá algum “piquete radar” no ar… A depender da situação, não precisa nem ser um AEW da própria frota… No Golfo, por exemplo, as aeronaves da USN cooperaram com as AWACS da USAF…Nesse caso, há ainda toda a rede de sensores espalhadas pelo Pacífico que poderiam ser usadas como alerta antecipado…

        “agora os sistemas AEW estadunidenses se tornaram radares Over-the-horizon”

        Um radar montado num avião vai além do horizonte/radar dos radares dos navios, já que uma aeronave vai a centenas de quilômetros a frente da frota e eventualmente do horizonte/radar… Aliás, uma das funções do AEW naval é justamente compensar essa deficiência…

      • Máquina… Deixa de ser troll que finge saber tudo, é feio… Além de ser chato.

        – Quem interceptaria DF-21 em fase final Seria o S-M6.

        – Vem ai o SM-3 Block IIA, desenvolvido em parceria com os Japoneses: http://www.raytheon.com/capabilities/rtnwcm/groups/gallery/documents/image/sm3_body_infog.jpg

        http://www.raytheon.com/capabilities/products/sm-3/

        – Enquanto a China esta indo, o pessoal da NATO já está vindo:
        https://www.thalesgroup.com/en/netherlands/defence/press-release/excellent-performance-hms-de-zeven-provincien-international-0

        https://www.youtube.com/watch?v=bDGm8ayROhY

        “agora os sistemas AEW estadunidenses se tornaram radares Over-the-horizon”

        – Ahhh, Máquina, não faz isso não… Vou calcular pra você:
        Uma aeronave AEW voando a 10.000 m de altitude, que daria algo entorno de 32808,4 pés, algo relativamente baixo para um AEW, teria um horizonte de radar (se as condições atmosféricas forem todas excelentes, dentro da CNTP) de 412.412,57659452304 m… A terra é redonda, quanto mais alto, mais longe você enxerga, e pros dois lados. E isso daria um raio de cobertura de 824.825,153189046 m. Ai o que manda é a potência do radar, se ele conseguir cobrir este horizonte, ótimo…

        “e o senhor esta pensado o que?!…que sistema AEW estará 24 horas em todos os lugares ao mesmo tempo cobrindo tudo como um radar Over-the-horizon é?!”

        – Cada PA leva embarcado quatro E-2 Hawkeye (mais poderiam ser acrescentados), então, muito provavelmente dois poderiam estar sempre voando.

        https://www.youtube.com/watch?v=29X52Hml0Wo

  8. E a nova geração de lasers embarcados em navios de superfície e que se deseja equipar as futuras aeronaves operadas em PA’s, não seriam a reposta futura para defesa dos comboios?

    • vou postar aqui o que postei num comentário num grupo de amigos que participo.

      Lasers são passíveis de contra medidas, como toda onda eletromagnética sofre Reflexão, refração e difração. Superfície especulares podem refleti-lo, outras táticas são o uso de sistemas de reentrada em giro dissipando o calor da arma direcionada. A distância ainda persiste como um problema pois a dispersão ocorre quanto maior for a poluição ou nuvens no caminho da arma. Por outro lado lasers de comprimento de ondas menores podem danificar os mísseis.
      Sem dúvida é a nova era, mas ambos os lados terão que caminhar ainda muito mais para que isto se torne prático.
      por exemplo o número de disparos ainda é limitado a carga de baterias, o YAL-01 só podia disparar contra 10 alvos, Multiplas ogivas poderiam passar e ai já era,. É óbvio que estamos falando de uma cidade flutuante contendo uma usina nuclear. Porém ressalta-se que por hora esta eficiência seria letal a curta distância, mas estamos falando de ogivas hipersônicas que só podem ser paradas ou desviadas pela ação da energia cinética das explosões das cargas, a energia dos lasers basicamente só as desviaria se formassem uma barreira de pressão próxima à ogiva por expansão do ar pelo calor, algo complicado de ocorrer a grandes distâncias, a curta será tarde demais, é mais difícil desviar a ogiva.Por hora vejo estas armas mais efecientes ainda contra sistemas optoeletrônicos que podem ser cegados pelos laser.
      Na minha humilde opinião, os chineses não são bobos, Oknawa e as demais bases do pacífico estão ao alcance desses sistemas, eles atacariam as bases destruindo a infra de apoio e a frota ainda no berço, isso claro, haveria defesa americana mas o alvo principal não necessariamente precisa ser os porta aviões, mas a infra que os apoia. A US navy já declarou que as bases no japão são cruciais para operação dos PA sem elas a frota estaria a deriva num conflito em questão de semanas sem o apoio da logística e reabastecimento. pra se ter ideia o QVA das aeronaves embarcadas se esgotam em menos de uma semana de operações padrão.
      veja que para a defesa contra uma arma que viaja a dez mil km/h, a frota teria menos que 2 minutos para detectar e atacar este alvo pois em pouco mais de 100 segundos ele percorreria 300 km, alcance fora do efetivo ao YAl, outros fatores ainda influenciam, o YAL olhava por cima tinha mais espectro de visão pois olha para o horizonte abaixo, a Frota está ao nível do mar e terá restrições da atmosfera e curvatura da terra, 300 km é orbita baixa e a reentrada ocorre relativamente próxima, o sistema teria menos de 1 minuto para ser acionado, detectar a ameaça e responder, ainda sim, contra ogivas massivas o laser pode não funcionar como funciona para um míssil repleto de sistemas.
      o navio no mar não possui o campo de visão da aeronave voando alto e esta é uma limitação.O DF 21 possui velocidade de Mach 10, 12, 250 km/ h pouco menos de minuto e 20 segundos é o tempo que elas furariam o bloqueio e atingiriam os alvos.
      Sds

      • Sem querer ser simplista, é a mesma guerra de dominação travada pelas bactérias e os antibióticos… qndo se chega a uma substancia nova fodástica as bichinhas logo acham outro caminho pra atacar a vítima… isso não tem fim… AÇÃO E REAÇÃO… outra coisa… e as armas inerciais ???… há alguma em estudo especificamente para alvos navais ???… saudações…

      • “E.M.Pinto
        17 de fevereiro de 2016 21:47

        os chineses não são bobos, Oknawa e as demais bases do pacífico estão ao alcance desses sistemas, eles atacariam as bases destruindo a infra de apoio e a frota ainda no berço, isso claro, haveria defesa americana mas o alvo principal não necessariamente precisa ser os porta aviões, mas a infra que os apoia. A US navy já declarou que as bases no japão são cruciais para operação dos PA sem elas a frota estaria a deriva num conflito em questão de semanas sem o apoio da logística e reabastecimento. pra se ter ideia o QVA das aeronaves embarcadas se esgotam em menos de uma semana de operações padrão.”

        em meados de 2010 foi confirmada a entrada em serviço do DF-26…um desenvolvimento do DF-21 que aumentou para 4.000 km o raio de ação/alcance do sistema ASBM…em 2015 o míssil foi mostrado ao público durante o desfile em Pequim da comemoração dos 70 anos desde o fim da II Guerra Mundial…com esta capacidade de alcance o DF-26 é capaz de chegar a Guam e ameaçar instalações militares estadunidenses na ilha… especialmente a Anderson Air Force Base … ganhando o apelido de “assassino Guam”….

        https://www.youtube.com/watch?v=v9XfjMoIAj8

      • Os lasers têm suas aplicações e suas limitações mas se eles forem usados em associação com as railguns, que já operam em fase de teste e possuem velocidade de boca acima de alguns milhares de metros por segundo, vê alguma luz no fim do túnel? E se ambos os sistemas forem usados nos comboios e na proteção ao sistema logístico estratégico?

  9. Com as tecnologias atuais e as que estão vindo aí com velocidade digital, Porta Aviões só servirão para intimidar países mais frágeis tecnologicamente e militarmente, como o Brasil e tantos outros. Numa guerra entre grande potencias Porta Aviões serão alvos flutuantes frágeis. Não tem como ser diferente, a não ser que se crie ou já se tenha algum tipo de escudo protetor sem base em armas convencionais.

    • So poder de ostentação mesmo e o pior de tudo é que comprometem esquadras so para defende-los mas os inteligentes desconhecem isso kkkk

    • tipico do raciocineo vou comprar algo revitalizado e extendido para desmonta-lo e remontar meu chassi sucateado porque ele é menos rodado kkkkk

  10. Para mim um NAe apenas tem poder psicologico de dissuasão e não real poder de dissuasão efetivo.
    Um NAe é teoricamente uma base flutuante avançada e sendo assim a meu ver tem de ter a capacidade de sobreviver sozinho.
    Capacidade de auto-defesa.
    No caso do Brasil onde a prioridade deve ser o poder de garantir nossos interesses um NAe coloca exposta boa parte de nossa diminuta e enfraquecida esquadra somente para protege-lo.
    A materia cita os avanços de misseis e plataformas de defesa maritimas mas esquece-se da velhinha arma naval letal e silenciosa que ão os submarinos.
    Porta-Aviões hoje é OSTENTAÇÃO e sonho de consumo de artilheiros submarinistas.
    Sem entrar no merito que tudo o que se acrescenta em um NAe diminui-se na mesma proporção espaço operativo e sendo assim se não possui capacidade de auto-defesa melhor investir em armas mais rapidas mais modernas e letais.
    Tropquem o NAe São Paulo com a China por DFs e estaremos melhor servidos e o veremos realmente no mar com plenas capacidades operacionais.

  11. Errrrr, quanta bobeira…

    Afundar UM Porta-Aviões é fácil: basta soltar uma bomba nuclear em cima dele! Isso aí já é conhecido há 50 anos…

    O problema é afundar o SEGUNDO Porta-Aviões…

    Ou alguém em sã consciência acha que sobraria alguma coisa não-radioativa no país que afundasse o primeiro? 😉

    • Depende muito de onde seria afundado meu caro.
      Se por exemplo fosse afundado no meio do Atlantico Sul as correntes maritimas tendem para a Africa e não para o Brasil.
      Eu o afundaria estivesse onde estivesse e to nem ai para o que pudesse vir a ocorrer.FGuerra é guerra.

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