Rússia ganhou supremacia na Síria, diz aliado de Merkel

Na opinião do especialista, atuação da Rússia a desqualifica como parceiro em luta no país Reprodução/Wikimedia Commons
Na opinião do especialista, atuação da Rússia a desqualifica como parceiro em luta no país
Reprodução/Wikimedia Commons

Potenciais ocidentais negociam um difícil acordo sobre a crise síria em Munique

A Rússia ganhou a supremacia na Síria e na região ao redor através das forças armadas, disse um aliado conservador da chanceler alemã Angela Merkel neste domingo, além de demonstrar dúvidas de que Moscou respeitaria um plano de trégua para o país devastado pela guerra.

“Eu acho que a Rússia ganhou a supremacia na região e isso é, em medidas históricas, uma novidade. E eles fizeram isso pelo uso da força armada”, disse o chefe do Comitê para Assuntos Estrangeiros no Parlamento alemão e membro do partido conservador de Merkel, Norbert Roettgen.

Falando em conferência sobre segurança em Munique, ele disse estar cético sobre como a Rússia iria se comportar nos próximos dias e semanas, apesar de concordar com um “cessar de hostilidades” que deve começa dentro de uma semana.

O acordo firmado pelas grandes potências fica aquém de um cessar-fogo formal, pois não foi assinado pelas partes em conflito, o governo sírio e os rebeldes que buscam derrubar o presidente Bashar al-Assad.

 Um dia após o acordo ser fechado, as tropas sírias, apoiadas por ataques aéreos russos, obtiveram ganhos contra os rebeldes perto da cidade síria de Aleppo, ao norte.

“A Rússia está determinada a criar os fatos no terreno, e quando eles tiverem feito isso, vão então convidar o Ocidente para lutar contra um inimigo comum, que é o ISIS”, disse Roettgen. Em sua opinião, disse ele, a abordagem desqualificou Moscou como um parceiro crível na luta contra os militantes do Estado Islâmico.

Participando no mesmo painel, o senador norte-americano John McCain disse não ver o acordo, selado em Munique na manhã de sexta-feira após nove horas de negociações, como um avanço.

 Fonte: R7

3 Comentários

  1. ……………….este “cessar de hostilidades” é uma arapuca que só serve para o rearranjo e mobilização dos chamados “rebeldes” e do exército da Turquia contra os curdos sírios ,tudo motivado pela vitória sírio-russa em Aleppo….Estados Unidos e seus Estados clientes querem ganhar tempo tentando passar a perna na Rússia a qual não é trouxa e já sabe como funciona esse “faz de conta”……esperar pra ver…………

  2. Observem o ato falho do declarante no texto:
    .
    “A Rússia está determinada a criar os fatos no terreno, e quando eles tiverem feito isso, vão então convidar o Ocidente para lutar contra um inimigo comum, que é o ISIS”, disse Roettgen.
    O texto prossegue:
    “Em sua opinião, disse ele, a abordagem desqualificou Moscou como um parceiro crível na luta contra os militantes do Estado Islâmico”.

    Como? Como é possível que Moscou se torne um parceiro desqualificado se é o único que empreende esforços efetivos contra os insurgentes islâmicos?
    Estas palavras provindas de um alemão, diga-se, tem o som de uma piada… E das mais galhofeiras.

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