Veja a cronologia do programa nuclear norte-coreano

Coreia do Norte afirmou que colocou satélite espacial em órbita.
Pyongyang diz que o programa tem caráter exclusivamente científico.

Imagem da TV estatal norte-coreana mostra lançamento do foguete (Foto: Reuters/Yonhap)
Imagem da TV estatal norte-coreana mostra lançamento do foguete (Foto: Reuters/Yonhap)

A Coreia do Norte anunciou neste domingo (7) ter colocado em órbita um satélite por meio de um foguete cujo lançamento foi condenado pela comunidade internacional, que acredita ter se tratado de um teste de míssil balístico intercontinental.

Esta é a mais recente medida de um plano de mísseis e armas nucleares iniciado há 40 anos e que colocou Pyongyang nos holofotes.

Líder norte-coreano Kim Jong Un assiste ao lançamento do foguete (Foto: Reuters/Yonhap)
Líder norte-coreano Kim Jong Un assiste ao lançamento do foguete (Foto: Reuters/Yonhap)

 

Seguem abaixo as principais datas do programa nuclear da Coreia do Norte a partir de 2002.

 2002
Janeiro: o presidente americano, George W. Bush, classifica Coreia do Norte, Iraque e Irã de “eixo do mal”.

 Outubro: Washington afirma que Pyongyang tem um programa secreto de urânio altamente enriquecido, violando o acordo de desnuclearização de 1994. A Coreia do Norte o desmente, mas as entregas de petróleo ao país são suspensas.

Dezembro: a Coreia do Norte revela seu reator Yonbgyon, que produz plutônio, e expulsa os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

2003
Janeiro: Pyongyang se retira do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP).

27 a 29 de agosto: primeira sessão das negociações a seis em Pequim (Coreia do Norte, Coreia do Sul, China, Estados Unidos, Japão eRússia).

14 de outubro: a ONU aprova sanções econômicas e comerciais.

2005
10 de fevereiro: Pyongyang anuncia ter fabricado armas nucleares de autodefesa.

19 de setembro: o Norte aceita cessar seu programa nuclear e voltar ao TNP, em troca de garantias sobre sua segurança e uma ajuda energética.

9 a 11 de novembro: fracasso de uma nova rodada de negociações a seis.

2006
9 de outubro: primeiro teste nuclear norte-coreano.

5 de julho: testes de lançamento de sete mísseis.

2007
13 de fevereiro: o Norte aceita iniciar o desmantelamento de seu programa nuclear e acolher os inspetores da AIEA, em troca de um milhão de toneladas de combustível e de sua retirada da lista de Estados considerados terroristas por Washington.

Junho e julho: são retomadas as entregas de combustível e retornam os inspetores da AIEA, que anuncia que o complexo de Yongbyon foi fechado.

Outubro: Pyongyang aceita declarar todos os seus programas nucleares e realizar seu desmantelamento, que começa em novembro.

2008
8 a 11 de dezembro: os seis países não conseguem entrar em acordo sobre as modalidades de inspeção das instalações norte-coreanas.

2009
5 de abril: a Coreia do Norte lança um foguete de longo alcance que cai no Pacífico. Segundo Washington, trata-se de um teste de um míssil Taepodong-2.

13 de abril: o Conselho de Segurança condena esta operação de forma unânime e reforça as sanções. Pyongyang abandona as negociações a seis e anuncia a reativação de seu programa nuclear.

25 de maio: a Coreia do Norte anuncia ter realizado com sucesso um segundo teste nuclear subterrâneo.

2012
12 de dezembro: disparo de um foguete Unha-3, que os Estados Unidos comparam a um míssil balístico.

2013
22 de janeiro: ampliação das sanções da ONU.

12 de fevereiro: terceiro teste nuclear, com um artefato miniaturizado, segundo Pyongyang.

10 de abril: Seul e Washington elevam seu nível de alerta, a um abaixo do grau sinônimo de guerra, pelas ameaças de disparos de mísseis norte-coreanos.

31 de agosto: segundo uma foto por satélite, Pyongyang reativou seu reator nuclear de Yongbyon, considerado sua principal fonte de plutônio de qualidade militar.

2014
26 de abril: o presidente americano, Barack Obama, classifica a Coreia do Norte de Estado pária.

2015
20 de maio: Pyongyang diz ter capacidade para miniaturizar a arma atômica, uma etapa decisiva na produção de ogivas nucleares.

11 de dezembro: Kim Jong-Un dá a entender que seu país desenvolveu uma bomba de hidrogênio.

2016
6 de janeiro: Pyongyang anuncia seu primeiro teste bem-sucedido de uma bomba H.

7 de fevereiro: A Coreia do Norte afirma ter colocado um segundo satélite em órbita.

Fonte: G1

6 Comentários

  1. Quem disse que fazer o povo passar a base de capim não dá resultado.
    Duvido que eles tenham toda a capacidade tecnológica dita nas propagandas, mas já tem uma boa capacidade de dissuasão.
    Sds

    • já reparou como todos os inimigos da “democracia e da liberdade” nunca possuem capacidade para coisa alguma?!…ate países como a Rússia e a China..mas é isto que eu não entendo sabe senhor muttley…porque se este regime não possui capacidade de dissuasão…se não possui capacidade de ameaça seria alguma…se as armas deles são toscas e imprestáveis…se só possuem um ou dois misseis/ogivas nucleares em estado de prontidão como tanto propagandeiam/alardeiam e desdenham…então porque que não acabam com aquele regime de vez?!…porque que não invadem logo de uma vez e acabam com aquele regime como fizeram na Líbia e no Iraque?!…já que é o regime mais tirano e sanguinário que existe hoje!….

      • Primeiramente o que vemos é a Coreia fazendo algo que mesmo o EUA e demais potência fazem ou fizeram, a diferença é que trabalho em tais aéreas se ocorrem são em sigilo, e chega a ser irônico EUA criticar Coreia do Norte por tais teste quando EUA goza de submarinos nucleares rodando pacifico e outras áreas, e é impossível acreditar que o pais mais obcecado com o poder/soberania, se abstenha de inovar sua capacidade nuclear.
        Mas enfim, a questão sobre os atos da Coreia do Norte violarem acordos não são razões cabíveis para uma guerra, ainda mais pelo EUA isso provocaria apreensão por partes de demais desafetos do EUA, em especial a China que apoia a Coreia do Norte(não se seus atos, mas sua soberania), existe a possibilidade de uma escalada no conflito.
        No caso de uma guerra em grande escala hoje em dia, com o uso de armas nucleares os estragos seriam enormes.

  2. Papa diz que a Rússia é chave para a paz

    AFP – 4 horas atrás

    O papa Francisco considera a Rússia chave para a paz, assegurou em uma entrevista com o diretor do diário italiano Corriere della Sera, publicada nesta segunda-feira, na qual reconhece “convergências” entre a Santa Sé e Moscou sobre os conflitos no Oriente Médio.

    “A Rússia pode dar muito” para a paz, declarou Francisco ao diretor do veículo, Massimo Franco, ao explicar as razões que o levaram a concretizar a histórica reunião em Havana na próxima sexta-feira com o patriarca ortodoxo russo Kirill, figura próxima ao governo de Vladimir Putin.

    O papa deu ênfase na importância de falar com os russos para alcançar a paz mundial, e ilustrou o princípio básico de sua diplomacia: “devemos construir pontes. Passo a passo, até chegar a apertar a mão da pessoa que está do outro lado”, declarou.

    Assim como a China, a Rússia pode fazer muito para frear o que habitualmente chama de “guerra mundial aos pedaços”, que em alguns lugares assola como “uma guerra de verdade”, esclarece o chefe da Igreja católica.

    Na entrevista, escrita em forma de artigo sem perguntas e respostas, o papa argentino revela como conseguiu concretizar a reunião com Kirill.

    “Houve dois anos de negociações secretas, realizados por bispos muito competentes. Eu só disse que gostaria de abraçar meus irmãos ortodoxos”, contou.

    Francisco reiterou também seu desejo de construir pontes e derrubar muros.

    “As pontes duram e contribuem para uma paz duradoura. Os muros não, devem ser destruídos. (…) Estão destinados de todo modo a cair um após o outro. Pense no de Berlim. Parecia eterno e caiu em um dia”, observou.

    O pontífice considera também que o “Ocidente tem que fazer uma autocrítica” sobre sua atuação no Oriente Médio, e sobre a maneira que tem encarado a crise na Líbia “antes e depois da intervenção militar”, declarou.

    “Sobre o Iraque e a Primavera Árabe, já se poderia imaginar o que ia acontecer”, declarou.

    “Em parte houve uma convergência entre as análises da Santa Sé e da Rússia. Em parte”, afirmou.

    “Não devemos tampouco exagerar. A Rússia também tem seus próprios interesses”, declarou.

    Se “pensamos na Líbia antes e depois da intervenção militar contra o regime do coronel Muamar Kadhafi” recorda o pontífice. “Antes havia uma só Líbia, agora há cinquenta”, lamenta o papa argentino.

  3. O incrivel de tudo é que os foguetes deles jamais são sabotados,jamais falham e seus cientistas não são assassinados ou vitimas de sabotagens.
    Se fosse aqui ….

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