Rússia e Índia chegam a acordo sobre o programa FGFA

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Tradução e adaptação: E.M.Pinto
Baseado no texto de  Ajai Shukla ao Defence Aerospace
(Fonte: Business Standard, publicado 25 de janeiro de 2016)

A Força Aérea Indiana, IAF, defensora aguerrida aeronave Russo- Indiana de 5ª Geração  que atende por FGFA, veio nos últimos dois anos atacndo de maneira sistemática  o projeto. Críticos afirmavam  que o FGFA estaria sendo usado para limpar o caminho para o caça francês Dassault Rafale.

O Presidente François Hollande da França, que chega em Nova Délhi na segunda-feira, justamente no momento em que se fala da venda de 36 caças caças Rafale para a Índia, cujo valor estimado é de US$ 9 bilhões. No entanto, ao que parece, o FGFA permanece vivo.
No mês passado, os negociadores indianos e russos conseguiram um importante avanço, concordando em desenvolver o FGFA a um custo reduzido para US $ 4 bilhões a serem pagos por Nova Deli. Isso abriria as portas para a construção de 250 caças FGFA, substitutos naturais do Sukhoi-30MKI.
O projeto estimado em US$ 6 bilhões para cada um dos parceiros, obteve uma sensível redução de valores. Atualmente, os negociadores da Hindustan Aeronautics Ltd  (HAL) e Sukhoi, as agências de desenvolvimento do programa binacional, concordaram em fazer isso à um valor 40 % mais barato e sobre um horizonte de sete anos (para o FGAFA).
No primeiro ano após a assinatura, cada lado pagaria US $ 1 bilhão no  primeiro ano e outros US $ 500 milhões a cada ano seguinte.
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O projeto indiano envolve melhorias em relação ao PAK-FA, de modo a atender às especificações da IAF. Segundo o Defence Aerospace, a IAF quer cerca de 50 melhorias que incluem um radar de 360º  e motores mais potentes.
A proposta de pesquisa e desenvolvimento de US $ 4 bilhões seguirá agora para o comitê de avaliação e depois para o ministro da Defesa, Manohar Parrikar.
O contrato atual visualiza um protótipo do caça voando na Índia em três anos. No total, 11 protótipos seriam construídos sendo que oito desses para a Força Aérea da Rússia (T-50), e três FGFA para a Índia.
Cada país já gastou cerca de US$ 295 milhões no “contrato de projeto preliminar” (PDC), conforme fora informado ao Parlamento indiano em 4 de Agosto de 2015.
O PDC, que definia a configuração detalhada do caça, foi concluído m junho de 2013 e o contrato de pesquisa e desenvolvimento deveria ter seguido imediatamente para a execução, mas inexplicavelmente a IAF, lançou-se contra o FGFA.
Como Business Standard relatou em 21 de Janeiro, 2014, Os oficiais da IAF alegaram que:
“A Rússia não poderia entregar o caça em seu estado de arte à IAF”.
Segundo nota, esta informação teria sido dada aos Marechais do Ar, durante uma reunião de alta cúpula no ministério da Deefsa em Nova Deli, esta ação faria com que o FGFA (inferior ao PAKFA) ficasse aquém das expectativas Indianas.
Segundo os detalhes dessa reunião, as alegadas objeções da IAF ao FGFA foram embasadas nas seguintes alegações:
  • Os russos não compartilham informações do projeto com a Índia.
  • Os motores do PAK-FA são insuficientes potentes, sendo meras atualizações de motores do Sukhoi-30MKI.
  • Pagar US $ 6 bilhões para co-desenvolver o FGFA significaria que “uma grande percentagem de orçamento de capital da IAF seria bloqueado.
Em 15 de janeiro, o IAF renovou seu ataque em uma reunião do ministério destinado a analisar os progressos FGFA. Em nota, fez-se a declaração de que:
  • O motor do FGFA não era confiável,
  • O radar era inadequado, as características furtivas eram  reduzidas,
  • A participação da Índia no programa era irrisória e o preço seria demasiado elevado.
Em uma carta para o ministério, o vice-chefe da IAF levantou nada menos que 27 objeções diferentes ao FGFA.
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No entanto, em uma manobra desconcertante, a IAF propôs no ano passado,  uma compra direta do caça,  em vez de co-desenvolver o FGFA com a Rússia. Não houve resposta oficial as perguntas sobre por que o IAF estava disposta a comprar um caça que ela mesmo criticava bastante.
Como resultado, a resistência ao co-desenvolvimento também sabotou uma oferta russa para co-desenvolver, um motor de quinta geração mais poderoso para o FGFA.
Depois da retumbante critica, os motores AL-41F1 do PAK-FA, versão melhorada dos motores AL-31FP do Sukhoi-30MKI, acrescido com 25 % mais potência, acabaram por ser comprados diretamente pela Índia, sem quaisquer participação de suas indústria, fato que expôs a IAF a uma estranhíssima e mais ainda desconfortante  posição, sendo que esta havia sido a única a se opor ao contrato original.
No passado o FGFA foi por vezes apresentado como “o futuro da IAF”. O ex-ministro da Defesa AK Antony rejeitou a proposta dos EUA por um caça 5G baseado no F-35 Joint Strike Fighter, dizendo que Índia teria o FGFA.
Em suma, a manobra indiana foi muito mal planejada e excutada, os estrategista indianos viram o FGFA como uma plataforma para desenvolvimento do seu próprio caça de 5G. Não estamos fando do FGFA mas do programa AMCA que não sai do papel. Porém, atualmente com o custo astronômico creditado ao Rafale, a pesquisa e desenvolvimento  do FGFA poderia novamente virar os holofotes de volta ao caça indo-russo.

3 Comentários

  1. A França tem estado mendigando venda para alguns de seus produtos com tecnologia agregada, com pouco resultado. Talvez por terem esquecido que neste universo de relações internacionais é fundamental credibilidade. É fundamental manter a política e a economia bem separadas, calçando essa sepação no que se convencionou chamar pragmatismo. Defender cegamente princípios benéficos apenas para o líder de seu universo ocidental pode afugentar clientes potenciais que querem mais que apenas comprar uma mercadoria, querem ver afinidades.

  2. Hahahaha como especule rios viajam na maionese kkkkkk.
    A deficiência Russa para dar prosseguimento aos trabalhos é grana verdinha ou lingotes de ouro já que o Elefante gosta de pagar em ouro.
    Pode ser até mesmo estratégia para aguçar cambaleantes. Venha Mary vamos dançar com com mais em conta é claro e revele nos os segredos por baixo das saias e depois os Rafales podem serem ofertados de presente para Cucamonga.

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