Sauditas de olho no Nexter Leclerc

LeclercTradução e adaptação: E.M.Pinto

De acordo com relatos da mídia francesa, a Arábia Saudita está explorando a possibilidade de comprar várias centenas de carros de combate e arrisca um interesse especial pelos veículos Franceses Nexter Leclerc, que estão em serviço nos Emirados Árabes Unidos.

A Arábia Saudita possui atualmente em serviço cerca de 600 carros de combate de fabricação americana sendo, 200 M1A2 Abrams e 400 M60A3.

O Leclerc é um MBT que está em serviço no exército francês e no exército dos Emirados Árabes Unidos. O veículo entrou em produção em 1991 e entrou em serviço na Armeé de Terre  em 1992 substituindo os veículos AMX 30 como principal plataforma blindada do país.

Com a produção agora completa, o Exército francês possui um total de 406 Leclercs e os Emirados Árabes Army United 388. O número de veículos desejado pelo exército Saudita não foi especificado.

Fonte: Defence Blog

15 Comentários

  1. Os sauditas pretendiam comprar Leo 2A7 mas depois da execução do clérigo xiita os alemães querem barrar a compra que deve cair no colo dos franceses.

  2. Esse é um dos mais avançados MBT”s da atualidade. Boa velocidade, autonomia, blindagem, tecnologia dos sensores. Claro que tantas qualidades fazem o Leclerc possuir um preço salgado se comparado a alguns modelos de outros países. Mas o que é pior, pagar caro por um bom MBT e vencer a guerra o comprar um MBT meia boca e perder uma guerra?
    Os EUA com o seus F-22, B-2, classe Zumwalt, classe Ohio entre outros brinquedos nos dá uma direção do caminho certo para quem deseja vencer uma guerra.

  3. Os militares sauditas sempre primaram pela velha lei do “não por todos os ovos em um mesmo cesto”
    Mas acho que esta escolha esta mais ligada a questões geo politicas (eu compro seu treco vocês passa um pano pra mim em conflitos diplomáticos) do que propriamewnte com defesa apenas.
    Ainda mais agora com o governo do fanfarrão do Obamis trocando beijinhos com os persas.

  4. A Arábia saudita tem no seu exército uma quase babilônia de blindados ocidental .. tanques; alemão,americano e franceses, tec .. aliás ..toda industria belicista ocidental vê na Arábia Saudita um forte cliente .
    .
    Não sei porque … agora me lembrei da ENGESA .. com certeza o nosso finado Osório se tivesse vagando nas dunas das arábias .. ele teria mil e uma histórias para contar .

  5. França e Alemanha irão se unir para o desenvolvimento do Leopard 3, de forma que se a AS comprar o Leclerc agora estará adquirindo material cuja fabricação estará com os dias contados (o mesmo se daria com o Leopard 2A7, diga-se de passagem).

    E todo mundo sabe como é a indústria bélica francesa: como eles não tem escala de produção (devido aos altos custos de produção na França), quando as suas forças armadas deixam de utilizar um modelo a fábrica simplesmente ENCERRA a linha de montagem e ESQUECE os clientes antigos. Manda-os às favas ou lhes cobra os tubos por qualquer repotencializaçãozinha meia-boca (vide Mirage-2000).

    Enfim, se a AS está assim mesmo tão desesperada por novos tanques para enfrentar a ameaça dos aiatolás deveria tentar o Tio Sam ou, caso o patético Obama fique de muxoxo, até mesmo o Tio Jacó.

    Pega os 400 M-60 A3TTS que tem em inventário, e que são um ótimo blindado mesmo para os padrões de hoje (dês que modernizado), e manda os “brimos” israelenses transformarem em um “Sabra” avançado, nos moldes do M-60-2000 oferecidos pela General Dynamics à Turquia.

    Porque se comprar esse MBT francês, que é até bonzinho, mas caro pra car., estará dando um tremendo tiro no pé.

    • Se o governo da Arábia Saudita comprar blindados de Israel terá grandes problemas com seu povo e seus vizinhos por razões obvias. Os Abrams são bons e devem está na mesma facha de preço, talvez não seja uma boa ideia descarta-los ainda como os novos carros da Arábia Saudita, não seria estranho se fossem eles e não o Leclerc. O contrato ainda não foi assinado, “interesse especial pelos veículos Franceses Nexter Leclerc” não significa que serão esses os comprados.
      Quanto ao Leclerc, além de suas qualidades indiscutíveis ele tem por trás o governo francês e sua influencia na ONU. E vamos lembrar que o Leclerc vai está em serviço na frança até 2040 segundo o governo francês.

      • Caro Carl, mas veja que no caso do M-60 não seria exatamente uma compra, mas sim uma modernização.

        De resto concordo contigo, especialmente quanto ao Abrams. Acho que a história do interesse do Leclerc pode ser só uma forma de forçar a administração Obama a vender mais Abrams. Como aliás os sauditas já fizeram com o Osório, no passado.

      • Sim, mas seria mais interessante que o EB contratasse uma modernização dos M-60 e dos Leo 1A5 que padronizasse itens como motor, transmissão e optrônicos.

  6. Caros amigos

    Estou migrando pra cá pela dica do amigo Carlos Alberto e pelo motivo que o Roberto Lopes está escrevendo por aqui, e, pelo que pude ver nos comentários, opiniões respeitosas não são apagadas sumariamente.

    A respeito do LeClerc, é “tão” bom que precisou ser equipado com o motor MTU do Leopard para poder funcionar no deserto. É menos blindado, aceita menos munições, tem menos alcance de fogo e de deslocamento, e, é mais lento tanto que o Leo quanto que o M1, além de que já teve a sua linha fechada.

    Se os amigos recordarem do caso do Osorio, os sauditas queriam mesmo era os Leopard 2, mas a Alemanha não vendem pra quem não é da OTAN. Na realidade a briga comercial hoje, em se falando de equipamento ocidental é entre M1 e Leo. Caso a compra saudita se concretize em LeClercs significará uma aproximação bélica multilateral, que pode envolver os caças que a dassault anunciou como em negociações recentemente.

    Saudações a todos.

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