Discurso de Putin no 70º aniversário da ONU

(trad. não oficial do texto original (a conferir com o vídeo) – McClatchy

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(…), Senhoras e senhores.

O 70º aniversário da ONU é boa ocasião para considerar a história e falar de nosso futuro comum.

Em 1945, os países que derrotaram o nazismo reuniram esforços para lançar fundações sólidas para a ordem mundial do pós-guerra. Permitam-me lembrar-lhes que as decisões chaves sobre os princípios que guiaram a cooperação entre estados e o estabelecimento da ONU foram tomadas em nosso país – em Yalta, na Crimeia – onde se reuniram os líderes da coalizão anti-Hitler.

O sistema de Yalta nasceu de fato em ação. Nasceu ao custo de dez milhões de vidas e de duas guerras mundiais que varreram o planeta no século 20. Sejamos justos – o sistema de Yalta ajudou a humanidade a atravessar eventos turbulentos, muitas vezes dramáticos, das últimas sete décadas. E salvou o mundo de levantes em grande escala.

A ONU é única em sua legitimidade, representação e universalidade. É verdade que, em tempos recentes, a ONU tem sido amplamente criticada por supostamente não ser suficientemente eficiente e pelo fato de que a tomada de decisão em questões fundamentais resulta paralisada por diferenças insuperáveis – em primeiro lugar entre os membros do Conselho de Segurança.

Mas gostaria de lembrar que sempre houve diferenças na ONU ao longo desses 70 anos. O direito de vetar sempre foi exercido pelos EUA, pelo Reino Unido, pela França, pela China, pela União Soviética e pela Rússia em pés de igualdade.

É absolutamente normal que seja assim, numa organização representativa e tão diversa. Quando a ONU foi constituída, os fundadores de modo algum supuseram que sempre haveria unanimidade. De fato, a missão da ONU é buscar e alcançar consensos, sempre, claro, com concessões. A força da ONU advém de levar em consideração diferentes visadas e opiniões.

Decisões debatidas na ONU podem ser convertidas em Resolução, ou não. Como dizem os diplomatas, elas “passam ou não passam”. E todas e quaisquer ações que um estado empreenda sem considerar esses procedimentos são ações ilegítimas, colidem com a Carta da ONU e desafiam a lei internacional.

Todos sabemos que, depois do fim da Guerra Fria, emergiu no mundo um centro de dominação. E então, os que se viram naquele momento no topo da pirâmide foram tentados a crer que, se somos tão fortes e excepcionais, então sabemos mais e melhor o que fazer, que o resto do mundo; assim sendo, por que, afinal, teríamos de reconhecer a ONU, a qual, em vez de automaticamente autorizar e legitimar decisões que pareçam necessárias, tantas vezes cria obstáculos ou, em outras palavras “mete-se no caminho?”.

Já se tornou lugar comum dizer que, no formato original, a organização tornou-se obsoleta e já teria cumprido sua missão histórica.

Claro, o mundo está mudando, e a ONU tem de ser consistente com essa transformação natural. A Rússia está pronta a trabalhar com todos os parceiros, à base de consenso amplo, mas consideramos extremamente perigosas as tentativas para solapar a autoridade e a legitimidade da ONU. Podem levar ao colapso de toda a arquitetura das relações internacionais. Aí, não nos restariam outras leis, se não a lei do mais forte.

Poderíamos chegar a um mundo dominado pelo egoísmo, não pelo trabalho coletivo. Um mundo cada vez mais caracterizado pela violência, não pela igualdade e por democracia e liberdade genuínas. Um mundo no qual estados verdadeiramente independentes seriam substituídos por número crescente de protetorados de facto e territórios controlados de fora para dentro.

O que é, afinal, a soberania do Estado? A soberania tem a ver, basicamente, com liberdade e com o direito de cada pessoa, nação ou estado escolher livremente o próprio futuro.

Na mesma direção caminha a chamada legitimidade da autoridade do Estado. Não se deve brincar com elas, nem manipular as palavras. Na lei internacional, nos negócios internacionais, cada termo deve ser claro, transparente, interpretado por critério uniformemente compreendido por todos.

Todos somos diferentes. E todos devemos respeitar as diferenças. Ninguém tem de encaixar-se num único modelo de desenvolvimento que outro, em algum momento, tenha decidido, de uma vez por todas, e para todos, que seria o único modelo correto.

Todos devemos lembrar o que nosso passado nos ensinou. Também recordamos alguns episódios da história da União Soviética. “Experimentos sociais” para exportação, tentativas de impor mudanças dentro de outros países baseadas em preferências ideológicas, quase sempre levaram a consequências trágicas e à degradação, não ao progresso.

Parece, contudo, que longe de aprender com os erros dos outros, tantos agora se põem, exatamente, a repeti-los. Por isso continua a exportação de revoluções, agora chamadas “democráticas”.

Para ver que assim é, basta examinar a situação no Oriente Médio e Norte da África. Claro que naquela região os problemas sociais já se acumulavam há longo tempo. Claro que as pessoas queriam mudanças.

Mas no que realmente deu tudo aquilo? Em vez de promover reformas, uma interferência estrangeira agressiva resultou na visível destruição de instituições nacionais e, até, de estilos de vida. Em vez de algum triunfo da democracia e de mais progresso, o que obtivemos foi mais violência, mais miséria e um desastre social. E ninguém dá qualquer atenção a qualquer dos direitos humanos, inclusive ao direito de viver.

Não posso me impedir de perguntar aos que causaram essa situação: Os senhores dão-se conta do que fizeram? Mas temo que ninguém responderá minha pergunta. Na verdade, nunca foram abandonadas as sempre mesmas políticas baseadas na arrogância, na cega confiança na própria excepcionalidade e ‘correspondente’ total impunidade.

Já é agora óbvio que o vácuo de poder criado em alguns países do Oriente Médio e Norte da África levou à emergência de áreas de anarquia. As quais, imediatamente, passaram a encher-se de extremistas e terroristas. Dezenas de milhares de militantes combatem hoje sob os estandartes do chamado Estado Islâmico. Naquelas fileiras há ex-soldados iraquianos desmobilizados e jogados à rua depois da invasão do Iraque em 2003. Muitos dos recrutados também vêm da Líbia – país onde o próprio Estado foi destruído, na sequência de grosseira violação da Resolução n. 1.973 do Conselho de Segurança da ONU.

E agora as fileiras dos radicais são inchadas por membros de uma chamada “oposição síria moderada”, sustentada, mantida, por países ocidentais. Primeiro, os radicais são armados e treinados; imediatamente depois, desertam e unem-se ao Estado Islâmico.

Mas o próprio Estado Islâmico, ele tampouco surgiu do nada, de lugar algum. O Estado Islâmico foi forjado inicialmente como ferramenta a empregar contra regimes seculares indesejáveis. Em seguida, depois de ter estabelecido uma base no Iraque e na Síria, o Estado Islâmico pôs-se a se expandir ativamente para outras regiões. Agora busca dominar o mundo islâmico. E tem planos para avançar ainda além disso.

A situação é mais do que perigosa. Nessas circunstâncias, é atitude hipócrita e irresponsável pôr-se a fazer ‘declarações’ sobre a ameaça do terrorismo internacional, ao mesmo tempo em que os mesmos ‘declarantes’ fingem que não veem os canais por onde caminha o dinheiro que financia e mantém terroristas, inclusive o tráfico de drogas e o comércio ilícito de petróleo e de armas. Também é igualmente irresponsável tentar ‘manobrar’ grupos extremistas e pô-los a seu próprio serviço para que ‘colaborem’ na busca de objetivos políticos só dos supostos ‘manobradores’, na esperança de “negociar com eles” ou, dito de outro modo, sob a certeza de que, “depois”, poderão matá-los facilmente.

Aos que têm procedido assim, gostaria de dizer: “Caros senhores, não duvidem: os senhores estão lidando com gente dura e cruel, mas não são pessoas ‘primitivas’ ou ‘atrasadas’. São exata e precisamente tão espertos quanto os senhores. Na relação com eles, ninguém jamais saberá quem manipula quem. Perfeita prova disso está nos dados recentes sobre destino final do armamento doado àquela oposição suposta “moderada”.

Os russos acreditamos que qualquer tentativa de ‘jogar’ ou ‘brincar’ com terroristas – e de armar terroristas, então, nem fala! – não é só comportamento de pessoas sem visão, mas é criar pontos de alto risco de fogo, do tipo que iniciam grandes incêndios. É comportamento que pode resultar em aumento dramático na ameaça terrorista, e que se alastre para outras regiões – dado, especialmente, que o Estado Islâmico reúne em seus campos de treinamento militantes de muitos países, inclusive de países europeus.

Infelizmente, a Rússia não é exceção. Nós não podemos deixar que esses criminosos que já provaram o cheiro de sangue voltem aos seus países, para continuar suas práticas assassinas. Ninguém quer que tal coisas aconteçam, suponho.

A Rússia sempre se opôs firme e consistentemente, sempre, contra o terrorismo em todas as suas formas. Hoje, damos assistência militar e técnica ao Iraque e à Síria, que enfrentam grupos terroristas.

Entendemos que é erro enorme e grave recusar-se a cooperar com o governo sírio e suas forças armadas, que valentemente lutam cara a cara contra o terrorismo. É mais que hora de reconhecer afinal que ninguém, além das forças armadas do presidente Assad e das milícias curdas estão dando real combate ao Estado Islâmico e a outras organizações terroristas na Síria.

Caros colegas, devo notar que a abordagem direta e honesta da Rússia foi recentemente usada como pretexto para nos acusar de estarmos alimentando ambições crescentes (como se os que nos acusam fossem libertos de todas as ambições…).

Mas a questão não é as ambições russas. A questão é reconhecer o fato de que já ninguém pode continuar a tolerar o atual estado de coisas no mundo.

Na essência, estamos sugerindo que nos façamos guiar por valores comuns e interesses comuns, não por ambições. Temos de unir esforços, considerando a lei internacional, para enfrentar os problemas que estão diante de todos nós, e criar uma coalizão ampla e genuinamente internacional contra o terrorismo.

Semelhante à coalizão que se constituiu anti-Hitler, a nova coalizão dever unir gama ampla de forças que desejem resolutamente resistir contra os que, exatamente como os nazistas, semeiam o mal e o ódio contra a humanidade.

Evidentemente, os países muçulmanos têm papel chave a desempenhar na coalizão, tanto mais que o Estado Islâmico não é só ameaça contra a sobrevivência deles, mas, além disso, ativamente agride e ofende, com suas práticas sanguinárias, uma das maiores religiões do mundo. Os ideólogos daquela militância zombam do Islã e pervertem todos os valores verdadeiramente humanistas do Islã.

Gostaria de me dirigir aos líderes espirituais muçulmanos, porque sua autoridade e orientação são agora ainda mais profundamente importantes. É essencial impedir que jovens recrutados por militantes tomem as mais desgraçadas decisões sobre a própria vida. E também os que já se tenham envolvido, que já foram enganados e que, pelas mais diferentes circunstâncias da vida, vejam-se hoje vivendo entre terroristas, esses também precisam de ajuda, para que consigam voltar à trilha da vida normal, para que deponham as armas e ponham fim ao fratricídio.

A Rússia, como atual presidente do Conselho de Segurança, convocará em breve uma reunião ministerial para que se faça análise ampla das ameaças que cercam o Oriente Médio.

Em primeiro lugar, propomos que se discuta a possibilidade de construir uma Resolução que vise a coordenar as ações de todas as forças que já estão resistindo contra o Estado Islâmico e outras organizações terroristas. Mas uma vez: essa coordenação terá de basear-se nos princípios da Carta da ONU.

Esperamos que a comunidade internacional será capaz de desenvolver uma estratégia ampla de estabilização política e, também para a recuperação social e econômica do Oriente Médio. Isso feito, não será preciso criar novos campos para concentração de refugiados.

Hoje, o fluxo de pessoas forçadas a deixar a terra natal já literalmente inundou a Europa. Há centenas de milhares deles agora e não demorará para que sejam milhões. De fato, é grande e trágica migração de pessoas. E é dura lição para os europeus.

Quero destacar: refugiados precisam, sem dúvida, de nossa compaixão e apoio. Mas o único meio de resolver esse problema em nível mais fundamental é restaurar o Estado, em todos os pontos onde foi destruído; reforçar as instituições de governo onde elas ainda existam ou estejam sendo restabelecidas; prover ajuda ampla – militar, econômica e material – a países em situação difícil; e, com certeza, também aos que não abandonarão suas casas, não importa quais sejam os padecimentos.

Claro que qualquer assistência a estados soberanos pode e deve ser oferecida, nunca imposta; e única e exclusivamente de acordo com a Carta da ONU. Em outras palavras, tudo nesse campo está sendo ou será feito em obediência ao disposto na lei internacional e com o apoio de nossa organização universal. Tudo que infrinja disposições da Carta da ONU deve ser rejeitado.

Acima de tudo, creio que é de máxima importância ajudar a restaurar as instituições de governo na Líbia, apoiar o novo governo do Iraque e prover assistência ampla ao governo legítimo da Síria.

Colegas, garantir a paz e a estabilidade regionais e globais continuam a ser os objetivos chaves da comunidade internacional, com a ONU no comando.

Acreditamos que isso implica criar um espaço de segurança igual e indivisível, não para uns poucos seletos, mas para todos. Sim, é tarefa desafiadora, difícil e que exige tempo, mas simplesmente não há via alternativa.

Porém, o pensamento de bloco dos tempos da Guerra Fria e o desejo de explorar novas áreas geopolíticas ainda persistem em alguns de nossos colegas.

É de lastimar que alguns dos nossos colegas tenham, até aqui, escolhido outra via – a via de explorar predatoriamente novos espaços geopolíticos.

Primeiro, continuaram sua política de expandir a OTAN e sua infraestrutura militar. Depois, ofereceram aos países pós-soviéticos uma escolha falsa: pôr-se ao lado do ocidente ou ao lado do oriente.

Essa lógica de confrontação está fadada, mais cedo ou mais tarde, a desencadear uma grave crise geopolítica. É precisamente o que foi feito na Ucrânia, onde o descontentamento da população com as autoridades foi usado, e se orquestrou um golpe militar de fora para dentro do país; e esse golpe disparou uma guerra civil.

Temos certeza de que só mediante a plena e fiel implementação dos Acordos de Minsk de 12/2/2015, poderemos pôr fim ao banho de sangue na Ucrânia e encontrar saída para aquele impasse.

A integridade territorial da Ucrânia não pode ser assegurada por tratados e sob armas. Indispensável ali é consideração genuína pelos interesses e direitos do povo na região do Donbass e respeito pelo que escolherem. É preciso coordenar com eles, como fazem os Acordos de Minsk, os elementos chaves da política do país.

Esses passos garantirão que a Ucrânia desenvolverá um estado civilizado, como elo essencial na construção de um espaço comum de segurança e cooperação econômica ao mesmo tempo na Europa e na Eurásia.

Senhoras e senhores, falei propositadamente de espaço comum de cooperação econômica. Não há muito tempo, parecia que na esfera econômica, com suas objetivas leis de mercado, aprenderíamos a viver sem linhas divisórias. Que construiríamos regras transparentes e de comum acordo, que incluiriam os princípios da Organização Mundial de Comércio, que estipulam a liberdade de comércio e investimento e a livre concorrência.

Mas hoje já é quase lugar comum impor sanções unilaterais que burlam o que determina a Carta da ONU. Além de perseguir objetivos políticos, essas sanções são visível manobra mal-intencionada, para eliminar concorrentes comerciais.

Quero apontar ainda mais um sinal de crescente “autismo econômico”. Alguns países escolheram criar associações econômicas como clubes fechados e “exclusivos”, cuja fundação está sendo negociada na clandestinidade, ocultada até dos próprios cidadãos daqueles países, do público em geral e da comunidade empresarial.

Outros estados, cujos interesses podem vir a ser afetados não são informados, tampouco, de coisa alguma. Parece que estamos a um passo de ser confrontados com um fato consumado, de que as regras do jogo foram mudadas a favor de um poucos privilegiados, sem que a OMC tenha sido jamais ouvida. Assim se desequilibra completamente o sistema comercial e desintegra-se o espaço econômico global.

Essas questões afetam os interesses de todos os estados e influenciam o futuro de toda a economia mundial. Por isso propomos que essas questões seja discutidas dentro da ONU, dentro da OMC e dentro do G-20.

Ao contrário da política de “exclusividade”, a Rússia propõe harmonizar os projetos econômicos regionais. Refiro-me à chamada “integração de integrações”, baseada em regras universais e transparentes do comércio internacional.

À guisa de exemplo, quero citar nossos planos para interconectar a União Econômica Eurasiana e a iniciativa da China, do Cinturão Econômico da Rota da Seda. Ainda acreditamos que harmonizar os processos de integração dentro da União Econômica Eurasiana e a União Europeia é movimento altamente promissor.

Senhoras e senhores, as questões que afetam o futuro de todos os povos incluem o desafio da mudança do clima global.

É do nosso interesse fazer da Conferência da ONU sobre Mudança Climática, em dezembro, em Paris, um sucesso. Como parte de nossa contribuição nacional, temos planos para reduzir para 70-75% a emissão dos gases de efeito estufa, até 2030, de volta aos níveis de 1990.

Mas sugiro que tomemos, sobre essa questão, visada muito mais ampla. Sim, podemos aplacar as dificuldades, por algum tempo, definindo quotas de emissões venenosas, ou tomando outras medidas que, contudo, são medidas apenas táticas. Mas, por esse caminho, nada resolveremos.

Precisamos de abordagem completamente diferente. Temos de nos focar em, fundamentalmente, introduzir novas tecnologias inspiradas pela natureza e que não causarão dano ao meio ambiente, e conviverão em harmonia com ele. Além disso, elas restaurarão o equilíbrio entre a biosfera e tecnofera, alterado pelas atividades humanas.

É desafio, realmente, de escopo planetário. Mas tenho confiança de que a humanidade tem potencial intelectual para enfrentá-lo.

Temos de unir esforços. Refiro-me, em primeiro lugar, aos estados que têm sólida base de pesquisas e que têm obtido avanços significativos em ciência fundamental.

Propomos organizar um fórum especial, sob os auspícios da ONU, para discussão ampla das questões relacionadas ao esgotamento de recursos naturais não renováveis, à destruição do meio ambiente e à mudança climática. A Rússia está pronta para copatrocinar esse fórum.

Senhoras e senhores, foi em Londres, dia 10/1/1946, que a Assembleia Geral da ONU reuniu-se para sua primeira sessão. Zuleta Angel, diplomata colombiano, e presidente da Comissão Preparatória, abriu a sessão oferecendo, entendo eu, uma definição concisa dos princípios básicos que a ONU deveria seguir em suas atividades: defender o livre arbítrio, desafiar os conluios e trapaças e preservar o espírito de cooperação.

Hoje, essas palavras ainda soam como orientação para todos nós.

A Rússia acredita no enorme potencial da ONU, e deve ajudar-nos a evitar uma confrontação global e a nos engajar em franca cooperação estratégica. Juntos com outros países, trabalharemos empenhadamente para fortalecer o papel da ONU, de coordenação central.

Confio que, trabalhando juntos, conseguiremos fazer do mundo lugar pacífico e seguro, e asseguraremos condições propícias para o desenvolvimento de estados e nações.

Obrigado. [Fim do discurso]

(trad. não oficial do texto original (a conferir com o vídeo) – McClatchy
http://www.mcclatchydc.com/news/nation-world/world/article36860463.html

Traduzido por Vila Vudu

28 Comentários

  1. As vezes….penso que o Obama caiu no conto do vigário dos falcões sionistas ..rsrsrs…. pegaram o inocente e o jogaram de paraquedas dentro de um labirinto espinhoso e até hoje .. o coitado tenta sair do labirinto … rsrsrsr
    .
    Se o Obama acha que o Putin vai tirá-lo de lá …. gritando na porta de saída …. ele está ferrado !!! …., como diz um ditado popular … “Quem tem como me pagar, não me deve nada !! “ … rsrsrsr

    • Rússia adverte Israel para que não ataque alvos de aliados de Assad na Síria
      .
      Domingo à noite, IDF atingiu alvos militares sírios com poderosos foguetes de artilharia Tamuz após dois foguetes sírios errantes caíram no Golan.

      .
      (*)fonte:[ http://noticia-final.blogspot.com.br/2015/09/russia-adverte-israel-para-que-nao.html ]
      .
      .
      (…)Fontes militares do DEBKAfile acrescentam: O fogo de foguete sírio entre sexta e sábado não era de fato “errante”, como o porta-voz da IDF afirmava . Os foguetes foram disparados sob as ordens do iraniano Brig. Azadi como uma demonstração de que o aviso de Israel a Putin foi um desperdício de tempo e ele queria ir em frente com sua operação independente. Netanyahu e Ya’alon transmitiram sua mensagem de resistência a esta operação, instruindo a IDF para bater de volta com o foguete Tamuz, um sistema poderoso o suficiente para dar ao outro lado pausa e presente a Putin com uma complicação imprevista em sua venture na Síria.
      (…)
      .
      .
      *******************
      .
      O anãozinho …. vai pular que nem pipoca em Golã …..só lembrando ….das colinas de Golã para o Monte de Megido …. é um pulo … 😉

      • E você acha que os russos vão invadir Israel ou mesmo retomar o Golã para o incompetente do Assad…..Realmente o sistema educacional Lulopetista é uma fábrica de indigentes intelectuais, de militantes acéfalos e lobotomizados com….Pão com mortadela!..?

      • Não se esqueça que Israel também têm armas nucleares…..como sempre o antissemitismo atávico das esquerdas a vir aqui proferir suas pérolas.

      • Olha o tamanho de israel. Só umas 3 bombinhas acabaria com todo estado judeu. Tem que ser muito fanático em acreditar que israel teria alguma chance contra a Rússia.

      • Этот гражданин настолько глуп, что ни он, не считает, что глупости, что говорит

        Человек растет

        Вы посмешище в Интернете

    • O mais bonitinho disso tudo é que tomaram de assalto o Iraque sem precisar invadi-lo kkkkkk depois dos otarios Americanos terem gastado bilhões kkkkkkk.

  2. PLAK!!! PLAK!!! PLAK!!! PLAK!!! PLAK!!! PLAK!!! PLAK!!! PLAK!!! PLAK!!! PLAK!!!
    .
    É nessa hora, que a gente vê a diferenca entre os “HOMENS”, e as “CRINÇAS”.
    .
    Saudações,
    .
    konner

  3. Não entrando na questão de concordar ou discordar das ações politicas de Putin, mas se tivéssemos um líder deste porte no Brasil, e não bêbados malandros, mulher sapiens que não consegue juntar duas palavras para fazer uma frase, e um sociólogo entreguista de bandejão uspiano, com certeza teríamos outra postura diante do mundo, e não seriamos o “Grandão Bobão da America do Sul’ desrespeitado ate pelos nossos vizinhos nanicos

    • Hmmm nazistinha ta pegando carona na ideia é kkkkkk essa é a diferença de um atorzinho manipulado para um estadista patriota kkkkk

      • Com o poder na mão, caro PETRALHA, qualquer um rosna… até a mulher mandioca sapiens dá as suas rosnadinhas nas assembleias da vida… rosnados de rato, mas rosnados… 🙂

      • Sabe o que e pior que um petista declarado Blue Eyes? Um petista encubado envergonhado, e o tipo do nosso colega ai.

      • E teu deus rosnador não vai fazer nada kkkk não vai tomar uma atitude kkk vai gritar estupradooor estupradooor kkk vamos impor mais embargos kkkk Quero ver quem vai ter peito de ir ola tirar os caras kkkkk.

      • Nazistinha e o KCT me respeita vigão, e Nil este QTC.
        Nunca tive nenhuma simpatia pelo partido nacional socialista dos trabalhadores alemães,repudio esta joça.

        Vá tomar seus remédios e não pare mais o tratamento, tu não falando coisa com coisa de novo.

  4. A hipocrisia é ver um governante neo-nazista proteger a classificação do EI como grupo terrorista por ser braço armado dele.
    Mais hipocrisia ainda é ver no jornal da noite na Rede Globo dizerem que Putim é o causador da desfragmentação da Ucrania e do surgimento do EI na Siria.
    Não foram mexer com os caras nas fronteiras dos caras.Não estão agora mexendo na area de interesse dos caras.Então veremos se esses nazistinhas pensam realmente serem donos do mundo e se deixarão de serem covardes a promover situações induzindo os outros a lutarem por eles.
    Quero mais é que o bicho pegue mesmo na Siria e se alastre para os territorios dos capaxos Sunitas e chegue ate mesmo a Israel se ela tambem tiver a coragem de botar a cara na pista.

  5. Tem um velho ditado que diz : Quem procura acha !
    Agora com a palavra as anciãnzinhas escadalizadas de Sião e as cadelinhas esquizofrenicas diante do pupito.

  6. Esse discurso do Putin desmoraliza de vez o serial killer que ocupa a casa branca, Obama. Acabou o cinismo e a mentira, espalhada com a ajuda da imprensa mundial. Nasce o mundo multipolar com mais atores que não toleram mais as mentiras e o autoritarismo do regime estadunidense, uma pseudo democracia plutocrática. Os coxinhas brasileiros estão sendo financiados por esses criadores de ditadores do mundo. Putin foi claro ao dizer que as “revoluções” são criadas de fora para dentro, como na Ucrânia, em que os Estados Unidos gastaram US$ 5 bilhões para instalar um ditador mais corrupto do que o anterior. E nisso Putin é muito claro, não tolerará esse tipo de coisa e o cerco que fazem à Rússia. E Putin pode falar grosso, pois na surdina montou uma formidável força militar, muito superior à que os Estados Unidos e a Europa tem atualmente, por isso que Obama ficou calado. Espero que os abutres não se lancem contra a América Latina como fizeram no passado, instalando ditadores fascistas no continente inteiro. A democracia exige que se lute por ela todos os dias, principalmente países cheios de recursos naturais como a Rússia e o Brasil.

    • Como eu havia dito o sistema educacional Lulopetista é uma indústria de zumbis lobotomizados e militantes acéfalos. E agora temos mais uma prova cabal disso. Quer dizer que a Rússia tem uma força militar muito superior à dos EUA? Então me diz quantos NAes tem os EUA e quantos têm a Rússia? Quantos caças de quinta geração tem a USAF em comparação com a VKS e por aí vai. A questão é que como possui armas nucleares Putin porta-se como um gângster barato.

      Agora piada mesmo é quando o militante acusa os EUA de não serem uma democracia mas sim uma plutocracia. E já que se falou em plutocracia, por que não falar das promíscuas relações do ParTido, especialmente seu messias o Apedeuta, com a empreiteira “cúmpanhêra” e que têm sido desnudadas na operação lavajato? E ele ainda consegue ser mais engraçado quando apela pela luta pela democracia afinal o ParTido tentou subverter a separação de poderes no mensalão, é amigo das piores ditaduras e tenta de toda forma impor seu bolchevismo degenerado em bolivarianismo chinfrim aos brasileiros.

      • kkkkkk né isso não amiguinho ninguem mais aguenta essa farsa neo-nazista unipolar.
        Desde quando Russia e China usaram do veto no CS contra esse corsarismo o recado de uma nova ordem mundial com igualdade de direitos foi dado.
        Babau corsarismo kkkkk

      • Heim Tirolesa a quanto tempo ou melhor a quantos anos voces vem levando bolas nas costas por todos os lugares do mundo heim kkkkk e pensaram fazerem o mesmo no Brasil que estão fazendo na Ucrania kkkkkkk VEM PRA RUA mas vem de arma na mão que eu quero ver se não serão todos exterminados kkkkk.

    • “montou uma formidável força militar, muito superior à que os Estados Unidos e a Europa tem atualmente,”

      Nossa…”este manja hem?!”

      Teve um presidente americano de verdade, não esta lixo ai que disseu ma vez.
      “As vezes e melhor você ficar quieto e deixa acharem que vc e um idiota, do que abri a boca e da-lhes certeza”

  7. ANÁLISE TEMÁTICA: QUANDO AS FALÁCIAS DE PSEUDOS HOMENS SÃO DISSECADAS COMO SE MENTIRAS DE CRIANÇAS FOSSEM…

    AS FALÁCIAS DE VLADIMIR PUTIN NA 70 ª ASSEMBLEIA DA ONU

    Por Mtnos Calil

    “Depois que a China e a Rússia retornaram ao capitalismo, sendo que a Rússia compete hoje com o Brasil para ver quem é mais corrupto, a esquerda tradicional, adepta da ideologia marxista, continua manifestando sua simpatia para com estes dois países, como se ainda eles estivessem em marcha para o socialismo. A explicação psicológica deste transtorno ideológico é simples: como os Estados Unidos, a Inglaterra e seus aliados eram – e continuam sendo – ferozes inimigos do socialismo igualitário, o da sociedade sem classes, a esquerda, resignada, busca se consolar nos ombros dos camaradas dirigentes da China e da Rússia, mantendo assim a sua fidelidade ideológica, ou melhor fé ideológica, que como tal dispensa o rigor cruel da razão. A resignação é tamanha que até um Putin da vida é acolhido como a mais nova figura da “estabilidade mundial” ( e não mais da revolução mundial). Dentre as diversas falácias do discurso de Putin, essa merece especial atenção

    “A Rússia sempre se opôs firme e consistentemente, sempre, contra o terrorismo em todas as suas formas”

    Se eu fosse o marketeiro de Putin, mandaria o nosso camarada remover essa frase do discurso porque além de não acrescentar nada ao conjunto das falácias, usa o verbo no passado, o que nos remete à época de Stalin que obviamente cometeu uma das formas do terrorismo genocida. Stalin, como todos já sabem (ou deveriam saber) não passou de um “psicopata do poder” que enterrou o sonho socialista da igualdade e da justiça sociais. O sonho se dissiparia de qualquer maneira, mas sem as barbáries stalinistas.
    Como esse discurso é marcado por ambiguidades, o próprio Putin reconhece as barbáries praticadas por Stalin, nestes termos:

    “Todos devemos lembrar o que nosso passado nos ensinou. Também recordamos alguns episódios da história da União Soviética. ‘Experimentos sociais’ para exportação, tentativas de impor mudanças dentro de outros países baseadas em preferências ideológicas, quase sempre levaram a consequências trágicas e à degradação, não ao progresso.”

    Vejamos apenas mais duas falácias do discurso

    “A ONU é única em sua legitimidade, representação e universalidade”

    A ONU não é nada disso! Se fosse, teria o poder de botar ordem no caos universal que ela representa. “Legitimidade e representação” sem poder decisório não servem para nada. A ONU é quando muito um órgão de consultoria global na nova (des)ordem mundial estabelecida.

    “Poderíamos chegar a um mundo dominado pelo egoísmo, não pelo trabalho coletivo. Um mundo cada vez mais caracterizado pela violência, não pela igualdade e por democracia e liberdade genuínas”

    Putin menciona essa possibilidade como um argumento em defesa da ONU, como se ainda não chegamos no “mundo dominado pelo egoísmo”. Chega a ser hilário Putin falar em democracia e liberdade genuínas. Será que o que ele leu corresponde ao que ele pensa? Se sim, o objetivo dele é competir com os EUA pela liderança da ONU.

    A par destas falácias, Putin atua* no discurso se colocando como um líder emergente de uma sonhada democracia universal. ( do socialismo igualitário evoluímos agora para a democracia mais linda da história)

    *O discurso em política, cumpre, via de regra, a função do “acting out”, termo utilizado na psicanálise para definir representações urdidas em nossa mente inconsciente; a diferença é que o discurso dos políticos, conforme ensinou Maquiavel, tem que respeitar essa regrinha básica: agradar à plateia, o que requer, de quem discursa, a plena consciência das falácias, embora, no caso dos políticos honestos
    eles possam incidir no auto-engano acreditando mesmo em suas idealizações.

    A atuação de Putin atingiu o ápice com esta frase:

    “Confio que, trabalhando juntos, conseguiremos fazer do mundo lugar pacífico e seguro, e asseguraremos condições propícias para o desenvolvimento de estados e nações”.

    Será que Putin estava sendo sincero quando disse isso? Bem … se ele estava realmente acreditando nas suas próprias palavras foi vitima de um delírio inconsciente.

    Cabe assinalar que as criticas do comandante russo ao imperialismo/capitalismo selvagem reproduzem a realidade dos fatos, o que contraditoriamente, representam um tiro no pé, pois certamente ele não vai atuar (no sentido racional do termo), levando à prática o combate a essa selvageria. Para evitar uma 3ª. guerra mundial a China e a Rússia têm que aceitar as injunções do capitalismo selvagem que se materializam na concentração esquizofrênica da renda, o que já ocorre no capitalismo destes dois países. Na verdade, o motivo desta guerra seria a pura disputa pelo poder político e econômico que agora será dividido entre as grandes potências dos dois lados, visto que hegemonia absoluta do império anglo-americano já acabou. Porém, ninguém pode assegurar que algum psicopata que esteja no poder ou que venha a ocupá-lo, não vá lançar uma bomba atômica.

    Mtnos Calil, Psicanalista, coordenador do grupo Mãos Limpas Brasil, defende a Teoria dos 5 zeros: Ideologia Zero, Ingenuidade Zero, Ilusão Zero, Narcisismo Zero e Expectativa Zero.

    A expectativa zero não implica pessimismo, visto que o ato de ser otimista ou pessimista, já é em si, ideológico. As pessoas em geral pensam que o pessimismo interfere negativamente na história e não se dão ao trabalho de verificar se seu otimismo está fundamentado nos fatos. A expectativa zero significa que o esperado pode ou não acontecer e que as nossas ações devem ser reguladas por processos bem planejados e bem executados, independente dos resultados que poderão ou não ser alcançados.

    • Illuminatti anglo-sionista neo-nazista voce sempre cata esses lixos tendenciosos no escremento da blogosfera achando que pessoas se imfluenciarão por eles.
      Na tua cabeça o Brasileiro é um ser pré-historicvvo que vive de forma medieval em feudos.
      Somos um pais e um povo ainda muito carente de inclusão digital mas q1ue a minoria que tem acesso nos faz um dos paises mais conectados do mundo e ponta em pesquisas comparativas e fontes independentes.
      Sorria bostérico o Brasileiro hoje tem propria identidade e cria opinião propria e não se deixa maIs EMPREENHAR-SE POR ASTUCIA MANIPULEIRA de sanguessugas externas.
      Voce vera traidor que quando passarmos o rodo nos ratos imundos voces traidores apátridas ser´~ao os primeiros a serem exterminados.
      Ninguem em nenhum lugar curte traidoresw ainda mais aqueles que doam o proprtio rabo para vender os rabos das proprias mães e dos proprios filhos.

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