Submarino Classe DELTA IV

Por Iuri Gomes

Introdução:

A marinha Soviética (Военно-морской флот – ВМФ ou Voyenno-Morskoy Flot – VMF) com uma nova doutrina de expansão em meados dos anos 60, liderada pelo renomado Almirante Sergey Gorshkov fez crescer sua frota de submarinos para nada menos que 340 embarcações nucleares e convencionais contra 137 unidades do seu maior inimigo os Estados Unidos.

Com isso, parte do grupo estratégico nuclear soviético concentrava-se nos 34 SSBN classe Yankee (projeto 667A.) que utilizavam os mísseis nucleares R-27 (SS-N-6 ‘Serb‘) que possuíam alcance limitado de 3000 km. Porém, essa classe de navio demonstrou ser demasiadamente ruidosa devido ao atraso tecnológico que a indústria naval soviética possuía na época. Diante disso VMF foi um dos grandes apoiadores para um novo SSBN que possuísse uma arma com maior alcance. Surgiria aí a classe Yankee que se estabeleceu como lançadores de mísseis médios.

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Submarino K-219 (Classe Yankee – nome da OTAN para o Projeto 667A) navegando com um dos seus silos de Misseis danificados apos umaexplosão. No dia 3 de outubro de 1986, o submarino nuclear soviético K-219 afundou no Atlântico Norte nas proximidades da Ilha de Bermuda após a explosão em um dos silos de mísseis. A embarcação ainda conseguiu emergir a superfície apesar do incêndio se alastrar, mas afundou quando seus dois reatores nucleares falharem. Quatro tripulantes morreram na explosão

Em 1973, paralelamente em construção com a classe Yankee, a nova classe de SSBN chamada Delta I (Projeto 667B Murena, versão melhorada e alongada da classe Yankee) foi introduzida à marinha, no qual sua principal arma, os mísseis R-27(SS-N-6 Serb) se tornaram de fato, o primeiro míssil balístico intercontinental lançado de submarino (SLBM) pelos soviéticos, com alcance de 7800 km. O R-29 possuía maior dimensão que o R-27, dessa forma, para acomodar os novos e maiores mísseis foi instalado uma “corcova” atrás da vela de cada um dos 18 Deltas I construídos até 1978, onde ficavam alojados 12 SLBM. Em 1975 foi incorporada a versão Delta II (projeto 667BD Murena M), que comparada à versão anterior, possuía maiores dimensões para acomodação de 16 SLBM, mas somente quatro foram construídos para que a produção se concentrasse na mais nova versão de SSBN, o Delta III (projeto 667BDR, Kalmar) que entrou em serviço em 1976 e tinha como principal arma os mais novos e avançados mísseis SS-N-18, uma variante modernizada do SS-N-8. Ademais foram construídos 14 submarinos Delta III, o primeiro SSBN Soviético capaz de lançar em uma única salva os 16 SLBM do tipo R-29R, que por sua vez, foi também o primeiro sistema de mísseis soviéticos lançados do mar levando de 3 a 7 veículos de reentrada independentes (MIRVs) com alcance de 6,500 a 8000 km, dependendo do número de MIRV.

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Desenvolvido para equipar os novos submarinos nucleares lançadores de Mísseis balísticos da Marinha Soviética durante a década de 1960, Os R-27 Zyb (SS-N-6 Serb) foram os primeiros mísseis do gênero a terem lançamento real na Marinha Soviética. Entre 1974 e 1990, 161 lançamentos de mísseis foram realizados, com uma taxa de 93% de sucesso nesses disparos.A produção total foi de cerca de 1.800 mísseis.

Eis que na década de 80 surge na VMF um SSBN muito mais capaz que seus antecessores; o Delta IV (667BDRM Delfin) mesmo parecendo externamente com Delta II, o novo submarino possuía um projeto muito mais avançado em todos os conceitos técnicos e tecnológicos, onde pela primeira vez os engenheiros soviéticos conseguiram se igualar em furtividade aos ocidentais em todos os projetos de submarinos deste período.  Este submarino é hoje a espinha dorsal de SSBNs da marinha russa, sofrendo constantes modernizações, ele mantem e manterá um dos pilares da tríade nuclear russa por um bom tempo.

Versões da Classe Delta

-Delta 1
Delta I
-Delta 2
Delta II
Delta 3
Delta III
Delta IV
Delta IV

Origem:

No início da década de 70, a marinha soviética percebeu que seus SSBN precisavam ser mais furtivos, pois eram ameaçados constantemente pelos SSN (submarinos nucleares de ataque) da OTAN, no entanto, a indústria naval soviética só conseguiu aperfeiçoar sua construção de submarinos em meados dos anos 70 e criar uma série de belonaves muito silenciosas mesmo para os padrões ocidentais. Dessa forma, Gorshkov apoiou dois novos projetos de SSBNs, o imponente Typhoon (projeto 941) para lançar o míssil 3M65/SS-N-20 “Sturgeon”, de combustível sólido e o Delta IV (projeto 667 BDRM) para lançar o míssil de combustível líquido R-29RM/SS-N-23 “Shtil”.  Durante o desenvolvimento do projeto 667BDRM foram implantadas melhorias em relação à redução de nível de ruídos; os sistema e equipamentos encontram-se isolados a partir do casco de pressão e seu sistema anti-hidroacústico foi bastante melhorado em relação ao seu projeto anterior 667BDR.

– Propulsão

O design do submarino é semelhante com a classe Delta III, constituído de casco duplo com mísseis adotados no casco interno. Como no Delta III, os hidroplanos são posicionados na parte da frente da vela, podendo ficar na horizontal para facilitar no rompimento das grossas camadas de gelo do ártico.

O SSBN projeto 667 BDRM possui dois reatores nucleares de água pressurizadas VM-4 de 180 MW, possui também duas turbinas do tipo GT3A-365 com potência de cerca de 30 MW que são transmitidas por dois eixos de hélices de sete pás de passos fixos. Seu sistema de propulsão permite uma velocidade de 24 nós (43 km/h) a uma profundidade operacional de 320 metros, mas possui a capacidade de mergulho de 400 metros. Em condições normais, o submarino pode permanecer em incursões de 80 dias.

– Família R-29 no SSBN Delta IV

Em 1979 foi iniciado o projeto de um novo míssil SLBN (Míssil Intercontinental Lançado por Submarino), R-29RM (RSM-54) ou SS-N-23, pelo centro de engenharia Victor Makeev para ser utilizado no sistema lançamento modernizado D-9RM. A concepção do projeto consiste em míssil intercontinental capaz de atingir pequenos alvos terrestres. O R-29RM foi incorporado a Marinha Soviética em 1986 onde cada Delfin portava 16 mísseis. O R-29RM é uma modificação da versão anterior R-29R com melhorias significativas, onde foram diminuídos os custos em relação a um novo projeto. Dessa forma foi ampliada para 40 toneladas o peso de lançamento e seu alcance máximo para 8300 km, suas dimensões se mantiveram praticamente as mesmas de seu antecessor tendo 14,8 metros de comprimento e 1,9 metros de diâmetro. O corpo do míssil é feito de liga de magnésio-alumínio. O foguete é dividido em três estágios de combustível líquido onde os propulsores de dois estágios são “afogados” nos tanques de combustíveis. Na parte dianteira do foguete está alojado o sistema de controle que inclui sistema de correção celeste de trajetória de voo, sistema de guiamento por satélite, sistema de navegação pelas estrelas, 4-10 ogivas MIRVs e suas iscas. Entretanto, por conta do tratado Start-1, assinado entre EUA e URSS (atual Federação Russa) o número de ogivas nucleares transportada por mísseis intercontinentais é limitado  em apenas quatros unidades.

 Em 19 de novembro de 1998 foi realizado um teste com protótipo do míssil SS-NX-28(RSM-52) no qual houve uma falha a cerca de 200 metros da estação de lançamento terrestre ocorrendo uma explosão e posteriormente duas falhas consecutivas, desta forma optaram por abandonar o projeto.

RSM-54 Sineva- O novo Martelo do Delta IV

Em 1999, o centro de design VP Makeev recebeu ordem do governo russo para voltar a produção dos sistemas SS-N-23, com a expiração do tratado Start-1 ocorrida em 2009, o míssil pode transportar até dez ogivas nucleares.

O novo RSM-54 Sineva, conhecido no ocidente como (SS-N-23 Skiff) é a terceira geração de mísseis balísticos de combustível líquido a entrar em serviço VMF, seu comissionamento ocorreu em 2007 sendo considerado um dos projetos mais promissores da indústria militar russa. Esse novo sistema poderá se manter em estado de alerta até 2030. O primeiro submarino a ser modernizado com a nova arma foi o K-114 “Tula” em 2007, essa embarcação foi construída em 1987 no estaleiro de Severodvinsk na região de Arkhangelsk.

O alcance do R-29RMU não se sabe bem ao certo, mas se estima a uma distância superior a 10000 km segundo a algumas fontes russas, mas um teste realizado em outubro de 2008 em um exercício, o míssil alcançou uma distância de 11.547 km, e diferentemente, o teste não foi realizado no campo de provas em Kura no extremo oriente russo e sim lançado do noroeste russo na península de Kola a parte equatorial do Oceano Pacífico.

Com a sequência de falhas no míssil de combustível sólido (SLBN) R-30 (Bulava) no ano de 2009 a 2013 que hoje equipa os moderníssimos SSBN projeto 955(Borei), nesse período o projeto do R-29 ganhou maior fôlego para garantir o braço de SSBNs da frota russa. Dessa forma, uma modernização no sistema R-29RMU, surgiu em 2011 míssil R-29RMU2 “Lyner” com capacidade de levar até doze ogivas MIRVs e com avanços técnicos não divulgados pelo estado russo, mas testes realizados demonstraram que o sistema possui maior capacidade para superar o escudo de mísseis antibalísticos. “Em 2014 o ‘Lyner’ foi aceito por decreto da presidência russa para equipar os seis SSBN projeto 667BDRM” Delta IV”.Hoje, de fato, o sistema “Lyner” e “Bulava” são os mais capazes sistemas de SLBN em operação no mundo.

RSM-54_Sineva_SS-N-23 Skiff_submarine_launched_ballistic_missile_SLBM_Russia_Russian_Navy_technical_data_sheet_001

– Armas

O submarino possui quatro tubos de 533 mm que pode disparar grande variedade de torpedos e torpedos-mísseis de capacidade anti-submarino. A embarcação é capaz de lançar o míssil anti-navio SS-N-15 Starfish este podendo ser armado com uma ogiva nuclear de 200kt e possuindo um alcance de cerca de 45 quilômetros. O submarino pode transportar até 18 mísseis e torpedos.

Um submarino Delta IV em teste no ártico disparando seu míssil R-29RMU em 2007.

– Eletrônica e comunicação

O Delta IV possui um sistema de gerenciamento de batalha que controla todas as atividades de combate, processamento de dados e comandos das armas como torpedo e torpedos-mísseis do tipo “Omnibus-BDRM”. O sistema de navegação de precisão dos mísseis que possui capacidade de navegação estelar em profundidade de periscópio é do tipo “Shlyuz4”. O submarino possui também duas boias flutuantes de antenas para “mensagens- rádio”, dados de alvo, navegação por satélite a grandes profundidades. O Skat-BDRM é o sistema hidroacústico que equipa o Delfin. A suíte de sonar é montada na parte frontal do casco que opera em baixa e média frequência no modo de busca e ataque de forma passiva e ativa seu sonar de ataque do tipo RAT ROAR é operado em alta frequência. Seu sonar de baixa frequência e passiva é do tipo tubarão, e ainda, o Delta IV possui um sonar rebocado que opera em baixíssima frequência em modo passivo.

Delta IV em modernização em alguma base naval Russa. Apos a Modernização dos Submarinos Delta IV os mesmo passaram a contar com o míssil balístico lançado por submarino (SLBM) Sineva.

– Apocalypse (Behemoth-2)

Delta-class-submarine-firing-SS-N-18-DIA

Em agosto de 1991, em uma inusitada manobra de combate, o submarino K-407 Novomosk, último dos sete Delta IV, comandada pelo capitão Sergey Yegorov, disparou uma salva completa de dezesseis mísseis balísticos (R-29RM) de forma subaquática. Toda essa salva durou 3 minutos e 44 segundos, com intervalo de 14 segundos por lançamento, dessa forma foi expelido incríveis 650 toneladas de sua estrutura, essa operação de código “Behemoth-2” foi um ensaio para uma guerra nuclear total (conhecido também como “ensaio do Apocalipse”). Somente o primeiro e o ultimo míssil atingiram seus alvos na península de Kamchatka , pois os outros  foram autodestruídos em voo.

Essa operação demonstrou ao mundo e a própria cúpula militar russa a capacidade de dissuasão do SSBN do projeto 667 BDRM em um cenário de guerra nuclear e confirmou a segurança de uma rápida salva de mísseis balísticos de forma subaquática. Até aquela data, nenhum submarino no mundo havia disparado todos seus SLBNs em uma única salva.

Abaixo temos dois videos sobre a Operação “Behemoth-2”

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Operação na Marinha Russa

Ao todo foram construídas sete unidades do DELTA IV, porém, o K-64 foi convertido para BS-64, um submarino para propósitos especiais, tem por função ser a nave mãe de um mini-submarino que serve para pesquisa oceanográfica, busca e salvamento subaquática e coleta de informações.

A estrutura mínima de SSBN na marinha russa é de cerca de doze submarinos, hoje ela é composta por nove navios, seis DELTA IV na frota do “Mar do Norte” (K-51 Verkhoturye, K-84 Ekaterinburg, K-114 Tula, K-117 Bryansk, K-18 Karelia E K-407 Novomoskovsk)  e três velhos Delta III na frota do oceano “Pacífico” (K-223 Podolsk, K-433 Georgiy Pobedonosets Svyatoy e o K-44 Ryazan).

os códgos dos seis DELTA IV

No início dessa década, a mídia ocidental e parte da própria mídia russa, mencionava erroneamente que os SSBN Borei iriam substituir os gigantescos SSBN projeto 941 “Typhoon” e SSBN 667BDRM “Delta IV”, mas desde os tempos soviéticos, a classe “Delfin” tinha por função realizar um ataque nuclear secundário em relação aos “Typhoon”, dessa forma, com a entrada em operação de seus mísseis “R-30 BULAVA” de combustível sólido, os navios da classe Borei irá substituir somente os imponentes “Typhoon”, e os Delta IV voltam a função secundária  de  ataque nuclear em relação aos SSBNs Borei.

A estimativa na Marinha Russa, é que em 2020 os oito navios da classe Borei se encontre prontos e ativos, três das embarcações se encontram prontos na versão projeto 955 que portam dezesseis mísseis SLBN R-30 “Bulava”, os outros cinco, serão uma versão modernizada Projeto 955A com capacidade de 20 mísseis “Bulava”. Dessa maneira nos anos posteriores a 2020, a VMF estará com uma força de quatro ou seis “Delta IV” armados com modernos mísseis “Sineva” e “Lyner” e oito unidades da classe Borei armados com mísseis Bulava. Os SSBNs “Delfin” demonstram ter muito folego para os desafios da próxima década ao lado dos SSBN Borei, garantindo assim a força nuclear submarina da Federação Russa.

estrutura de SSBNs em 2020

 Infográfico Sputinik Brasil

Ficha Técnica:

Designação Soviética 667BDRM Dolphin
US-Designação Delta IV
O desenvolvimento começou Setembro 1975
Design Bureau Central Design Bureau para Marine Engineering “Rubin”
Designer-chefe SH Kovalev
Builders Nr. 402 Severodvinsk
Construção e Outfit Fevereiro 1981-1992
Tempo de serviço Dezembro 1985-
Número de navios 7
Armamento D-9 RM sistema de lançamento com
16 R-29 mísseis RM
Tubos de torpedos 4-533mm
Usina Elétrica 2 reatores de água pressurizada, de 90 MW cada
2 turbinas a vapor, 20.000 hp cada
Hélices 2 × 7 lâmina fixa-pitch
Comprimento 167 metros
Viga 12.3 metros
Rascunho 8,8 metros
Deslocamento 13.500 toneladas Surfaced
18.200 toneladas submerso
Profundidade operacional 320 metros (design)
400 metros (profundidade máxima)
Velocidade 13-14 knots Superfície
22-24 nós submerso
Tripulação 130 homens
Resistência 80 dias

 

ussr-project-667bdrm-delfin-delta-iv-class-submarine-2

16 Comentários

  1. Excelente matéria ! Parabéns… salvei até o link para ficar mais fácil de consultar em pesquisas futuras. Obrigado.

  2. EEEExcelente … muuito bom …não é atoa que os russos fazem os melhores submarinos do MUNDO !!! … ;D

  3. ”…340 embarcações nucleares e convencionais contra 137 unidades do seu maior inimigo os Estados Unidos.”
    Isso mostra o tamanho da diferença da doutrina utilizada por essas marinhas.

  4. Quero parabenizar o Plano Brazil pela matéria e da forma como o tema foi abordado,mas ao mesmo tempo em que li a matéria me veio uma certa tristeza de ver o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva preso nessa operação lava jato aonde uma pessoa diz algo e logo depois sem se apurar de forma precisa como manda os procedimentos do judiciario,as informações vazam,a pessoa é presa de forma arbitraia e submetida a um julgamento público sem ser apurado se a pessoa é culpado,hoje a pessoa é considerada culpada sem o transito em julgado.
    O almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva é o pai do nosso programa Nuclear,dedicou sua vida a esse país,deu sua vida pelo nosso povo,em qualquer país sério ele seria considerado um herói nacional,mas aqui ele foi preso,sem o devido processo legal,sem uma análise técnica de especialistas,acham que administrar um programa complexo como o nuclear é algo simples como uma conta de padaria,aonde o pãozinho custa x e o leite y.
    Se uma pessoa como o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva fosse russo ou americano,ele seria reverenciado,agora para finalizar digo aos amigos,nossos segredos nucleares são abertos,nosso subnuclear provavelmente vai para a cucia,e será ridicularizado pela mídia e a parte ignorante e manipulável do nosso povo vai apoiar o cancelamento do projeto,infelizmente nesse país só jogador de futebol,BBs,artistas de tv,celebridades que tem uma bunda grade,são admiradas,cientistas,matematicos,filosofos e escritores ou alguém que produza algo de bom para o povo é deixado de lado,por favor peço que os militares não deixem esse país afundar,se for preciso os Tanques e os soldados tem que ganhar as ruas e não a legião de coxinhas e falsos moralistas de plantão,já que a Anta que se diz coração valente,não faz nada,só apanha quieta,vcs precisam tomar as rédias dessa nação.

    Obs;Desculpe pelo desabafo,mas acho que esse país precisa ser refundado,ou dominado por uma poderosa nação para que parte do povo aprenda a ter vergonha na cara e passe a dar valor aos filhos desse país que dão a sua vida pelo bem comum e depois recebem desse mesmo país a mais pura ingratidão.

  5. O que me causa mais revolta é ver idiotas que comentam nessas páginas de notícias ,malharem o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva,sem saber da história dele e do quanto ele fez por esse país,para mim a cabeça dessas pessoas não serve para guardar a massa encefálica,mas sim um grande deposito de detritos,essas pessoas defecam ao pensar,e ao colocarem seus pensamentos em forma de textos ou em palavras,transmitem o seu odor fetido ao ambiente.

  6. almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva:

    • Oficial de Marinha do Corpo da Armada – Escola Naval – 1960
    • Engenharia Naval – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – 1966.
    Cursou simultaneamente as especialidades de Arquitetura Naval e Máquinas.
    • Master in Science in Mechanical Engineering – Massachusetts Institute of
    Technology – 1978
    • Nuclear Engineer Degree – Massachusetts Institute of Technology – 1978
    Estágios Técnicos de Formação.
    • 1988 – Estagiou e trabalhou por um ano na Gibbs & Cox Inc. New York, NY , naquela
    época considerada a maior empresa de projetos navais dos EEUU.
    • 1970 – Estágio de quatro meses no Philadelphia Naval Shipyard,EEUU, onde
    realizou o curso de planejamento de construções e grandes reparos navais.
    • 1973 – Estágio de três meses no Estaleiro Naval da Thornycroft em Southampton,
    Inglaterra.
    Área de Conhecimento:
    • Gerenciamento de projetos e empreendimentos nas Áreas Naval, Mecânica, e
    Energética, em particular Energia Nuclear.
    Titulo da Tese no Massachusetts Institute of Technology:
    • Nuclear Fuel Performance Maps for Power Reactors Operational Decisions
    Atuação Profissional:
    • Atingiu o posto de Vice Almirante no Corpo de Engenheiros e Técnicos Navais, o
    mais alto posto da carreira naval para oficiais engenheiros.
    • Fundador e responsável pelo Programa de Desenvolvimento do Ciclo do
    Combustível Nuclear e da Propulsão Nuclear para submarinos de 1979 a 1994.O
    desenvolvimento do ciclo do combustível nuclear com tecnologia brasileira,
    especialmente a tecnologia de enriquecimento de urânio por ultracentrifugação, é
    um programa reconhecido e respeitado internacionalmente pelo alto nível
    tecnológico alcançado.
    • Autor do projeto de concepção de ultracentrifugas para enriquecimento de urânio.
    • De 1982 a 1984 cumulativamente com suas funções na Marinha do Brasil, foi Diretor
    de Pesquisas de Reatores do IPEN – Instituto de Pesquisas Energéticas e
    Nucleares, ocasião em que foi construído o Reator IPEN-MB-01 (único reator de
    pesquisas projetado e construído com equipamentos nacionais) e modernizado o
    reator de pesquisas e produção de radioisótopos IEA-R1.
    • Autor do projeto de concepção da instalação de propulsão nuclear para submarinos
    brasileira e do reator de teste protótipo de terra desta instalação.
    • Coordenador de projeto e desenvolvimento dos laboratórios de grande porte,
    necessários à validação experimental de equipamentos e componentes do sistema
    de propulsão nuclear para submarinos, assim como projeto e desenvolvimento
    destes equipamentos e componentes e sua fabricação na Industria Brasileira.
    • Fundador da COPESP, atualmente CTM – Centro Tecnológico da Marinha em São
    Paulo e do Centro Experimental ARAMAR em Iperó, SP.
    • De 1967 a 1974 como engenheiro no AMRJ – Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro
    atuou como chefe da Divisão de Metalurgia, Divisão de Oficinas Mecânicas e
    Eletricidade, Divisão de Obras Novas e Departamento de Construção Naval.
    • No AMRJ coordenou a Construção dos Navios de Patrulha da Amazônia da Classe
    Pedro Teixeira, das Fragatas Classe Niterói, das EDVP – Embarcações de
    Desembarque de Veículos e Tropa e EDCG – Embarcações de Veículos e Carga
    Geral e a troca do sistema de propulsão dos navios hidrográficos da Classe Taurus.
    • Consultor da Superintendência de Marinha Mercante e do GEIPOT – Grupo
    Executivo da Política de Transporte.
    • Atuou como empresário Diretor da Aratec Engª. Consultoria S/C Ltda..
    • Desde outubro de 2005 é o Diretor-Presidente da ELETROBRAS ELETRONUCLEAR.
    • Consultor da Junta Comercial do Rio de Janeiro, Consultor da BBT-Energia –
    Responsável pelo desenvolvimento de Hidro-Turbo-Geradores-Elétricos para
    pequenas centrais hidroelétricas.
    Vínculo Institucional.
    • Marinha do Brasil – de 1955 a 1994
    • IPEN-Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares de 1982 a 1994
    Prêmios,Títulos e Condecorações:
    A) Área Civil:
    -Grã Cruz da Ordem do Mérito Científico Nacional.
    -Medalha Carneiro Felipe da Comissão Nacional de Energia Nuclear
    -Título de Cidadão Iperoense
    B) Área Militar:
    -Ordem do Mérito Naval – Comendador
    -Ordem do Mérito Militar – Comendador
    -Ordem do Mérito Aeronáutico – Comendador
    -Ordem do Mérito das Forças Armadas – Comendador
    -Medalha do Mérito Tamandaré
    -Medalha do Pacificador
    -Medalha do Mérito Santos Dumont
    -Medalha Militar de Ouro

    [NOTA DA MODERAÇÃO]
    Saudações, caro BARCA.
    Por gentileza re-poste seu comentário no tópico específico, referente a prisão do Vice-almirante Otton.

  7. BARCA,
    Não entendo sua paixão por almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva. Se ele cometeu irregularidade ele tem que pagar por isso. Não importa se ele foi mãe ou pai do programa nuclear brasileiro. Isso não da direito de usar o cargo para roubar.

    A polícia federal não chega até alguém sem prova concreta. Não é porque ele possui patente de almirante que ele tem que ser blindado. Lembre-se, ninguém está acima da lei, não importa o patente, se ele almirante , general ou brigadeiro, se cometeu irregularidade tem que pagar.

    • fala bem!!!
      ninguem esta acima da lei
      ele começo bem fez muito coisa boa mais isso na da direito de depois se desvia e começa a pratica crimes!!

    • Não é paixão,hj as coisas funcionam da seguinte forma,alguém diz algo e o Juiz Moro manda prender,e logo depois é presa,passa em rede nacional,que a determinada pessoa é presa por causa de corrupção,sem um devido processo legal,a investigação é feita nas coxas,nem a bandido e traficante sofrem desse tipo de prisão arbitraria,o que há nas açoes do nosso Juiz Moro é,ele prende e depois investiga.
      Imagine a seguinte situação Bob,X é dono de uma loja de brinquedos,e Y que é fornecedor de brinquedos é preso,ai y diz que X está envolvido num esquema de venda de brinquedos superfaturados,pelo devido processo legal,X seria investigado,e dessa investigação seriam obtidas provas,e depois decretada sua detenção,mas hj funciona assim,Y diz que X está envolvido e logo o Juiz Moro manda prender,a mídia arma o circo,e depois há a investigação.

  8. Janine Moraes – 6.mai.2010/Câmara dos Deputados
    Othon Luiz Pinheiro da Silva, presidente licenciado da Eletronuclear

    Othon Luiz Pinheiro da Silva, presidente licenciado da Eletronuclear

    Ao mandar prender o presidente licenciado da Eletronuclear, almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, e o presidente global da Andrade Gutierrez Energia, Flávio David Barra, na Operação Radioatividade, nesta terça-feira, 28, o juiz federal Sérgio Moro se valeu de relatório da força-tarefa da Lava Jato, segundo a qual os “investigados se associaram para praticar em série crimes de gravidade”.

    “A prisão temporária é, nesse período, imprescindível para evitar concertação fraudulenta de versões entre os investigados, garantindo que sejam ouvidos pela autoridade policial separadamente e sem que recebam influências indevidas uns dos outros.”

    Moro mandou prender o almirante e o executivo em regime temporário, por cinco dias – prazo que pode ser prorrogado. Em sua decisão, o juiz destaca que o crime de corrupção atribuído ao almirante pela Operação Lava Jato “não tem qualquer relação com atividade militar”. Moro assinala que os fatos sob investigação não são crimes militares, submetidos a processo na Justiça Militar, de acordo com o artigo 9.º do Código Penal Militar.

    “Não passa sem atenção o fato de Othon Luiz ser militar da reserva”, escreveu o juiz da Lava Jato. “Apesar do prestígio das Forças Armadas, o fato é que as provas indicam possíveis crimes de corrupção em tempo muito posterior à passagem dele (Othon) para reserva e no exercício de atividade meramente civil. Então, a investigação não tem qualquer relação com atividade militar.”

    Othon Luiz foi preso na manhã desta terça-feira, 28, no Rio. O executivo da Andrade Gutierrez também foi preso no Rio. A Radioatividade, 16.ª etapa da Lava Jato, concentra suas forças exclusivamente em contratos das obras da Usina Nuclear de Angra 3.

    O presidente licenciado da Eletronuclear teria recebido R$ 4,5 milhões em propinas de um grupo de empreiteiras. As negociações para discutir o valor da corrupção teriam sido conduzidas pelo executivo Flávio Barra, presidente global da Andrade Gutrierrez Energia, que também foi preso pela Polícia Federal nesta terça (28).

    Othon Luiz virou alvo da Radioatividade depois que seu nome foi denunciado pelo ex-presidente da Camargo Corrêa, Dalton dos Santos Avancini. Delator da Lava Jato, Avancini revelou a propina para o almirante.

    “Dalton dos Santos Avancini, ex-presidente da Camargo Correa, relatou, em acordo de colaboração premiada, acertos para pagamento de propina em licitações e contratos de obras em Angra 3, após a tomada de medidas pela Eletronuclear para restringir a concorrência do certame”, assinalou o juiz Moro.

    Para o juiz da Lava Jato, “a adoção da medidas de restrição à concorrência foram confirmadas documentalmente, o que levou ao êxito no certame das empreiteiras Camargo Correa, UTC Engenharia, Odebrecht, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Techin e EBE, que formaram o Consórcio Angramon”.

    Sérgio Moro avalia existência de “prova relevante de crimes de fraude a licitações, corrupção e lavagem de dinheiro”. Ao mandar prender o presidente licenciado da Eletronuclear e o alto executivo da Andrade Gutierrez, o juiz destacou que “investigados teriam se associado para praticar em série crimes de gravidade”.

    “A prisão temporária é, nesse período, imprescindível para evitar concertação fraudulenta de versões entre os investigados, garantindo que sejam ouvidos pela autoridade policial separadamente e sem que recebam influências indevidas uns dos outros.”

    Fonte : Uol

  9. Interessante que os submarinos do projeto type 092 e 094 chineses também são bem influenciados pelos Delta russos…

  10. The Magadan is lost en route, but the two other subs render severe damage to the US fleet using special ballistic missiles that carry a cruise missile with a torpedo as its final payload. ADelta-class+submarine rft.

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