Emirados Árabes Unidos fornecerão ajuda regional no combate ao terror

A man walks past broken glass and doors after an explosion in a Shi'ite mosque in Peshawar February 13, 2015. At least 19 people were killed on Friday in the Pakistani city of Peshawar in a gun and bomb attack on the Shi'ite mosque, the latest sectarian violence to hit the South Asian nation. REUTERS/Fayaz Aziz (PAKISTAN - Tags: CIVIL UNREST RELIGION TPX IMAGES OF THE DAY)
A man walks past broken glass and doors after an explosion in a Shi’ite mosque in Peshawar February 13, 2015. At least 19 people were killed on Friday in the Pakistani city of Peshawar in a gun and bomb attack on the Shi’ite mosque, the latest sectarian violence to hit the South Asian nation. REUTERS/Fayaz Aziz (PAKISTAN – Tags: CIVIL UNREST RELIGION TPX IMAGES OF THE DAY)

Por Awad Mustafa

ABU DHABI – Os Emirados Árabes Unidos estão instituindo uma comissão das forças armadas para fornecer ajuda financeira e militar à aliados árabes para os esforços de contraterrorismo, uma fonte dos EAU disse à Defense News.

A comissão, solicitada pelo príncipe herdeiro Sheikh Mohammed Bin Zayed Al-Nahyan em Junho, está prevista para ser presidida por cinco membros seniores das Forças Armadas dos Emirados Árabes Unidos para rever, analisar e avaliar os requisitos de contraterrorismo do Egito, Líbia, Iraque e Bahrein, a fonte acrescentou.

“Nós estamos olhando para os interesses de segurança dos Emirados Árabes Unidos e como atender a essas necessidades, alargando a assistência a outros países da região que enfrentam ameaças terroristas, como Líbia, Egito, Iraque e Bahrein para satisfazer as suas necessidades militares”, disse o oficial.

A comissão vai fornecer armas de empresas francesas, italianas, sérvias e ucraniana, de acordo com o oficial, utilizando as fortes relações dos Emirados Árabes Unidos com esses países.

Os Emirados Árabes Unidos tem tido uma relação militar de longa data com a Itália e a França, e está envolvida em discussões para adquirir caças francesa Dassault Rafale.

Em Fevereiro passado, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko anunciou na Exposição Internacional de Defesa em Abu Dhabi um acordo de cooperação militar e técnica com os Emirados Árabes Unidos, embora os detalhes não foram divulgados.

Em 2014, os Emirados Árabes Unidos também assinaram um acordo de cooperação militar com a Sérvia, que inclui uma troca de informações e de tecnologias entre as suas indústrias de defesa, bem como campos de treinamento.

“Os Emirados Árabes Unidos tem laços muito fortes com os exportadores de armas do Ocidente e do Oriente para satisfazer as necessidades de segurança estratégica e nacional de si e destes estados, o que irá desenvolver uma profundidade estratégica para os Emirados Árabes Unidos, especialmente epois que o negócio [nuclear] com o Irã for assinado”, disse o oficial.

Como atividades terroristas aumentaram na região e mesquitas Sauditas e Kuwaitianas foram atacados, as operações de contraterrorismo foram lançadas no Sinai e as operações militares no Iêmen, e os Emirados Árabes Unidos aumentaram seu nível de alerta anti-terrorismo interno.

De acordo com Mohammad Al Asoomi, um economista de Emirados Árabes Unidos, os aspectos nocivos do terrorismo não estão limitados a esses países diretamente afetados.

“Há repercussões negativas sobre outros países e sobre a economia global como um todo, especialmente os ataques que levam à destruição econômica generalizada nos principais países produtores de petróleo, ou países que gozam de locais estratégicos no mapa do comércio internacional, como o Egito com propriedade da artéria comercial do Canal de Suez”, disse ele.

David Andrew Weinberg, membro sênior da Fundação para Defesa das Demmocracias com sede em Washington, observa isso como um desenvolvimento positivo, especialmente no Iraque.

“Um estado governado pelos sunitas no golfo fornecendo ajuda militar para Bagdá poderia ser visto como um desenvolvimento muito positivo, aumentando a capacidade e a motivação do governo [Haider] Al-Abadi para afirmar as forças armadas do Estado e colocar as milícias xiitas apoiadas pelo Irã sob maior controle, ou pelo menos fora das linhas de frente em áreas sunitas do país”, disse ele.

“A Líbia, Egito, Bahrein e Iraque são todos os países que estão lutando para combater ameaças terroristas genuínas, assim ajudando a financiar os seus orçamentos militares, nesse sentido, é extremamente valioso na luta contra o terror”, acrescentou Weinberg.

Weinberg, no entanto, questionou se quaisquer garantias ou condições serão construídas nos acordos.

“A menos que o valor de moeda destes negócios de armas seja particularmente elevado, é difícil visualizá-las modificando o equilíbrio global de poder na região. No entanto, o que ela sugere é que os Emirados Árabes Unidos estão institucionalizando ainda mais a sua política de ajuda, desenvolvendo um aparelho para fornecer maior ajuda militar ao mesmo tempo aproveitando os produtores europeus para compensar o fato de que o setor produtivo interno de armamentos dos Emirados Árabes Unidos não é, presumivelmente, ainda capaz de fornecer todos esses armamentos por si só.”

Fonte: Defense News

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