O grupo Estado Islâmico (EI) divulgou nesta quinta-feira um documentário de propaganda comemorativo do primeiro aniversário da conquista de Mossul, no qual o grupo radical diz ter ficado surpreso com a facilidade da tomada da segunda maior cidade do Iraque.
O vídeo cita este momento como sendo o fundador do “califado”, proclamado no fim de junho de 2014, três semanas após a tomada de Mossul, a principal cidade do norte do Iraque. As imagens mostram vários jihadistas sendo saudados por moradores da cidade, prisioneiros sendo libertados e veículos do exército fugindo.
“Nós não poderíamos imaginar que o avanço seria tão importante em relação ao que foi planejado”, diz o narrador deste vídeo postado nas redes sociais. “A operação começou por cortar as linhas de abastecimento (…) do exército”, após o qual o ataque foi anunciado, explica. “Três comboios de veículos militares entraram na periferia da cidade”, afirma, acrescentando que as forças do EI estavam em grande número.
O objetivo era controlar uma parte “de Mossul para torná-la um ponto de partida para a conquista (…) do resto da cidade”, garante o narrador. Mas, antes mesmo que todos os homens do EI entrassem em Mossul, os soldados iraquianos já tinham fugido, afirma. A ofensiva jihadista começou em 9 de junho e já no dia seguinte as forças lideradas pelo EI controlavam a cidade, onde viviam dois milhões de habitantes. Esta ofensiva explosiva provocou o deslocamento de centenas de milhares de pessoas, muitos dos quais fugiram para o Curdistão, uma região autônoma no norte.
Em poucos dias, provocou um colapso total das forças de segurança iraquianas, que os Estados Unidos haviam equipado e treinado por milhões de dólares. O governo perdeu o controle de quase um terço de seu território, o que provocou temores de que a bandeira do EI fosse hasteada na capital Bagdá. Um ano depois, e apesar do compromisso ao lado das forças governamentais de milícias xiitas e uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, que conduz ataques aéreos contra posições jihadistas, o EI não sofreu quaisquer grandes reveses
Fonte: br.noticias
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