O Iraque, que foi um dos maiores clientes de armas brasileiras entre as décadas de 1960 e 1980, manifestou nesta terça-feira seu interesse em reiniciar a compra de produtos de defesa do Brasil, informou o Ministério da Defesa. Essa intenção foi comunicada pelo ministro das Relações Exteriores do Iraque, Ibrahim al Jaafari, na visita que fez hoje ao Brasil e durante qual se reuniu com o chanceler Mauro Vieira e com o ministro da Defesa, Jaques Wagner.
O ministro iraquiano “demonstrou interesse em retomar as aquisições dos produtos de defesa brasileiros depois que, no anos 80, o país foi um dos grandes parceiros comerciais do Brasil”. O Brasil, que durante muitos abasteceu o Iraque de produtos como os mísseis Astros II, os tanques de guerra Osorio, os aviões de combate Tucano e diferentes armas convencionais, suspendeu as vendas em 1990 devido ao embargo internacional imposto a esse país pela invasão do Kuwait. Segundo o comunicado do Ministério da Defesa, o aquecido mercado brasileiro da indústria de defesa movimenta cerca de US$ 6,5 bilhões ao ano, com US$ 3 bilhões em exportações, e gera 30.000 empregos diretos. Os fabricantes brasileiros de foguetes, aviões e carros de combate tinham como principal mercado regional o Oriente Médio, para onde exportavam quase 50% de sua produção na década de 1970.
O principal cliente era o Iraque, que concentrava 40% das compras, seguido pela Líbia (30%). Em seu encontro com as autoridades brasileiras, Jaafari disse que o Iraque precisa equipar-se para combater a ameaça terrorista do grupo Estado Islâmico, que domina territórios tanto nesse país como na Síria. O ministro iraquiano acrescentou que o principal motivo de sua visita foi solicitar o apoio do Brasil nos esforços militares do governo iraquiano pela estabilização do país e o combate ao terrorismo. “A guerra contra o terrorismo não é uma guerra convencional. Buscamos os países amigos e democráticos para defender aqueles que estão sofrendo com esse fenômeno”, afirmou o chanceler iraquiano, citado no comunicado do Ministério da Defesa, ao defender acordos de cooperação com o Brasil. Por sua parte, Jaques Wagner comentou que o Brasil tem uma longa tradição de paz e de solidariedade e que, por isso, “expressamos nossa total solidariedade ao Iraque perante as atrocidades que são perpetradas no país”.
Abaixo temos uma tabela dos equipamentos militares brasileiros operados pelo Iraque na guerra do golfo. (para ver a tabela completa clique aqui)
Nota do Editor:
- A ENGESA vendeu ao Iraque 364 unidades do veículo de reconhecimento EE-9 Cascavel,148 unidades do EE-11 Urutu. O EE-9 Jararaca não chegou a ser adquirido pelo Iraque sendo comprado apenas por Uruguai (16), Guiné (10), Gabão (12), Equador (10) e Chipre (15). Para saber mais sobre as exportações dos veículos militares da Engesa clique aqui.
- A Engesa não vendeu nenhum Carro de Combate EE T-1 Osorio pois o mesmo não passou da fase de protótipo (para saber mais clique aqui).
Imagens meramente ilustrativas
FONTE: R7
Eu aposto no Guarani e Super tucano.
São fortes candidatos, e quem sabe sobre algumas encomendas para o IA-2.
A lista é ampla, e pode chegar até mesmo a RPGs, Imbel IA2, sistemas de imageamento termal, C4I, radares, corvetas, Navios patrulha, e talvez mísseis de diversos tipos, incluindo de cruzeiro.
Nessa historia vai dar China com seus blindados ….. baratim …baratim … e como se não bastasse de ser …. baratim …baratim … ainda tem o financiamento do governo chines que cobra taxas …… baratim … baratim …e se bobear, os chinês vendem uma cópia de um Guarani e super tucano … baratim …baratim … 😉
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Se dormir, o cachimbo cai
Alem destes dois tem o Astros também… eles gostaram dele na guerra contra o Irã
Super Tucano acho pouco provável Mestre Edilson posto que ele possui muitos componentes produzidos nos EUA, e hoje os iranianos estão operando em solo iraquiano.
De igual forma, também acho pouco provável que role o Guarani pois os primeiros lotes se destinam ao EB e o combate ao EI exige urgência. Mas penso que os Cascavéis e Urutus que forem sendo desativados podem ser recondicionados e vendidos aos iraquianos pois seriam facilmente assimilados uma vez que esses veículos foram usados ali nos anos 80
,..Temos : O Guarani, o siste astro e o Supertucano o…ficou feioa coisa e uma lista mt grande …e dizer q fomo o 8º parque b´lico há alguns anos…triste..Sds. 😉
Eu aposto no Astros e no uso das bombas cluster como presente ao EI, se as infiltrações no Iraque e nas suas forças armadas já não forem tarde demais.
Hoje, o Brasil deve ser muito cauteloso para pensar em vender ao Iraque. São paises completamente diferentes, com apoiadores, interesses e envolvimentos muito diferentes do que foi naquele tempo do Sadan. Os States dominam as ações nesse país e estão imersos em todo o seu cotidiano. Envolver um país participante dos BRICS, por sinal o mais fragil militar e politico pode ser muito proveitoso para gerar problemas internos e consequente enfraquecimento nos proprios BRICS. Sabemos hoje que todas as forças que atuam no Iraque estão sob influencia direta dos States, quer no governo Xiita, lá instalado pela coalisão, quer a oposição chamada Isis, apoiada por grupos que se apoiam nos states e que produzem sua estrategia geopolitica amparada nos States. Portanto analisar a possibilidade de resgate comercial tem que ser com cuidado redobrado por que a proposta pode ser uma isca para um objetivo maior, criar, importando, ou ampliar, conforme a ótica, conflitos dentro do proprio Brasil a um preço que pode não valer s pena.
O calote deles na ENGESA foi o começo da decadencia de nossa industria de defesa.
A atual ganancia de vender de nossas industrias atuais se não forem bem conduzidas e amparadas pode é tornar-se problemas futuros.
É um pais instavel e com governo fraco.
Vendas de armas a paises Arabes não envolve apenas a parte privada mas governamental tambem e aqui conhecemos a bagunça e a falta de vergonha na cara e falta de compromisso.
Seria um bom campo de testes para o Guarani que nunca contou com a minha simpatia unicamente por eu achar sua torre alta demais,um alvo facil.
De acordo! Com base na experiência do passado e sabendo que esta turma não é nada confiável, terá que ser aplicado o velho ditado dos bolichos do interior “não vendemos fiado” !!
Pague e receba!!
Pode vir a ser a salvação da nossa industria bélica, concedendo folego pra suportar esse ano de ajustes, e se formos bem na diplomacia, podemos ser os futuros mantenedores bélicos de um rico país ( em petroleo fino e gás).