Matéria produzida em parceria com o Site Warfare
Por Carlos E.S. Junior
DESCRIÇÃO
O Destróier classe Arleigh Burke (DDG 51) foi projetado pela Northrop Grumman Ship System com o objetivo de substituir os navios da classe Charles F Adamas e Coontz que estavam em serviço desde a década de 60. Sua principal missão é o combate antiaéreo , e para isso ele foi equipado com um radar SPY-1 D (AEGIS), que garante uma capacidade multialvos e antimísseis muito eficaz. A versão D do radar SPY-1, usada nos navios dessa classe, são menores que o radar original SPY-1, e é ideal para instalação em navios de guerra de menor porte, tanto, que até a fragata F100 Alavaro De Bazam, usa uma versão deste radar. O alcance deste radar, está em torno de 470 Km para alvos voando alto e de 80 km para alvos na linha do horizonte. Muitos dados deste radar são classificados, mas é certo que este radar, dentro do sistema AEGIS, que engloba, também, os mísseis antiaéreos standard SM 2 ME/ER, representa o que há de mais eficaz em defesa de área disponível hoje. O radar de busca de superfície é um AN/ SPS 67V. As capacidades anti-superfície e anti-submarinas, são consideradas muito boas no Arleigh Burke, e para a busca de alvos submersos ele usa um sonar SQQ 89 (V)6 da Lockheed Martin que opera integrado a outro sistema composto de um sonar ativo SQS 53C, e um sonar rebocado de busca passiva SQS 19B. Além disso, um pequeno veículo submarino de controle remoto (RMV) usando um sonar de profundidade variável AN/AQS20A.
Acima: O Arleigh Burke continuará sendo o mais moderno destróier norte americano enquanto não entrar em serviço a revolucionaria classe Zumwalt DDG-1000.
No quesito armas, a classe Arleigh Burke, é uma das mais completas que existem. Seu principal sistema de armas é o lançador vertical (VLS) MK-41 com 90 células capaz de lançar 4 tipos de mísseis, sendo eles os mísseis da família Standard, o míssil ESSM, o Tomahawk e o ASROC. Para a guerra antiaérea o MK-41 usa os mísseis antiaéreos Standard RIM-66C SM-2MR, cujo alcance chega a 74 km, guiados por radar semiativo. A ultima versão desta numerosa família de mísseis é a versão RIM-161 SM-3, desenvolvida dentro dos requisitos de defesa antibalística BMD (defesa anti-míssil balístico). Não foram todos os navios desta classe que receberam o SM-3, porém os que receberam atuam em apoio ao sistema antimíssil norte americano, deslocado no mar mediterrâneo e no mar do Japão. O SM-3 é uma arma especializada, e sua ogiva não possui explosivo, sendo usado, exclusivamente a força cinética, ou seja, impacto direto contra o míssil balístico inimigo. O seu sistema de guiagem é por radar semiativo, sendo no final do curso, ativado um sensor de infravermelho LWIR. O alcance é de 700 km e seu objetivo é destruir alvos em órbita, como as ogivas de mísseis balísticos de médio alcance ou mesmo satélites em orbitas baixas. A ultima versão deste míssil, a SM-3 Block IIA tem alcance aumentado para 2500 km e capacidade de destruir um alvo a 1500 km de altitude (orbital). Também para guerra antiaérea são usados os modernos mísseis RIM-162 ESSM, uma versão muito melhorada do famoso míssil Sea Sparrow. Este míssil é usado para defender o navio de ataques de aeronaves e de mísseis antinavio. Seu sistema de guiagem se dá por radar semiativo com atualização de meio curso por data link e seu alcance chega a 50 km.
Acima: O poder de fogo dos destróieres da classe Arleigh Burke supera, com grande margem o que um encouraçado da segunda guerra seria capaz de proporcionar. Não se enganem com a ausência de dezenas de canhões. O poder de fogo vem dos mais de 100 mísseis abaixo do convés.
Para guerra anti-superfície o principal armamento é o poderoso míssil de cruzeiro Boeing BGM-109C Tomahawk, capaz de destruir alvos em terra, a 1700 km com uma potente ogiva unitária de 450 kg de alto explosivo, ou ainda, a versão D, que usa uma ogiva de fragmentação (submunições como pequenas granadas que se espalham), cujo alcance é de 1300 km. O sistema de guiagem destes mísseis é o sistema TERCOM que faz o guiagem seguindo o contorno do terreno previamente carregado na memoria do míssil que segue um curso pré-estabelecido para atacar o alvo. O míssil conta com apoio de GPS e de um sistema inercial INS também para sua guiagem. E para guerra antissubmarino, o Arleigh Burke, está armado com o míssil RUM-139 VL, ASROC que transporta um torpedo leve MK-46 ou MK-54 até um ponto próximo do contato sonar onde o alvo foi detectado. Para guerra antinavio há 2 lançadores quádruplos para mísseis Boeing RGM-84 Harpoon, guiado por radar ativo e com alcance de 130 km. Um canhão MK 45 MOD 4 de 127 mm está instalado a frente do navio e pode ser usado tanto contra alvos de superfície, como contra alvos antiaéreos. Seu alcance normal é de 24 Km, porém já está disponível uma munição guiada de longo alcance conhecida como ERGM, cujo alcance atinge 125 Km e a guiagem se dá por INS/GPS. Esse alcance soberbo é conseguido através de uma propulsão do próprio projétil, que o torna um míssil lançado do cano do canhão. Para defesa antiaérea de ponto, estão instalados 2 canhões automáticos (metralhadoras) de seis canos rotativos CIWS Phalanx MK 15, de 20 mm. Esse canhões conseguem uma taxa de tiro de 4500 tiros por minuto, o que é suficiente para “rasgar” qualquer coisa que esteja dentro do seu alcance (2000 a 3000 mts). Também, para guerra antissubmarino, estão instalados 2 lançadores triplos para torpedos leves MK 34, MK 46 ou MK 50.Particularmente o torpedo MK46 tem um alto desempenho e pode destruir um submarino inimigo a 7500 mts, em alta velocidade.
Acima: Os primeiros navios da classe Arleigh Burke, podem operar um helicóptero Sikorsky SH-60 Seahawk. Porém, as versões mais recentes, conhecidas como Flight IIA receberam um hangar capaz de operar até duas aeronaves deste tipo.
FICHA TÉCNICA
Tipo: Destróier.
Tripulação: 346 tripulantes (incluindo 22 oficiais)
Data do comissionamento: 04 de Julho de 1991.
Deslocamento: 9033 toneladas (totalmente carregado).
Comprimento: 153,8 mts.
Calado: 6.3 mts.
Boca: 20,4 mts.
Propulsão: 4 turbinas a gás GE LM 2500 de 105000 SHP
Velocidade máxima: 30 nós
Alcance: 8149 Km
Sensores: Radar SPY-1D AEGIS, multifuncional, radar de busca de superfície AN/ SPS 67 V, Sistema de controle de fogo feito por 3 radares SPG-62 (MK99). Sonar SQQ 89 (V)6
Armamento: 2 lançadores verticais MK41 totalizando 90 celulas para mísseis Tomahawk, Standard SM2MR, SM-3, Asroc VLA. 1 canhão MK-45 Mod 4 de 127 mm; 2 canhões MK15 Phalanx de 20 mm CIWS. 2 lançadores quádruplos de mísseis Harpoon antinavio. 2 lançadores triplos para torpedos leves MK-34/ MK-46/ MK-50
Aeronaves: 2 helicopteros SH-60 Seahawk (navios da versão Flight II A)
,..Só um cavalo no terreno do Urso …pode virar uma ótima refeição. Ainda bem q tal ñ ocorreu..o planeta agradece…Sds. 😉
Não basta ter excelentes navios se a quantidade for pequena. O Tirpitz e o Bismarck, e o Yamato e o Musashi são bons exemplos de que uma só (ou duas) andorinha não faz o verão.
O que um Arleigh Burke pode esperar no mar Negro além de uma visitinha de um ultrapassado SU-24 dos anos 60 do século passado;sendo este, programado para receber os popeys nos seus barcos xeretas ? .. 😉
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RUSSIA COMEÇOU A DESENVOLVER UMA NOVA GERAÇÃO DE ARMAS SUBMARINAS.
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Especialistas da planta “Dagdizel” (Cáspio) começaram a desenvolver armas submarinos de extrema precisão.
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(*)fonte: [ codinomeinformante.blogspot.com.br/2015/06/russia-comecou-desenvolver-uma-nova.html ]
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(…) A Rússia encontra-se em uma fase muito avançada quando se trata de torpedos. Para se ter uma ideia, na Rússia desenvolvem tecnologias para dotar os torpedos com inteligência artificial. (…)
Pingback: CLASSE ARLEIGH BURKE. O cavalo de batalha da marinha da US Navy | DFNS.net em Português
É uma grande vantagem sobre a marinha Russa, com certeza.
62 em serviço, 75 planejados e o DDG-1000 já a caminho mesmo antes de completada a dotação total de 75.
Enquanto isso a Rússia ainda confia nos 09 “modernizados” destroyers da era soviética e mais 06 Udaloy II e Sovremenny, cujas condições de operação são desconhecidas.
Os norte-americanos tem a favor ainda o fato de conseguirem manter sua frota mais atualizada que a russa, que apesar de ter modernos sensores e mísseis excepcionais, não consegue padronizar os navios.
A vantagem norte-americana é percebida pela ocupação dos oceanos. A frota russa opera muito limitadamente em torno do próprio país.
Mas aparentemente em breve a US Navy vai começar a esbarrar em navios chineses por aí, e a Rússia cairá ainda mais no ranking, ficando com a terceira posição.
Melkor realmente vc tem razão quanto ao números de navios que a Rússia possui,mas cabe lembrar que a doutrina Soviética nunca foi baseada numa frota de navios grande,mas sim em vetores capazes de levar mísseis antinavio,submarinos,são doutrinas diferentes,mas ao meu ver uma doutrina eficaz,um ataque de saturação torna as defesas de qualquer sistema moderno quase que nula,e para os russos seria barato,pois se pode pegar caças antigos como o SU-24 ou outros e adapta-los e disparar uma saraivada de míssis,eu a muito tempo atrás a coisa de 20 anos li uma matéria sobre mísseis antinavios russos,e o tempo de reação do alvo,seria de 120 segundos com um míssil subsonico e 40 segundos com um missel supersonico como o moskit,hj não sei como está essa relação,mas acredito que ele até hj seja um míssil indigesto devo ao fato da china possuir alguns deles.
A grande questão amigo Barca é que dentro do contexto de um Carrier Battle Group essa vantagem dos ataques de saturação praticamente se anula pois a presença dos caças de defesa da frota aumenta em muito o perímetro defensivo e o tempo de resposta, sem falar que os aviões lançadores dos mísseis podem ser abatidos antes mesmo de lança-los.
2500 km de alcance o sm3 que isso heimm!!!!!!
derrrubava ate a sombra do su-24 idoso sovietico ehheheehehehehehehehehe
foi so de brincadeira vermelhinhas
Caro Ghost,
Excelente matéria. Parabéns.
Máquina impressionante!
esses sensores Aegis são operados em navios japoneses clase Kongo da mitsubishi tb e tem um anime interessante, legendado, onde eles operam voltando ao passado, Zipang:
https://www.youtube.com/watch?v=QNH5T1wQrgw&index=1&list=PLh0zFLMfRJubN-tdO1agT7CntadxL06wY
,..
BARCA
2 de junho de 2015 at 20:10
Melkor realmente vc tem razão quanto ao números de navios que a Rússia possui,mas cabe lembrar que a doutrina Soviética nunca foi baseada numa frota de navios grande,mas sim em vetores capazes de levar mísseis antinavio,submarinos,são doutrinas diferentes,mas ao meu ver uma doutrina eficaz,um ataque de saturação torna as defesas de qualquer sistema moderno quase que nula,e para os russos seria barato,pois se pode pegar caças antigos como o SU-24 ou outros e adapta-los e disparar uma saraivada de míssis,eu a muito tempo atrás a coisa de 20 anos li uma matéria sobre mísseis antinavios russos,e o tempo de reação do alvo,seria de 120 segundos com um míssil subsonico e 40 segundos com um missel supersonico como o moskit,hj não sei como está essa relação,mas acredito que ele até hj seja um míssil indigesto devo ao fato da china possuir alguns deles.
=== Um Borey ekipado c mísseis Mokit, e ou torpedos Skival,Fisik, se movem e disparando, foram criados p atacar se movendo, eu ainda vejo a doutrina de submarinos de atake como uma excelente arma até esse momento…pode até ñ ser uma vantagem…+ depende da capacidade de sair do teatro de operação de forma e ileso…Sds. 😉