“Estado Islâmico” e Arábia Saudita: Aliados inesperados

O Estado Islâmico (EI) publicou recentemente um novo vídeo em que anuncia que irá criar uma célula no Iêmen para combater contra os rebeldes houthis. Desta maneira, a Arábia Saudita, que lidera a coalizão e a operação “Restaurando a Esperança”, ganha um aliado inesperado.

“Nós chegamos ao Iêmen, os nossos homens estão ávidos do seu sangue, que deve vingar os sunitas e devolver-lhes a terra que eles outrora ocupavam”, disse um dos militantes filmados. Os houthis, alvo principal dos ataques da coalizão, integrada, além dos sauditas, pelo Bahrein, Catar, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Egito, Jordânia, Marrocos, Paquistão e Sudão, são de tendência xiíta.

Os mais de 20 militantes vestidos em trajes militares e com armas nas mãos que surgem no vídeo declaram que estão no Iêmen para “degolar os xiitas”. O grupo apelou aos sunitas iemenitas para se juntarem ao Estado Islâmico e combater pela sua causa.

No entanto, os bombardeios no Iêmen não cessam. O nome da fase atual da ofensiva, liderada pela coalizão saudita, é “Restaurando a Esperança”, mas a esperança nem se enxerga. A recente resolução da ONU silencia os ataques sauditas e insta os houthis a se subjugarem.

No final da semana passada, o representante permanente do Iêmen nas Nações Unidas, Khaled Alemani, exigiu ao Conselho de Segurança da ONU fazer com que o Irã termine a sua “interferência” nos assuntos internos do país.

O Irã tem reiteradamente proposto planos de regulação pacífica do confronto no Iêmen, através do estabelecimento do diálogo político.

No entanto, o ministro das Relações Exteriores iemenita, Riyadh Yaseen, rejeitou o pedido de pacificação proposto pelo ex-presidente, Ali Abdullah Saleh.

“Estes pedidos não são aceitáveis depois de toda a destruição que Ali Abdullah Saleh causou. Não há nenhum lugar para Saleh em nenhumas negociações políticas no futuro”, disse o chanceler durante uma conferência em Londres.
Foi também o chanceler iemenita quem disse que a operação “Restaurando a Esperança” não terminaria até a libertação total das cidades ocupadas pelos houthis.

Saleh foi o presidente do Iêmen de 1990 até 2012, quando o poder foi assumido pelo seu vice, Abed Rabbo Mansour Hadi. Em março de 2015, Hadi fugiu do país.

Também em março, a coalizão liderada pela Arábia Saudita começou a intervenção no país. O número de vítimas dos ataques já supera 1 mil pessoas.

Fonte: Sputnik News Brasil

Ministro das Relações Exteriores do Iêmen desmente o fim da operação ‘Tempestade da Firmeza’

O ministro das Relações Exteriores do Iêmen, Riad Yasin anunciou que a operação militar Tempestade da Firmeza executada pela coalizão árabe não acabará até que os houthis liberem as cidades que ainda controlam.

“A Tempestade da Firmeza contra os houthis não acabou”, disse ele em uma entrevista coletiva neste domingo (26) em Londres.

Além disso Yasin descartou negociar com os insurgentes, diferente do que defendeu anteriormente o presidente do país, Ali Abdullah Saleh, que na sexta-feira (24) chamou ao diálogo as partes envolvidas no conflito.

“Não haverá compromisso enquanto os houthis não liberarem as cidades que controlam”, disse Yasin.

O ministro ainda ressaltou que tais apelos do presidente são “inaceitáveis” dado o dano causado por Saleh ao país.

A coalizão árabe, liderada pela Arábia Saudita e apoiada pelos EUA, anunciou o fim da operação militar Tempestade da Firmeza contra os rebeldes houthis no Iêmen, que durou quase um mês, e destacou o início de uma nova investida, chamada Restaurar a Esperança.

Apesar disso, a comunidade internacional permanece quase silenciosa sobre o assunto. A ONU instou as partes à paz e a negociações, mas se omitiu a respeito da participação da Arábia Saudita, autora dos bombardeios, os quais não têm a aprovação do Conselho de Segurança das Nações Unidas e, portanto, não condizem com o direito internacional.

A Rússia, enquanto membro permanente do Conselho, tem repetidamente condenado o conflito e a intervenção militar ilegal no Iêmen, que já causaram centenas de mortes entre a população civil do país. Ainda assim, as propostas de pacificação de Moscou não fizeram parte da versão final da resolução das Nações Unidas a este respeito.

Fonte: Sputnik News Brasil

 

6 Comentários

  1. Ah! fala sério! que mané aliados inesperados qui nada, estão juntos e misturados.
    A fabrica made in usa de terroristas sauditas, está mais que clara para quem tem mais uns poucos neurônios. E combatem por convicções econômico religiosas, econômico para um, religiosa para outro, e para a cúpula de ambos, por ambos os motivos.

    • Aonde está Arábia Saudita, EUA,Al-Quaeda e Estado Islâmico …. pode tira uma foto que nela também estará Israel, Turquia e Jordânia …hahahah…

      • [ FALSA BANDEIRA] – FBI:ESTADO ISLÂMICO ESTARIA PLANEJANDO UM ATENTADO TERRORISTA NOS EUA.
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        O Federal Bureau of Investigation (FBI) está investigando um possível complô terrorista armado pelo Estado Islâmico contra os EUA, segundo informa a CNN. Será que veremos ataque terrorista de falsa bandeira por aí?
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        (*)fonte: [ anovaordemmundial.com/2015/04/falsa-bandeira-fbi-o-estado-islamico-estaria-planejando-um-atentado-terrorista-nos-eua.html ]
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        (…) A investigação se originou a partir de conversações interceptadas e outras informações que levaram os oficiais a acreditarem que um possível complô poderia estar em desenvolvimento, disseram as autoridades citadas pela CNN.(…)
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        O FBI , CNN ( a GLOBO dos EUA), CIA ….EI …. é tudo farinha do mesmo saco. 🙂
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        Será que o governo proto-fascista americano quer arrochar ainda mais a coleira do povo americano ? .. com as suas leis draconianas … nem na Venezuela é assim …rsrsrs … a cada dia os EUA se parecem com a Coreia do Norte …Hahahahah … terror total na população, quanto mais amedrontada é fácil de se lidar … é que nem lá em Israel ..hahahah
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        Os canalhas sobrevivem se alimentado do medo que fazem nas pessoas …;)

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