A Bradar, empresa controlada pela Embraer Defesa & Segurança, apresentou durante a LAAD 2015 seu mais novo equipamento: o Sistema Radar Secundário S200R , desenvolvido em parceria com o Centro Tecnológico do Exército (CTEx) e com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
Com investimentos provenientes da própria companhia, do CTEx, do ITA e da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), o S200R foi projetado para conectar-se ao Cindacta (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo). O radar tem objetivo de “interrogar” os transponders instalados nas aeronaves, que fornecem informações de identificação e altitude. Os transponders enviam respostas ao radar, sendo que os tipos mais básicos enviam apenas a altitude do avião e um código do voo, com quatro dígitos. As estações do radar da Bradar são capazes de identificar a velocidade do avião e sua direção ao monitorar sucessivas transmissões. O S200R permite interrogar aeronaves distantes até 200 milhas náuticas (370 Km).
“O S200R trará uma gama maior de dados sobre um vôo e, com isso, o risco de atrasos poderá ser diminuído consideravelmente. Além disso, será possível saber com exatidão a direção e a velocidade das aeronaves”, explicou Astor Vasques, presidente da Bradar.
O desenvolvimento do sistema foi realizado dentro de um prazo de quatro anos. Partiu de um projeto em parceria com o ITA e teve como base o radar SABER M-200, desenvolvido para o CTEx e criado para fazer parte de um sistema de defesa antiaérea com mísseis de média altura (30 a 40 Km de alcance), capaz de operar nos modos de busca, vigilância, diretor de tiro e guiamento de míssil.
A integração do S200R ao Cindacta pode ser realizada por meio de rede semelhante à internet segura, utilizando protocolo Asterix (All Purpose Structured Eurocontrol Surveillance Information Exchange), desenvolvido e mantido pela Eurocontrol, organização responsável pelo controle de tráfego aéreo na Europa.
Medindo 8,5 metros de comprimento (antena), 1,8 metro de altura e 650 Kg, o radar pode ser montado em quatro dias, destinando-se à instalação fixa no topo de edifícios ou torres construídas para o controle de tráfego aéreo.
Ivan Plavetz
Fantástico! E pra por isso num sistema anti-míssil? Seria fácil? A altitude de detecção seria a mesma do SABER M200? Acho que ficaria facil transformá-lo num radar de porta aviões!
Eu li esta matéria aqui no PB.Gostei, congratulo-me com os simpatizantes da pátria livre.