Raúl Castro Havana e Barack Obama Washington
Uma rivalidade de mais de 50 anos não se acaba da noite para o dia. Mas o novo começo das relações entre Washington e Havana deu início no Panamá, sobretudo pelo presidente americano, opina Miodrag Soric.
Miodrag Soric
Não se acaba com uma rivalidade de meio século da noite para o dia. Isso requer tempo e paciência. Mas Washington e Havana deram o primeiro passo nessa direção durante a Cúpula das Américas, no Panamá, sobretudo pelo presidente Barack Obama.
Ele irá reverter o bloqueio contra a nação caribenha estabelecido por seus antecessores e, assim, fará história. A sua política de degelo político quanto a Havana será o seu legado na política externa. Não sem superar a resistência em Washington antes da mudança de direção, principalmente por parte dos republicanos mais radicais.
Castro está hesitante
Mas, por que continuar com uma política que era um resquício da Guerra Fria? A decisão de Obama de estender a mão aos cubanos está correta. Raúl Castro, em seus quase 84 anos, ainda que de forma hesitante, aceitou. Como era de se esperar, ao veterano lhe custa resolver as difíceis batalhas do passado. Ele se agarra à revolução. Castro pensa que ela seria a legitimação de seu poder. Raúl Castro rejeita o acesso gratuito à internet como também à liberdade de imprensa ou uma oposição política na ilha. Mas tampouco ele poderá parar as mudanças que se avistam em Cuba.
Obama aumentou as esperanças de mudança, especialmente entre os jovens cubanos, quanto ao fim da política de sanções e liberdade de expressão ou de viagem. Os cubanos não deixarão que essas esperanças sejam tomadas. Nem mesmo por Raúl Castro.
Os Estados Unidos já estão se beneficiando do ressurgimento das suas relações com Cuba. Os líderes hostis a Washington estavam claramente inibidos na cúpula. Por exemplo, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Dada a aproximação entre Havana e Washington, em face de tanta boa vontade dos políticos no centro da conferência, Maduro se sentiu obrigado a dizer também alguma coisa boa sobre os EUA. Ele falou de seu amor pela música de Eric Clapton – o guitarrista, porém, é britânico. Mas o gesto é o que conta. E a declaração foi menos hostil do que o habitual com os EUA.
O processo seguirá em frente
O certo é que Washington e Havana ainda não retomaram as relações diplomáticas. A desconfiança, porém, diminui lentamente. E ainda há pontos de vista muito diferentes sobre as principais questões políticas. Mais cedo ou mais tarde, no entanto, voltarão a reabrir embaixadas em suas respectivas capitais. Porque ambas as partes estão interessadas.
Os americanos perseguem seus objetivos políticos: eles querem normalizar as relações com todos os seus vizinhos do sul. Cuba precisa abrir-se aos seus vizinhos do norte por razões econômicas. Não importa o quão rápido ele é, mas uma coisa é certa: a aproximação entre os EUA e Cuba continuará.
Obama no fim de mandato e dependendo da índole do seu sucessor .. não importando que seja democrata ou republicano … esse aperto de mão não vai valer nada …. quem confia nos EUA hoje em dia ?
Porque não fecham o capo de concentração nazi-sionista em Guantánamo ? … já é um bom começo … Se devolver Guantánamo aos cubanos … seria um bom exemplo para os russos com relação a Crimeia,ingleses com relação as Malvinas e israelitas com relação as terras roubadas dos palestinos. 😉
Castro tem todos os motivos para estar hesitante.
O Congresso dos EUA não quer nem este acordo e menos ainda o do Irã mandando mensagem de que vai atuar legislativamente contra.
A turma de Miami (e coxinhas tupiniquins associados) está dando chilique contra estas negociações e Jebb Busch (irmão do paspalhão Busch Jr), governador da Flórida e já candidato a candidato a presidência dos EUA vai usar esta “base” eleitoral.
E Obama acha que ninguém está vendo que com o obamacare + acordo com Cuba/Irã o objetivo de fato é tentar salvar sua biografia pois foi um presidente que se deixou amarrar pelos malucos neoconservadores, sem nada que permitisse deixar uma marca forte de mudança como prometeu. São programas que não foram feitos para durar, apesar de no obamacare a adesão enorme de boa parte da população possa impedir qualquer aventura política sabotadora sobre ele.
,..Suspender às sanções e devolver Guantánamo..e ponto final, nova fase, esse é o caminho…Sds. 😉
o capitalista apertando a mão do comunista ,os coxinhas do brasil devem ter ficado com raiva pois quem vai para cuba vai ser os norte americanos
ainda bem que o brasil emprestou dinheiro para o porto de cuba e nossas empresas vao estar a um passo a frente depois que o canal da nicaragua começar a funcionar
isso é pensar geopoliticamente e ter um Itamarati forte !!
mas a coxinhada morre de raia em ouvir que o brasil estava certo antes dos estados unidos
Nossas empresas estarão um passo a frente de quem?
Você acha que o porto que construíram em Cuba não vai ser muito usado pelos americanos?
deagol estamos torcendo para que o porto de cuba seja usado pelos americanos e também por europeus e chineses
mas as empresas brasileiras estão sim um passo a frente desses outros países
isso é fato o empresariado brasileiro so não vai ganhar dinheiro se não quiser
cuba esta a 500 km dos estados unidos e bem no meio da américa
foi por isso que americo colombo chegou aquele lugar antes de todos os outros pois este é muito bem localizado
contras fatos não a argumentos !!
Havana fica a 6000km de São Paulo.