Governador tenta atrair filial de indústria aeronáutica para Anápolis

OGMAMarconi quer aproveitar implantação de setor de manutenção dos novos caças da Força Aérea Brasileira para atrair investimentos no setor para Goiás, na região da Base Aérea de Anápolis

Da Assessoria

Lisboa, Portugal – Em encontro com diretores da Ogma, tradicional indústria de aviões de Portugal, ontem (6), que tem a brasileira Embraer como maior acionista, que a companhia aproveite a renovação da frota de caças da Força Área Brasileira para instalar uma de suas unidades em Anápolis. O governador observou que, com a compra das novas aeronaves de combate suecas Gripen pelo governo brasileiro, a Base Aérea de Anápolis se prepara para receber uma nova e moderna unidade de manutenção dos caças, gerando novas oportunidades de negócios para a indústria aeronáutica.

Marconi tenta aproveitar a implantação de tecnologia para manutenção dos novos caças da Força Aérea Brasileira para gerar um movimento de interesse de empresas fornecedoras de peças, serviços e até mão de obra para a indústria aeronáutica. Com a posição geográfica de Anápolis e Goiânia, estratégica para a aviação militar e civil em um país com as dimensões do Brasil, o governador quer incentivar a migração de projetos tecnológicos para Goiás.

A Ogma era uma indústria estatal e comemora, em 2015, seus 10 anos de privatização, com participação de 65% de capital brasileiro, através da Embraer. A indústria é especializada em fabricação de peças e manutenção das maiores frotas de aviação comercial e militar, incluindo os aviões de fabricação brasileira, que já estão voando com base em mais de 35 países. Esteve à beira da falência sob o comando estatal, mas se reinventou como uma das mais confiáveis indústrias de manutenção da Europa depois que admitiu se associar ao setor privado, mesmo mantendo participação menor do governo.

Marconi escutou com atenção a história da companhia, considerando o propósito goiano de incentivar a profissionalização da prestação de serviços no Estado com base em parcerias e investimentos do setor privado. O governador foi recebido na Ogma na companhia do primeiro vice-primeiro-ministro de Portugal, Paulo Portas, o presidente da Embraer, o goiano Frederico Fleury Curado, e o embaixador do Brasil em Portugal, Mario Vilalva. Todos apoiam a iniciativa de buscar intensificar as relações entre Brasil e Portugal, considerando as semelhanças de cultura e interesse, mas principalmente admitindo que, no tempo, ambos ficaram voltados para seus vizinhos sem se consolidar como união de iguais.

Na balança comercial com os portugueses, Goiás tem perdido ano a ano o comércio bilateral, o que é visto como um retrocesso gerado pela crise internacional que no Brasil durou quatro meses e na Europa já se vão seis anos. Esta visão de construir novas saídas foi compartilhada com o presidente de negócios da Caixa Geral de Depósitos de Portugal, uma espécie de superando estatal com mistura de capital privado que detém quase metade das contas do país.

Nuno Fernandes Thomas, com quem Marconi trocou insistentes diagnósticos sobre o Brasil e seu momento de crises, cuidou de agendar visita de observadores e investidores portugueses a Goiás com o propósito de “sair do eixo Rio-São Paulo”, onde o banco português opera com financiamento de Parcerias Público-Privadas. O governador também foi recebido pelo secretário de Estado de Infraestrutura, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, que para os portugueses tem um cargo como o de ministro no Brasil.

Monteiro é uma espécie de líder defensor da entrada do capital privado nas atividades públicas portuguesas, inclusive com vistas a investimentos e parcerias com o Brasil, visto pelos europeus como uma saída no fim do túnel para os investimentos que se encontram congelados em Portugal.

Na agenda econômica com forte investida na busca de capital europeu para os projetos de Goiás, Marconi também abriu uma pausa para conhecer de perto a mais alta tecnologia de pesquisa e tratamento do câncer mantida pela Fundação Champalimaud. Maria Beleza, presidente do instituto, encantou a comitiva goiana com dois grandes avanços no enfrentamento da doença: construiu ambiente de conforto sem cara, cheiro, nem rotina de hospital e colocou jovens – uma legião deles, para pesquisar, dia e noite, avanços e técnicas especialmente direcionada para cada caso registrado para tratamento.

Nesta terça-feira, o governador fará palestra sobre oportunidades de investimentos e parcerias em Goiás para um grupo de 30 empresários e investidores portugueses. Uma palestra e almoço com autoridades oferecido pela Associação Industrial Portuguesa e pela Câmara de Comércio Luso-Brasileira. O governador terá ainda encontro com dois ministros portugueses – de Segurança Alimentar e do Turismo, além de ser recebido pela Assembleia da República – correspondente ao Congresso Nacional para os portugueses.

Fonte: Diário da Manhã via NOTIMP

8 Comentários

  1. ,..nós estamos real/ precisando de + 3 grd empresas aeronáuticas no país p concorrer c a n virtuosa EMBRAER…e q entre no ramos dos caças, ainda q Frankenstein, p o n mercado e ou latinos, c alta manobrabili// e altíssima veloci// e c baixo consumo de combustível, pós combustor…p ontem…Sds. 😉

  2. Faz bem o governador. Agora resta saber a que preço para seu contribuinte, afinal empresas privadas devem vir por conta de seus interesses e custos e riscos. Facilitar burocraticamente é uma coisa, comprar seu passe com dinheiro publico para fazer merchandising politico é outro bem diferente. A cidadania brasileira tem que começar a se antenar para esses expedientes, que podem acabar em corrupção, se não com dinheiro envolvido, de principios, que no fim deixa a conta para estados, e eles, os cidadãos, é que acabam por pagarem essas contas.

    • “ Facilitar burocraticamente é uma coisa, comprar seu passe com dinheiro publico para fazer merchandising politico é outro bem diferente…“

      Exatamente,devemos estar atentos a isso, pois oque parece ser um bom negócio pode se revelar um tremendo prejuízo para o povo no futuro !

      • Cesar, meu caro, se você aprofundar os motivos de estados quebrados Brasil afora, vai perceber que se deve a um misto de elisão e evasão fiscal, promovidas por grandes grupos econômicos, que fogem de suas responsabilidades através de uma enorme gama de estratagemas e armações contabilísticas para não pagar a carga tributária devida. E depois. como precaução depositam a grana devida ao estado nesses paraísos fiscais do mundo afora. Tô careca de entender como funciona as coisas nesse nosso país, de financiadores de campanha que se tornam legisladores apenas contratando seus terceirizados para o papel, com a precípua finalidade de facilitarem suas vidas.
        A cidadania costuma aplaudir gente que faz marketing do emprego para ajudar a si mesmo, e suas campanhas deixando a conta, estados quebrados, sem capacidade de investimento, e exploração comercial com pouca proteção legal, para o grosso da cidadania pagar. Essa que se preocupa com uma possível multa da receita federal, que como vemos, costuma se associar também aos ricos, por que muitos bagrinhos acabam por se tornar mais fácil pela pouca capacidade jurídico financeira de objetar e fugir da conta, em geral elevada. Sds.

  3. Sim,mas enquanto o governador goiano tenta trazer a Ogma para cá, a Embraer pode esta se preparando para fazer um investimento bem maior em terras lusitanas,ou seja a Embraer que não é mais estatal,mas recebera tecnologia de graça paga pelo povo brasileiro via FX-2,pode esta preste a criar empregos no exterior,apesar de todo o investimento brasileiro nessa empresa privada !

    http://economico.sapo.pt/noticias/embraer-quer-fabricar-novos-jactos-em-evora_215357.html

    • Mas o fato dela receber dinheiro nacional não impede de produzir em outros países.

      Se ela fosse produzir Gripen fora daqui eu até entenderia
      Até onde eu sei, a maioria dos projetos da Embraer não foram investimentos do governo.

      A não ser que ela seja sustentada pelo governo, o que não parece..

      Outras empresa brasileiras, incluindo estatais, não fazem investimentos e geram empregos fora daqui?

      A Petrobrás, por exemplo, não compra refinarias e faz investimentos, gerando empregos nos EUA? Com o nosso dinheiro?

      Estaria errada em tentar ser uma multinacional?

      Não entenda meu cometário como uma crítica, é mais uma dúvida.

      • Se a empresa se vale do dinheiro público brasileiro,ela deve dar uma contrapartida, ainda mais no momento delicado em que passa o país !

        “A Petrobrás, por exemplo, não compra refinarias e faz investimentos, gerando empregos nos EUA? Com o nosso dinheiro?”

        Sim, mas a Petrobrás não é uma empresa privada ela é uma estatal, o problema estar em ser empresa privada que se vale do dinheiro público,recentemente a empresa se recusou a receber um parceiro estratégico (na verdade todo mundo hoje é nosso parceiro estratégico ,basta vender-nos um simples parafuso ) do país,ressaltando que ela é uma empresa privada !

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