Arábia Saudita desloca armamentos para à fronteira com o Iêmen

A Arábia Saudita está transportando equipamento militar pesado, incluindo artilharia, para áreas próximas à fronteira com o Iêmen, disseram autoridades dos Estados Unidos nesta terça-feira, elevando o risco de que a maior potência de petróleo do Oriente Médio seja arrastada para o conflito iemenita.

A ação ocorre após um avanço para o sul de militantes xiitas Houthi, apoiados pelo Irã, que tomaram o controle da capital Sanaa em setembro e apreenderam a cidade central de Taiz no fim de semana, num momento em que se aproximam da nova base do presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi, apoiado pelos EUA.

O conflito corre o risco de tornar-se uma guerra com os xiitas do Irã apoiando os Houthis, e Arábia Saudita e as demais monarquias sunitas regionais apoiando Hadi.

Facilidade de controle por parte do Iêmen sobre a rota de grandes petroleiros que saem do Mar Vermelho em direção ao Oceano Índico

Os armamentos movidos pela Arábia Saudita poderiam ser usados para fins ofensivos ou defensivos, disseram duas fontes do governo dos EUA. Dois outros funcionários norte-americanos afirmaram que a ação parecia ser defensiva.

Uma fonte do governo norte-americano descreveu o tamanho da iniciativa da Arábia na fronteira do Iêmen como “significativa” e disse que os sauditas poderiam estar preparando ataques aéreos para defender Hadi se os Houthis atacarem seu refúgio no porto de Aden, sul do país.

Outra autoridade dos EUA, falando sob condição de anonimato, declarou que Washington havia adquirido dados de inteligência sobre a medida da Arábia. Mas não havia nenhuma palavra imediata sobre a localização precisa perto da fronteira ou o tamanho exato da força implementada.

Hadi, que apoiou a campanha dos EUA de ataques aéreos mortais contra um poderoso ramo da Al Qaeda com base no Iêmen, está escondido em Aden com suas forças leais desde que fugiu de Sanaa em fevereiro.

Mark Hosenball, Phil Stewart e Matt Spetalnick

REUTERS

Fonte: Terra

Presidente do Iêmen permanece no país

© AFP 2015/ MOHAMMED HUWAIS

Uma fonte no governo do Iêmen informava à Sputnik Arabic que o presidente do país, Abd Rabbo Mansour Hadi, desapareceu, o seu paradeiro é desconhecido. Mas novas informações confirmam que o presidente está na cidade de Aden.

Segundo as últimas informações que recebeu a Sputnik Arabic, o ministro das Relações Exteriores do Iêmen, Riyad Mansour, pediu que os países árabes intervenham para regularizar a situação no país.

“Nós exigimos dos países árabes uma intervenção militar urgente na situação no Iêmen para evitar que o país se desliza completamente ao caos”, disse Mansour.

O chanceler iemenita desmentiu as especulações sobre possíveis negociações com o movimento Ansar Allah, composto pelos huthis, que estão se aproximando à cidade de Aden, onde está o presidente Abd Rabbo Mansour Hadi.

Mais cedo, houve informações que o presidente Hadi teria fugido do país.

Comunicava a agência Associated Press, citando fontes locais, que o presidente iemenita Abd Rabbo Mansour Hadi tinha abandonado a cidade de Aden em direção desconhecida. As fontes alegam que a fuga é devida ao avanço dos huthis à cidade.

Já a AFP, se referindo ao serviço de proteção presidencial, comentava que Hadi tinha fugido do país em helicóptero, acompanhado por diplomatas da Arábia Saudita.

Arábia Saudita é responsável por problemas iemenitas, diz especialista

De acordo com o cientista político iraniano Sabah Zanganeh, que concedeu uma entrevista exclusiva à Sputnik Persian, a Arábia Saudita tem responsabilidade considerável pelos problemas políticos do Iêmen. O país vizinho enviava ajuda militar primeiro ao ex-presidente Ali Abdullah Salehm e recentemente instou o presidente atual a enviar tropas ao Sul do país. “A intervenção da Arábia Saudita nos assuntos internos do Iêmen só irá agravar os conflitos internos”, afirmou o especialista.

Fonte: Sputnik

5 Comentários

  1. Isso pode dar uma merda daquelas, não sei ate que grau de envolvimento o Irã está vinculado a esse golpe, mas sei que é bom pra muita gente envolver a AS num conflito de grande aporte, isso traria muitas especulações ao mercado financeiro e obviamente o preço do petroleo subiria drasticamente, ate porque a AS pode ter que lidar com um levante de diversas frentes terroristas…um certo Urso sorri.

  2. Vão provar do mesmo remédio … pimenta no fiofo dos outros para eles é colírio,más agora, é a vez dos xiitas ( Irã ) socar pimenta neles também. 😉

  3. É o que eu digo, essas cacas do parceiros yankes da “realeza” Árabe, apoiadas ou dirigidas pelos States, ainda vão trazer os ventos para ventar na suas próprias caras.

  4. “O conflito corre o risco de tornar-se uma guerra com os xiitas do Irã apoiando os Houthis, e Arábia Saudita e as demais monarquias sunitas regionais apoiando Hadi.”
    —————————————————————

    Este conflito já está ocorrendo há anos,
    com os xiitas iemitas tendo sido primeiramente bastante agredidos por forças sunitas apoiadas pela Arábia saudita e EUA, com o tempo formou-se uma reação xiita com apoio iraniano.

    E agora, com as vitórias xiitas, está o conflito está escalando para uma intervenção mais aberta e direta dos sauditas…

Comentários não permitidos.