Poroshenko assina decreto sobre o combate à “ameaça russa”

O presidente Pyotr Poroshenko assinou o decreto sobre a entrada em vigor da decisão do SNBO relativa às medidas de emergência de combate à “ameaça russa”, divulga o site do chefe de Estado ucraniano.

Segundo as decisões tomadas na reunião do Conselho de Segurança e Defesa Nacional (SNBO), o gabinete de ministros deveria sem demora tomar medidas para prestar ajuda às vítimas dos “atentados” no território das autoproclamadas Repúblicas de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL).

Nos finais de janeiro,  a pedido de Poroshenko,  foi realizada a reunião do SNBO em relação com o agravamento da situação em Donbass.

Segundo as decisões tomadas, o governo incumbiu o Conselho Nacional de TV e Radiodifusão de começar uma campanha contra a agressão informativa russa.  O SNBO também indicou à Procuradoria-Geral da Ucrânia tomar medidas para o reconhecimento das RPD e RPL como organizações terroristas.

“O presidente assinou o decreto sobre a execução das decisões do Conselho de Segurança e Defesa Nacional de 25 de janeiro de 2015 ‘Sobre medidas urgentes para combater a ameaça russa e manifestações de terrorismo, apoiadas pela Rússia’”, escreve-se no comunicado.

Ao mesmo tempo, Moscou tem repetidamente declarado que não é parte do conflito ucraniano, não fornece armamentos às autoproclamadas Repúblicas Populares de Donbass e está interessada em a Ucrânia superar a crise política e econômica.

As autoridades de Kiev estão realizando uma operação militar no leste da Ucrânia dirigida contra a população da região, descontente com o golpe de Estado ocorrido em fevereiro. Segundo os últimos dados da ONU, o conflito armado já provocou mais mais de 5,5 mil mortos.

Também hoje (20 de fevereiro) o presidente da Ucrânia, Pyotr Poroshenko, assinou um decreto ratificando o acordo com a Lituânia e Polônia para estabelecer uma unidade militar conjunta.

De acordo com uma nota divulgada nesta sexta-feira, 20, no site do presidente ucraniano, o acordo prevê a criação de uma unidade militar ucraniano-polonesa-lituana conjunta, determinando a finalidade, os princípios de ação, o fornecimento de segurança e outros assuntos relacionados com as atividades da brigada.

A nota afirma que “a brigada foi criada com o intuito de participar em operações internacionais realizadas sob o mandato do Conselho de Segurança das Nações Unidas e as decisões das autoridades competentes da Lituânia, Polônia e Ucrânia. O acordo está aberto à adesão de outros Estados, considerando o convite conjunto das partes”.

Foi relatado também que a estrutura, o pessoal, as armas, equipamentos militares e outros aspectos da brigada serão determinados em separado pelos órgãos técnicos que implementam as políticas estatais na esfera da defesa dos países-membros.

O comando da brigada será localizado na cidade polonesa de Lublin e estará sujeito à legislação da Polônia, bem como às normas do direito internacional.

O acordo foi assinado pela Ucrânia, Polônia e Lituânia, em Varsóvia, no dia 19 de setembro de 2014, e ratificado pelo parlamento ucraniano em 4 de fevereiro de 2015.

Fonte: Sputnik

 

 

 

7 Comentários

  1. Mais uma vez Putin salvou a pele de Poroshenko, e este como gratitude afia melhor o punhal.Mais de 8.000 mercenaries poderiam ter sido massacrados na semana passada pelos novos russos no Leste da Ucrania. Putin apresentou a situacao para Merkel, Hollande e Poroshenko. Se eles assinassem o cessar fogo, os mercenaries nao seriam eliminados. O cessar fogo foi assinado, os mercenaries permitidos se retirarem, e agora tudo indica que a Guerra vai continuar, os mercenaries de volta, com melhores armamentos.

    • Sr.JOJO dentre esses mercenários, existe muitos “bambambans boys” que falam influentemente o Inglês lá do Texas ….. rsrsrsr … dizem que … rsrsrsr ….alguns desses viraram até mulherzinhas dos “bebuns” do leste … OHHH !!…. coitados . 😉
      .

  2. O ditador ucraniano Pyotr Poroshenko quer prestar ajuda às vítimas dos “atentados” no território das autoproclamadas Repúblicas de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) !

  3. A Guerra vem a cavalos, do lado russo até o momento, são os de montaria cossacos, e do lado do tio Sam até o momento, montado no pangaré Poroshenko , aos tranco e barranco, vem a fraca e humilha OTAN …. Hahahahah

    • ARMA DE INFORMAÇÃO AMERICANA USADA CONTRA POLÍTICOS EUROPEUS.
      .
      Aonymous apareceu pela primeira vez em 2003, em fóruns de imagens da Internet, como um grupo de hackers [piratas da Internet – NT], defendendo a liberdade de expressão e operando como um «cérebro digital global anarquista».
      .
      É um instrumento ou uma arma projetada para ser usada na guerra de informação. Ele tem uma vantagem – em muitos casos, é extremamente difícil definir exatamente quem o usou. Mas, não houve problema deste tipo quando Anonymous publicou um relatório fotográfico de 1993 de Angela Merkel visitando o Clube da Juventude Elbterrassen e encontrando-se com um grupo de skinheads [cabeças rsapadas – NT] e outros amigos, um deles fazendo uma saudação nazista
      .
      (*)fonte: [ http://www.voltairenet.org/article186788.html ]
      .
      .
      (…) Note que, desde há muito tempo, os serviços especiais dos EUA têm estado a coletar minusciosamente informações para serem de uma maneira ou de outra usadas contra a Chanceler da Alemanha.
      .
      Em outubro de 2013, soube-se que a Agência de Segurança Nacional colocou o celular de Angela Merkel sob escuta, e o escândalo eclodiu revelando que a Agência havia mantido a Sra. Merkel sob vigilância por mais de 10 anos. A Chanceler disse que ela não esperava e não insistira no pedido de desculpas; mas, houvera uma grave quebra de confiança e grande esforço teve que ser aplicado para tê-la restaurada. Palavras não foram suficientes.
      .
      A situação ditou a necessidade de mudanças. Naquela época, a Chanceler pode dificilmente esconder sua indignação. Washington não deu ouvidos ao que ela disse. A briga da escuta telefonica foi abafada sem alterações a executar. (…)

  4. Pessoal…

    O que Poroshenko está querendo fazer, trabalhando para que os rebeldes sejam reconhecidos como organizações terroristas, é tentar retirar dos mesmos qualquer legitimidade ( o que não deixa de ser uma imbecilidade a essa altura, posto que o movimento no leste já deixou de ser um simples foco isolado, e que os rebeldes já se constituem em uma força militar organizada e com objetivos claros de luta política, e não ideológica ). E essa é uma forma de se buscar fazer uma guerra irrestrita contra os rebeldes. Se a comunidade internacional também reconhecer os movimentos rebeldes como grupos terroristas, poderão liberar o auxilio direto a Ucrânia, na forma de mantimentos e armas…

    No mais, o ato assinado por Poroshenko é uma clara tentativa de influenciar os impulsos da mídia sobre o leste do seu país, evitando que novos focos de rebelião apareçam ( nada que qualquer país em guerra tão cruenta não faria… ). E isso, evidentemente, inclui qualquer mídia russa, o que está expreso no trecho: …”o governo incumbiu o Conselho Nacional de TV e Radiodifusão de começar uma campanha contra a agressão informativa russa.” Isso é o que se pode interpretar como “ameaça russa”…

    A criação da força de paz lituano-polonesa-ucraniana, se chegar a ser aplicada, muito provavelmente o será em uma fase posterior do conflito… Ademais, essas forças somente seriam liberadas com aprovação dos governos poloneses e lituanos, o que vai depender de muitos fatores… Por tanto, para todos os efeitos, é uma ferramenta de dissuasão…

    Particularmente, não acredito que nada disso deveria ser levado a efeito… A essa altura, tendo os rebeldes posições fortes em campo e tendo o seu movimento já consolidado, não há muito o que fazer… É claramente uma situação como a da Geórgia, na qual não haverá interferência direta da OTAN. Por tanto, é um desperdício de vidas e dinheiro continuar… Mais fácil os ucranianos se concentrarem em consolidar o poder político no que restou de seu país e reconhecer a altonomia das regiões rebeladas.

    • Correção:

      No lugar de: “…objetivos claros de luta política, e não ideológica…”
      Lê-se: “…objetivos claros de luta polítca, e não qualquer outra meta ideológica…”

      Peço desculpas.

Comentários não permitidos.