Passou desapercebido: Alemanha dá sinal verde ao desenvolvimento do carro de combate de nova Geração

Imagem meramente ilustraiva.
Imagem meramente ilustraiva.

E.M.Pinto

A notícia postada no Defence Blog  de Dezembro de 2014 porém passou desapercebida pelos meios de comunicação especializados. especialmente por dois itens de seu conteúdo. 

Porque um novo MBT?

O Parlamento alemão aprovou uma proposta para desenvolver uma nova geração de carros de combate e programa será incluído no planejamento de médio prazo do Ministério da Defesa alemão.

A decisão ocorre em meio a tensa situação da “crise ucraniana”, onde o número de MBT Leopard 2A6 /7  disponíveis ao  Bundeswehr é de apenas 225, o que em vista de uma capacidade operacional se tornaria  inadequado.
A exposição de motivos do documento fala da grande importância que as unidades blindadas exercem no exército alemão atualmente e ressalta aquelas que devem ser suportadas no futuro. enfatiza a necessidade de uma nova geração de MBT e especialmente do papel que a indústria militar alemã teria neste processo, pois segundo o documento ela seria capaz de entregar tal produto.

Parceiros?

O desenvolvimento do novo MBT no entanto não seria um projeto alemão puro sangue, mas  poderia ser objeto de uma cooperação entre a França e a Alemanha, seu planejamento visa a sua introdução por volta de março 2030.

A notícia em si é bastante interessante uma vez que o exército alemão acaba de receber seu primeiro veículo Leopard 2A7, além disso o Fabricante dos veículos acaba de apresentar um programa de revitalização extensível aos modelos mais antigos MBT Revolution.
Porém a parceria com a França ainda não é de todo certa, recentemente, vários artigos em sites e revistas especializadas afirmam que os franceses estão à beira de dar o sinal verde para uma MBT LeClerc  atualizado eque as parcerias entre os conglomerados alemães  e franceses nesse tipo de veículos seria difícil especialmente devido a natureza de operações de ambos os exércitos que são muito distintas.

Os franceses enfatizam as forças expedicionárias já o Bundeswehr, foca-se na defesa territorial. Entretanto, não deixam de ser duas novidades interessantes, a primeira, o desenvolvimento de uma nova família de MBT por parte da Alemanha a segunda, a possibilidade de que este desenvolvimento não seja isolado, mas pelo contrário, aberto a parceiro estrangeiros.

19 Comentários

  1. A françae nao seria um exemplo confiavel de parceria , ja existe precedentes da falta de humildade francesa , o eurofighter eh o exemplo mais recente , uma parceria com os nordicos e poloneses seria mais interessante e com menor chance de uma ruptura !

    • Sera? O Armata ainda tera de provar que seu novo conceito tera futuro. Mas creio que possa ser uma oportunidade para o nosso MD sondar as condicoes de parceria com a Alemanha.

      • RobertoCR estava pensando exatamente a mesma coisa, ja que temos os guepards nada anormal se estreitassemos as relações e enganjar uma parceria desta.
        Vamos aguardar a visita de Merkel em setembro, quem sabe não teremos novidades, pelo menos torço por isso.

    • Empalador independente de afastar ou não, da OTAN, a Alemanha é uma parceira confiavel, séria, tem norral em blindados, só teremos a ganhar caso haja algum interesse da nossa parte.

  2. Fico tentado imaginar como será uma maquina dessas, que ira conviver com uma penca de drones. Vamos ver o que os mestres alemães vão tirar da cartola.

  3. Quis dizer: De que adianta saber montar e possui um carrão desses se o país nunca poderá possuir carteira de identidade de adulto. Por seu passado terá que ser sempre supervisionado e que abdicar de qualquer pretensão de maturidade.

    • Caro Julio.

      Quantos países no mundo podem se comparar com alemanha?
      As vezes me passa a impressão que a democracia só é válida quando elege a esquerda ou atende os interesses da Rússia.

      Porque defendem uma Ucrânia servil a Rússia e criticam a aliança alemã com os Estados Unidos?

      Saudações

      • O problema não é a direiira em si, e sim o pivor dessa direita (o EUA), um pais paranóico, altamente bélico, e que prega i mundo unipolar a todas as custas.

        A coisas começa a. Ficar ruim quand ele começa a sabotar o desenvolvimento dos paises com soberania.
        Só pra dar exemplo de Brasil, tem as bitolas do sistema ferroviário, o programa espacial, e todos o período o de ditadura houve ingerência.

  4. Caro Deagol, compreendo e concordo com seu ponto de vista. Mas, devo fazer algumas considerações de ordem, meramente ilustrativas, para melhor compreensão do tema. A Alemanha, país que destruiu países, e que por paises acabou por ser destruido ao final de uma guerra que provocaram, recebeu aportes significativos de recursos vindos do famoso plano Marshal para ser reconstruido, na parte que ficou estabelecida por acordo com a URSS a época, assim como o Japão. Cresceu tutelado pelo seu tutor designado, como um individuo incapaz de ter aspirações proprias, e hoje, transcorridos muitos anos findo aquele periodo, e apesar da pujança e capacidade intelectual desse povo, como você bem observa na frase sobre quantos podem se comparar a Alemanha, isso se mantem. Inclusive no Japão, mão invisiveis lhes contem e lhes mantem sob rigoroso dominio. A questão ucraniana é similar, passou a fazer parte do território sovietico por acordos firmados entre os aliados. Mas há uma diferença, na Alemanha existem alemães, de descendência Alemã, na parte de coube ao tutor ocidental e na parte que coube ao tutor oriental dela, o povo sempre foi o mesmo, e seus laços eram indissoluveis geneticamente, diferente da Ucrania, que desde aquele tempo nunca foi um país de etnia uniforme, sempre houveram muitos descendentes de pessoas que se identificavam como de descendencia Russa e respeitavam e respeitam essa origem, tendo inclusive naquele periodo de guerra sido antagonicos, adversários. O fim da guerra abafou todos esses eventos que vimos e que se mantiveram vivos. Soluções identicas para problemas diferentes é justamente o que pregam as vozes da uniformidade e tem sido a causa de variados conflitos mundo afora. Ucrania e Alemanha são situações bem diferentes que merecem receber considerações especificas para cada caso. Estes são casos em que generalisar se torna completamente deseducador. Abraço e sds.

  5. Certamente será uma referência.
    Como diz o maior especialista de armas blindadas do Brasil (na minha opinião) O engenheiro e professor Reginaldo Bacchi.

    “Os alemães não sabem fazer mal feito”.

    Minha suspeita é de um veículo inteiramente novo, com no máximo 60% da massa dos atuais leopard (algo entre 35 e 45 ton) e armas multi emprego.
    Suspensão ativa com capacidades de inclinações em vários ângulos
    blindagem cerâmica substituindo o tradicional Aço.
    De fato só há no mundo dois veículos inteiramente 4ª geração, o Coreano K-2 e o japonês Type 10, minha suspeita é que este veículos e assemelhe mais ao Type 10, com refinamentos nas armas multi emprego e com capacidades de ataque em qualquer espectro (engajamento de qualquer tipo de alvos aéreos e terrestres).

    Quanto a parceria, Terapode, você realmente não conhece os poloneses, há dois países na Europa que eu jamais apostaria um cent e acredito que os alemães também, a Polônia e Ucrânia, quanto a frança, ainda é a única com dinheiro para bancar tal empreitada, porém se fosse uma parceria multi nacional, acredito que a Suécia, Itália e até mesmo a Espanha encarariam o desafio como parceiros menores.
    Não descarto também a possibilidade dos EUA serem parceiros, mas nos moldes que o foram no desenvolvimento de outras armas como o MEADS.

    Bem de fato temos que esperar pra ver, mas o que mais me chama a atenção é que quem apostou no fim do carro de combate para as próximas décadas pode ter errado feio.
    Sempre disse que assim como os aviões tornaram-se plataformas multi emprego abandonando o conceito simples de um transportador de canhões, o carro de combate o faria em questão de tempo, acho que nessa eu acertei…
    Abraço
    EMPinto

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