Cúpula de Minsk: Acordo é para depor armas no leste ucraniano a partir do próximo domingo

Acordo de Minsk prevê retirada de tropas e reforma constitucional

As negociações do “quarteto da Normandia” deram resultado. Os participantes do grupo de contato assinaram um conjunto de medidas de implementação dos acordos de Minsk.

As principais medidas são:

– Cessar-fogo desde as 00h00 do dia 15 de fevereiro;

– Retirada dos armamentos pesados do exército ucraniano da linha atual de contato e, quanto às milícias independentistas, – da linha fixada no memorando de Minsk de 19 de setembro;

– Reforma constitucional na Ucrânia. No fim do ano 2015 deverá ser adotada uma nova Constituição no país que preveja a descentralização e o estatuto especial de algumas áreas de Donbass;

– Retirada de todas as tropas estrangeiras do território ucraniano;

– Criação de uma zona de segurança na Ucrânia com a largura de 50 a 70 quilômetros;

– Troca de prisioneiros na Ucrânia na base de “todos por todos”;

Em breve apresentaremos o texto completo do documento em português.

Fonte: Sputnik

Cúpula de Minsk: Após mais de 16 horas de negociações  chegam a acordo para depor armas

Após uma maratona de conversas que se estenderam durante toda a madrugada desta quinta-feira (12/02) em Minsk, os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, da Ucrânia, Petro Poroshenko, da França, François Hollande e a chanceler federal alemã, Angela Merkel, além de líderes separatistas pró-Rússia, anunciaram pela manhã terem chegado a um acordo sobre a retirada de armas pesadas da fronteira da Ucrânia e para um cessar-fogo, que começará a valer na madrugada de sábado para domingo.

“Conseguimos chegar a um acordo nas questões principais”, afirmou Putin, visivelmente satisfeito. “Concordamos com um cessar-fogo”, declarou. O anúncio foi feito após mais de 16 horas de reunião na capital de Belarus. Segundo o presidente russo, dois acordos foram assinados: um de declaração do cessar-fogo e outro para implementá-lo.

Em uma declaração conjunta distribuída pelo Kremlin, os líderes da Ucrânia, Rússia, Alemanha e França comprometem-se a respeitar a soberania ucraniana e a integridade territorial do país. Os líderes também concordam em participar de encontros regulares para garantir que os pontos do acordo assinado nesta quinta-feira sejam cumpridos.

“O principal ponto acertado é que, de sábado para domingo, será declarado um cessar-fogo geral sem pendência de condição”, declarou Poroshenko, acrescentando que o acordo não garante autonomia a nenhuma área sob controle rebelde no leste ucraniano.

O presidente francês, François Hollande, destacou que ainda há muito trabalho a ser feito, mas que agora são grandes as chances de que a situação melhore na Ucrânia. Segundo Hollande, o anúncio de cessar-fogo é visto como um “alívio” para a Europa.

“O texto do acordo, assinado pelo ‘grupo de contato’ e pelos separatistas, trata de todas as questões. Descentralização, controle de fronteiras e retirada de armamento pesado estão incluídos no documento”, disse Hollande, ao lado de Angela Merkel.

Segundo a chanceler federal alemã, já perto do fim do encontro o presidente russo pressionou os separatistas a concordarem com um cessar-fogo no domingo, o que, segundo ela, proporcionou uma “luz de esperança” para acabar com a violência na Ucrânia.

Dúvida sobre Debaltseve

Algumas questões, porém, continuaram em aberto após a exaustiva negociação em Minsk. Segundo Putin, os rebeldes querem que as tropas leais a Kiev se rendam na estratégica Dobaltseve, cidade cuja malha ferroviária faz o transporte entre as bases rebeldes de Donetsk e Lugansk.

Segundo Poroshenko, a rendição não vai acontecer. Ele afirma ainda que as partes concordaram em ajudar a Ucrânia a retomar controle da fronteira com a Rússia, no leste.

Putin destacou que o acordo de paz contém elementos para estabelecer um status especial às regiões rebeldes e resolver questões humanitárias e relacionadas a controle de fronteira.

Armas dos EUA

Líderes europeus aumentaram os esforços para se chegar à paz na região especialmente depois que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sob pressão interna, afirmou avaliar a possibilidade de enviar armas e munição para as Forças Armadas da Ucrânia.

A União Europeia considera que a medida agravaria ainda mais o sangrento conflito, e colocaria em risco as chances de um acordo diplomático. Pelo menos 5,3 mil pessoas já morreram nos confrontos entre rebeldes pró-Rússia e tropas aliadas a Kiev no leste da Ucrânia. E a violência aumentou nos últimos dias.

MSB/dpa/afp/rtr/ap

Fonte: DW.DE

Cúpula de Minsk: Líderes da RPD e RPL assinam documento sobre a regularização da situação em Donbass

Os líderes das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL) assinaram o documento proposto pelo “quarteto da Normandia” sobre a regularização da situação no sudeste da Ucrânia. Esta informação foi divulgada pelo líder da RPL, Igor Plotnitsky.

O líder da RPD Aleksandr Zakharchenko disse por sua vez que os pontos do documento assinado necessitam de coordenação adicional. Sublinhou, porém, que “graças às garantias dadas pelo presidente russo, a chanceler alemã e o presidente francês nós assinámos hoje um acordo que, como esperamos, porá fim às hostilidades e permitirá que a RPD e RPL se dediquem à construção da paz em favor do nosso povo”.

No entanto, Zakharchenko acrescentou que “toda a responsabilidade sobre qualquer possível violação do memorando recai sobre Pyotr Poroshenko”.

Depois disso, os líderes da RPD e RPL voltaram ao local das negociações em Minsk onde continuaram a reunião do grupo trilateral de contato sobre a crise ucraniana que inclui líderes da RPD e RPL, ex-presidente ucraniano Leonid Kuchma, o embaixador da Rússia na Ucrânia Mikhail Zurabov e Heidi Tagliavini da OSCE. Agora as negociações do grupo de contato já terminaram.

A reunião entre os líderes da Alemanha, França, Rússia e Ucrânia (“quarteto de Normandia”), iniciada na tarde da quarta-feira em Minsk, dia 11 de fevereiro, durou quase 16h seguidas.

Fonte: Sputnik

 

 

17 Comentários

  1. Isso ai me lembra daquele caso em que o Lula e o Erdogram estavam em conferência no Irã para conseguir um acordo, naquele dia; o valor da diplomacia do atabaque juntamente com os turcos, conseguiram êxito más…..veio os EUA por trás, e sabotaram tudo ! … coisa de “putênfia” com o seu orgulho ferido … rrsrsrsr
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    Os planos dos imundos dos anglo-saxionistas é outra, é um guerra em laga escala que eles querem,afinal.eles estão perdendo o controle das coisa e a eles, não resta outra coisa que uma guerra.
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    Como dize um ditado sionístico ” Se o mundo não for meu, então ele não será de ninguém “. 😉

  2. Já está na cara que Poroshenko não quer paz, apenas quer ganhar tempo para respirar e adotar uma nova estratégia para continuar a guerra..

      • Pode ser varrido pelos nazistas, que ja estao pedindo sua cabeca faz alguns tempo. O homem dos gringos la e o tal de YATZ, que custgou $5 bilhoes de dolares aos cofres do tesouro Americano para alcancar o poder. Poroshenko e nada.

  3. Em Debaltseve, há milhares de soldados de Kiev (fala-se em algo entre 5 e 8 mil…) cercados e cortados de abastecimento externo.

    Na medida em que acabem munição, combustíveis e alimentos, ficará muito difícil resistir…
    E dizem que a viagem relâmpago de Merkel e Hollande a Moscou, e o rápido acordo alcançado…Se deveu a situação crítica destas milhares de tropas cercadas em Debaltseve.

    Claro, Kiev, nega publicamente este cerco de suas tropas, até porque a situação de Poroshenko, que já é fragil diante do batalhões autônomos dos “ukrofashistov” , se tornaria insustentável…

  4. Como já disseram…. Esta na cara Q o Poroshenko não quer a paz….

    Ele só quer mesmo é ganhar tempo

    Mas se quebrarem este acordo, ai a Russia vai ter base jurídica pra completar o serviço q os federalistas começaram

  5. bom senhores pelo que esta sendo veiculado nas mídias europeias, o acordo de Minsk é baseado em 13 pontos bases:

    1. Cessar fogo nas regiões de Donetsk e Lugansk a partir de las 00 h. 00 min. (hora de Kiev) do dia 15/02/2015.

    2. Retirada do aramento pesado de ambas partes a uma distância de 50 quilômetros para os sistemas de artilharia de calibre igual ou superior a 100 mm, de 70 quilômetros para os sistemas de lança mísseis e de 140 quilômetros para os sistemas ‘Tornado-S’, ‘Uragan’, ‘Smerch’, bem como de mísseis táticos ‘Tochka’ (Tochka-U’), esta zona de segurança deve ser formada para as tropas ucranianas tomando-se por base o limite atual de conflitos, ou seja considerar-se-á as áreas ocupadas recentemente pelos federalistas, e a zona de segurança para os federalistas levará em consideração os limites acordados em Minsk em 19/09/2014.

    O prazo pra retirada do material desta região deverá ser iniciado dois dias depois de iniciado o cessar fogo, com um prazo para implementação de 14 dias,.

    3. A fiscalização da área de segurança por parte da OSCE , inclusive com a utilização de satélites, drones, sistemas de radar, etc.

    4. Realização de eleições locais

    5. Indulto e anistia a todos os envolvidos em combates.

    6. Troca de prisioneiros, no máximo em 5 dias depois do início do cessar fogo, sob supervisão da OSCE.

    7. Assegurar o acesso de assistência humanitária nas áreas de conflito, sob coordenação de organismos internacionais.

    8. Determinar condições para a plena restauração das relações sócio econômicas, inclusive o pagamento de ajuda social, pensões, etc. suspensas unilateralmente por Kiev, acesso integral aos serviços públicos.

    9. Estabelecimento de controle ucraniano sobre a fronteira russa, somente depois da realização de eleições e da formação de um acordo político que garanta a independência das regiões separatistas e os direitos dos cidadãos ucranianos de descendia russa.

    10. Retirada de todos os grupos armados estrangeiros, mercenários, bem como desarmamento dos grupos ilegais, sob supervisão da OSCE.

    11. Reforma constitucional com rpazo de vigência até o final de 2015 prevendo a descentralização e aprovação de uma lei permanente sobre o status particular das regiões de Donetsk e Lugansk.

    12. Realização de eleições gerais em Donetsk e Lugansk esob supervisão da OSCE.

    13. Criação de grupos de trabalho e negociação afim de colocar em prática todos os aspectos do acordo de Minsk.

    Não querendo ser desmancha prazer, mas creio que este acordo nunca saíra do papel, pois os nacionalistas de Maidan, notadamente o Svoboda e Pravy Sector que possuem batalhões autônomos e independentes, não vão depor suas armas, nem tampouco se conformaram com a federalização da Ucrânia, sendo que no meu de entender de mero aficionado e não de especialista Poroshenko corre um sério risco de ser deposto por estas forças paramilitares.

  6. Não acredito que esse acordo seja levado a cabo, não há interesse em fazer a paz por parte dos falcões promovedores de terrorismo de estado.
    Infelizmente a Ucrania será jogada a cova dos leões, os EUA não querem suspender as sanções contra a Russia.
    Para as repúblicas que buscavam sua independência acredito que perderam a oportunidade de marchar até Kiev e derrubar os neo-nazistas e fantoches do imperialismo.
    Agora só nos resta esperar para ver quais serão os próximos movimentos do tabulairo.

  7. Chega a dar nojo essas materias mentirosas como se os rebeldes eztivessem cede do com medo como estivessem ze rendendo depondo armas.
    Que essa tregua seja lovo rompida e que o pau cante redondo e quero ver se s Europa e os EUA tem peito pra cairem dentro.

    • Segundo os boatos Putin disse que chegaria a Kiev em duas semanas.
      Por que não fez isso ainda?
      Por que está deixando o povo de língua russa morrer?

      A OTAN não tem obrigação de participar da guerra e nem vai. Guerras custam caro e sem objetivos bem definidos e alcançáveis é quase certa derrota não importando o poder do inimigo.
      É impossível mudar a vontade dos rebeldes, não tem muita relação com poder de fogo.

      E é óbvio que os ocidentais preferem abandonar a Ucrânia do que enfrentar os russos.
      Primeiro por que seria o fim do mundo e segundo porque não há tropas suficientes na Europa para uma guerra convencional.

      Em uma gerra convencional contra a Rússia demorariam meses para a OTAN reunir equipamento e pessoal, demoraria meses em planejamento
      e preparação. E não há como fazer isso sem que os russos vejam.
      Não tem nenhuma evidência de que isso vá acontecer.

      Quando os EUA despejarem mais 300 mil soldados e milhões de toneladas de equipamento na Europa ai sim dá para dizer que pretendem uma invasão.

      Nenhum lado tem ou terá “coragem” de atacar o outro, a não ser que seja muito estúpido. No máximo derrubariam um ou outro avião ou matariam alguns soldados e mesmo assim seria difícil alguém ser burro o suficiente para disparar míssies

      Acho que o povo do leste tem direito a escolher o que é melhor para eles, mas, ao mesmo tempo, a Ucrânia tem direito a defender a integridade de seu território com todos os recursos possíveis.

      Nenhum lado tem “coragem” de atacar o outro.

      Me pergunto. Por que putin se nega a extraditar os ex-presidente da Ucrânia?
      Por que protege e defende um corrupto?
      Tem medo de uma delação premiada?

      Começar uma guerra que pode ter final nuclear destruindo o mundo não tem nada a ver com peito e sim com responsabilidade.

      Não é como uma briga no recreio da escola.

  8. Se a ucrania insistir entrar para a zona do euro, ou pior, entrar para a OTAN a russia…digo, os rebeldes vao jogar esse “apelo” pro saco.

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