AH-X BR: Airbus Helicopters EC-665 Tiger

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Resposta Franco-Germânica para a ameaça das forças blindadas do “Pacto de Varsóvia”, o EC-665 Tiger foi desenvolvimento ainda nos finais da Guerra Fria para atuar como uma plataforma de armas anti-carro de combate. 

 

downloadAutor: Carlos Emílio Santis Junior

Matéria produzida em parceria com o Site Warfare

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Prefácio

Resposta Franco-Germânica para a ameaça das forças blindadas do “Pacto de Varsóvia”, o EC-665 Tiger foi desenvolvimento ainda no final da Guerra Fria para atuar como uma plataforma de armas anti-carro de combate. Em meados de 1984, os governos da França e da Alemanha Ocidental emitiram um requisito para um helicóptero avançado criando assim uma joint venture constituída pela então “Aerospatiale” e “MBB” e após sofrer cortes e até mesmo o seu cancelamento temporário,  o programa renasceu das cinzas e agora não mas se destinava a conter as poderosas divisões de carros de combate das forças aliadas da extinta URSS, mas sim, renasceria como uma plataforma multi-propósito destinada a cumprir uma mais variada gama de missões. Desenvolvido para operar em ambiente saturado de emissões e interferências eletromagnéticas, a aeronave foi projetada para possuir significativa descrição no campo de batalha. O Tigre foi o primeiro helicóptero todo-compósito desenvolvido na Europa, a primeira aeronave Glass-Cocpit; agregando furtividade e grande agilidade,  pioneiramente projetando uma aeronave até então inexistente em quaisquer inventários de forças armadas no mundo. Após entrar em serviço, equipado com motores mais potentes e compatíveis com uma vasta gama de armas os Tigres têm sido usados ​​em combate no Afeganistão, Líbia e Mali, provando a  sua excelência em operação a qualquer tempo.

 

O Helicóptero

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O Tigre foi o primeiro helicóptero todo-compósito desenvolvido na Europa, a primeira aeronave Glass-Cocpit
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Os EC 665 têm sido usados ​​em combate no Afeganistão, Líbia e Mali, provando a sua excelência em operação a qualquer tempo.

O avançado helicóptero  EC-665 Tiger desenvolvido pela Eurocopter GMBH, hoje Airbus Helicopter, é resultado de uma coincidência de necessidades entre franceses e alemães para uma nova geração de helicoptero de ataque dedicado.

No fim dos anos 60 do século passado a França estava em busca de um helicóptero com capacidade antitanque cujo projeto foi chamado de Helicoptere Anti-Char (HAC) (helicoptero antitanque) e através de sua empresa Aérospatiale se juntou com a Westland, uma das maiores empresas britânicas no setor aeronáutico para desenvolver uma variante do excelente helicóptero LYNX.

Porém, os franceses pularam fora desse projeto que acabou sendo cancelado com sua saída. Nesse momento, a Alemanha estava atrás de um helicóptero de ataque de segunda geração sob o projeto PanzerAbwehr Hubschrauber 2 (PAH-2) que iria substituir os BO-105 que equipava o exército alemão.

Em 1984, a Alemanha e a França assinaram um memorando de entendimento em que os dois países desenvolveriam em conjunto o helicóptero HAC/ PAH-2. Depois de algumas dificuldades e uma suspensão de quase um ano entre 1986 e 1987, o projeto foi repensado e seguiu para a produção de protótipos sendo que o primeiro voo do Tiger se deu em 27 de abril de 1991. Pouco depois desta data, já em 1992, houve a criação da Eurocopter, através da fusão da Aerospatiale, MBB e outras empresas, o que ajudou na consolidação do Tiger.

 

A França já opera as suas aeronaves de ataque embarcadas nos seus BPC classe Mistral.
A França já opera as suas aeronaves de ataque embarcadas nos seus BPC classe Mistral.

Os dois países colocaram uma encomenda de 160 exemplares dos Tiger em 3 versões sendo ela a UH Tiger alemã,  usado como helicóptero de ataque multi-missão; Tiger HAP francês para escolta e apoio de fogo e a versão HAD que é uma versão de apoio e ataque desenvolvido seguindo algumas mudanças solicitadas pelo exército espanhol que usa uma motorização com 14% mais potencia e melhor proteção balística.

Variantes
Variantes das aeronaves Francesas e alemãs, atualmente a Espanha desenvolve o seu modelo próprio.

Cada operador do Tiger solicitou modificações que melhor atendessem os requisitos de cada força. O modelo HAP, porém, serviu de base para 3 das 4 versões.

Esta versão também é usada pela França e a Espanha foi o primeiro cliente externo do Tiger.  Posteriormente uma quarta e ultima versão, a ARH, foi projetada e construída. Esta versão opera em missões de reconhecimento armado e foi desenvolvido para um pedido feito pelo governo australiano para seu exército. Esta versão é, essencialmente um modelo da versão HAP francesa com modificações no motor, um designador a laser e a integração de mísseis antitanque de origem norte americana AGM-114 Hellfire. Ao todo, os quatro operadores do Tiger somam 208 unidades do modelo em operação.

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O Tiger foi projetado para ser consturído em materiais leves, modernos e resistentes, a aeronave é constituída em 80 % por materiais compostos.

O Tiger foi projetado para ser consturído em materiais leves, modernos e resistentes, a aeronave é constituída em 80 % por materiais compostos, tais como polímeros reforçados, Nomex (estrutura em favos de mel), kevelar, fibra de carbono e fibra plástica, cerca de 11 % de seu material é produzido em alumínio, 6% em titânio e 3% em Vidro, plexiglass, Cobre, bronze entre outros materiais.

A estrutura do Tiger é construída em laminados de carbono e Kevelar, já os painéis da fuselagem são construídos em polímero reforçado com fibra de carbono e kevlar. O cockpit e sistemas críticos são reforçados com blindagens compostas de Nomex, fibra de carbono e Kevelar,  já os rotores são construídos em fibra plástica reforçada e fibra de carbono, projetadas para absorver impactos diretos de aves.

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A aeronave foi projetada para operar no cenário de guerra saturado de ondas eletromagnéticas, para tal possui expressiva redução de RCS e emissões IR.

O Tiger concebido para ser capaz de voar e combater em ambientes noturnos com elevada capacidade de sobrevivência. Todas as variantes foram projetadas para possuírem baixíssima assinaturas visuais, de radar (RCS) e infravermelho IR. As aeronaves foram construídas em grande parte, com materiais compostos reduzindo o  RCS do vetor no quadrante frontal, em se tratando das emissões IR,  foram integrados supressores IR, que resfriam e direcionam o fluxo dos gases gerados pelos propulsores para longe da fuselagem do vetor, reduzindo assim sua assinatura infravermelha.

Propulsão

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As aeronaves são propulsadas por um par de turbinas MTR-390.

O Tiger é uma aeronave relativamente leve e sua versão básica UH Tiger alemã e a versão francesa Tiger HAP é propulsionada por dois motores MTR-390, fabricado pelo consórcio MTU (Alemanha), Turbomeca (França) e Rolls & Royce (Inglaterra) que desenvolve, segundo seu fabricante, 1464 hp de força e poderia, em situações de emergência, elevar essa força para até 1774 hp, porém, por estar fora da especificação, depois desse esforço, o motor teria que passar por uma revisão para avaliar possíveis danos ou desgastes excessivos.

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Na imagem u detalhe do motor e da estrutura que o comporta

As versões desenvolvidas para a Espanha Tiger HAD e a australiana Tiger ARH receberam uma versão deste mesmo propulsor, com 14% mais potência, chegando a 1668 hp. Com essa propulsão, o Tiger voa a uma velocidade máxima de 315 km/ h e conseguem manter uma velocidade de cruzeiro de 271 km/ h.

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Devido à confiabilidade e potência advindas das turbinas MTR-390, os Tiger adquiriram significativa capacidade de manobra, na imagem, uma sequência superposta de fotos de um Tiger realizando uma manobra difícil de ser executada por outras aeronaves.

Sua relação potência peso, permite que o Tiger execute manobras complexas em segurança dando agilidade em voo.

Seu alcance, apenas com o combustível interno, chega a 740 km, o que representam um desempenho superior ao encontrado no helicóptero de ataque pesado AH-64D Apache dos Estados Unidos, que é uma referência quando comparamos desempenho de helicópteros de combate. Este alcance pode ser ampliado para 1130 km se forem removidos os armamentos e instalados tanques externos.

As turbinas MTU Turbomeca Rolls-Royce MTR390, um motor modelo  turboshaft desenvolvido para aplicações  nos helicópteros de ataque foi projetado para alimentar helicópteros na faixa de massa entre 05 e 07  toneladas. Atualmente apenas os Airbus Helicopters Tiger operam este motor cujos ensaios de avaliação foram iniciados em 1989.

O primeiro voo com o motor ocorreu em 1991 sendo que o MTR390 recebeu a certificação militar apenas em maio de 1996 e aprovação civil, em junho de 1997.

Recentemente uma nova versão designada MTR390-E, está sendo desenvolvida para as aeronaves espanholas.

 

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Após um parafuso o Tiger da imagem retoma o seu voo normalizado, estas manobras ocorrem graças aos refinamentos aerodinâmicos e potencia adicional dos motores MTR-390.

 

Galeria de imagens (Turbosquid)

Sensores

cockpit
O cockpit da Direita é o do piloto, disposto na frente do Tiger enquanto que o artilheiro fica na cabine traseira, mostrada no lado esquerdo desta foto.

Um ponto interessante a se observar na configuração do Tiger é o posicionamento de seu piloto, que, ao contrário dos helicópteros de sua categoria, fica posicionado na cabina da frente, enquanto o artilheiro  fica na cabine de trás.

Tiger UHT helicópteros de apoio multi-função de fogo têm uma visão Osiris mastro montados de SAGEM, com infravermelho Charge Coupled Device (IRCCD) câmera e telêmetro laser.
Os helicópteros de apoio multi-função Tiger UHT, possuem um sistema de visão Osiris montados no mastro SAGEM, que possuem sensores infravermelho Charge Coupled Device (IRCCD) e câmera e telêmetro laser.

As variantes do Tiger diferem entre si em sistemas de aviônicos e sensores. O modelo alemão UH Tiger, por exemplo, tem seu principal sensor montado acima do rotor principal. Trata-se do sistema multisensor SFIM Osiris que parece como a cabeça de um “ET” em cima do helicóptero.

O Osiris é composto por uma câmera infravermelha CCD e um telêmetro laser. Este sistema é usado para aquisição  e designação de alvo para artilheiro do Tiger.

Na frente do UH Tiger alemão existe um sistema FLIR que é usado pelo piloto para auxiliar a navegação em condições desfavoráveis de luminosidade e visibilidade.

Variante ARH com seu sistema de visão e  designação de alvos.
Variante ARH com seu sistema de visão e designação de alvos.

As outras variantes do Tiger usam um sistema multisensor como no modelo alemão, porém ele fica montado no teto do artilheiro, a frente dos motores do Tiger.

O modelo desse sistema é o SFIM Strix que incorpora os mesmos componentes do sistema Osiris usado no Tiger alemão, porém com o incremento do FLIR na mesma torre.

A suíte de contramedidas eletrônicas instalada no Tiger é fornecida pela EADS Defense Eletronics e é composta por um sistema de alerta de radar RWR e um sistema de alerta laser LWR.

A EADS DE fornece o sistema de detecção de lançamento de míssil MILDS que alerta o piloto que um míssil foi lançado contra a aeronave agilizando a tomada de decisão do piloto para tentar se evadir do ataque.

visores
Comparativo de ambos os visores utilizados nas variantes da aeronave.

A MBDA forneceu o sistema de contramedidas contra mísseis guiados por calor e radar Flare e Chaff, respectivamente, com o lançador SAPHIR-M. O sistema pode operar automaticamente integrado ao sistema MILDS agilizando a resposta e defesa, ou através do comando do artilheiro.

Capacete e sistema integrado de visada TopOwl

A tripulação do Tiger opera a aeronave usando um capacete com mira tipo HMS, porém de diferentes modelos sendo que o alemão usa um modelo inglês da BAe enquanto que os franceses usam um modelo TopOwl desenvolvido pela Thales Avionique.

Vídeo

Armamento e Carga

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Embora as versões do Tiger difiram levemente na configuração de armamento, o fato é que, invariavelmente, seu armamento é pesado.

 

Na hora de mostrar os dentes, o Tiger faz jus a seu nome. Embora as versões do Tiger difiram levemente na configuração de armamento, o fato é que, invariavelmente, seu armamento é pesado. Dentre as 4 versões, a única a não estar equipada com um canhão móvel a frente do helicóptero é a versão UH Tiger alemã.

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Variada gama de armas que equipam os Tiger.

As outras três versões estão armadas com um canhão GIAT-30M-781 em calibre 30X113 mm com cadência de 750 tiros por minuto e com alcance de carca de 2000 metros. A caixa de munição tem capacidade de transportar 450 munições deste potente canhão. O arsenal de mísseis que o Tiger pode usar é amplo porém representa uma das diferenças entre todas as versões pois cada uma está integrada a um tipo específico de míssil de acordo com a necessidade do cliente. O UH Tiger está armado com o míssil antitanque europeu Trigat LR, desenvolvido por um consórcio entre a Diehl BGT Defence e a MBDA Deutschland GmbH., ambas da Alemanha.

missil
Momento de lançamento de testes de míssil por um Tiger. A aeronave pode se servir nas suas variantes, de uma extensa lista de mísseis da ataque a superfície e anti-carro.

O Trigat LR tem guiagem dual por infravermelho IR e câmera CCD, sendo seu alcance de 7 quilômetros. Sua ogiva tem 9 kg de alto explosivo e é capaz de superar blindagens reativas ERA ou até 1000 mm de blindagem de aço laminado. Os Tigers franceses e australianos estão integrados ao potente míssil antitanque norte americano AGM-114K Hellfire II guiado por laser e capaz de readquirir o alvo caso a iluminação a laser for perdida. Este míssil tem alcance de 8 quilômetros e sua ogiva é de 9 kg de carga moldada em tandem de alto explosivo.

Não existe um carro de combate conhecido que sobreviva ao ataque deste míssil, atualmente. Já o Tiger espanhol usa o moderno míssil antitanque israelense Spike ER guiado por sistema IR e CCD passivo, para capacidade dispare e esqueça, com alcance que chega a 8 km. Nos três mísseis mencionados, a quantidade que pode ser transportada chega a 8 mísseis em dois cabides com quatro mísseis cada.

O Míssil PARS3LR também equipa a suite de armas disponível aos Tiger.
O Míssil PARS3LR (Trigat LR) também equipa a suite de armas disponível aos Tiger.

Por ultimo, a Alemanha tem a opção de usar ainda o antigo míssil HOT 3, ainda em operação no exército alemão. O HOT 3 usa um sistema de guiagem conhecido como comando de linha de visada, onde o operador de armas do Tiger mantém o alvo sob um ponto em seu sistema de designação de alvos e envia o dado de posicionamento para o míssil através de um cabo de fibra óptica enquanto este se encontra voando contra o alvo. O alcance do HOT 3 é bem mais limitado que os outros mísseis antitanque mencionados nesse artigo, chegando a 4,3 km.

Os Tiger HAP, HAD e ARH possuem armamento orgânico na forma de um potente canhão automático GIAT-30M-781 em calibre 30 X 113 mm capaz de impor pesados estragos a viaturas inimigas.
Os Tiger HAP, HAD e ARH possuem armamento orgânico na forma de um potente canhão automático GIAT-30M-781 em calibre 30 X 113 mm capaz de impor pesados estragos a viaturas inimigas.

Ainda tratando do arsenal disponível para o Tiger, há diversos  tipos de lançadores de foguetes não guiados como o SNEB que pode ser de 7 ou 19 foguetes de 70 mm ou 22 foguetes de 68 mm, além do lançador de foguetes Hydra  de 70 mm com 19 foguetes. Esses foguetes, lançados em alta cadência, permitem saturar uma área relativamente grande, negando aquele ponto as tropas inimigas a distancias até no máximo de 8 km.

Para combate ar ar (sim, o Tiger pode ser empregado para destruir helicópteros ou aeronaves de baixo desempenho em voo) o Tiger pode ser armado com mísseis MBDA Mistral guiados por infravermelho (IR) com alcance de 6 km ou o modelo norte americano AIM-92 ATAS, versão ar ar do míssil antiaéreo lançado do ombro FIM-92 Stinger, que também é guiado por infravermelho, mas seu alcance é limitado a 4,5 km no máximo.

Tiger Stinger
Tiger equipado com o míssil de modelo norte americano AIM-92 ATAS, versão ar ar do míssil antiaéreo lançado do ombro FIM-92 Stinger

O Tiger foi projetado com uma blindagem composta de polímero reforçado com fibra de carbono, Kevlar, titânio e alumínio que permite ao Tiger sobreviver a impactos direto de munição calibre 23 mm. É interessante notar que essa capacidade de proteção acabou levando ao encarecimento do helicóptero a um nível particularmente alto. O Tiger está entre os mais caros helicópteros de combate do mundo, atualmente, com um preço de prateleira de U$ 50 milhões de dólares cada um.

Quando visto de frente, o Tiger tem pouca área dado a sua pequena largura da cabine, o que o torna um alvo difícil de engajar quando atacado deste angulo.
Quando visto de frente, o Tiger tem pouca área dado a sua pequena largura da cabine, o que o torna um alvo difícil de engajar quando atacado deste angulo.

Caso você, caro leitor, não tenha ideia de quanto isso é caro, vamos usar como parâmetro o helicóptero de combate norte americano AH-64D Apache, cujo já elevado custo chega a U$ 41 milhões cada um, e reparem que o Apache é uma aeronave mais pesadamente armada que o Tiger. Outro parâmetro que pode ser usado é que o custo do Tiger sobre o preço de um caça F-16C block 50 que custa cerca de U$ 34 milhões cada um, considerando o preço da aeronave limpa, de prateleira.  O próprio desenho do Tiger, bastante fino quando observado pela frente, representa uma forma de defesa da aeronave também por dificultar o engajamento dele.

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FICHA TÉCNICA 

Peso: 3060 kg (vazio).

Altura: 3,84 m.

Comprimento: 14,77 m.

Propulsão: 2 motores MTU Turbomeca Rolls-Royce MTR390 com 1464 hp de potência cada.

Velocidade máxima: 315 Km/h.

Velocidade de cruzeiro: 271 Km/h.

Alcance: 740 km com combustível interno e 1130 Km com combustível externo.

Razão de subida vertical: 642 m/min.

Fator de carga: +3.5/ -0,5 G.

Altitude máxima: 4000 m.

Armamento: Um canhão  GIAT-30M-781 de 30 mm com 450 tiros, Misseis antitanque AGM-114 Hellfire,  mísseis PARS-3LR, HOT-3 e Rafael Spike ER. Casulos lançadores de foguetes SNEB de 68 e 70 mm com opções para 7, 19 e 22 foguetes. Para autodefesa pode ser usado mísseis ar ar AIM-92 Stinger em dois lançadores duplos ou o modelo francês Mistral

Tiger
Provado em combate e recentemente extensivamente empregado nos mais recentes conflitos, o Tigre europeu tem provado o seu valor, confirmando as expectativas de seus projetistas e operadores.

 

CONCLUSÃO

O mercado de armas está repleto de opções. Alguns segmentos, como o dos helicópteros de combate, particularmente se encontra saturado de opções.

De certa forma, todos os helicópteros executam bem suas missões, cabendo a cada cliente  escolher o modelo mais adequado a suas necessidades baseando-se na facilidade de linha de apoio logístico, interesse político, transferência de tecnologia e off sets, que cada um possa exigir. Tecnicamente falando, focando apenas nas características da aeronave, o EC-665 Tiger é um moderno helicóptero de ataque, escolta e reconhecimento, capaz de infringir danos sérios a um inimigo bem equipado, fornecendo fogo pesado sobre o campo de batalha.

Embora seu fabricantes seja um dos maiores players do mercado mundial em helicópteros e tenha um histórico altamente positivo de suporte e qualidade de serviços pós venda, é importante se pesar o fator custo benefício na hora de se optar pelo Tiger.

Com um custo maior que de alguns aviões de caça, o Tiger acabou sendo um produto elitizado que cabe no bolso de poucos. Caso o exército brasileiro leve a cabo seu interesse de um dia ter um esquadrão de helicópteros de ataque dedicados, o Tiger, certamente seria um concorrente natural, uma vez que a Helibras, fabricante de helicópteros do Brasil, é uma subsidiária da Airbus Helicopters, fabricante do Tiger, porém, seria necessário se pesar os elevados custos relacionados a aquisição e operação do Tiger para um país onde o orçamento de defesa não é, exatamente, uma prioridade e sofre de contingenciamentos frequentes.

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Corte esquemático do Airbus Helicopters EC-665 Tiger.

16 Comentários

  1. Grande Aeronave, dependendo do lobby possa ser que o mesmo tenha grandes chances. Meu comentário sou há antagônico, porem dependendo das contras partidas comerciais possa ser vantajoso. Não creio que o embutis da comodidade na manutenção de meios possa ser fator impedidor da diversificação dos mesmos, devemos lembra que o Brasil vive sobre pressões internacionais que não querem o desequilibro de forças AL. Me engana que eu gosto, enjoei.

  2. Pelo preço de um TIGER … prefiro o AH-64 … e sem duvidas um dos melhores no papel … mais extremamente caro de se operar/manter …e ate certo ponto ”frágil” ….seria a pior escolha dentro do programa ….. mais sem duvida nenhuma e uma belíssima maquia .. mas pra poucos

  3. Concorrência para comprar no máximo 12 exemplares???? Deveria ser uma compra rápida. Feita a analise escolham logo o vencedor.

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