EUA empurram China para confronto com Japão

Washington provoca Pequim a um confronto com Tóquio, para aumentar a presença militar estadunidense na Ásia, usando o pretexto de proteger os interesses dos seus aliados.

Foi justamente assim que especialistas russos comentaram a notícia de os EUA terem proposto ao Japão patrulhar conjuntamente as rotas de comércio no mar da China Meridional. Através dessas rotas, a China recebe a maior parte do petróleo procedente do Oriente Médio e da África. Uma forte reação chinesa à declaração dos EUA será inevitável, estimam os especialistas.

Segundo o Ministro da Defesa japonês, Gen Nakatani, o comando militar do país vai estudar a proposta norte-americana. No entanto, ele admitiu que uma resposta favorável de Tóquio poderia desagradar a Pequim.

Seja como for, ao propor a Tóquio o patrulhamento conjunto, Washington está perseguindo seus próprios objetivos. É que na prática não só a China, mas também o Japão, recebem os principais fluxos de petróleo importado através do mar da China Meridional. Essa é a opinião compartilhada pelo diretor adjunto do Instituto dos EUA e Canadá, Pavel Zolotaryov:

“Os norte-americanos têm inventado uma boa desculpa para ampliar sua presença militar na região. Eles nem tentam esconder que a sua principal preocupação tem a ver, sobretudo, com a China. É o que prima em todos os documentos deles. Inclusive o sistema de defesa antimísseis regional, se os lermos atentamente, é articulado por eles para neutralizar o potencial de mísseis chineses. Isto é claro e evidente, apesar de os estadunidenses associarem a sua DAM asiática principalmente com a Coreia do Norte.

 

“Se soube que o chefe da inteligência dos EUA, antes de ter renunciado a seu cargo, chamou a atenção para a crescente atuação chinesa na Ásia, incluindo na resposta às forças da Guarda Costeira japonesa nas zonas de litígio”.

O governo de Shinzo Abe se propõe aprovar parlamentarmente uma decisão que conceda às forças armadas do Japão o direito de efetuar operações conjuntas com os EUA muito para além do arquipélago japonês.

De acordo com a Constituição Pacifista, neste momento o Japão não tem esse direito. A proposta estadunidense de policiamento conjunto das vias militares e comerciais no mar da China Meridional empurra, pura e simplesmente, o Japão para a revisão de sua Constituição. Com isso se calcula envolver o Japão para fazer frente ao aumento da influência chinesa na região, acredita o diretor do Centro de Estudos Japoneses, Valery Kistanov:

“Os norte-americanos têm inventado uma boa desculpa para ampliar sua presença militar na região. Eles nem tentam esconder que a sua principal preocupação tem a ver, antes de mais nada, com a China. É o que prima em todos os documentos deles. Inclusive o sistema de defesa antimísseis regional, se os lermos atentamente, é articulado por eles a fim de neutralizar o potencial de mísseis chineses. Isto é claro e evidente, apesar de os estadunidenses ligarem a sua DAM asiática principalmente com a Coreia do Norte.

“Tornou-se sabido que o chefe da inteligência dos EUA, antes de ter renunciado a seu cargo, chamou a atenção para a crescente atuação chinesa na Ásia, incluindo no que respeita à resposta às forças da Guarda Costeira japonesa nas zonas de litígio”.

O governo de Shinzo Abe se propõe aprovar parlamentarmente uma decisão que conceda às forças armadas do Japão o direito de efetuar operações conjuntas com os EUA muito além do arquipélago japonês.

De acordo com a Constituição Pacifista, agora o Japão não tem esse direito. A proposta estadunidense de policiamento conjunto das vias militares e comerciais no mar do Sul da China empurra, pura e simplesmente, o Japão para rever a Constituição. Com isso se calcula envolver o Japão para fazer frente ao aumento da influência chinesa na região, acredita o diretor do Centro de Estudos Japoneses, Valery Kistanov:

“Os EUA enfrentam na região da Ásia-Pacífico só um problema, e este dor de cabeça tem origem no crescimento do poderio militar e econômico da China. É um desafio para o poder norte-americano, a sua dominação na região. Portanto, tal proposta, se os norte-americanos a fazem, tem a ver, antes de tudo, com a dissuasão da China, isso não suscita dúvidas.

É uma proposta provocativa, e não só por excitar mas também por conter provocação. Ela persegue o objetivo de provocar um confronto direto entre o Japão e a China, munindo os EUA de um novo pretexto para reforçar a sua presença na região a fim de, alegadamente, proteger seu aliado. A China irá se opor duramente a esse curso dos acontecimentos. Pequim, com certeza, vai se lembrar em seguida da agressão japonesa, dos desastres e danos que essa trouxe a países asiáticos. Tanto mais que este é o ano do 70º aniversário do fim da II Guerra Mundial. Na China, esta gesta é vista sob a óptica da vitória na guerra contra o Japão militarista”.

A presença da Marinha dos EUA no mar da China Meridional será uma perturbação forte no relacionamento entre os dois países. Pequim não descarta que, em caso de agravamento das relações bilaterais, Washington tente exercer pressão militar sobre a China precisamente nesta área. Em particular, com recurso ao bloqueio das vias marítimas usadas para transportar petróleo para a China.

Entretanto, o aparecimento de navios de guerra japoneses junto a belonaves da 7ª Frota dos EUA será capaz de colocar a China em uma situação complicada. E se os acontecimentos evoluírem dessa forma, a reação dos militares chineses poderá levar a sérias consequências.

Fonte: Sputnik

 

 

 

 

7 Comentários

  1. Essa é boa!!!!!!!!,se a China parace de instigar seus vizinhos,e insistir em criar a propaganda do inimigo externo em cima do Japão e E.U.A,ai sim esse argumento teria valor,mas a crescente agressividade chinesa não deixa dúvidas só não entraram em conflito com o Japão porque sua marinha apesar de toda propaganda perderia para a Niponica.

    • China e Japao assinaram uns anos atraz um acordo para so usarem o Yuan e o Yen no intercambio commercial entre os dois paises, isto e nao usarem o dolar. Dias mais tarde ocorreu Fukushuma, que a midia occidental disse ter cido um acidente natural, enquanto na Asia os jornais disse ter sido um ato terrorista. Existe no Youtube um cientista japones explicando porque nao foi terremoto que causou o tsunami, mas explosao atomica submarina.Uns dias antes un ministro japones foi assassinado. Misterio nessa morte ainda nao revelado. Japao, foi a economia mais dinamica da decada de 1970 e metade de 1980, foi a China da epoca. Livros foram escritos que diziam uma nova Guerra entre Japao e os EUA estava no horizonte. De repente, Japao apos muito anos recusando faze-lo, “decidiu” assinar o Acordo de Plaza com os EUA em 1987, cuja consequencia foi desastroza para economia japonesa. Japao entrou numa estagnacao economica da qual ainda nao saiu.E do interesse economico japones juntar o BRICS, mas as bases militares ianques estao la para mostrar ao governo japones quem manda no pais. E o Yakusa tem trabalhado para CIA desde o fim da Guerra mundial.. E de conhecimento public que muito politicos japoneses, industrialistas e banbqueiros sao assassinados por essa mafia trabalhando para CIA.A politica Asia para os Asiaticos foi formulada pela primeira vez pelos japoneses, mas os EUA querem a Asia para eles. como eles dominam a America Latina e Europa.

      • parabéns jojo ,bom texto ,
        o único patinho feio colocando lenha na fogueira é o estados unidos

        eles são capazes de tudo do outro lado do mundo tentam fazer a europa enfrentar a russia e na asia tentam fazer o japao ser um boi de piranha deles igual estão fazendo com a ucrania

  2. O jogo deles é esse disseminam intrigas e discordias para os outros se degladiarem e eles como hienas ficam de longe esperando o momento de saborearem as carcaças.

  3. Não é só o Japão mas também a Austrália … mui amigos são os EUA .
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    Bem que o El Comandante Fidel tinha razão.
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    EUA UM ALIADO PERIGOSO: “OS EUA TRARÃO CONSEQÜENTEMENTE A AUSTRÁLIA NUM CONFLITO DIRETO COM A CHINA”
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    No seu novo livro intitulado “Aliados Perigosos,” Malcolm Fraser, o antigo primeiro ministro da Austrália, alerta que a dependência de Canberra sob os Estados Unidos trará consequências à nação em um conflito direto com a China. As suas palavras ecoam aquelas do professor da Universidade de Georgetown Amitai Etzioni no artigo que ele escreveu para o Diplomata no dia 20 de janeiro.
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    (*)fonte: [ dinamicaglobal.wordpress.com/2015/01/30/eua-um-aliado-perigoso-os-eua-trarao-consequentemente-a-australia-num-conflito-direto-com-a-china/ ]
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    (…) A política de Washington “de conter” a China pode levar conseqüentemente preocupação para a Austrália. Acreditando que os Estados Unidos usarão conseqüentemente a Austrália como uma base para atacar a China, Fraser sugeriu a retirada de todas as facilidades militares americanas de Darwin no norte e Pine Gap no centro do país tão logo quanto for possível. O antigo líder australiano acrescentou que o país deve ser mais independente dos Estados Unidos tanto em defesa como em assuntos estrangeiros. Recomendando que a Austrália reforce as suas atividades diplomáticas em todas as partes da Ásia e na ONU, ele também sugeriu um aumento em gastos de defesa a 3 % do PIB do país. (…)

  4. Sera que estou enganado ou os EUA praticam a antiga lei Judaica kkkk
    Como aqueles que foram banidos do meio de seu povo e esta etnia vagou milenios disseminando intrigas,discordias e genocidios tendo por lei conteudo xenofobico proibitivo de interação e convivio com outros póvos.

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