OTAN: General Philip Breedlove alerta sobre reação russa ao fornecimento de armas à Ucrânia

O comandante militar das forças dos EUA e OTAN na Europa, general Philip Breedlove, acha que cada movimento para fornecer armas letais à Ucrânia deve considerar a possível reação dura por parte da Rússia.

Breedlove disse, durante o encontro de ministros da Defesa dos países-membros da OTAN, que cada ação dos EUA ou das outras nações ocidentais “pode levar a uma reação mais brusca da Rússia”.

As suas advertências chegam em meio de indícios de que os EUA consideram a possibilidade de fornecer armas letais a Kiev devido ao recomeço das hostilidades no leste da Ucrânia.

Tanto Breedlove como outros altos funcionários norte-americanos acham que este conflito não tem solução militar mas dizem que a Ucrânia tem o direito de defender-se. Porém outros aliados dos EUA na OTAN, como, por exemplo, a Alemanha ou Reino Unido, estão exprimindo dúvidas ou até se opõem à ideia de fornecer armas letais ao lado ucraniano.

Kiev está realizando desde meados de abril uma operação militar para esmagar os independentistas no leste da Ucrânia, que não reconhecem a legitimidade das novas autoridades ucranianas chegadas ao poder em resultado do golpe de Estado ocorrido em fevereiro de 2014 em Kiev. Segundo os últimos dados da ONU, mais de 5.000 civis já foram vítimas deste conflito.

Desde 9 de janeiro, a intensidade dos bombardeios na região aumentou, bem como o número de vítimas do conflito.

O Ministério da Defesa da Ucrânia anunciou que as Forças Armadas ucranianas estão a aumentar os efetivos em todas as zonas onde ocorrem combates. Os independentistas, por seu turno, declararam que fizeram “avançar a linha da frente” para evitar os bombardeios de zonas residenciais das cidades por parte do Exército ucraniano.

A Rússia considera que os últimos acontecimentos na região de Donbass comprovam os piores receios: Kiev tenciona resolver a situação por via militar.

Fonte: Sputnik

 

 

17 Comentários

    • é por que esse esta na linha de frente ,mas aqueles sentados atrás da mesa com o c na mão igual a que legião urbana cantava na musica ,não estão nem ai para o kilo da banha !!

      • Seria um dos primeiros a virar churrasco. Sabe de uma coisa? deveria haver investigações sobre os perfis psicológicos das pessoas responsáveis por decisões de tamanha importância. Parece que posições de poder, por sua própria natureza, atraem psicopatas.

  1. Até hoje os States não tiveram adversários de mesmo nivel. Mesmo assim isso não lhes garantiu vitoria em nenhuma de suas tentativas de incursões militares para desestabilizar paises. Perderam para maltrapilhos vitnamitas, de onde sairam com as calças na mão, perderam na Coreia forçando o país a divisão, perderam para o Japão no qual tiveram que dizimar cidades inteiras de populações civis para provocar uma rendição. O estado americano perdeu no Iraque, na Libia, no Afeganistão, apenas sairam desses países com pose de vencedores por força de sua parceria midiatica mundial que não foca a vitoria verdadeira. Com toda o dominio sobre a economia mundial que lhes proporcionariam teoricas vantagens tecnologicas, ainda assim mostram-se fracos, por enfrentarem competição de países que não tem os mesmos beneficios e saem-se muito bem movendo-se em direção a seus avanços, com as proprias pernas. Ter que enfrentar um inimigo com o carater e a personalidade dos Russos deve fazer tremer as pernas desses vitoriosos do marqueting.

    • Meu caro Julio, se permite discordar com os detalhes.

      O vietnam do norte não eram maltrapilhos, tinham um exército organizado, marinha e força aérea, receberam treinamento e milhões de toneladas de equipamentos e suprimentos russos.
      Possuíam muitos caças e sistemas de defesa anti-aéreos com milhares de mísseis e sistemas de comunicação. A derrota americna não de deu por motivos técnicos. O próprio ditator do Vietnam do norte assumiu publicamente que suas forças jamais haviam vencido uma batalha.

      No Iraque de 1991, muito mais poderoso que o de 2003, os americanos e seus aliados venceram com facilidade sendo que Saddan tinha o quarto maior exército do mundo e que não era totalmente obsoleto como alguns dizem.

      No Japão a guerra já estava praticamente vencida e as armas nuclares foram utilizadas como demonstração de força ao mundo e para abreviar o fim.Talvez os japoneses ainda tivessem força para aquentar mais um pouco mas estavam perdendo.

      Também discordaria da ” teoricas vantagens tecnologicas”. Não são teóricas e podem ser medidas e são admitidas pelos próprios russos, tanto que são copiadas por eles com dez anos de atraso, ou mais.

      Sobre os russos, se observarmos sua performance no afeganistão e na chechênia, dá para se dizer que os resultados deles foram bem decepcionantes. Muito abaixo do que era esperado pela propaganda russa.
      Se o amigo lembrar podemos dizer que os russos nunca enfrentaram uma força aérea de verdade desde a Segunda Guerra Mundial, com exceção da Geórgia que praticamente não tinha caças.

      Mas concordo que os americanos jamais enfrentaram um rival a altura de sua propaganda.

      Saudações.

      • Meu caro, evidentemente que você tem todo o direito de fazer essa avaliação, mas assim como você o fez, eu discordo. Discordo dessa visão que procuram infundir no inconsciente coletivo. Perderam sim, muitas contendas, algumas vezes sem perder militarmente, sem significar que venceram. Tiveram derrotas militares e morais indiscutíveis, para aqueles que sempre se atribuíram o norte virtuoso do mundo. Primeiro colocam a linha de frente da cooptação depois se há resistências, usam suas armas para enfraquecer países e afirmarem seu poder. Como vemos, em seus objetivos não alcançados, são perdedores, inclusive morais, contumazes.

      • Meu caro Julio.

        A vitória depende de objetivos alcançaveis e estratégias.

        No caso do Iraque e Afeganistão o objetivo de mudar sociedades e catequizar civilizações não pode ser atingido por meios miltares.

        Como no afeganistão, para cada Taliban que eles matam surgem dois ou três novos. A cada família que morre em bombardeios mais aumenta o ódio e a força do inimigo.

        São guerras impossíveis de vencer através das armas.
        Os combates os americanos vencem quase todos, porque são mais treinados, tem equipamentos, melhores e se precisar chamam a aviação explodem tudo.
        Mas isso não muda a cultura e os sentimentos da população.

        Eles até tentam melhorar a vida do povo para conquistar seu apoio mas pelo jeito não está adiantando.

        Saudações!

      • Pois é meu caro, por isso perdem.
        É essa maldita visão globalista que dos que querem modelar o mundo a sua imagem e semelhança. Abraço e Sds.

      • DeaGol

        A unica coisa que discordo de seu excelente comentário é que na Primeira Guerra do Golfo, o Iraque, apesar de ser o 4 exercito do mundo, como disse, convenhamos que ele estava desatualizado, com armas da década de 70 e 80, um comando ineficaz, entre outras coisas.
        Comparado com o Vietnã, foi uma “vitória” tranquila da coalizão liderada pelos Estados Unidos.

      • Concordo.
        Eram desorganizados e com lideranças fracas.

        Porém a afirmação feita por alguns outros ( não o julio ) de que era um cachorro morto, na minha opinião, não pode ser considerada verdadeira.

        Saudações.

  2. Deagol, novamente vou discordar de suas afirmações, posto que o Exército iraquiano em 1991, além de estar extremamente desgastado pela guerra Irã x Iraque, tem-se que o Exército iraquiano havia sofrido diversos expurgos, ante a fobia de Sadan Hussein de sofrer um golpe de estado.

    Desta forma, ao contrário da enormidade militar expressada em números, posto que somente o exército iraquiano possuia mais de 1.000.000 de soldados, tem-se que na realidade a grande maioria deste exército era formada de conscritos recém recrutados com pouco treinamento formal. bem como, no que se refere ao armamento utilizado tem-se que estes não eram padronizados e careciam de uma melhor infra estrutura logística, com a agravante que estes equipamentos eram na sua maioria tanques e veículos blindados usados e antiquados, importados da China, como o Type 59 e o Type 69, e outros fabricados na antiga União Soviética nos anos 50 e 60, como os tanques T-55 e T-72, ainda no decorrer da guerra com o Irã, ficando evidente que estes equipamentos apesar do número não estavam aptos a guerra moderno, posto que não era dotados de tecnologia moderna, como visão noturna ou mira a laser teleguiada, o que fazia com que o equipamento bélico iraquiano ultrapassado, se comparado aos utilizado pela coalização ocidental, fator este que limitou a capacidade e performance no campo de batalha moderno do exército iraquiano.

    O mesmo quadro se reflete na Força Aérea Iraquiana, face a pluralidade de vetores franceses, russos e americanos, estando esta frota desatualizada e cansada de mais de 8 anos de guerra.

    Pode se falar que a úncia tropa bem equipada e bem treinada era guarda Revolucionária, que se encontrava entrincheirada nas cercanias de Bagdá e praticamente não se envolveu em combates, posto que a coalização num grande erro estratégico preferiu não avançar sobre Bagdá e depor Sadan evento este que só aconteceu mais de uma década depois.

    Cabe ainda ressaltar que mesmo em se tratando de um exército claramente defasado, os EUA lideraram uma coalização de mais de 39 países e utilizaram de equipamentos high tech, sendo que esta guerra notabilizou-se por ser o primeiro evento bélico transmitido em tempo real para o mundo, havendo ainda na net os documentários mostrando os maciços bombardeios pelos F117, Tomahawk e B-52 que destroçaram o sistema de controle iraquiano, assim como a infra estrutura militar.

    Deixo aqui uma monografia redigida por um aluno da Academia Militar Portuguesa que discorrer sobre a Primeira Guerra do Golfo.

    http://comum.rcaap.pt/bitstream/123456789/6982/1/A%20Guerra%20do%20Golfo%20de%201991.pdf

    E apenas para concluir, diferentemente dos EUA nas guerras travadas pela antiga URSS no Afeganistão, tem-se que quando da guerra travada contra os mudjahedin, tem-se que estes eram armados e treinados pelos EUA e OTAN, sendo esta a gênese da Al Qaeda, enquanto que os americanos enfrentaram os Talibãs sem que estes contassem com apoio de qualquer super potência e mesmo assim, depois de mais de uma década de combates e uma infinidade de mortes, o Afeganistão continua uma terra sem lei, dividido em tribos e o Talebã continua a controlar grande parte do país, tendo inclusive alargado suas fronteiras para o vizinho Paquistão.

    Ou seja, todas as aventuras militares de Washington e seus poodles se evidenciaram como um grade erro estratégico e político, vez que ao contrário de levar a pax americana, levaram a destruição e a criação de estados terroristas e como exemplo podemos citar o Iraque, a Líbia, a Etiópia, o Iemem, a Síria, etc.

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