Auschwitz serve de alerta contra o discurso do ódio – Angela Merkel

“Entre nós, todos devem poder viver livres e seguros, não importa a religião e a origem”, afirma chanceler federal alemã. Cerimônia em Berlim tem participação de sobreviventes.

A chanceler federal alemã, Angela Merkel, lembrou nesta segunda-feira (26/01), em Berlim, os 70 anos da libertação de Auschwitz, em cerimônia que contou com a presença de duas sobreviventes do campo de concentração.

Merkel disse que a Alemanha tem, perante as milhões de vítimas do nazismo, a obrigação de não deixar o que aconteceu cair no esquecimento. “Não podemos esquecer que somos culpados pelos milhões de vítimas”, afirmou. “Auschwitz nos desafia diariamente a moldar nossa convivência pelos princípios da humanidade.”

Auschwitz, afirmou Merkel, deve servir de lembrança para que as pessoas não adotem um discurso de ódio contra aqueles que buscam uma nova vida na Alemanha. “Entre nós, todos devem poder viver livres e seguros, não importa a religião e a origem”, afirmou a chanceler, numa declaração que soa como uma mensagem indireta aos manifestantes do movimento Pegida, que critica a “islamização” da Alemanha.

Merkel disse ainda ser “uma vergonha” que hoje na Alemanha pessoas sejam ameaçadas ou atacadas quando se identificam como judias ou com Israel. Segundo ela, é “uma mácula” para o país que sinagogas e instituições judaicas ainda tenham que ser protegidas pela polícia.

Sobreviventes visitam campo

Nesta segunda-feira, sobreviventes visitaram Auschwitz, na Polônia, onde rezaram e prestaram homenagens a parentes e amigos que morreram no local. Para alguns, foi o primeiro retorno ao local desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

“As estatísticas esmagadoras não são as histórias a serem contadas. As histórias só poderiam ser contadas pelas vítimas. Infelizmente suas vozes foram silenciadas por gás e crematórios. Por isso, nós, sobreviventes, estamos aqui, para falar por eles e honrar a memória do seu sofrimento”, disse Marcel Tuchman, de 93 anos, sobrevivente de Auschwitz.

Por ocasião do Dia Internacional da Lembrança do Holocausto, celebrado em 27 de janeiro, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu que a comunidade internacional dobre os esforços pela tolerância.

“Nós estamos comprometidos com a proteção dos mais vulneráveis, com a promoção dos direitos humanos básicos e com a liberdade, dignidade e valor para cada um dos seres humanos”, disse Ban.

Em 27 de janeiro de 1945, o Exército soviético libertou os sobreviventes do campo de concentração de Auschwitz. Mais de 1,1 milhão de pessoas foram mortas no local, em sua maioria judeus.

Fonte: DW.DE

1 Comentário

  1. Esse papo furadíssimo e mentiroso que diz “Entre nós, todos devem poder viver livres e seguros, não importa a religião e a origem” só engana aqueles que querem se iludir com fantasias provindas de discursos fraudulentos.
    Basta ver como o mundo cria obstáculos cada vez maiores ao livre transito de pessoas pelo mundo, principalmente se esse mundo for o ocidente, e o transeunte, o passageiro, for do oriente, latino americano, africano ou asiático, se for pobre então, são deportados de volta. Se forem muçulmanos serão perseguidos e olhados com desconfiança, nesse mundo de lideres em pregação de liberdades, que não se privam da exclusividade de seus seguranças. Fala sério, eles discursam para alienados.

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