O programa de drones de Barack Obama é uma campanha global de assassinatos – É TERRORISMO

CNN, Chomsky – Link =>   A hipocrisia ocidental

Na sequência dos ataques realizados em Paris contra o Charlie Hebdo, o “pai da linguística moderna” e comentador político Noam Chomsky criticou a hipocrisia ocidental apresentando a ideia de que existem dois tipos de terrorismo: “o deles e o nosso”.

Avram Noam Chomsky

Em um artigo de opinião publicado pela CNN, Chomsky debate o atentado terrorista ocorrido na capital francesa e os milhões que se manifestaram nos dias seguintes empunhando o slogan “Je suis Charlie” (Eu sou Charlie).

Mas ele se referiu igualmente aos que aproveitaram os atentados para promover a islamofobia. Ele escreve que os ataques questionaram “as raízes desses atentados chocantes na cultura islâmica e a exploração de formas de combate à vaga assassina do terrorismo islâmico sem sacrificarmos os nossos valores”, enquanto as ações terroristas cometidas por não-muçulmanos não resultaram em um impulso para contextualizá-las no cristianismo, por exemplo.

“Há muitos outros acontecimentos que não questionaram a cultura e a história ocidentais, como, por exemplo, a pior atrocidade terrorista cometida na Europa nos últimos anos, em julho de 2011, quando Anders Breivik, um extremista cristão ultrassionista e islamófobo, chacinou 77 pessoas, maioritariamente adolescentes”, sublinhou Chomsky.

Chomsky também criticou o programa de drones do presidente Barack Obama, classificando-o como “uma campanha global de assassinatos que tem como alvo pessoas suspeitas de tencionarem talvez prejudicar-nos um dia e os infelizes que possam se encontrar nas suas proximidades. O que não falta são esses infelizes, como os 50 civis alegadamente mortos em dezembro em um ataque aéreo liderado pelos EUA na Síria, o que quase não foi noticiado”.

Chomsky argumentou contra o advogado de direitos civis Floyd Abrams, o qual declarou ao New York Times que o atentado contra o Charlie Hebdo tinha sido “o ataque mais devastador contra o jornalismo de que há memória”. Chomsky explicou que a expressão “de que há memória” permite que as pessoas decidam ignorar os crimes cometidos pelo lado delas, em vez disso dando apenas importância aos crimes cometidos contra elas.

Isso permite que as pessoas classifiquem seus atos como “não sendo crimes, mas sim como uma nobre defesa de valores mais elevados, que por vezes inadvertidamente falha”, escreveu Chomsky.

“Contrariando as veementes declarações”, lamentou, “não se trata de ‘terrorismo é terrorismo, não há duas maneiras de ver isso’. Há mesmo duas maneiras de ver isso: a deles e a nossa. Isso não se aplica apenas ao terrorismo.”

Avram Noam Chomsky: Linguista, filósofo e ativista político norte-americano, professor de Linguística no Instituto de Tecnologia de Massachusetts.

Fonte: Voz da Rússia

11 Comentários

  1. Noam Chomsky pode até ser um excelente professor, mas como ativista político é péssimo. E ainda se deixa levar pelo oportunismo de alguns adversários dos EUA.

  2. Na humanidade a única lei que existe é a da preservação da espécie! Se o que gera os conflitos for a religião, o dinheiro, territórios ou recursos naturais tudo se resume na obtenção do poder. A busca do poder não começa com e nem termina com nenhuma nação atual ou que já existiu. Desde que existe história escrita conhecemos narrativas de busca pelo poder: A Pérsia conquistou territórios que iam até o Egito e Alexandre da Macedônia a derrotou e conquistou seu grande império com muito sangue, Roma subjugou o continente Europeu com muitos triunfos, cada triunfo equivale a 10.000 mortes, os califados islâmicos do século 7 ao 14 dominaram vasto território da Pérsia até a Espanha na espada, Portugal e Espanha subjugaram quase toda a América com uso da violência, a Rússia conquistou seu vasto território não sem lutar também, o Brasil lutou contra países invasores, guerrilhas e enviou expedicionários para combater no extrangeiro, etc. O poder é desejado por todas as espécies vivas pois elas querem recursos e vão tentar conquistar os territórios onde eles estão depositados. Tudo isso é motivado pela luta para perpetuar sua linhagem genética dentro da espécie e assim a natureza seleciona os representantes mais capazes que herdarão a Terra. Quem recuar diante do conflito perecerá. O drones são apenas mais uma ferramenta nessa realidade, como foram as espadas de ferro, bestas, catapultas, os generais e soldados de Gengis Khan, Aníbal ou César. E no futuro serão os droides de batalha. E quem não usar corre o risco de não herdar a Terra pondo a perder sua linhagem genética, envergonhando e destruindo todo o esforço de seus antepassados. Sendo assim a moral é uma coisa relativa que surge por conveniência.

  3. O Chomsky sempre um grande observador e pensador, suas palavras que costuma desnudar hipocritas e hipocrisias sempre causam nesses um grande sentimento de revolta e desqualificações, mas resiste bravamente, coisa anormal neste ocidente, como nos acostumamos a ver, dominado por hipocritas e hipocrisias.

  4. ,..Que são os > terrorristas do planeta td sabemos, assim como os judeuSS, seguido por outras potencias..1ª os meus interesses, depois o respeito a vida e essas balelas, ..coisa p o TPI/ONU instituições mortas q nada fazem contra essas potencias coloniais modernas..Estão certos, 1ª os interesses deles, q os fracos se defendam, quem ñ puder q se lasque.vide:Líbia.Irak, ..BRASIL, se espelhe no o porco espinho e p ontem. .lamentável. Sds. 😉

  5. os crimes de guerra praticados por esta gente ultrapassam todos os limites no oriente médio hoje..o povo muçulmano precisa tomar uma providencia urgente e drástica… ou eles se unem para se protegerem como fizeram nas cruzadas… ou eles se unem para se protegerem contra essa nova cruzada do ocidente..ou toda sua cultura, identidade e religião serão exterminadas….

  6. Vejo pessoa falarem de terrorismo como se fosse CAUSA e não uma CONSEQUÊNCIA de outros fatores desencadeantes. Não se discute (sem entrar no mérito de ser ou não o chamado terrorismo uma reação legítima) as razões subjacentes ao fenômeno – digamos assim – sendo os “debates” a respeito marcados por uma inacreditável superficialidade. Vejo discutirem apenas métodos a serem aplicados para “eliminarem” o terrorismo, sem que sejam sequer cogitadas suas causas ou fatos geradores. É como se esses caras quisessem eliminar os sintomas de uma doença tratando-os como mal primordial, em lugar de combater a verdadeira patologia que os produziu. Talvez a estranha miopia resulte do desejo de não confrontar as aspirações do mais forte. pois é sempre mais fácil imaginar uma nova arma do que trabalhar por um mundo que divida sua riqueza de modo mais justo. Afinal de contas, uma aspirina pode acalmar hoje a febre que denuncia a infecção que haverá de nos matar amanhã.

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