Caso AMIA: O atentado que era investigado por Alberto Nisman

O rescaldo do ataque à AMIA – Associação Mutual Israelita Argentina

O que é o caso AMIA?

A investigação judicial sobre o atentado que em 18 de julho de 1994, em Buenos Aires, causou a morte de 85 pessoas com a explosão de um carro-bomba às 9h05 na frente da sede bonaerense da Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA).

Quem era Alberto Nisman?

O homem designado pelo presidente Néstor Kirchner (2003-2007) para a tarefa exclusiva de investigar o atentado, em 2004. Era conhecido há dez anos como o “promotor especial do caso AMIA”. Tinha 51 anos e duas filhas. Era separado.

Quantos são os acusados nesse caso e quem são eles?

Seis. Em 5 de outubro de 2006 o promotor Nisman acusou formalmente o Irã de ser o autor intelectual do atentado e o grupo Hezbollah, de executá-lo. Solicitou um mandado de prisão contra cinco iranianos e um libanês. Os iranianos eram o ex-ministro de Defesa Ahmad Vahidi; o ex-ministro da Informação Ali Fallahijan; o ex-assessor governamental Mohsen Rezai; o ex-funcionário da embaixada do Irã em Buenos Aires Moshen Rabbani; o ex-funcionário diplomático Ahmad Reza Ashgari, e o libanês Imad Fayez.

Em março de 2007 a Interpol colocou os seis funcionários de alto escalão no alerta vermelho de notificações, ou seja, em busca e captura.

Quando começou o distanciamento entre Nisman e o Governo argentino?

Ficou patente em janeiro de 2013, com a assinatura do Memorando de Entendimento entre o Irã e a Argentina para resolver o caso dos iranianos acusados. O acordo foi efetuado sem o conhecimento de Nisman, que sempre se declarou contrário.

Do que Nisman acusou a presidenta Cristina Fernández?

De “decidir, negociar e organizar a impunidade dos fugitivos iranianos no caso AMIA”. Segundo o promotor, a presidenta e o ministro das Relações Exteriores, Héctor Timerman, “tomaram a decisão criminosa de fabricar a inocência do Irã para saciar interesses comerciais, políticos e geopolíticos da República argentina”. Nisman assegurou que o acordo entre o Irã e a Argentina era somente a consequência lógica de negociações secretas iniciadas dois anos atrás sob as ordens da presidenta.

Quais as provas apresentadas por Nisman para sustentar sua acusação?

Dispunha de um relatório de 300 páginas baseado, sobretudo, em escutas obtidas há mais de dois anos. Mas colocou à disposição dos veículos de comunicação dois resumos, somente. Pretendia apresentar mais detalhes no comparecimento privado solicitado para segunda-feira pela oposição argentina. O promotor dizia que a única forma de aprofundar em mais detalhes sem ir contra a lei que protege os agentes de espionagem era dar caráter privado ao seu comparecimento. Mas os deputados oficialistas solicitaram que suas palavras fossem transmitidas ao vivo pela televisão.

Quais foram os principais argumentos usados pelo Governo contra a denúncia de Nisman?

Nisman assegurou que mediante esse acordo, o Irã previa anular os mandados de busca e prisão da Interpol que estavam vigentes contra seus cinco ex-funcionários de alto escalão. Entretanto, o ministro das Ralações Exteriores, Héctor Timerman, apresentou duas cartas para desmentir essa hipótese. Em uma delas, assinada por ele em 15 de fevereiros de 2013, dizia ao então responsável da Interpol que o Memorando não mudava em nada os requerimentos de prisão. E a segunda carta foi enviada na semana passada pelo então responsável da Interpol, Ronald Noble e referendava as palavras de Timerman.

O que o juiz que dirige o caso AMIA disse sobre a denúncia do promotor?

O juiz Rodolfo Canicoba Corral, responsável pela investigação sobre o caso AMIA, mostrou-se surpreendido pela denúncia. Disse que o promotor abriu uma investigação paralela dentro do mesmo expediente. E acrescentou: “Parece que de algumas escutas que eu ordenei, fundadas no expediente, foram extraídos elementos diferenciados que o permitiram iniciar essa outra investigação. Nunca fui informado sobre isso”. Canicoba indicou que ao invés do promotor dirigir os serviços de inteligência durante a investigação, foram esses serviços que parecem tê-lo dirigido.

Que relação o caso AMIA tem com as lutas internas dentro do serviço de espionagem argentino

Para o Governo, muita. Em dezembro, Cristina Kirchner substituiu os dois principais responsáveis do Serviço de Inteligência argentino (SI). E o homem forte da espionagem argentina era Antonio Horacio Stiuso, conhecido como Jaime, foi aposentado nesta semana. Toda essa equipe foi defenestrada por Cristina Kirchner. E o Governo transmitiu a ideia de que a denúncia de Nisman era a vingança planejada por Stiuso contra a presidenta através do promotor, com quem o espião mantinha há anos uma relação muito próxima.

Fonte: El País

22 Comentários

  1. Copio aqui o mesmo comentário que fiz em outro post referente ao mesmo tema:
    ———————————————-

    Este promotor andou se envolvendo com um pessoal da pesada, frequentando certos “antros mafiosos”…
    —————–

    “O procurador se transformou em uma estrela de televisão e dos meios de comunicação oligopolistas que deram ampla cobertura às suas sonoras denúncias, geralmente vazias de provas. Nisman era para a grande mídia algo como se tornou o juiz paranaense Sergio Moro para a imprensa tradicional brasileira.

    PROMOTOR AMIGO DO FBI E DA CIA

    Dezenas de papéis revelados pelo Wikileaks mostraram que o promotor Albert Nisman se reunia frequentemente com representantes do governo norte-americano, a quem consultava sobre como levar adiante o processo pelo atentado terrorista contra a entidade judaica em 1994 em que houve 85 mortos e 300 feridos. Os agentes da inteligência norte-americanos repetiam regularmente que Nisman deveria acusar o Irã.

    “Não é preciso seguir a pista síria, nem as conexões locais [dos terroristas] porque isto pode enfraquecer as acusações contra os iranianos”, disseram agentes do FBI consultados por Nisman, segundo um dos papéis obtidos pelo Wikileaks.

    Santiago O Donnell, editor do jornal Página12 e autor de um livro baseado em informações do Wikileaks, afirmou que a Embaixada dos Estados Unidos estava muito preocupada com o curso da investigação do atentado contra a AMIA, e que o assunto aparece em 196 comunicações da missão diplomática norte-americana.

    O acadêmico Atilio Borón argumentou que Nisman não era um promotor apegado a normas jurídicas, mas um elemento que operava politicamente segundo ordens de Washington.

    “Ele ia regularmente à Embaixada receber instruções do FBI, da CIA e… com essa gente pesada não se brinca, eles em qualquer momento podem decidir eliminar alguém que tenha ajudado, mas que já deixou de ser útil”, disse Borón.”

    (Darío Pignotti)
    ……………

    E se ao final, o promotor não estivesse convencendo e o que tivesse a dizer em seu depoimento marcado, fosse fraco e irrelevante, não útil aos fins e propósitos da CIA, então, ele era mais útil morto! Porque assim, geraria um clima de suspeitas generalizadas…

    • Complementando:
      —————————————

      KIRCHNER DIZ QUE MORTE DO PROMOTOR “NÃO FOI SUICÍDIO”

      Presidente da Argentina afirma estar “convencida” de que Alberto Nisman não tirou sua própria vida; em carta publicada nesta quinta-feira 22, Cristina Kirchner ressalta que o promotor havia recebido informações falsas para compor sua denúncia contra o governo

      22 de Janeiro de 2015

      247 – A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, publicou um longo texto nesta quinta-feira 22 em que diz estar “convencida” de que a morte do promotor Alberto Nisman, cujo corpo foi encontrado em sua casa, em Buenos Aires, na noite de domingo 18, “não foi um suicídio”.

      Nisman era autor de uma denúncia que acusava o governo argentino de ter trabalhado para encobrir o Irã na participação de um atentado terrorista contra a associação israelita AMIA em 1994, que deixou 85 mortos. Na segunda-feira 19, o promotor iria ao Congresso detalhar o caso.

      Na carta, Cristina diz que a denúncia de Nisman continha informações falsas que haviam sido “plantadas”, para que ele acusasse o governo. Mas o promotor, segundo ela, não sabia disso. A operação contra o governo argentino, diz Cristina, não era a denúncia de Nisman em si.

      “A verdadeira operação contra o governo era a morte do promotor depois de acusar a presidente, seu chanceler e o secretário-geral do [grupo juvenil] La Cámpora de acobertar os iranianos acusados do atentado terrorista contra a AMIA”, diz a presidente. “Nisman não sabia e, provavelmente, nunca soube”, afirma.

      • Concordo plenamente. A mídia americana-argentina (Clarim), o mesmo que a “Global” aqui, foi podada as asas, logo os padrinhos iniciam a promover os velhos golpes, logo, logo, vão mandar o povo para rua para depor o governo. Por isso, povo burro, gado marcado, seguindo o rumo traçado pelos Yankes Larápios de nações;

  2. O rabo do Kirchnerismo começa a aparecer:

    Secretário argentino é denunciado por ‘acobertar homicídio’

    O secretário Sergio Berni esteve na residência de Nisman antes da chegada dos responsáveis pelo caso. Autor da denúncia foi um político oposicionista

    O secretário de Segurança da Argentina, Sergio Berni, foi denunciado na Justiça para que se investigue sua presença na residência onde o procurador-geral Alberto Nisman foi encontrado morto, antes da chegada da procuradora e do juiz responsável pelo caso. O político oposicionista Juan Ricardo Moussa acionou Berni na Justiça por ter cometido o crime de “descumprimento dos deveres de funcionário público” e “acobertamento de homicídio”, segundo o texto da denúncia.

    Nisman foi encontrado morto em sua casa, em circunstâncias estranhas, na noite de domingo para segunda-feira, com um tiro na têmpora, poucos dias depois de ter denunciado a presidente, Cristina Kirchner, e vários de seus colaboradores pela tentativa de acobertar terroristas iranianos, que teriam sido responsáveis pelo ataque contra a associação israelita Amia, em 1994. Moussa acusou Berni e os policiais encarregados da segurança de Nisman de “cumplicidade” para proteger a presidente, já que o promotor guardava parte das provas que fundamentam a denúncia contra Cristina em sua casa.

    “Há graves irregularidades por parte da Polícia Federal argentina no caso do Dr. Nisman. Quem é Berni para entrar na cena do crime e não denunciar à Justiça?”, questionou Moussa na denúncia. Além disso, o oposicionista alertou que “a investigação pode ter de início uma gravíssima irregularidade” já que a cena do crime esteve “monopolizada” pelo secretário e pela polícia durante horas.

    Em declarações ao canal de televisão ‘Todo Noticias’, Berni afirmou nesta quarta que foram tomadas todas as precauções para preservar as provas na residência de Nisman e que não entrou, nem deixou “que ninguém entrasse”, no banheiro onde o promotor foi encontrado morto até a chegada dos peritos. “Os primeiros a entrar no recinto foram a mãe junto com um membro da segurança particular de Nisman, da Polícia Federal. Quando viram que a porta do banheiro estava aberta e com a luz acesa, o policial tentou entrar, mas não conseguiu, pois o corpo estava na frente da porta”, detalhou o secretário. Berni afirma que chegou à casa de Nisman “não mais que um minuto ou dois” antes do juiz, e que a procuradora chegou mais tarde.

    Novas dúvidas – Novas revelações e descobertas lançam mais dúvidas sobre as circunstâncias da morte do procurador-geral. Nesta quarta, o chaveiro chamado para abrir a porta do apartamento de Nisman revelou que a entrada de serviço estava aberta. A declaração foi feita em um depoimento à Viviana Fein, promotora que investiga o caso, e contraria a versão oficial dada pela polícia. Sergio Berni tinha dito que as portas de serviço e principal foram trancadas por dentro, de modo que ninguém poderia ter entrado ou saído do apartamento

    Também nesta quarta, foi encontrada uma terceira entrada para o apartamento, um corredor estreito onde ficam os aparelhos de ar condicionado, ligando a residência de Nisman a um vizinho. Em cada extremidade do corredor há uma porta de metal para cada apartamento. Nesta passagem, usada para a manutenção dos aparelhos de ar condicionado, foi encontrada uma pegada recente e uma impressão digital. A investigação também ainda não esclareceu porque os paramédicos que foram chamados ao local, um prédio residencial em Porto Madero, região nobre da capital argentina, não puderam entrar. O serviço de emergência Same confirmou que recebeu duas chamadas no domingo, mas não foram autorizados a subir ao 13º andar, no apartamento de Nisman. O primeiro médico a ver o corpo foi de uma equipe da Swiss Medical, que foi chamada pela mãe do procurador-geral.

    http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/secretario-de-seguranca-e-denunciado-por-presenca-na-casa-de-nisman

  3. Encurralada, e confrontada com os fatos, agora a Beiçola do Prata admite que “não foi suicídio”. Contudo ela tenta, por óbvio fracassando miseravel e pateticamente, tirar um coelho da cartola. Agora, segundo a boçal da Casa Rosada, A denúncia que Alberto Nisman iria apresentar era “falsa”, “Plantada” para atingir o governo.

    Ainda segundo a Rainha Louca dos Pampas, “A verdadeira operação contra o governo era a morte do promotor depois de acusar a presidente, seu chanceler e o secretário-geral do [grupo juvenil] La Cámpora de acobertar os iranianos acusados do atentado terrorista contra a AMIA”, diz a presidente. “Nisman não sabia e, provavelmente, nunca soube”.

    Como se vê, a versão de que Nisman estaria sob comando da CIA, que estaria conscientemente acusando de forma deliberada os iranianos, versão esta lançada por um periódico local chapa branca e aqui reproduzida por um estafeta do Lulopetismo fazendo bico de defensor do Kirchnerismo, cai completamente por terra sendo desmentida….pela própria beiçola do Prata! Que coisa não?!

    Ps: Vamos ver agora se JOJOzinho bipolar vai acusar a tal “press alguma coisa”. Acho que ele vai cantar igual à Maysa: “Meu mundo caiu!”…rs!

    Ps2: As suspeitas que eu havia lançado contra a gangue La Campóra e Maximo Kirchner estão se confirmando…

  4. é… esses argentinos sempre se metendo aonde n podem… pobre promotor. o populismo cairá na america latina em 4 anos.

    • Populismo foi uma expressão cunhada pela elite para enquadrar todo e qualquer governo que olhe primeiro para o populares, mais humildes, caia nessa esparrela mas caia sabendo que o jogo politico sempre foi pelo dominio do cofre dos governos e pelas prerrogativas de grupos da elite de sempre terem-no prioritariamente a sua disposição. Não é a toa que todas as grandes mudanças politicas nacionais que trouxeram beneficios a maioria dos povo, principalmente dos trabalhadores, como por exemplo regular horas trabalhadas, decimo terceiro salario, férias, até mesmo o simples ato, hoje tão comum de assinar uma carteira de trabalho, foram considerados a seu tempo com atos tomados por governos populistas, para muitos da elite, e você os reconhecem pelo vontade de aniquilar com seus legados, nosso grande populista foi Getulio Vargas. Não a toa inesquecivel para grande parte da população mais antiga e e reconhecida de seus beneficios, e pela história.
      Quanto ao caso Argentino, querer antecipar verdades que ainda estão por revelar-se e querer sem poder escrever a história com base nas proprias simpatias, conceitos e préconceitos é tentar dar uma de mascate e querer vender um remédio que só presta para você. Sds.

  5. O tolo mundo ou os tolos idiotas?
    Temos nesse caso dois casos.
    O atentado a 21anos que nem os servicos secretos Argentino, Americano e Israelense jamais conseguiram resolver. O quase nada que existe não passa de achismos. Na epoca qualquer caso de atentado ou ação terrorista era comum acusar o Irã,
    O caso do assassinato do promotor e as pseudos denuncias do envolvimento direto da presidente e do ministro do exterior eu duvido que tenham provas concretas. Alegar que possam ter interferido de alguma forma para abafar no momento o caso para não prejudicar interesses economicos e comerciais é praxe em diplomacia internacional.
    Eu a dias chamo a atenção para prestarem a atenção em eventos com consequentes enchorradas de manipulações midialiticas com a finalidade de causarem comoções e intabilidades em paises de interesses.
    A velha tatica imunda da manipulação midialitica se embutindo muitos outros interesses.
    Na America Latina Argentina, Brasil e Venezuela são os alvos.
    Nisso tudo embute_se interesses ideologicos e economicos.

    • “O atentado a 21 anos que nem os servicos secretos Argentino, Americano e Israelense jamais conseguiram resolver” Nao resolveram? Eles sabem quem os dois atos terroristas na Argentina. Houve 2 atos terroristas, um em 1992, no AMIA e outro em 1995 na embaixada israelita em Buenos Aires. Foram atos terrorista Bandeira Falsa, cometido agentes secretos israelitas que na epoca combatia a administracao Trabalhista que estava no poder em Israel e estava fazendo concessoes para os Palestinos, que a direita israelita se opunha. Foi o mesmo pessoal que mataram o primeiro ministro israelita do Partido Trabalhista..Ate mesmo um juiz envolvido no inquerito argentine, ja fez um pronunciamento nesase sentido, dizendo que aqueles atos terroriastas foram parte da campanha de setoresd radicais da direita israelita contra os trabalhistas. Guerra civil israelita travada no solo Argentino. Que o governo argentine imediatamente ao atentado enviou agentes secretos para Washington e Jerusalem, apenas revela a subserviencia do governo argentine a esses dois paises. Que recentemente o governo argentine resolveu se aproximar do BRICS, foi consequencia de um tribunal norte Americano tomar decisoes sobre dividas argentina,, que o governo argentine como governo de nenhum governo soberano de outro pais poderia aceitar. dai a Terceira operacao bandeira falsa na Argentina. E so ler a imprensa nao comprada pelo estabelecimento na Argentina, que podemos ter informacoes sobre o que ocorre naquele pais.

      • JOJO bipolar como de costume cumprindo seu ofício de desinformar e também servir a interesses escusos. Em um mesmo post desfila uma sequência interminável de mentiras senão vejamos:

        “Foram atos terrorista Bandeira Falsa, cometido agentes secretos israelitas que na epoca combatia a administracao Trabalhista que estava no poder em Israel e estava fazendo concessoes para os Palestinos, que a direita israelita se opunha.”

        – Mentira tão risível que não resiste a um bafo, o que dirá uma brisa. Quer dizer que foram atos de bandeira falsa contra o partido trabalhista pois este estava negociando com os palestinos? que ridículo! Primeiro, as negociações começaram ainda no governo de Yitzhak Shamir, que era do Likud (o mesmo partido de Netanyahu). Depois, se a ideia era atravancar o processo de paz, que se culpasse a Fatah e o Hamas e não o Hezbollah. O que você pretende com essa manobra fajuta é tentar negar o fato de que o Hezbollah opera livremente na tríplice fronteira, algo que CIA, FBI, Mossad e a PF sabem há decadas.

        “Ate mesmo um juiz envolvido no inquerito argentine, ja fez um pronunciamento nesase sentido, dizendo que aqueles atos terroriastas foram parte da campanha de setoresd radicais da direita israelita contra os trabalhistas.”

        – Se algum juiz falou isso das duas uma: ou é um perfeito ignorante ou é mal intencionado. Eu fico com a segunda pois infelizmente o Kichnerismo conseguiu aparelhar a magistratura local.

        “Guerra civil israelita travada no solo Argentino.”

        – Guarde o seu antissemitismo para você. Ao contrário dos seus vizinhos, regimes ditatoriais submetidos a golpes de estado e guerras civis, Israel é uma democracia coesa, onde não há guerra civil

        “Que recentemente o governo argentine resolveu se aproximar do BRICS, foi consequencia de um tribunal norte Americano tomar decisoes sobre dividas argentina,, que o governo argentine como governo de nenhum governo soberano de outro pais poderia aceitar.”

        – A corte novaiorquina apenas decidiu o óbvio ou seja, que os argentinos devem e têm de pagar. Isso não tem nada a ver com soberania. O resto é vigarice de viralatas!

        “E so ler a imprensa nao comprada pelo estabelecimento na Argentina, que podemos ter informacoes sobre o que ocorre naquele pais.”

        – Que “imprensa não comprada pelo estabilishment”? Aquela que é comprada pelo Kirchnerismo e por consequência o adula? A mesma que tentou atribuir ao Papa colaboração com a ditadura militar? Por favor, conte outra melhor! A imprensa chapa branca de lá está fazendo todo tipo de ginástica verbal e intelectual para tentar livrar a cara da beiçola do Prata apelando para mentiras e toda sorte de desonestidade.

  6. Só fazendo umas notinhas pessoal. Que juízo de valores é esse?

    Quer dizer então que se aliar ao FBI/CIA é um pecado mortal e se aliar ao Irã ta tudo bem?

    Aí eu pergunto meu querido Alvez80: se você precisa de informações sobre o Irã vai perguntar pra quem? Pro serviço secreto argentino (totalmente enviesado ideologicamente e sem know-how fora da própria Argentina) ou pro FBI/CIA (as maiores, mais experientes agencias de investigação do mundo)?

    Eu não pensaria duas vezes… ainda mais se tratando de quem se trata (Irã) tenho certeza que estas duas agencias deram de bom grado todo o suporte que o Sr. Nisman necessitou…

    Vou citar alguns trechos que você citou só para demonstrar que não tem nada demais:

    Agentes do FBI (segundo vazamentos do wikileaks) teriam dito: “Não é preciso seguir a pista síria, nem as conexões locais [dos terroristas] porque isto pode enfraquecer as acusações contra os iranianos”

    É o FBI meu caro Alvez80… se afirmaram isso para o Sr. Nisman, pode ser pelo fato de serem agentes do FBI e possuírem informações que não podiam compartilhar… apenas “deram a dica” de que o foco da investigação deveria ser o Irã, uma vez que aprofundar a investigação na “pista síria” ou nas conexões poderia mais desvirtuar a investigação do que colaborar…

    “[…] a Embaixada dos Estados Unidos estava muito preocupada com o curso da investigação do atentado contra a AMIA, e que o assunto aparece em 196 comunicações da missão diplomática norte-americana”

    Aqui dois ponto:

    1. é claro que a embaixada está preocupada! Os serviços de inteligência conhecem como ninguém as intenções e capacidade do regime de Teerã
    2. 196 “comunicações” de um total de quantas? Em quanto tempo? 196 de 200 em um mês? 196 de 1000 em um mês? Pra mim esse Santiago O Donnell está mais comprometido com a venda de livros do que com a verdade… Mas vamos seguir!

    O “acadêmico” (grande autoridade!) Atilio Borón afirmou: “Ele ia regularmente à Embaixada receber instruções do FBI, da CIA e… com essa gente pesada não se brinca, eles em qualquer momento podem decidir eliminar alguém que tenha ajudado, mas que já deixou de ser útil”

    Aqui mais dois pontos:

    1. Se FBI/CIA colaboravam com o Sr. Nisman (o qual se dedicou por muito tempo a essa investigação) é mais do que natural que ele fosse à embaixada com certa regularidade… quanto à “receber instruções” tenho vontade de perguntar ao acadêmico: Você grampeou a embaixada americana? Sabe o que se passa por lá? Como pode afirmar que ele iria “receber instrução”?

    2. Não vejo motivos para FBI/CIA quererem eliminar o Sr. Nisman… esse que estava em sintonia com dois anseios norte-americanos: prender iranianos terroristas e de quebra ajudar a derrubar o governo populista e caloteiro da Cretina Kirchner. Garanto também que se por algum motivo escuso quisessem eliminar o Sr. Nisman, teriam o feito de forma muito mais sutil e profissional do que o ocorrido…

    No mais, muito mais suspeito do que o próprio assassinato em si foi a velocidade com que Botocuda Portenha soltou pareceres irresponsáveis (antes a favor e depois contra) a respeito da tese de suicídio…

    Por fim… espero que toda essa raça populista seja varrida da AL… Venezuela ta na penúria… na Argentina a coisa ta feia! No nosso sofrido Brasil o governo finalmente começa a esfregar na cara do povo a cagalhada que fez…

    Daqui a pouco veremos o Maisduro a Cretina e a Dilmanta, todos de pires na mão, indo pedir um trocado pro cumpanheiro Evo (a única da região cujo populismo ainda vai se sustentar com algum crescimento econômico… por pouco tempo acredito)

    SDS!

    • Le a mal não meu camarada justiça não vive de achismos e nrm de acusações e sim de evidencias e provas concretas e no caso do atentado não existe provas concretas nenhuma so achismos.
      Otario foi esse promotor apatrida que permitiu-se ser usado e descartado como peixe podre com outros lrolositos.
      So quem é cego não encherga que dentro de um caso criaram outro que estão manipulando com outros propositos.

  7. Com todo o respeito a opinião do colega acima.
    A verdade eu não sei e não posso questionar nada.
    Mas:

    “Cristina Kirchner ressalta que o promotor havia recebido informações falsas para compor sua denúncia contra o governo”

    “Na carta, Cristina diz que a denúncia de Nisman continha informações falsas que haviam sido “plantadas”, para que ele acusasse o governo.”

    O que mais ela poderia dizer?

    • Meu caro Deagol, no mundo das espionagens e interesses, que pouco de nós conhece em profundidade, uma coisa é certa dificilmente o principal prejudicado agiria para aumentar seu prejuizo. Este caso da Argentina, para mim, é lapidar, pode até ser que alguem ligado a governo tenha encomendado o assassinato do promotor, mas com certeza não era aliado da K. certamente alguem que trabalha para desestabilizá-la.

  8. senhores…os chacais das “forças ocultas” entraram em ação na Argentina para incriminar, sabotar e derrubar o atual governo de lá da mesma forma como tentaram aqui através do assassinato de Eduardo Campos durante a campanha presidencial….o promotor foi usado da mesma forma que o Eduardo Campos… para atingir e se livrar de governos “indesejados e problemáticos” …ameaça aos interesses e influencias das “forças ocultas” na região….

Comentários não permitidos.