Morte de promotor argentino não teve “participação de terceiros”, revela autópsia

Ainda assim, promotora do caso não descarta “incitação ao suicídio”. Arma encontrada ao lado do corpo não era de Alberto Nisman, que morreu dias depois de denunciar a presidente Cristina Kirchner.

Não houve participação de terceiros na morte do promotor público argentino Alberto Nisman, afirmou nesta segunda-feira (19/01) a promotora que investiga o caso, Viviana Fein. Mas ela disse que vai considerar a hipótese de que houve algum tipo de indução ou incitação ao suicídio por meio de ameaças. “Não descarto um suicídio provocado”, disse à rádio América de Buenos Aires.

Segundo ela, a arma encontrada ao lado do corpo não era de Nisman, e o projétil que provocou a morte corresponde a esse tipo de arma. “Pode ser que ele a tenha emprestado de um amigo”, comentou a promotora. Ela confirmou que Nisman morreu em consequência de apenas um disparo, ao lado da orelha direita, e que não foram encontrados sinais de golpes ou lesões no corpo.

Nas próximas horas deve ficar pronto o exame que vai constatar se há pólvora nas mãos do cadáver, um elemento importante para determinar se se trata de um caso de suicídio.

As autoridades de investigação haviam declarado horas antes que, ao lado do corpo de Nisman, havia sido encontrada uma arma de calibre 22 e um cartucho e que o apartamento do promotor estava fechado a chave por dentro. Nisman, de 51 anos, tinha uma segurança pessoal de dez agentes da Polícia Federal, segundo o governo argentino.

Nisman morreu poucos dias depois de ter denunciado a presidente Cristina Fernández de Kirchner por supostamente encobrir a responsabilidade do Irã num atentado a um centro judaico em Buenos Aires, em 1994. Ele foi encontrado morto no banheiro da sua casa, em Buenos Aires, na noite de domingo.

Políticos opositores da Argentina expressaram nesta segunda-feira suspeitas sobre a morte do promotor. A deputada Elisa Carrió, da Coalizão Cívica, afirmou que se trata de um “crime mafioso e previsível”. “Quando alguém sabe como se comporta o poder, como se comportam os serviços [de inteligência], como se comporta a polícia e como se comporta o governo, sabe que isso poderia acontecer”, afirmou a uma emissora de rádio.

O deputado Francisco de Narváez, da União por Todos, disse ter dúvidas sobre a hipótese de suicídio e considerou que a morte gera medo e terror naqueles que têm a responsabilidade de que “a verdade prevaleça, não importa quem esteja envolvido”.

O prefeito de Buenos Aires e pré-candidato à presidência, Mauricio Macri, disse ser importante que a Justiça atue de forma independente, rápida e contundente para descobrir o que aconteceu com Nisman. “Se essa morte acabar em mais impunidade, é um desastre para o futuro do país.”

A Associação Mútua Israelense-Argentina (Amia) e a Reunião das Associações Israelenses Argentinas (Daia) divulgaram comunicado conjunto no qual manifestaram estupor pela morte e pediram o completo esclarecimento de suas circunstâncias. As associações destacaram a participação de Nisman na investigação do ataque à Amia, em 1994, e sua “inalterável determinação em chegar à verdade”.

AS/dpa/rtr/ap

Fonte: DW.DE

21 Comentários

    • Este promotor andou se envolvendo com um pessoal da pesada, frequentando certos “antros mafiosos”…
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      “O procurador se transformou em uma estrela de televisão e dos meios de comunicação oligopolistas que deram ampla cobertura às suas sonoras denúncias, geralmente vazias de provas. Nisman era para a grande mídia algo como se tornou o juiz paranaense Sergio Moro para a imprensa tradicional brasileira.

      PROMOTOR AMIGO DO FBI E DA CIA

      Dezenas de papéis revelados pelo Wikileaks mostraram que o promotor Albert Nisman se reunia frequentemente com representantes do governo norte-americano, a quem consultava sobre como levar adiante o processo pelo atentado terrorista contra a entidade judaica em 1994 em que houve 85 mortos e 300 feridos. Os agentes da inteligência norte-americanos repetiam regularmente que Nisman deveria acusar o Irã.

      “Não é preciso seguir a pista síria, nem as conexões locais [dos terroristas] porque isto pode enfraquecer as acusações contra os iranianos”, disseram agentes do FBI consultados por Nisman, segundo um dos papéis obtidos pelo Wikileaks.

      Santiago O Donnell, editor do jornal Página12 e autor de um livro baseado em informações do Wikileaks, afirmou que a Embaixada dos Estados Unidos estava muito preocupada com o curso da investigação do atentado contra a AMIA, e que o assunto aparece em 196 comunicações da missão diplomática norte-americana.

      O acadêmico Atilio Borón argumentou que Nisman não era um promotor apegado a normas jurídicas, mas um elemento que operava politicamente segundo ordens de Washington.

      “Ele ia regularmente à Embaixada receber instruções do FBI, da CIA e… com essa gente pesada não se brinca, eles em qualquer momento podem decidir eliminar alguém que tenha ajudado, mas que já deixou de ser útil”, disse Borón.”

      (Darío Pignotti)
      ……………

      E se ao final, o promotor não estivesse convencendo e o que tivesse a dizer em seu depoimento marcado, fosse fraco e irrelevante, não útil aos fins e propósitos da CIA, então, ele era mais útil morto! Porque assim, geraria um clima de suspeitas generalizadas…

      • Estava demorando que mais alguma “informação bambástica”viesse à tona no intuito de desqualificar Alberto Nisman. Primeiro foi o nosso conhecido JOJO bipolar vir aduzir que ele era agente do Mossad usando como fonte um fascista da extrema direta argentina, que costuma fazer suas intervenções na Russian Today e na Press TV.

        Agora vemos um estafeta do Lulopetismo, doutrina que como o Kircherismo é estelionatária e populista, citando um editor do Pagina 12 que aduz que, segundo o “viquiliqui” (O mesmo que acusou jornalistas brasileiros e o ex-Ministro Jobim de serem agentes da CIA) Nismam também trabalharia para a agência de espionagem norteamericana. E que estaríamos diante de um caso de “queima de arquivo”. Pior ainda é vir um “acadêmico”acusar o promotor falecido de não ser “apegado as normas jurídicas”…..o mesmo tipo de acusação que a imprensa chapa branca a soldo do Lulopetismo lançou com frequência contra alguns ministros do STF e agora o faz contra o juiz que preside a operação lavajato.

        E é interessante notar que o Pagina 12, onde trabalha o referido editor, é o mesmo jornal que fez acusações infundadas e criminosas acusando o Cardeal Jorge Bergoglio, atual Sumo Pontífice Papa Francisco, de ter colaborado com a ditadura militar, acusações essas que motivadas pelo fato de que enquanto ainda era Arcebispo de Buenos Aires, Jorge Bergoglio era crítico contumaz do câncer Kirchnerista em seus sermões.

        Prosseguindo em seu intento o mesmo estafeta, em suas, vai lá, considerações iniciais, reciclar as mesmas velhas acusações que a súcia esquerdista usa aqui no Brasil quando é pega a fazer malfeitos ou seja, de que tudo seria uma conspiração entre “O judiciário conservador, a mídia golpista e ‘uzamericanú mau’ “. No caso em tela tenta ao mesmo tempo em que ataca Alberto Nisman fazer o mesmo com o Juiz Sergio Moro, que ora conduz a operação Lavajato, que está desnundando os esquemas de financiamento de perpetuação no poder levado a cabo pelos petralhas.

        Ps: A lavajato está chegando na Odebrecht. Agora é que vai ficar legal….

      • HMS,
        impressionante sua capacidade de escrever, escrever,escrever e não dizer nada de consistente…!

        Seu comentário é uma sucessão de ataques “ad hominem”, puramente tentativas de desqualificação pessoal.
        Que coisa pífia e patética…

      • É sempre assim. Como bem disse Reinaldo Azevedo, toda vez que essa turminha do PT é pega no pulo e não tem argumentos, eles logo tratam de gritar: ” É ataque ad hominem” rs!

    • `Minha cara, para você acusar com tanta convicção das duas uma, ou você tava lá ou tem fontes que estavam.
      Por que até onde a gente pode perceber isso ´não favoreceu em nada a presidente que você já deu mostras de odiar.

      • Julio, a beiçola do Prata e os que a rodeiam, notoriamente a quadrilha denominada “La Campóra” e que é chefiada pelo filho dela, Maximo Kirchner, são burros demais para fazer cálculos políticos de qualquer espécie. No mais, a história política argentina é repleta de assassinatos de cunho político.

    • …”Não teve participação de terceiros…” E de segundos? 🙂
      Sei não, se foi profissional vai parecer suicídio mesmo.
      Forçaram-no a cometer o suicídio ? (filha sequestrada)? sei lá.
      A iluminada já é perigosa sozinha, e colocando o Irã no balaio a coisa fica mais explosiva.
      O cara se matar na véspera do dia tão importante e todos os seus mais de 10 seguranças estavam no andar térreo no momento, isso é no mínimo, no mínimo suspeito.
      Sugiro uma comissão da verdade na Argentina. 🙂

  1. O atentado foi no inicio da década de 90, e só foi descoberto agora ? Pelo tempo que passou tem(tinha) então muito mais gente escondendo o autor do ato, caso contrario não teria durado tanto tempo – se é que ele tinha alguma prova, digo provas e não “reportagens” de revistas semanais que estão beirando a falência. Bom se ele tinha(tem) tais provas elas devem estar arquivadas em algum lugar, e presumo de fácil acesso para a justiça, ou ele criou uma conta no google drive e mantinha ela em segredo, somente para ele, com todas as provas incontestes que serão perdidas para sempre – mas permitirão que a imprensa da América do Sul faça especulações contra Cristina Kirchner.
    Meus parabéns para ele que (supostamente) elucidou um caso de 20 anos atrás.

  2. mais uma bobagem que o tiraleite falou rsrs desmentida de um dia para o outro

    coitado antes eram meses para ser desmentido ,agora passou para dias depois passara para horas

    sem CREDIBILIDADE nenhuma nem ele acredita nele mesmo e fica a fazer pergunta para si próprio !!!

    receitar um tarja preta para o coitado !

    tiraleite o plano brasil esta fazendo mal para você ,cai fora !!!!

  3. A tese de “Suicidio” começa a balançar:

    Bilhete de Nisman para sua diarista aumenta dúvidas sobre o caso

    O procurador-geral encontrado morto deixou uma nota com lista de compras, indicando que não tinha intenção de cometer suicídio; disse um amigo

    O procurador-geral Alberto Nisman, encontrado morto na madrugada desta segunda-feira, deixou um bilhete para a sua diarista – revela nesta terça-feira o jornal Clarín. De acordo com o diário argentino, a informação foi confirmada por George Kirszenbaum, ex-presidente da Delegação de Associações Israelitas Argentinas (Daia) e amigo de Nisman. Para Kirszenbaum, o bilhete lança dúvidas sobre a hipótese de suicídio. A nota escrita pelo procurador-geral era uma lista de compras que deveriam ter sido feitas nesta segunda. “Ontem [segunda] eu estive em contato com um parente de Nisman. Ele esteve no apartamento e viu parte do material que Nisman iria expor no Congresso. Ele encontrou uma nota para a empregada, onde Nisman dava orientações de compras”, disse Kirszenbaum.

    Nisman foi encontrado morto com um tiro em sua cabeça na madrugada antes de fazer uma exposição no Congresso argentino. Em um relatório de mais de 300 páginas, ele recentemente acusou a presidente Cristina Kirchner e outros membros de governo de encobrir iranianos envolvidos no atentado terrorista contra a sede da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em 1994.

    “A família não fala sobre suicídio”, disse Kirszenbaum. Se o bilhete encontrado for considerado autêntico pela Justiça, é um sinal de que Nisman “não tinha intenção de cometer suicídio”, finaliza Kirszenbaum. Nesta terça, a promotora encarregada da investigação, Viviana Fein, classificou o caso como uma “morte suspeita” e afirmou estar investigando a hipótese de “indução ao suicídio“.

    A presidente argentina, Cristina Kirchner, em uma longa carta publicada em seu perfil oficial no Facebook, classificou o incidente como “suicídio” e desqualificou a investigação que Nisman conduziu ao longo de dez anos tentando desvendar o atendado.

    O caso – O promotor Alberto Nisman foi encontrado morto na madrugada desta segunda-feira em seu apartamento em Puerto Madero, Buenos Aires. Na última semana, ele havia apresentado uma longa denúncia envolvendo a presidente Cristina Kirchner e vários apoiadores, segundo a qual o governo agiu para acobertar iranianos envolvidos no atentado contra a sede da Amia, em julho de 1994, que deixou 85 mortos.

    O promotor havia sido alvo de ameaças – em uma ocasião, um recado foi deixado em sua secretária eletrônica advertindo que ele seria caçado e levado a uma prisão iraniana. Além disso, a denúncia contra Cristina apresentada na quarta-feira e a audiência marcada para esta semana no Congresso com o objetivo de apresentar mais detalhes representava o coroamento de um trabalho de investigação iniciado há mais de dez anos. Fatores suficientes para que se mantenha o ceticismo sobre a hipótese de suicídio.

    http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/bilhete-de-nisman-para-sua-diarista-aumenta-duvidas-sobre-o-caso

    • Tirolesa peritos não trabalham com hipóteses e sim com vestígios.
      Hipóteses é o que a mídia de fonte única mais trabalha e mais usa.

  4. Não existe crime perfeito.
    Se foi assassinato foi ação perfeita provavelmente de serviço secreto.
    Ele tinha uma escolta constante de 5 policiais federais.Ninguém ouviu o tiro ?
    Estava mesmo sobre forte pressão e pode ter mesmo sido um fraco e se suicidado.
    Uma coisa é certa a verdade jamais sera elucidada.
    Cabe agora a justiça apresentar provas que incriminam o governo e mais ainda,que se mostre conclusiva na elucidação do atentado a AMIA.
    Na época o Irá sempre era responsabilizado por atentados.Nesse caso quais são as provas ?
    Virou praxe hoje acusar e querer condenar sem provas.Virou praxe também quererem legislar sobre paises e governos.
    Parece que esse mundo hipócrita Ocidental se fez santo e exemplo para exigir dos outros lisuras.
    Não existe nada de mais imundo que a diplomacia e os posicionamentos Ocidentais em assuntos externos.
    O porco mal lavado querendo condenar os outros.
    Morreu cedeu antes ele do que eu.

    • Maluquinho a quem beneficia o crime? Beneficia quem estq querendo criar caos na Argentina, visando derrubar o peronistas do poder. O mesmo pessoal que derrubou Peron na decada de 1950. Querem a cabeca da president, desejam um caos, mesmo Guerra civil visando criar condicoes para os militares retomarem o poder. Com os milicos argentine no poder, os Wall Street e a City de Londres poderao respirar aleviado sabendo que o dinheiro que eles emprestaram para Argentina sera pago, e a CIA e o Pentagono poderao descacar em paz, sabendo que janizaros seus agora controla o poder na Argentina. Gente ligado com a CIA e o Mossada queimaram esse promotor, gente sua, como parte do plano de criar caos nos paises que estao procurando filiacao com o BRICS. A morte desse promotor faz parte da Guerra norte Americana contra o BRICS. E sintomatico que assim que saiu noticia da morte desse promotor o Face Book, instrument criado pelo Pentagono, ja estava acusando a president, como sendo responsavel. E olha a agitacao de seus presstitutos, no Brasil, os Azevedos, os Tireless e sua malta.

      • Mais do mesmo JOJOzinho Bipolar? Ainda reciclando a mesma salada indigesta que mistura extrema direita e comunismo? Ainda no mesmo discurso de que o presente crime foi obra “Duzamericanú mau i duzsiúnista ladrão di terra contra uzbriqui bonzinho”? Vira o disco meu caro que essas sandices não comovem ninguém! Basta conhecer a história política da Argentina para saber como são comuns os “assassinatos convenientes”por lá!

        Mas o mais engraçado é você usar dos mesmos expedientes que os viralatas esquerdistas latrinoamericanos fazem ou seja, querer acusar a imprensa, desta feita usando uma expressão do seu risível ídolo Paul Craig Roberts. Aliás, aqui no Brasil tem um jornalista bem patetico, que atende pela alcunha de PHA, que usa a expressão PIG em seus ataques a imprensa, e que resultam em processos judiciais. Aliás, Paul Craig Roberts em seu patetismo tornou-se o PHA dos EUA….rs!

  5. Pela prim e ira vez na minha vida vejo um cadáver vitima de arma de fogo ser primeiro necropsiado para depois procederem exames eletrônicos de local para detecção de vestígios de pólvora,gases e exames balísticos.

    • Primeiro apresentam laudo oficial de pericia indicando suicídio.No outro dia surgem denuncias de não detecção de vestígios de pólvora.

  6. No calibre 22 pode mesmo ser difícil encontrar vestígio de pólvora.
    Esse caso sera mais que jamais encontrarão a verdade.
    Ele tinha uma escolta permanente de dez agentes.Cinco estavam a frente do apartamento e outros cinco faziam guarda periférica.
    Ninguém viu ninguém entrar ou sair.Ate agora todos testes e exames não detectaram presença de outra pessoa.
    Não seria a escolta a primeira suspeita ?

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