Exército Ucraniano prepara-se para uma grande ofensiva ainda neste inverno

https://www.youtube.com/watch?v=mI9uSvVypLs

E.M.Pinto

Segundo informações de dois leitores do Plano Brasil residentes na Ucrânia, uma grande mobilização militar está em curso pelo governo de Kiev.  Acredita-se que se prepara uma grande ofensiva militar com diversas unidades militares iniciando treinamento e convocação para entrar em estado de prontidão, nas próximas 48h.

Por diversas cidades segundo os relatos dos leitores, são vistas divisões de carro de combate e infantaria deslocando-se de seus quarteis. Para eles o Governo central pode estar preparando uma grande ofensiva contra as forças separatistas ainda neste inverno.

Os leitores, dois brasileiros residentes no país, afirmam que a escalada de violência tem sido tratada como “o princípio de um conflito que pode arrastar outros países da Europa e até mesmo do resto do mundo”, segundo o relato de um deles, por vezes, os noticiários falam dos preparativos para uma invasão em larga escala por parte do Exército Russo, que segundo as fontes da inteligência Ucraniana, desencadeariam uma segunda fase no conflito.ucraine

A primeira teria sido a desestabilização do governo de Kiev com o reforço as regiões separatistas e fortificação do aparato militar, já a segunda fase se daria por meio de uma grande ofensiva e ocupação por tropas no terreno, seguindo o preceito de apoio as regiões declaradas “independentes”. Se tal fato se confirmar, acredita-se que haverá reação dos estados membros da União Européia.

Entretanto, sem o apoio das potências europeias, Kiev busca nos Estados Unidos a força para continuar a sua luta contra a separação dos estados ditos “Federalistas”, recebendo inclusive o aval dos EUA para liberação de recursos destinados a manutenção do Exército Ucraniano. Em um recente pronunciamento a nação, Poroshenko  líder da nação declarou:

“Estou convencido de que 2015 será o ano da nossa vitória”, disse Petro Poroshenko, na cerimônia de entrega de novos tanques e aviões, perto de Zhytomyr, no norte do país. “Para isso, precisamos de um Exército forte, patriota e bem equipado.”

Os confrontos no leste da Ucrânia se intensificaram nas últimas 24 horas, segundo as informações das redes de notícia internacionais, pelo menos 11  pessoas, incluindo seis soldados, morreram nas últimas 24 horas no leste,  onde a violência aumenta há quase uma semana.

Os combates se intensificaram na região de Donetsk e impediram até mesmo a chegada ao aeroporto dos observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) que fariam uma visita a infraestrutura aeroportuária. Ao mesmo tempo, as forças separatistas de Lugansk, informam que este Aeroporto Internacional ou pelo menos, o que restou dele, está totalmente em poder das Forças Armadas Unidas da recém declarada Novorossiya. Segundo as fontes, em Donbass os conflitos são menos intensos o foco dos combates estão na região central de Donetsk.

Veja imagens do aeroporto de Donetsk clicando nas imagens

O objetivo das forças separatistas é tomar de vez o terminal aeroportuário de Donetsk, considerado uma região estratégica para o Exército Ucraniano, pois pode servir de ponta de lança para uma ofensiva terrestre em apoio de suprimentos e lançamento de tropas paraquedistas.

Numa declaração feita ontem a tarde, 17.01, o serviço de informação do exército Ucraniano declarou que uma ofensiva militar foi lançada na região de modo a  sufocar as forças separatistas,  já capital ucraniana, segundo a Reuters, o secretário do Conselho de Segurança Ucraniano, Olexandre Turchinov, reiterou que a Rússia conta com soldados de seu Exército regular nas fileiras separatistas e que cerca de 8.500 dos 38 mil homens do recém proclamado “Exército da Novorossiya” seriam de fato soldados Russos que lutam pela separação destas regiões para uma possível anexação futura a Rússia, aos moldes do que o correu com a península da Crimeia. Numa declaração em resposta, Moscou negou tais acusações.

Entretanto, vídeos recentes divulgados na internet, mostram treinamentos de soldados do “Exército da Novorossiya” exibindo aparato militar novo, veículos e combate mais modernos e até mesmo veículos especiais de fabricação Russa, em uma clara confrontação as declarações de neutralidade de Moscou.

https://www.youtube.com/watch?v=twlrxSuzIcc

Confirmando as informações dos leitores, o Parlamento Ucraniano aprovou uma lei que prevê três ondas de mobilização para o ano de 2015. A primeira poderá começar em 20 de janeiro (48 h dada a urgência de prontidão) e convocará cerca de 50 mil homens.

As reações à escalada foram imediatas, segundo informaram a  Reuters as fontes diplomáticas em Nova York anunciaram uma urgente convocação do Conselho de Segurança da ONU que se reunirá na próxima quarta-feira, a pedido da Lituânia e que deve iniciar uma avaliação da situação.

Nesta última sexta-feira 16.01, em Washington, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, defenderam a manutenção das sanções contra a Rússia por seu apoio aos rebeldes separatistas ucranianos. Para alguns analistas, as sanções não tem surtido efeito e o poder dos rebeldes tem sido crescente assim como de Moscou, que parece não se abalar com as declarações de Obama.

6 Comentários

  1. Eu não temeria esse embate, isto só é ruim no aspecto humano pois diversas vidas vão se perder nessa batalha, mas não tenho a menor duvida que Moscou já reaparelhou os Pro Russia com uma força capaz de parar como tbm neutralizar o ataque. Quanto a tentar arrastar a Europa acho sensacionalista pois nhm quererá confrontar a Russia, é suicídio.
    Agora poderemos ver que tipo de equipas a Russia enviou para o leste Europeu, e assim, entender que não se esbarra nos propósito do Urso sem motivo primal, os EUA já tomaram bola no passado por muito menos no Vietnam, imagina um pingado ucraniano com um apoio duvidavel,que mal tem equipamento lidar com baterias de saturação ( que ja devem estar no poder dos pro Russia).

  2. Acho dificil algum estado de grande porte intervir com força contra um possivel atrito entre tropas russas e ucranianas .
    Se a polônia vacilar com sua valentia atual , capaz de ser abaraçada pelo grande urso.

    • Confrontar a Russia é algo que não acontecerá, a Ucrania pode curtir fumar uns baseados, mas encarar as tropas e força bélica russa é algo pra quem rasga dinheiro. Falando sobre os países do leste europeu, estão se portando como um grupinho de criança chamando um Urso pra briga…vão acabar sendo despedaçados se não atentarem para o bom senso. Sds

  3. A culpa e de quem? O exercito “rebelde” ja poderia ter eliminado esse problema 4 meses atras. Mas recebeu ordem de Moscow para nao massacrar as tropas de Kiev. Agora eles terao que aguentar uma nova ofensiva por parte de Kiev.Ai dos rfebeldes. Estao fdd.

  4. Se isso for verdade mesmo, a Ucrânia estará se arriscando para uma vitória ou derrota total, pois se o bicho pegar para o lado da Ucrânia, os rebeldes podem não recuar ou assinar qualquer tratado se eles verem a chance de derrotar o exército da Ucrânia.
    No primeiro confronto os rebeldes quase derrotaram totalmente o exército Ucrânia, Petro Poroshenko viu a derrota por perto e resolveu fazer o acordo para parar os combates.
    Os rebeldes estavam avançado para tomar a cidade portuária Mariupol, cidade portuária estratégica para Ucrânia. Putin convenceu os separatistas a assinar acordo permitiu a trégua, pois se o combate continuasse, o exército da Ucrânia teria sofrida uma derrota humilhante.

  5. O governo nazi-fantoche ucraniano atual é “pau-mandado”, não tem nenhuma autonomia e soberania. Por isto, as razões para esta nova ofensiva vem de fora, como já tinha comentado:
    —————————–

    O muro das sanções erguido pelo EUA começa a presentar rachaduras, como se nota por esta noticia:

    http://www.planobrazil.com/sete-paises-da-ue-apoiam-suspensao-das-sancoes-contra-a-russia/

    Por isto, para esta gente que organiza e tenta a ruptura econômica entre a Rússia e a Europa, faz todo sentido requentar o conflito na Ucrânia, para aumentar as tensões e motivar na UE a manutenção e aumento da dissociação entre leste e oeste…

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