Qual é o problema do programa espacial brasileiro?

No final de outubro, cientistas de todo o mundo voltaram os olhos para Marte para observar um fenômeno raro. Viajando a mais de 200 mil quilômetros por hora, o cometa Siding Spring passou zunindo a 144 mil quilômetros do Planeta Vermelho, o equivalente a um terço da distância que separa a Terra da Lua. Em termos espaciais, onde tudo se mede em anos-luz, é como a fina que os motoboys tiram do retrovisor de um carro no trânsito.

Para estudar o cometa, que saiu de um lugar misterioso do Universo para dar uma volta pelo Sistema Solar, a Nasa mobilizou os jipes Curiosity e Opportunity. Já as sondas que orbitam Marte foram escondidas atrás do planeta para evitar acidentes. Entre elas estava a Mangalyaan. Nunca ouviu falar? É a primeira sonda desenvolvida e lançada pela Índia a chegar ao Planeta Vermelho ao custo de US$ 74 milhões. Ela representa um feito na corrida espacial: o programa Mangalyaan custou um décimo do valor gasto na missão Maven, da Nasa, e saiu mais em conta inclusive do que a produção do filme Gravidade, estrelado por Sandra Bullock.

ILUSTRE DESCONHECIDA: Lançamento do foguete que transportava Mangalyaan, a primeira sonda desenvolvida pela Índia a chegar até Marte (Foto: Pallava Bagla/ Corbis)

A bem-sucedida missão Mangalyaan abre uma discussão: por que o programa espacial brasileiro não consegue decolar? Uma das respostas é falta de investimentos. O Brasil gasta menos do que deveria com pesquisas de foguetes e naves. Neste ano, o orçamento de US$ 122 milhões da Agência Espacial Brasileira (AEB) sofreu um corte de 14%. Enquanto isso, Índia e China investiram, respectivamente, US$ 1 bilhão e US$ 3 bilhões. “Não é que o Brasil vai perder o bonde, ele já perdeu. O país está atrás não só da China e da Índia, mas da Coreia do Sul e de Israel”, diz Celso de Melo, professor da Universidade Federal de Pernambuco e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Física.

O Brasil começou a desenvolver um programa espacial em 1961. Na época, estava no mesmo estágio de pesquisas que China e Índia. Os asiáticos, porém, receberam tecnologia da União Soviética, aliada dos tempos de Guerra Fria, e souberam se desenvolver mais rapidamente. A China lançou o primeiro foguete em 1965 e pôs um satélite em órbita cinco anos depois. Em 2013, realizou 19 lançamentos — sete a mais que a Nasa. Desde 2003, quando levou ao espaço o astronauta Yang Liwei, seu programa espacial é considerado completo. Agora, os chineses desenvolvem projetos para levar satélites e astronautas à Lua e a Marte.

Já o programa espacial indiano é conhecido pela filosofia de baixo custo. É famosa uma foto, tirada nos anos 1970, que mostra partes de um satélite sendo transportadas pelas ruas de uma cidade num carro de boi (foto abaixo). Para economizar, os engenheiros indianos não constroem três protótipos — um inicial, um de voo e outro para testar a separação da nave no espaço —, como é de praxe. Eles fazem apenas um, mais completo. Com essa estratégia, a Índia enviou uma sonda à Lua em 2009 e hoje participa da exploração de Marte.

 (Foto: Reprodução)

No mesmo período, o programa brasileiro só conseguiu produzir cinco satélites e um microssatélite. Desde 1999, quando foram realizados os testes com o segundo protótipo do VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites), a Agência Espacial Brasileira (AEB) não lança um foguete de grande porte. O treinamento com o quarto protótipo do VLS-1, que estava marcado para este mês, foi adiado. O Brasil desenvolve um programa espacial básico: não tem ambições, pelo menos nas próximas décadas, de explorar a Lua ou enviar uma missão a Marte. O objetivo é produzir satélites de monitoramento (para controlar o desmatamento na Amazônia, acompanhar o clima, facilitar as comunicações e defender e vigiar as fronteiras) e atingir o espaço com o VLS-1.

RITMO LENTO
A dupla finalidade — civil e militar — do programa espacial brasileiro também é responsável pelo excesso de lentidão. De 1971 a 1994, o programa foi vinculado às Forças Armadas. Só há 20 anos, com a criação da AEB, autarquia hoje subordinada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, o programa passou a ter uma finalidade civil. Mesmo assim, parte da pesquisa, como a do Centro Tecnológico Aeroespacial (CTA), um dos principais laboratórios aeroespaciais do país, ainda é ligada à Aeronáutica. No Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), outro órgão militar, se forma a maioria dos técnicos espaciais.

“NÃO É QUE O BRASIL VAI PERDER O BONDE. JÁ PERDEU. O BRASIL ESTÁ PARA TRÁS HÁ MUITO TEMPO E ISSO SEMPRE FOI UMA PREOCUPAÇÃO DA COMUNIDADE CIENTÍFICA. NÃO É SÓ DE CHINA E ÍNDIA, MAS TAMBÉM DA COREIA DO SUL E DE ISRAEL”
Celso de Melo, professor de física

A relação íntima com os militares é o motivo de boicote dos Estados Unidos ao programa espacial brasileiro. Com base no Regime de Controle da Tecnologia de Mísseis (RCTM), acordo de 1987 para proibir o uso de tecnologia nuclear em mísseis, os norte-americanos impõem uma série de embargos à venda de equipamentos ao país. A justificativa é que os foguetes brasileiros usam combustível sólido e poderiam ser convertidos em mísseis. Nem a adesão do Brasil ao tratado, oito anos depois da sua criação, facilitou a relação. Todos os presidentes desde então, inclusive Barack Obama, proibiram o uso de patentes norte-americanas e obrigaram o país a criar sua própria tecnologia — o que leva a mais atrasos.

Em 2010, telegramas diplomáticos vazados pelo site WikiLeaks mostraram que a embaixada norte-americana em Brasília tentou convencer o governo da Ucrânia a não se associar ao programa do foguete Cyclone-4 (Brasil e Ucrânia já gastaram US$ 1 bilhão na Alcântara Cyclone Space, empresa binacional para lançar satélites de outros países) “devido à nossa política, de longa data, de não encorajar o programa de foguetes espaciais do Brasil”.  “Há uma pressão para afastar os militares”, diz o consultor legislativo Fernando Carlos Wanderley Rocha, um dos autores do estudo A Política Espacial Brasileira, produzido pela Câmara dos Deputados em 2010. “Mas não há programa espacial sem militares. Os primeiros foguetes norte-americanos foram derivados de mísseis da Marinha.”

SINO-BRASILEIRO: Satélite brasileiro CBERS-4 passando pelos testes finais na China, já na fase de preparação para o lançamento, marcado para dezembro (Foto: Divulgação/INPE)

BOAS NOTÍCIAS
Outro fator que tem prejudicado o programa espacial brasileiro são os acidentes. O mais grave foi a explosão do terceiro protótipo do VLS-1, que matou 21 técnicos e cientistas na base de Alcântara em 22 de agosto de 2003. Desde então, nenhum protótipo importante foi lançado. Só em junho deste ano foi ao espaço o primeiro nanossatélite brasileiro, o NanoSatC-BR1, lançado por um foguete russo. O país levou 11 anos para substituir o modelo anterior, o Unosat-1, destruído no acidente.

Paradoxalmente, o Centro de Lançamento de Alcântara é um dos principais trunfos do Brasil para recuperar o tempo perdido. Localizado numa área de 520 quilômetros quadrados e apenas 2 graus ao sul da Linha do Equador, ele usa a velocidade de rotação da Terra e o impulso para lançamentos, o que exige menos combustível para a entrada em órbita. A economia é estimada em 30%. Alcântara tem ainda o Oceano Atlântico à sua frente, o que barateia os seguros, uma vez que não há risco de queda em locais habitados. Outra vantagem é ficar numa região de clima agradável, sem grandes variações de temperatura, que permite lançamentos o ano todo.

Além de possuir uma base de lançamento numa posição estratégica, o setor tenta ganhar fôlego com a versão mais recente do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), de 2012. O plano prevê o repasse de US$ 2,2 bilhões até 2021 para a conclusão de projetos como o satélite CBERS-4, os lançamentos dos foguetes Cyclone-4 e VLS, do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM), do satélite Amazônia-1 e do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC-1). Outra meta é estimular a indústria espacial nacional. O mercado de defesa e segurança equivale atualmente a apenas 0,17% do PIB brasileiro, de acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). As indústrias privadas recebem 25% da verba do programa brasileiro. Nos Estados Unidos, o governo é o grande cliente, mas parte considerável da pesquisa espacial é desenvolvida por uma indústria inovadora, com empresas como  Lockheed Martin, Boeing e Space X. As duas últimas foram vencedoras de uma concorrência para transportar astronautas até a Estação Espacial Internacional em naves privadas a partir de 2017.

“Nosso programa ainda é público e atende ao governo. A parte privada é que falta”, afirma José Braga Coelho, presidente da Agência Espacial Brasileira. No momento, o único grande empreendimento com capital privado é a empresa Visiona, que constrói o SGDC-1, na qual a Embraer é sócia da estatal Telebrás. “Mas a tendência é de maior envolvimento. Grandes empresas em breve vão querer ter seus próprios satélites, atendendo a seus interesses. É isso que o programa tem de suprir. Por que a Petrobrás vai depender de imagens de outro satélite se puder ter o seu?”

VAI DECOLAR UM DIA?
Baixo investimento é um dos principais motivos para o Brasil continuar na lanterna da corrida espacial

 (Foto: Revista Galileu)

NA PLATAFORMA
Nem tudo está perdido. Apesar do atraso, o Brasil tem algumas cartas na manga: são novos projetos que devem dar um impulso firme ao programa espacial nos próximos anos

 (Foto: Revista Galileu)

Fonte: Galileu

26 Comentários

  1. Logo após o fim da URRSS o Brasil estava para firmar um acordo com a Rússia e adivinha que trolou?????
    É evidente que não é só de trolagem a culpa de nosso atraso e a gestão do PT está finalizando com nosso programa espacial bem como dando em uma bandeja de prata a Avibrás para o ODT ou MBDA.
    O Governo tem que cumprir a parte dele que é comprar produtos e não atrasar pagamentos.

  2. O BRASIL esta atrás até do Irã, que sofre embargo de todo tipo,na minha opinião o Programa Espacial Brasileiro precisa ser revisto,precisamos ser mais audaciosos,deveríamos nos espelhar no programa espacial indiano um programa ”espartano” mas que mostra maravilhosos resultados !

    Precisamos ter coragem,parece que se os EUA nos negam algo, nós não temos mais soluções, dar a entender que morremos , mas a verdade é que precisamos parar com isso,devemos abandonar nossa parceria com a Ucrânia e aproveitar a relação que temos nos BRICS,buscar tecnologias na Coreia do Norte, no Irã,onde for necessário !

    O BRASIL esta estagnado mas não esta perdido, soluções há não só para o programa espacial,mas para todos os nossos problemas,basta querermos resolve-los !

  3. Concordo e o acordo com a ucrania só esta tirando dinheiro e não vai dar em nada ate porque eles estão nás mãos do EUA E CUSTE O QUE CUSTAR ELES VÃO NOS BOICITAR AA PONTO DE NOS SABOTAR AGORA QUE OS INVESTIMENTOS SÃO BAIXOS ISTO SÃO IDEIA MINHA PORQUE NOSSO GOVERNO NÃO ESTIPULA UM VALOR DE 2.5% DO PIB PARA AS FORÇAS ARMADAS E O MESMO VALOR PARA PESQUISAS NA AREA ESPACIAL APOSTO QUE ESTAS INSTITUIÇÕES FARIÃO MILAGRES.

  4. “Mesmo assim, parte da pesquisa, como a do Centro Tecnológico Aeroespacial (CTA), um dos principais laboratórios aeroespaciais do país, ainda é ligada à Aeronáutica”.
    Com assim ‘ainda está ligado à Aeronáutica? A Aeronáutica foi quem criou, fomentou e desenvolveu o CTA. O mesmo vale para o ITA.
    É comum entre os incompetentes e mesquinhos tentar se aproveitar de certo conhecimento quando este já o foi desenvolvido ou está em fase afançada de desenvolvimento.
    Há dois dias, sábado passado, fiz uma visita ao NASA Space Center, em Houston-TX onde pude ver que todo projeto espacial norte-americano teve origem em projetos militares (Talvez eu mande alguma coisa para ser publicado, se o PB aceitar).
    O problema do Brasil é que, como se vê na própria matéria acima, tudo que é ligado aos militares tem que ser deixado em segundo plano ou tirado das mãos dos militares. Isso, claro, após eles passarem anos pesquisando e testando, mesmo com orçamentos ínfimos.

    • Se o problema fosse unicamente falta de verba de orçamentos infimos não estariamos tão mal.
      A verdade é que jogam tudo pra cima da falta de investimento e desleixo politico mas a verdade é todo um complexo de propinoduto que envolve muito mais que politicos e privados.

      • Maluquinho, isso é inerente a qualquer coisa que tenha dedo do governo e políticos, mas não acredito que seja o caso desses projetos, e em específico a este.

      • Meu caro a Alcantara-Cyclone é um ralo de escoamento de dinheiro publico e nisso mamam tambem militares.
        É uma pouca vergonha o que essa quadrilha dos irmãos petralhas fizeram.Introduziram a corrupção ate dentro da caserna.Ano passado chegou a ser noticiado no jornal da Band mas não foi ao ar que um alto oficial da MB teria passado a informação de um roubo gigantesco de cobre de dentro da Ilha das Cobras guardada nada mais nada menos que pelo Corpo de Fuzileiros Navais.
        Assuntos militares sempre tramitam em segredo.Nunca mais se falou mais nada e nem mesmo se tramita em segredo de justiça militar se pode saber.
        Os 3 que deixaram o comando das Forças eram tidos no meio militar como fantoches de politicos
        Eles escolhem a dedo a quem promover e a quem afastar.
        A coisa é muito maior do que imaginamos e na Alcantara-Cyclone o desvio corre solto.

      • Maluquinho, não estou me referindo ao Ciclone, esse é um acordo entre sindicatos onde o Brasil entra só com a base de lançamento e os bolsos dos planalto, aí eu concordo com você, conforme disse aí acima, “sempre que há político envolvido…”.
        Mas estou me referindo à pesquisa, aos técnicos,etc. O VLS.
        O orçamento é sempre curto. Esse pessoal está em outra esfera, ao lado, mas ao mesmo tempo distante dessa roubalheira toda.
        No Brasil, ciência e tecnologia não dá votos e não enche os bolsos dos políticos, só as verbas.

      • Sim Melkor entendi.
        Sempre os investimentos em pesquisa foram miseros mas mesmo assim mesmo avançamos então porque agora estagnamos ?
        Meu amigo esas ratazanas no poder que praticam a DESNACIONALIZAÇÃO do Brasil (eu que por anos falo isso na net ) sempre deixaram tudo agonizar para entregarem tudo ao pool privado que os bancam.
        Ja pensou no caso de nosso VLS entregue nas mãos da ganancia privada que fora do setor entrando apenas com o olho grande e a grana vai associar-se com correlacionado externo do segmento.
        Ai entra em questão o sigilo e segredo.
        Uma coisa é o sigilo e segredo estar guardado com a FAB e outra coisa é o mesmo estar ao acesso de privados.
        Nosso VLS é um programa estrategico militar e não um programa civil como as ratazanas por pensarem que por sermos governados por civis deveria ser civil.
        Se mesmo com a FAB sendo a responsavel esta estagnado.
        Meu caro as ratazanas ja haviam acertado acordos por baixo dos panos com os EUA para entregarem-lhes Alcantara,VLS,Geoestacionario,SISFRON,SISDABRA.Se não fossem as denuncias de espionagem estariamos chipados,monitorados e o pais pro resto de nossa existencia nas mãos de Yankees.
        A coisa é muito mais seria e muito mais profundo do que imaginamos ser.
        Qual seria a barganha dessas ratazanas com os Yankees heim,ja imaginaram o que poderia ser ?
        Se fosse pela cadeirinha no CS quanta idiotia heim e se fosse por blindagem nos escanda-los quanta filha da putice não é mesmo !

    • É como eu disse anteriormente, parece que o único parceiro que podemos ter é os EUA,caso contrário não há saída, o texto é bem claro quando diz:
      ”A relação íntima com os militares é o motivo de boicote dos Estados Unidos ao programa espacial brasileiro. ”

      Como você disse os militares foram responsáveis por quase tudo que existe hoje no Programa Espacial Brasileiro e agora devem deixa-lo, eles são o cerne do programa, provavelmente querem que entreguemos esse programa estratégico as empresas estrangeiras essa é a grande verdade !

      • Pra que meu caro para eles jamais sairem de nossa base.Para eles nos proibirem de entrarmos em areas estabelecidas por eles.Para eles chiparem nossas comunicações e assim terem de vez o Brasil nas mãos deles.
        Os unicos que jamais devemos nos associar na area aeroespacial é justamente eles que sempre nos impidiram em tudo que puderam e ate nos sabotaram.
        Nos resta apenas a Russia ou a China.
        A Ucrania ja esta em Cabo Canaveral ja vai para 3 anos.
        Traidores,safados.Deviamos romper com eles logo e3 entrarmos na OMC contra eles.

      • Bem, eu não estou falando para nos associarmos aos EUA,longe de mim dizer tal coisa, e por isso que eu começo o meu comentário me referindo ao outro anterior do dia 12 de janeiro de 2015 at 12:33 usando os dizeres É como eu disse anteriormente…, onde eu afirmo que existem outros parceiros,mas alguns sabotadores querem nos fazer crer que não existem alternativas além dos EUA, tentando de uma forma rasteira fazer-nos entregar o ouro ao bandido !
        Sou da mesma opinião sua em buscar novos parceiros, é so você ler meu comentário do dia César Pereira 12 de janeiro de 2015 at 12:33.

      • Sempre gostamos de nos mostrar-mos cu cheiroso fora das orbitas Russa ou Americana e nessa quebramos a cara com a Ucrania.
        A India poderia ser outra alternativa mas não creio que iria muito a frente.
        Temos parcerias na area de satelites com a China e os Russos ja estão em nosso programa aeroespacial so que isso não é mostrado publicamente.
        Se a China e a India so se desenvolveram na area aeroespacial apos adiquirirem tecnologia e assessoria Russa porque continuamos estagnados e não damos logo um passa a diante.

      • A FAB é a responsavel pelo programa aeroespacial do governo e tirar essa atribuição dela para politicos entregarem a ganancia privada seria a maior cagada.
        Privados não tem senso de sigilo e segredo.Privados conhecem apenas dinheiro.Privados não tem patriotismo e o programa aeroespacial Brasileiro é o progresso e a auto-suficiencia do Brasil.
        Isso aqui não é Brasil S.A. e sim LTDA.

  5. O maior problema é a falta de vergonha na cara de um pais capaxo governado por bandidos e com um sistema covarde.
    Façamos um pente fino na Alcantara-Cyclone e nos estarreceremos com todas as irregularidades que encontraremos que levarão civis e militares para a cadeia.
    Temos a China como parceira na area de satelites.Temos a Russia que ja trabalha conosco na area aeroespacial e vive esfregando na cara do Brasil tudo o que tem de melhor.
    Quem são realmente essas pessoas que preferem licitações de cartas marcadas com figurinhas conhecidas ?
    E vou mais alem,a quem realmente todos esses FDPs servem ?
    Depois querem reclamarem e culparem apenas politicos quando na verdade todo o sistema é uma organização criminosa recheado de lesa patrias,traidores.

  6. Esse Cyclone-4 foi a maior BURRICE do mundo. texto “propaganda”… cheio de informações “+ ou -“. melhor eu n falar + nada.

  7. A foto da vaca puxando a carroça com o satelite possui um SIMBOLISMO religioso enorme para os HINDUS , iso demostra que os Indianos olhao para o futuro mas nao esquecem suas origens , nao sao como uma certa banana que hora quer ser americana,russa ,chinesa,alema ,francesa e outros mais , a crise de identidade destes vira-latas refletem na capacidade de focar , para andar pra frente a banana tem que levar ferruada e choques , mesmo assim desloca na velocidade do caracol ,deixando rastros de propinas (dus PaTifis ),chuuupa cambada e depois se humilhem para uma TOT super faturada e meia-boca !

  8. Ter acesso ao espaço , ter satelites proprios , ter sistema de missel intercontinenrtal …. Brasil pra ser grande , depende disso.

  9. Ninguém vai falar sobre o FATOR PRINCIPAL?
    O principal fator, se chama Fernando Henrique Cardoso, o apátrida do PSDB, que quando destruiu o Brasil durante 8 anos, enterrou nossos programas espacial e nuclear, que só foram ressuscitados, por Lula!

      • Empalador não se esquesa de colocar no plural e da ate para falar dos dois em latin perdão dos dois sem querer ofender os cachorros latindo FERNANDOS FERANDUS BRASIL VOU ESCREVER O NOME DOS DOIS EM LETRAS MINUSCULAS POIS É O QUE SÃO fernando caridoso dos EUA e fernando collorido dos EUA E PELO GEITO É DIFICEL DE NOS LIVRARMOS DELES.

      • Sim dois apátridas chamados Fernando.
        O boçal que era espionado e nem sabia e o supusitorio de cacaina que quando ficava doidão se trancava em sua particular bibliotece toda de recheada de livros sobre populismo.
        Seus prediletos ertam Hitler e Mussolini

  10. Analisarei nossa situação fora do lugar comum decantado de que somos reféns de uma educação de pouca qualidade.
    Para mim, apesar de muitos não quererem enxergar a correlação, nosso principal problema reside no fato de que ainda não somos uma nação. Somos, sim, um país, e qual é a diferença?
    Em minha ótica, numa nação todos, eu disse todos, se enxergam como parte integrante numa mesma cidadania, todos se orgulham de vestir a camisa da pátria, todos sem exceção se vêm como uma grande família, uma possível família brasileira. Mas não somos assim. Como disse, não somos uma nação, somos uma país. Com um povo dentro dele. Governado por uma elite que se desenvolveu economicamente, mas sempre olhando para fora, e esperando ser estrangeira. O brasileiro não valoriza seu país, por que aprendeu e se acostumou a ser desvalorizando-o, logico que isso vem sendo estimulado de fora, mas a principal responsabilidade por isso está aqui dentro, nos aceitamos isso, como vacas. Esquecemos que somos gente, pensadores.
    Passamos a vida a acreditar que nossa vida depende exclusivamente de nossa elite, e de sua espelhada politica. Criticamos a ela sem perceber o vinculo dela conosco. Essa ligação cultural que nos transforma a todos em aspirantes ao mesmo tipo de elite. Quando nela ingressamos não fazemos a diferença, quando temos possibilidades de fazer, nada acrescentamos. Mas cobramos, nos enraivecemos, nos indignamos, mas candidamente sorvemos a cultura desqualificadora como papinha quente.
    A diferença para esses outros países? com história como a nossa, mas conteúdo de nação? é fácil perceber e nem precisa adivinhar, eles não abdicam de se verem como um único povo. Leve-os para onde for estão juntos, sólidos, um único povo. É verdade que as vezes surgem em seus caminhos alguns elementos de suas elites que sucumbem ao encantamento da facilidade externa, coisa que em nosso país é bastante comum, mas lá são temporários, e o povo logo retoma o caminho de nação, por isso nós ficamos, e eles vão. A lição deles para nós não é religião, não é como ser país, é aprender a ter uma cultura de nação e de cidadania nacional, de patriotismo. Temos muito que aprender com eles, depois disso, desse aprendizado, com as riquezas que este país produz e sabendo usufruir dessa dadiva generosamente com todos os seus cidadãos, teremos poucos concorrentes.

1 Trackback / Pingback

  1. Qual é o problema do programa espacial brasileiro? | DFNS.net em Português

Comentários não permitidos.