Netanyahu homenageia herói do sequestro de Paris

Funcionário do mercado kosher invadido por Amedy Coulibaly, muçulmano recebe elogios do primeiro-ministro israelense por ter ajudado a salvar reféns e por ter fornecido informações-chave à polícia.

Israel Premierminister Natanjahu in der Großen Synagoge in Paris 11.01.2015

No ataque ao mercado kosher em Paris na última sexta-feira (09/01), um dos funcionários do local agiu de forma heroica. Lassana Bathily, um jovem imigrante do Mali, trabalhava no depósito da loja quando Amedy Coulibaly entrou armado. Ele desligou rapidamente o congelador do estoque de alimentos, onde escondeu um grupo de funcionários, antes de escapar por uma saída de incêndio e se dirigir à polícia.

Inicialmente, ele foi confundido com o sequestrador, jogado ao chão e algemado. Após a constatação do engano, ele forneceu aos policiais a chave que eles precisariam para erguer as portas de ferro da loja e realizar a invasão ao local, libertando 15 reféns e matando o sequestrador. Quatro pessoas morreram – aparentemente baleadas por Coulibaly.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, durante visita a Grande Sinagoga de Paris na noite de domingo, fez um agradecimento a Bathily. “Gostaria de expressar o meu apreço ao cidadão malinês que ajudou a salvar sete judeus”, afirmou.

Netanyahu também elogiou a “posição bastante firme” tomada pelos líderes franceses contra o que chamou de “novo antissemitismo e terrorismo” no país. “Nosso inimigo comum é o islã extremista e radical, e não o islã comum”, ressaltou, pouco depois de ter se juntado a outros líderes internacionais na grande marcha pela unidade, que reuniu cerca de 1,6 milhão de pessoas nas ruas da capital francesa.

Trauermarsch in Paris 11.1.2015 Netanyahu (esq.) participou da marcha pela unidade juntamente com outros líderes internacionais

“Israel hoje está ao lado da Europa, mas esperamos que a Europa também fique ao lado de Israel”, afirmou o premiê israelense. “Aqueles que recentemente massacraram e assassinaram judeus em uma sinagoga em Israel e os que assassinaram judeus e jornalistas em Paris são parte do mesmo movimento global de terror”, acrescentou, se referindo ao ataque a uma sinagoga de Jerusalém em novembro. “Devemos condená-los da mesma forma e devemos combatê-los da mesa forma.”

Netanyahu reiterou o convite feito anteriormente aos judeus franceses para que migrem para Israel, um dia depois de dizer que o país também é seu lar.

Dados do SPCJ, uma organização franco-judaica que avalia a segurança dos judeus, mostram que o número de incidentes antissemitas aumentou 91% nos primeiros sete meses de 2014 em comparação ao mesmo período do ano anterior.

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, afirmou, durante visita ao local onde o cerco ao mercado kosher ocorreu, que “a França sem os judeus franceses não seria a França”.

Fonte: DW

8 Comentários

  1. Está em plena campanha política:
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    “Hoje, a imprensa israelense afirmou que Netanyahu foi a Paris apesar de o governo francês, de François Hollande, ter pedido para que não estivesse no ato.

    Os jornais de Israel atribuem sua presença na capital francesa à campanha política em curso em Israel, visando as eleições legislativas de 17 de março.

    Na marcha, Netanyahu, responsável por ordenar ataques contra palestinos em Gaza, em 2014, que deixaram ao menos dois mil mortos, sendo mais de 400 crianças, apareceu de braços dados com os líderes europeus na manifestação contra o terrorismo.

    O jornal israelense Haaretz informou que, quando a França começou a enviar os convites, o conselheiro diplomático de Hollande, Jacques Audibert, indicou ao conselheiro de segurança nacional de Netanyahu, Yossi Cohen, que o presidente francês preferia que o premiê israelense não viajasse a Paris, a fim de que o conflito israelense-palestino desviassem a atenção da mensagem da manifestação.

    A princípio, o premiê teria aceitado.
    Mas quando soube que o chanceler Avigdor Lieberman e o ministro da Economia, Naftali Bennett, iriam a Paris se encontrar com a comunidade judia, Netanyahu decidiu participar. Lieberman e Bennett disputarão com Netanyahu as legislativas de março.”

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  2. Quanto chororô da turma esquerdista contra o Netanyahu. Queria ver essa mesma “indignação” com outras figuras como Ahmadinejad, que ordenou repressão pesada contra os que protestaram contra a sua reeleição fraudulenta.

    • Noossa!! O Ahmadinejad…. o Iraniano que cuspiu na cara de Israel transformando o estado Judeu no maior comprador de flip charts da história da humanidade…. que coisa hem Fucker (a Double two-part)!! rsrsrsrs…….

      • Esse Ahmadinejad supostamente corajoso existe apenas na imaginação de vocês viralatas do terceiro mundo meu caro Debi (ou seria lóide?..rs!). O verdadeiro Ahamadinejad é aquele que, dentre outras coisas, achou que iria se livrar das sanções do CS da ONU com a ajuda da dupla Apedeuta/Megalonanico e a sua diplomacia dos atabaques….rs!

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